17 CHINA_TIBET 2015 - Diário de Viagem – Cidade Proibida e Show Kungfu
Como conversamos ontem com a atendente do hotel, ela nos aconselhou conhecer a Cidade Proibida hoje e amanhã ir até a muralha da China, sendo que para hoje à noite poderíamos assistir um Show de Kungfu (The Legend of Kungfu). Acatamos a ideia, fechamos os dois passeios e pegamos o metrô para a Cidade Proibida.
Achamos fácil andar de metrô. Compra-se o Ticket entra e depois na saída a máquina fica com o cartão, caso não tenha mais créditos. O metrô também é de qualidade superior aos de outras cidades que conheço. Os trilhos são perfeitos sem o incômodo balanço, por exemplo, do metrô de Brasília. As locomotivas também são de excelente qualidade. O conjunto do metrô incluindo as estações são um show de respeito e segurança ao transporte público.
Chegamos na saída do metrô. Para que lado agora? Pergunta pra um, não entende uma só palavra. Outro também não? Até que um entende "Cidade Proibida" em inglês e indica que estamos no caminho errado e nos mostra por onde ir.
Chegamos na entrada, tem uma grande foto do MAO, Líder da revolução, o lugar é imenso, organizado. No guia tem um roteiro sugerido, mas confesso que é difícil compreender e seguir os pontos, de tantas construções, jardins, monumentos e vamos caminhando, quase que a esmo, na sorte. O Pedrinho e o Eduardo alugaram um guia eletrônico que explica cada área assim que você põe o pé nela. Muito interessante. Entrou na construção, começa a explicação sobre aquele espaço.
Impressionante é preservação do local. As pinturas no teto por exemplo, da vontade de tirar fotos de cada uma delas pela perfeição com que elas foram criadas. Dragões, mandalas e outros animais das antigas crenças dos chineses. Este império foi de uma riqueza impressionante, ou talvez a preservação foi ótima, considerando que muitos objetos de Jade, ouro, prata e bronze decorados com pedras preciosas ainda estão em exposição.
“Ganhamos” horas circulando entre as diversas edificações e observando tudo que foi possível. Nada comparável a beleza do monastério dos incensos que vimos em Hong Kong, mas ainda assim muito bonito. No caminho muitas pessoas envolvidas na limpeza, organização e restauração. A limpeza também não deixa nada a desejar. É raro encontrar algum lixo jogado e quando se vê rapidamente desaparece, pois os faxineiros agem rápida e discretamente.
Saímos do outro lado e pagamos, depois dos R$ 30,00, mais R$ 5,00 e subimos um mirante para tirar fotos da Cidade Proibida. Depois de diversas escadarias chegamos ao Mirante que na verdade é um templo dedicado à Buda. O lugar dá uma visão privilegiada da Cidade Proibida e também de Beijing. Vemos que a Cidade Proibida é cercada por outras cidades cercadas do período do império.
Dali resolvemos pegar um táxi. Tentamos de um lado e eles não param. Resolvemos atravessar e tentar pegar do outro lado, mas eles continuam não parando. Pergunto para um onde pegar, ele fala mais para cima. Tento parar de novo e nada. Pergunto para dois, três .... Dez e ninguém fala inglês. Tento para outros táxis, mas eles nos ignoram. Observo que os chineses também não entendem porque eles não param, porque vejo vários pedindo para os táxis pararem, mas também recebem um não. Muito cansados, já andamos várias quadras, com fome, paramos para nos localizar no mapa e descobrimos que estamos perto de um Shopping que eu tinha anotado o nome da rua. Decidimos desistir do táxi e caminhar até lá. O Alexandre compra algumas coisas no Shopping, depois paramos numa Pizza Hut e matamos a fome.
Depois do stress dos táxis que não param, resolvemos fazer mais algumas tentativas e finalmente um deles para. Mostramos no mapa onde queremos ir e depois de alguns nhanhanhans pra cá, nhanhanhans pra lá acho que ele nos entendeu e vamos para o hostal. Temos o show de Kungfu hoje às 18:00 e já são 17:00 horas.
Sem janta, considerando que almoçamos às 16:00 horas, vamos para o Show Legend of Kungfu. O lugar do show é num teatro todo vermelho. Umas lojinhas que vendem produtos relacionados ao Show, comprei uma roupa e uma térmica, o show custou R$ 80,00 incluindo o transporte até o local.
Tem um menino que fica sentado num trono, batendo um martelinho numa cabaça, o que dá um ar misterioso ao local. Aguardamos mais um pouco, tomamos os acentos e o show começa. Muitas acrobacias, se deitam sobre facas, pregos, quebram barras de cimento sobre a barriga, deitam sobre lanças e outras peripécias, tudo acompanhado por uma história que é contado por um ancião a um menino, que aparecem em vários locais no palco e tudo que ele contava ao menino se materializava no palco por meio da apresentação. Eles usavam várias técnicas de ilusão, com telas que desciam na frente dos artistas e misturam imagens ilusórias com os artistas e como por mágica viravam reais, depois de parecerem não reais, realmente impressionante. No final, o ancião revela que a história que ele contou e a história da própria vida dele. Tudo acompanhado por várias músicas, incluídas em vários pontos, principalmente o Mantra "Om mani padme hum".
Depois do show precisamos voltar pra casa. Quem diz que conseguimos um táxi. Depois de caminhar várias quadras atrás de uma estação de metrô o Alexandre conseguiu que um táxi parasse, que por meio de gestos, mapas, endereço e muitos nhanhanhans, localiza o nosso hostal. Pense numa noite bem dormida!
Elton Iappe
16/04/2015