07 CHINA_TIBET 2015 - Diário de Viagem – Yangshuo e Impression Sanjie Liu
Chegamos às 10:00 horas em Yangshuo, na nossa imaginação, uma pequena cidade, mas na verdade uma grande cidade com milhares de habitantes, com ruas lotadas até as tampas, como tudo por aqui.
Tentamos tomar um táxi. Achar alguém que entende um mínimo de inglês deu trabalho, já que os táxis não são identificados e o preço é combinado na hora. Mas conseguimos, com sinais, algumas palavras compreendidas e estamos indo para o Green Forest Hotel, um albergue na verdade, mas que aqui na China são melhores para recepcionar e ajudar os turistas e realmente nos ajudam em tudo, tickets para o show (Impression Sanjie Liu), que queremos ver à noite, táxi para o aeroporto de Guilin (80 km daqui) amanhã, passeio pelo Rio Lí, almoço e nos orientam como ir para o passeio do rio. Tudo arrumado em minutos.
A primeira impressão da cidade é tipo assim "confusa". Ela é bonita, bem cuidada, mas o trânsito é meio sem regra, principalmente quanto às motos e Tuc tucs, que eu não sei como que se chamam por aqui. Os motociclistas andam sem capacete e sem regra, vão e vem em qualquer direção, entram na frente dos carros e dele buzina. Ficam entre 3 e até quatro em cima de uma moto. Se forem crianças e bebês cabem até mais. E pensar que já foi assim no Brasil? Os carros motos ficam estacionados sobre as calçadas, logo o melhor lugar para caminhar é na rua mesmo, tomando cuidado com os demais meios de transporte.
Animais, é muito difícil ver algum. Pouquíssimos cães, nada de gatos, vacas, cavalos, carneiros... só no campo e que vimos alguns. Mas até agora o que fica evidente que é bem mais organizado do que a Índia. A segurança e o ponto alto. Não sentimos ameaças em nenhum lugar e tentam nos ajudar da melhor maneira que podem, com gestos, falando, mostrando e eventualmente indicando alguém que fala inglês.
Depois vamos para o passeio no Rio Lí, tomamos um táxi, depois um ônibus e já estamos no rio. O lugar é cercado por montanhas impressionantes e que ficam ainda mais impressionantes se olhadas a partir do rio que corre entre essas montanhas. São dezenas de jangadas carregando chineses e algumas carregando estrangeiros. Tiramos muitas fotos, alguns contatos com chinesas que separadas por uma jangada ficam um pouco menos reservadas. Os chineses de forma geral mostram curiosidade em relação a nós, mas não se percebe nada além disso, além de se mostrarem muito amáveis e com disposição a ajudar.
O passeio é relaxante e digno de elogios e termina 2 horas depois, com transporte para voltar para a cidade, exatamente onde e como havia sido prometido. Depois tomamos um ônibus e voltamos 25 km até a cidade.
Vamos para o hotel e não dá tempo para tomar banho, pois o grupo com o qual nós vamos para o show de luzes já nos aguarda. Nossa! Estamos sem tomar banho desde Hong Kong. Já fazem 26 horas mais ou menos sem ver água. Mas não tem jeito, e se não tem jeito, então não tem problema, vamos para o show.
Para entrar no show é meio complexo explicar, mas recebemos um recibo impresso com 4 entradas pagas, precisamos ir com o grupo, no local tem uma bandeira com um número, precisamos ficar perto dessa bandeira, pegam nosso recibo numa confusão incrível de mãos alcançando o recibo e pegando um outro recibo escrito 4, que são a quantidade de tickets pagos. A bandeirinha com o número 99 começa a circular e umas 40 pessoas seguem ela, em um fluxo meio louco, cruzando com outros grupos que seguem outras bandeirinhas. São milhares de pessoas.
Entramos por um portão, penso que por um detector de explosivos, mas só passamos e rapidamente, depois num segundo pátio começa a distribuição dos ingressos. Aqueles papeizinhos, no nosso caso, com um 4 vai ser trocado. O cara pega esses papeizinhos e entrega os ingressos, numa confusão de mãos que eu não tenho a menor ideia se ele está controlando algo, acho que vai na confiança, enfim tudo certo. Uma chinesa de Hong Kong fez amizade com o Pedrinho e ela fala inglês, espanhol, cantonês, mandarim... e nos orienta, colamos nela e achamos nossos assentos.
O show, eu já muito cansado, não achei tão impressionante, mas foi por causa das 24 horas quase sem dormir. O show acontece sobre um rio, começa com alguns chineses falando algumas palavras, depois começam inúmeras performances impressionantes, com participação de jangadas, penso balsas flutuantes que são movimentas sem que se perceba, dando impressão que os figurantes estão caminhando sobre a água. Um telão cria uma ilusão de ótica com jangadeiros que passam em frente, um tecido que atravessa o rio dá a impressão de ondas, ou redes sendo jogadas, enfim, um espetáculo impressionante se não fosse meu sono teria curtido mais.
Para fechar a beleza do dia, observamos um eclipse da lua. Começou por volta das 8:00 horas e por volta das 10:00 horas observamos que já tinha acabado.
E até que enfim, para finalizar, um banho "longo e demorado". Que alivio! Estava começando a ficar incomodado comigo mesmo. Um Mac Donald ainda mais pequeno que o do Brasil e cama. Amanhã o dia começa às 5:00 horas da manhã, com voo para Chengdu, onde tem o Monte Emai, parque dos pandas e outras atrações legais.
A gasolina custa uns R$ 3,00 aqui.
Elton Iappe
04/04/2015