CUIABÁ - Nesta quinta-feira (05.12), mais de 250 produtores da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) marcaram presença na Assembleia Geral. No encontro, ficou autorizada a diretoria iniciar uma nova rodada de ações estratégicas visando a extinção da Moratória da Soja. A decisão considera que, caso até janeiro de 2025 não ocorra uma alteração satisfatória na conduta das empresas signatárias, serão implementadas medidas mais incisivas em defesa dos produtores rurais.
A principal deliberação foi a elaboração de uma estratégia legislativa municipal para mobilizar prefeitos e vereadores dos municípios produtores de soja no Mato Grosso. O objetivo é aprovar leis municipais que proíbam a concessão de alvarás de funcionamento para empresas que desrespeitem o princípio da livre iniciativa dos produtores rurais locais.
“A Moratória da Soja tem se mostrado um instrumento que desrespeita a legislação brasileira e prejudica a competitividade dos nossos produtores. Não vamos aceitar que empresas atuem nos nossos municípios impondo regras externas que ignoram a realidade local. É hora de defender o Mato Grosso e a liberdade econômica do nosso setor,” afirmou o presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber.
A entidade reforçou que continuará monitorando as negociações envolvendo a Moratória da Soja, mas destacou que a estratégia legislativa municipal representa um passo essencial para proteger os produtores e garantir a soberania econômica dos municípios.
Outros projetos estratégicos discutidos na Assembleia Geral para 2025
A Assembleia ainda abordou temas estratégicos para as ações e projetos previstos para 2025, além da aprovação do núcleo de São José do Rio Claro, a atualização do Soja Legal. O presidente da Aprosoja MT destacou o crescimento e a representatividade da entidade, ressaltando que a força da associação vem dos produtores que participam ativamente e direcionam os rumos da entidade.
“Essa Assembleia é muito importante, porque o produtor vem participar e é onde ele se sente representado. Esse é um momento de poder cobrar, dando rumos à nossa entidade para que possamos planejar o ano que vem, já que é um ano delicado com a COP30 e outros desafios”, afirmou Lucas.
Ele também enfatizou a importância de prestar contas e apresentar as ações realizadas em 2024, além de expressar seu agradecimento pela presença dos produtores. “Acredito que é motivo de muito orgulho receber os produtores para a Assembleia Geral. Nós sabemos do esforço de cada um desses produtores em vir participar, muitas vezes de locais distantes e enfrentando alguns desafios na estrada. Isso demonstra a força da entidade e a união de todos os produtores, estando presentes aqui hoje”, acrescentou.
O vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier destacou que a Assembleia é o momento mais importante do ano para a associação, pois oferece aos produtores a oportunidade de acompanhar a aplicação dos recursos e contribuir com as decisões. “Neste ano, tivemos a participação massiva de produtores em nossos eventos de final de ano e isso é sinal de que a entidade está se fortalecendo, como já mostrou ao longo do ano”, comentou Bier.
Durante o evento, foram apresentados ainda os resultados de diversos programas da Aprosoja MT, como Agrosolidário, Futuro em Campo, Academia de Liderança, Guardião das Águas, dentre outros. Esses projetos reforçam a relevância das ações da entidade para o setor. O produtor de Lucas do Rio Verde e associado desde a fundação da Aprosoja MT, em 2005, Ivanor Cella, expressou ainda a satisfação com a aprovação do orçamento, outro tema abordado na Assembleia, e ressaltou a importância dos recursos para enfrentar os desafios do próximo ano.
“Sabemos que algumas áreas precisariam de mais recursos, mas o orçamento está bem estruturado e será usado de forma estratégica, principalmente na comunicação. Precisamos mostrar nossos trabalhos, especialmente em eventos como a COP30, para que o mundo compreenda nossas ações no campo”, declarou. A delegada de Campo Verde e associada da Aprosoja MT, Raquel Malvina Schenkel Fancelli, reforçou que a participação ativa dos associados é essencial para validar as ações da diretoria. “Precisamos garantir que o mundo entenda o que fazemos no campo, divulgando nossas atividades de forma clara e transparente”, completou. (Ascom)
CUIABÁ - O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT) preparou o quadro técnico de servidores que atuam na defesa sanitária vegetal da autarquia para evitar a entrada do fungo Ceratobasidium theobromae (Rhizoctonia theobromae), conhecido popularmente como vassoura-de-bruxa da mandioca.
Esta doença fitossanitária foi detectada em agosto deste ano pela primeira vez no Brasil, e está atualmente presente no território do Amapá. Lá tem causado prejuízos, principalmente para a comunidade indígena e integrantes da agricultura familiar, nas plantações de mandioca, ao deixar os ramos das plantas secos e deformados.
Em Mato Grosso, o Indea, para proteger o território desse fungo e outras pragas que aqui ainda não adentraram, realizou nos meses de outubro e novembro reuniões regionalizadas com a participação de fiscais e agentes fiscais em Água Boa.
“Nesses encontros foram apresentadas as características da doença para que durante as atividades de inspeção, realizadas nas fiscalizações volantes e de campo, sejam identificadas de pronto e adotadas medidas para a contenção da proliferação do fungo”, explica o diretor técnico do Indea, Renan Tomazele.
Além disso, ele acrescenta que a Instituição vai avançar no cadastramento de todas as propriedades produtoras e reforçar as fiscalizações do trânsito de mudas (ramas) e tubérculos nas regiões de divisa do Estado.
Para evitar a entrada vassoura-de-bruxa da mandioca, a população pode colaborar, da seguinte forma:
- não trazer mandioca ou mudas (ramas) oriundas do Estado do Amapá para Mato Grosso; comunicar ao Indea caso encontre sintomas suspeitos da doença, como amarelecimento das folhas, superbrotamento, enegrecimento dos vasos e morte das plantas.
O Indea está presente em 139 dos 142 municípios de Mato Grosso.
Características
A planta de mandioca atingida pelo fungo apresenta ramos secos e deformados, nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules. A infestação pode ocorrer por meio de material vegetal infectado, ferramentas de poda, além de possível movimentação de solo e água.
Produção
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso conta com 15 mil estabelecimentos comerciais plantando mandioca, produziu em 2023 mais de 265 mil toneladas e tem a cidade de Paranatinga como o maior produtor.
Famoso e muito temido pelos produtores rurais, os percevejos têm características que afetam diretamente sua ação nas lavouras. Presente em todas as regiões produtoras do país, os prejuízos com essa praga podem chegar até 30% do potencial produtivo, caso não seja controlada a tempo. Será que você conhece todas as curiosidades sobre os percevejos que podem ajudar na identificação e controle na sua propriedade? Vamos lá:
1. Eles mudam de cor!
O percevejo da soja pode mudar de cor ao longo da vida. Na fase jovem, são normalmente mais claros, mas, à medida que envelhecem, suas carapaças podem ficar esverdeadas ou marrons, tornando-se mais difíceis de detectar em meio às folhas.
2. Salto de crescimento
Os percevejos pertencem a ordem Hemiptera, grupo conhecido pelo desenvolvimento incompleto. Quando estão na fase jovem (ninfa), apresentam semelhança morfológica com os adultos, não possuindo a fase de pupa.
3. Eles gostam de calor!
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A espécie Euschistus heros, conhecida como percevejo-marrom, muito frequente na sojicultura, ocorre em toda América do Sul, especialmente em regiões com temperaturas mais elevadas, entre 22°C e 28°C.
4. Preferência por grãos cheios
Percevejos atacam diretamente as vagens da soja, perfurando-as para se alimentarem do líquido dos grãos em desenvolvimento. Eles preferem grãos mais cheios, o que significa que seus ataques costumam ser mais intensos na fase final do desenvolvimento das plantas.
5. Eles se escondem!
Para se proteger ou se desenvolver, o percevejo se esconde estrategicamente durante o ciclo. O que determina se eles ficarão escondidos ou não é o ambiente favorável ou desfavorável e, algumas vezes, até a temperatura do local.
6. 116 dias e 11 milímetros
O ciclo de vida de um percevejo tem, em média, 116 dias. Do momento da oviposição até chegar à fase adulta passam-se de 28 a 35 dias e, nessa idade o percevejo-marrom mede apenas 11 milímetros. No período de ataque, ele pode gerar perdas de até 30 kg/ha por percevejo/m².
6. Hibernação parcial
Quando a cultura da soja não está mais no campo, o percevejo-marrom utiliza outras plantas como hospedeiras, buscando refúgio até encontrar as condições ideais de sobrevivência. Além disso, tem a capacidade de permanecer em estado de hibernação parcial, desde a colheita da soja até a nova semeadura.
8. Ele é “bicudo”
Uma característica marcante do percevejo é a boca em formato de agulha, que é utilizada para “furar” e sugar o conteúdo das plantas. Esse hábito pode reduzir drasticamente a qualidade dos grãos e até inviabilizar a colheita.
9. Dano invisível
O grande problema com os percevejos é que, muitas vezes, o dano só é visível no momento da colheita. Eles podem murchar os grãos internamente, o que reduz o peso e a qualidade, sem que os danos externos sejam perceptíveis no início do ataque.
10. Simultâneo às lagartas
A infestação simultânea de percevejo-marrom e lagartas, como as diferentes espécies de Spodoptera, na sojicultura tem crescido nos últimos anos. Por isso, os produtores têm aumentado as misturas de defensivos nos tanques. Uma pesquisa divulgada pela FMC, empresa de ciências para agricultura, junto à Kynetec, revelou que, na safra 23/24, a área aplicada de defensivos em conjunto, para controle dessas pragas, aumentou 31% versus a safra passada e atinge, hoje, 27% dos modos de tratamento nessas plantações.
Para o controle efetivo do percevejo-marrom e das lagartas, o manejo com inseticidas inovadores é o mais indicado. Desenvolvido para o cenário brasileiro, o Premio® Star, da FMC, possui proteção para 50 alvos biológicos em mais de 50 culturas, sendo o único produto do mercado que oferece controle simultâneo contra as principais pragas da soja e do milho, como as lagartas e os percevejos.
O inseticida passou por uma fase de otimização para extrair o melhor efeito sinérgico dos ativos e sua combinação e a proporção exatas dos ingredientes conferem uma formulação diferenciada com altíssima performance para insetos mastigadores e sugadores na mesma aplicação.
“Além de evitar as misturas de tanque, o produto tem amplo espectro de controle, longo residual e tem como referência o lagarticida Rynaxypyr®, um potente inseticida para alta performance em lagartas e a Bifentrina, referência no controle de percevejos”, ressalta Fábio Lemos, gerente de culturas e portfólio da FMC.
Sobre a FMC
A FMC é uma empresa global de ciências agrícolas dedicada a ajudar os produtores a produzir alimentos, rações, fibras e combustível para uma população mundial em expansão, ao mesmo tempo em que se adapta a um ambiente em mudança. As soluções inovadoras de proteção de cultivos da FMC – incluindo produtos biológicos, nutrição de cultivos, agricultura digital e de precisão – permitem que produtores e profissionais de manejo abordem seus desafios mais difíceis economicamente, ao mesmo tempo em que protegem o meio ambiente. Com aproximadamente 5.800 funcionários em mais de 100 locais no mundo todo, a FMC está comprometida em descobrir novos ingredientes ativos de herbicidas, inseticidas e fungicidas, formulações de produtos e tecnologias pioneiras que são consistentemente melhores para o planeta. Acesse o site da FMC para saber mais e siga-nos no LinkedIn®.
FMC e o logotipo da FMC, assim como Premio® Star, são marcas comerciais da FMC Corporation ou afiliada. Produtos de uso agrícola. Consulte sempre um engenheiro agrônomo. Sempre leia o rótulo e siga todas as instruções, restrições e precauções de uso do produto. (AScom)
Cascudinho-da-soja pode causar prejuízos importantes na safra 2024/2025; saiba como combater e proteger a produção
Pragas, como o cascudinho-da-soja (Myochrous armatus), têm se tornado uma ameaça crescente para as plantações no Brasil, especialmente na região Centro-Oeste. De acordo com a Embrapa, em áreas infestadas, os produtores podem sofrer prejuízos de até 30% na produtividade da soja, uma perda de 8 a 10 sacas por hectare.
"O cascudinho-da-soja ataca as plantas no início do ciclo da cultura e pode causar danos nas plantações em todas as suas fases de desenvolvimento. Ainda como larva, a praga vive no solo e estraga as raízes das plantas. Quando adulto, costuma cortar a base do caule das plantas jovens para se alimentar, podendo causar grandes prejuízos aos produtores e afetar uma safra que pode ser recorde", explica Hudslon Huben, gerente de go-to-market (GTM) e field force effectiveness (FFE) da ORÍGEO.
Os maiores danos são causados já na fase adulta dos cascudinhos-da-soja, que se alimentam de plântulas, caule, hastes e pecíolos das plantas jovens. Quanto mais jovem forem as plantas, maiores são os danos causados. No entanto, o cascudinho também pode infestar plantas mais desenvolvidas, que murcham e secam.
"Os produtores devem sempre monitorar a soja, pois, uma infestação de cascudinhos pode inviabilizar o desenvolvimento da cultura, além do amarelecimento, murcha, tombamento e morte das plantas. Outro ponto importante é que uma infestação dessa praga é de difícil controle e quando coincide com uma estiagem, os problemas são agravados, resultando na morte das plantas ou no enfraquecimento do caule", alerta Huben.
Segundo o especialista da ORÍGEO, para que o manejo seja eficaz, é fundamental que os produtores rurais façam primeiro a identificação correta do cascudinho-da-soja, que pode ser complicada devido à sua semelhança com outra praga, o torrãozinho (Aracanthus mourei). "Por isso os produtores devem ter certeza de qual praga está afetando sua lavoura. O cascudinho-da-soja é um inseto cujas larvas são amareladas e vivem no solo. Já os adultos apresentam coloração preto-fosco com variações que podem ir do marrom ao acinzentado, dependendo do tipo de solo onde vivem", completa.
A recomendação da ORÍGEO, joint venture de Bunge e UPL, que fornece soluções sustentáveis e técnicas de gestão de ponta a ponta para agricultores, é de um manejo que envolva o monitoramento constante e a aplicação de produtos químicos e biológicos, como o inseticida Feroce, da UPL, que recebeu registro para combater o cascudinho e se destaca como uma das poucas soluções altamente eficazes no controle dessa praga.
"A formulação do Feroce combina duas das melhores moléculas disponíveis contra insetos sugadores, resultando em um produto de alta qualidade e desempenho superior. Para combater essa praga, é fundamental o uso de produtos registrados e eficazes, que ajudam a proteger as plantas jovens, garantindo uma colheita mais saudável e produtiva", finaliza Hudslon Huben.
Sobre a ORÍGEO
Fundada em 2022, ORÍGEO é uma joint venture de Bunge e UPL e está comprometida com o produtor e o seu legado na terra, oferecendo um conjunto de soluções sustentáveis e técnicas de gestão – antes e depois da porteira. A empresa fornece soluções de ponta a ponta para grandes agricultores de Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia e Tocantins, valendo-se do conhecimento de equipes técnicas altamente qualificadas, com foco em aumento de produtividade, rentabilidade e sustentabilidade. Para mais informações, acesse origeo.com (AScom)
O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Querência-MT convida todos os sócios em dia com suas obrigações sindicais para participar da Assembleia Geral Ordinária que ocorrerá na próxima sexta-feira, 22 de novembro de 2024.
O evento será realizado na sede do sindicato, situada na Rua Lauro Pedro Barth, nº 30, setor A, com a primeira convocação marcada para as 8h30, exigindo a presença de 30% dos associados. Caso não seja atingido o quórum necessário, uma segunda convocação será feita 30 minutos depois, com a deliberação acontecendo independentemente do número de sócios presentes.
A principal pauta será a previsão orçamentária para o exercício de 2025, além de assuntos gerais de interesse da categoria.