ÁGUA BOA – Fernando Felizardo da Silva está procurando por sua irmã Iracema. Faz 31 anos que eles moravam em São José do Couto. Na época, Iracema com 9 anos foi levada por um fazendeiro chamado Aldo Pitan e nunca mais a família teve notícias dela. Iracema é filha de Filogonio Felezardo da Silva e Luzia Costa da Silva e hoje tem 40 anos. Os pais dela já faleceram. A última informação que a família teve era de que Iracema mora atualmente na região de Água Boa. Qualquer notícia do paradeiro de Iracema favor informar para Fenando Felizardo da Silva, telefone 9647 – 0687 em Barra do Garças, ou Edilia na Av. Planalto, 1.122 centro de Água Boa, telefone 3468 – 3388.
QUERÊNCIA - No Espaço Cultural Fonte do Aprendiz, a coordenadora Mônica Carrasco anunciou um novo edital, oferecendo oportunidades para a comunidade participar com propostas livres de projetos culturais. O edital contemplará um total de 12 projetos, cada um recebendo um financiamento de R$ 5 mil.
A novidade desse edital é a liberdade de demanda, permitindo que os proponentes apresentem projetos em qualquer área de interesse cultural. No entanto, é essencial que os projetos sejam viáveis, de baixo custo e objetivos claros. As inscrições estão abertas até o dia 19 de maio, e os interessados podem se inscrever através do site oficial do Espaço Cultural Fonte do Aprendiz ou do site da Prefeitura.
É importante que os proponentes leiam atentamente o edital e o regulamento, pois há algumas categorias específicas com preferências definidas. Dos 12 projetos contemplados, apenas 4 são de demanda livre, enquanto os demais estão sujeitos a requisitos específicos, como projetos voltados para minorias étnicas, como negritude, LGBT, indígenas, entre outros.
A equipe do Espaço Cultural está disponível para auxiliar os interessados na elaboração e inscrição dos projetos, incentivando a participação da comunidade e o fortalecimento da cultura local. As redes sociais do Espaço Cultural Fonte do Aprendiz divulgarão o edital e o link de inscrição, e estão abertas para esclarecer quaisquer dúvidas.
HONG KONG - Hong Kong surpreende em cada detalhe. A primeira coisa que chama atenção são os carros. Por aqui, praticamente não existem veículos de baixa qualidade. Tesla, BMW, Porsche, e até mesmo algumas Ferraris circulam pelas ruas, mas o destaque mesmo vai para os Teslas, que se tornaram comuns na cidade. Também encontramos uma van da Toyota muito confortável, acomodando até seis pessoas. Há ainda as marcas locais e algumas versões de carros que lembram cópias de modelos internacionais.
O movimento nas ruas é algo impressionante, especialmente aos sábados. A cidade parece não parar, e o fluxo de pessoas é constante em qualquer direção que você olhe. É uma energia vibrante, quase impossível de descrever. Em relação aos preços, nota-se uma diferença marcante em comparação ao Brasil. Um iPhone que custaria cerca de 12 mil reais no Brasil pode ser encontrado por aqui por valores em torno de sete a oito mil reais. É uma vantagem e tanto para quem busca eletrônicos.
A moda em Hong Kong também chama atenção: é comum ver pessoas vestindo roupas com personagens de animes, algo que é bem aceito por aqui, sem julgamentos. Cada um veste o que gosta, o que reflete um respeito interessante pela individualidade.
Outra surpresa foi a alimentação. A culinária é bem diferente, mais saudável e variada. No começo, tivemos dificuldades em entender os cardápios, mas, aos poucos, percebemos que sempre há uma opção para quem não aprecia pimenta. Ver jovens locais comendo pratos picantes com tranquilidade e alegria é curioso; é uma relação cultural única com a comida. Hoje, por exemplo, experimentei um prato de frutos do mar com arroz e temperos locais – um sabor maravilhoso.
O convívio com a cultura chinesa revela algumas similaridades surpreendentes com a nossa, especialmente em relação a valores familiares, trabalho e dedicação. A cada dia aqui, essa familiaridade se torna mais evidente, mostrando como, apesar das diferenças, temos traços culturais que se conectam.
Agora, enquanto escrevo, já é noite. Experimentei algumas cervejas chinesas e confesso que o sabor me agradou. Reflexionando sobre essa viagem, posso dizer que a experiência tem sido rica em aprendizados e agradável. Hong Kong é uma cidade que mistura o antigo com o moderno, e hoje mesmo estivemos numa área mais nova, perto do porto, onde compramos um celular a um preço bem mais acessível do que no Brasil.
Amanhã será nosso último dia por aqui, sem planos definidos além de dar uma volta e finalizar algumas compras. Hoje tive um contratempo com o cartão no ATM, que por não seguir o sistema brasileiro de primeiro devolver o cartão e depois liberar o dinheiro, acabou “engolido” pelo Banco da China. Felizmente, consegui resolver congelando o cartão no aplicativo da Wise.
De fato, cada momento nesta cidade foi único. Hong Kong e a China conquistaram um espaço especial em minha memória. E se tivesse a oportunidade, voltaria sem pensar duas vezes.
Hong Kong, em 26/10/2024
Por Elton Iappe
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Diário de Bordo 07: China - Explorando Hong Kong e Seus Encantos
Atualizada 24 Out 24HONG KONG - Nosso período na feira finalmente chegou ao fim. Depois disso, passamos dois dias em Shenzhen, um lugar que surpreende pela sua beleza e modernidade. Em seguida, partimos para Hong Kong. A travessia foi feita de trem-bala, que facilita muito a chegada à cidade, de maneira simples e rápida. Lembro que, quando se atravessa por terra, o processo é bem mais complicado, já que envolve trocas de carros e diversas etapas até cruzar a fronteira.
Aqui em Hong Kong, optamos por ficar no centro da cidade, onde alugamos dois quartos em uma pousada. Embora a localização seja conveniente, os quartos são bem pequenos e os preços altos. Comparando com Shenzhen, onde hotéis de padrão semelhante custariam muito menos, aqui o valor chega a ser proibitivo, com diárias que podem variar de R$ 10 a R$ 14 mil. A cidade é vibrante, com um comércio intenso em todas as áreas. Estamos perto da estação de trem de Kowloon, um ponto estratégico, de onde partem os trens-bala.
O comércio local é impressionante: lojas enormes e inúmeras, principalmente de eletrônicos e celulares, além de muitos shoppings e pequenos estabelecimentos que vendem de tudo.
Ontem tivemos uma experiência muito especial. Visitamos o Monastério de Po Lin, onde fica o famoso Buda gigante, localizado em uma das ilhas próximas. A beleza do lugar e sua simbologia deixaram uma forte impressão, tornando esse um dos momentos mais marcantes da viagem.
Agora, estamos aguardando o retorno para casa. Embora pudéssemos antecipar nossa volta, há sempre aquela incerteza em relação aos horários dos voos, e é arriscado chegar em cima da hora.
Hoje temos o dia livre e vamos aproveitar para explorar mais um pouco de Hong Kong, descobrindo seus encantos antes de nos despedirmos dessa fascinante cidade.
Hong Kong, em 23/10/2024
Por: Elton Iappe
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Diário de Bordo 06: China - Descobrindo Shenzhen
Atualizada 21 Out 24CHINA - Hoje foi um dia de deslocamento. Saímos da cidade de Guangzhue e seguimos para Shingzhen, em uma viagem de 134 Kms. Optamos por pegar um Táxi, que comporta até seis pessoas, pois somos cinco. A corrida acabou nos custando cerca de R$ 800,00, mas valeu pela praticidade. Chegamos ao destino por volta das 14h, e logo de cara enfrentamos o desafio de encontrar o hotel. Aqui é curioso, pois muitos hotéis estão dentro do mesmo prédio, o que torna a busca um pouco confusa. No entanto, conseguimos um ótimo apartamento, com dois banheiros, três quartos e uma sala-cozinha bem equipada.
Durante a tarde, saímos para explorar a cidade e tentar encontrar o centro comercial, mas sem sucesso. Mesmo assim, foi impressionante caminhar por Shenzhen. A cidade, que há cerca de 20 ou 30 anos era basicamente inexistente, agora exibe arranha-céus enormes e uma arquitetura moderna de tirar o fôlego. A organização e segurança também são notáveis, tanto no trânsito quanto nas ruas. É uma cidade em que você se sente seguro para caminhar a qualquer hora.
Algo que chamou atenção foi o estilo das chinesas, muitas delas usando saias curtas, muito curtas, com um short por baixo, uma combinação prática e que parece ser bem comum por aqui. A cidade também se destaca pelo alto nível de cordialidade das pessoas, sempre sorridentes e prestativas. Outro ponto interessante foi encontrar uma grande loja da Tesla e ver de perto as marcas de carros de luxo que circulam pela cidade.
Quanto à culinária local, ela é majoritariamente composta por pratos saudáveis, ricos em legumes, carne de porco e frango. Carne bovina é rara e, quando encontrada, vem em tiras finas, geralmente preparadas em pequenas churrasqueiras no centro das mesas. Embora os pratos sejam saborosos e saudáveis, com pouco sal, o uso excessivo de óleo e a abundância de pimenta podem ser um desafio para quem não está acostumado. Ainda assim, é uma experiência única.
A arquitetura continua a nos impressionar. Bem em frente ao nosso hotel está o prédio mais alto de Xinzhen, com 115 andares e 599 metros de altura, o quarto maior do mundo. Ao caminhar pelas ruas, é impossível não notar as bicicletas elétricas que ocupam as calçadas. Elas são onipresentes, usadas por famílias e, principalmente, por entregadores de comida, que circulam com agilidade entre os pedestres.
Apesar de alguns contratempos, o dia foi cheio de descobertas. Shenzhen é realmente uma cidade fascinante, cheia de contrastes entre o moderno e o tradicional, e com uma energia vibrante que só uma cidade em crescimento pode oferecer.
Shenzhen - China, em 19/10/2024
Por: Elton Iappe
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Diário de Bordo 05: China. - Inovações e Experiências em Guangzhou
Atualizada 18 Out 24CHINA - Hoje completamos nosso quinto dia em Guangzhou e mais uma vez fomos à feira. Chegamos um pouco tarde, por volta das dez horas, o que tornou o início do dia um pouco corrido. Visitamos uma área de máquinas que nos deixou impressionados com a tecnologia de ponta, especialmente no uso de lasers. Vimos máquinas que cortam chapas de metal de quatro a seis centímetros de espessura e outras que fabricam diversos produtos, como copos. A quantidade de inovação é tão grande que dá vontade de investir em cada nova ideia que aparece.
Planejávamos ficar na feira até às quatro da tarde, mas acabamos encontrando um fornecedor das bicicletas da Souza e passamos cerca de duas horas negociando. Com a ajuda de nossos contatos que atuam na importação, conseguimos chegar bem perto de fechar um acordo para trazer essas bicicletas para o Brasil. Enquanto isso, o Sady e o Júnior ficaram focados na área de máquinas, analisando possíveis oportunidades de importação. A feira é imensa, e a cada novo salão, uma nova surpresa tecnológica nos aguarda. A cada visita, ficamos mais encantados.
Depois de tanto tempo na feira, finalmente conseguimos achar uma comida sem pimenta, o que foi uma pequena vitória. É impressionante como até os pratos que afirmam ser sem pimenta ainda têm aquele toque apimentado. Mas, insistindo, conseguimos uma refeição tranquila e saborosa. Depois disso, saímos à noite para explorar mais um pouco, comprando algumas coisas nos mercados locais. É surpreendente como os preços são baixos. Para se ter uma ideia, uma Coca-cola custa pouco mais de R$1,00 e uma cerveja importada da Alemanha, de um litro, saiu por R$17,00.
Optamos por usar o metrô tanto na ida quanto na volta para a feira. Apesar de ser muito lotado, o sistema é extremamente organizado e eficiente. Compramos fichas que já indicam o destino, e o preço varia conforme a distância percorrida. Tudo funciona muito bem, mas encontramos um libanês que teve problemas porque sua ficha não correspondia à estação de saída. No geral, a experiência com o transporte público foi excelente. O povo chinês é de uma educação e cordialidade impressionantes, sempre dispostos a ajudar de forma tranquila e gentil.
Durante a noite, passeamos pelo comércio mais simples, mas encontrar uma comida que nos agradasse foi um desafio. Estamos sempre desconfiados da pimenta, que é presença garantida em praticamente tudo. O Fabiano, que tem problemas com glúten, tem comido no mesmo lugar todos os dias, e no final acabamos encontrando um McDonald’s para garantir uma refeição sem surpresas.
A China nos surpreende a cada detalhe, desde a cordialidade das pessoas até a modernidade nas ruas. Eu nunca vi tantos carros da Tesla na vida! Visitamos uma loja da Tesla em um shopping e, nas ruas, é comum ver modelos da Tesla, BID, Volkswagen, Toyota e muitas outras marcas chinesas que nunca ouvimos falar. Parece que aqui qualquer um que tenha uma ideia de carro pode criar sua própria marca e colocá-la no mercado. Vi até um carro da Xiaomi! É um mercado vasto e inovador.
Encerramos mais um dia com ótimos contatos e resultados. Guangzhou continua nos surpreendendo, e a experiência tem sido mais do que positiva. Está valendo a pena!
Guangzhou -China, em 17/10/2024
Por: Elton Iappe
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Diário de Bordo 04: China - Explorando Guangzhou
Atualizada 16 Out 24CHINA - Hoje voltamos à CantonFair, com uma pequena demora por causa do táxi, mas foi tranquilo. Na volta, decidimos experimentar o metrô pela primeira vez, e que surpresa agradável! Acho que foi a última vez que usamos táxi, porque o metrô se mostrou uma opção muito mais prática e eficiente.
O metrô de Guangzhou é realmente algo impressionante. Cada estação tem um charme único, decorada com anúncios coloridos e um design moderno. Os vagões são incrivelmente limpos e bem conservados, dando a sensação de estarem sempre novos. A rede cobre toda a cidade, facilitando muito a locomoção por esse vasto centro urbano.
Depois de Canto Fé, fomos dar uma volta em um shopping. Eu estava procurando por um novo iPhone, mas, infelizmente, o modelo que eu queria estava em falta. Mesmo assim, passamos um tempo agradável explorando as lojas e, para nossa surpresa, encontramos uma churrascaria “gaúcha”. Não era exatamente como as tradicionais, e os garçons pareciam um tanto diferentes, mas a experiência foi divertida.
Na volta, pegamos novamente o metrô e seguimos para o apartamento. Durante o trajeto, algumas curiosidades nos chamaram a atenção. As chinesas têm um estilo de se vestir bem diferente, com roupas que, para nós, parecem inusitadas: vestidinhos, toquinhas, combinações peculiares, mas que fazem parte do charme local.
Guangzhou é uma cidade deslumbrante. As ruas são extremamente limpas e bem cuidadas. Os taxistas são educados e organizados, o que torna o deslocamento pela cidade muito agradável. As avenidas são ladeadas por árvores e flores, tornando o ambiente mais humanizado e acolhedor. E os prédios? Alguns são verdadeiras obras de arte. A arquitetura aqui é ousada, com formas inusitadas, como edifícios que lembram pepinos e outras construções modernas, cada uma mais interessante que a outra.
Já visitamos várias cidades na China, e esse padrão de organização e beleza se repete por onde passamos. Tudo é pensado nos mínimos detalhes, e a China não para de nos surpreender.
Agora, à noite, planejamos sair mais uma vez. Como sempre, a comida é um desafio, principalmente por causa da quantidade de pimenta em quase tudo. Mas estamos aprendendo a contornar isso e, com um pouco de sorte, hoje conseguiremos encontrar algo mais suave. Mesmo assim, a aventura gastronômica continua!
Cada dia aqui é uma nova descoberta!
Guangzhou-China, em 16/10/2024
Por: Elton Iappe
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Diário de Bordo 03: China - Primeiras Impressões da Feira de Cantão
Atualizada 16 Out 24CANTÃO - Depois de mais de uma hora, finalmente conseguimos pegar os crachás de entrada na feira. O lugar estava repleto de gente! A quantidade de pessoas era impressionante. Embora a feira seja muito bem sinalizada, é fácil se perder dentro do complexo. São três andares de pavilhões imensos, todos com produtos da primeira fase da exposição. Tudo incrivelmente bem organizado, desde a disposição dos estandes até a sinalização dos corredores.
Após a longa espera, a fome começou a apertar. Decidimos que era hora de comer. Mas, para tudo, havia filas – e filas longas. Depois de uma verdadeira batalha para comprar a ficha do almoço, passamos para a etapa seguinte: pegar a comida. Não havia muita ordem no processo, quem fazia o pedido recebia na sorte. Conseguir a refeição foi um desafio por si só.
Com a comida em mãos, a missão seguinte era encontrar um lugar para sentar. Como o espaço era disputado, tivemos que nos espalhar por várias mesas, sentando entre chineses e outras nacionalidades. Brasileiros? Até o momento, éramos os únicos.
Quando os pratos chegaram, logo percebemos que a quantidade de pimenta era muito maior do que poderíamos imaginar. Eu ainda consegui comer alguns pedaços de carne, mas os outros ficaram só no arroz – que, aliás, estava sem gosto e quase sem sal.
Depois de explorar alguns estandes, a fome voltou. Felizmente, encontramos um McDonald’s para matar o desejo de algo mais familiar. Por volta das 16h, decidimos que era hora de ir embora. Tentamos pegar um transporte, mas sem sucesso. Acabamos optando por um táxi, o que nos levou a outra longa fila. Às 18h, já estávamos no final da fila, e ainda demoraria mais meia hora para conseguirmos o táxi. Aqui, nada é pequeno e nada é fácil.
De volta ao hotel, resolvemos relaxar um pouco. Pedimos uma Budweiser (sim, tem na China) e um prato de macarrão, que, mesmo pedindo sem pimenta, veio com uma quantidade generosa de tempero picante. Parece que eles não entendem a ideia de alguém querer uma refeição sem MUITA pimenta!
Assim foi o primeiro dia na Feira de Cantão: intenso, cheio de descobertas e desafios, mas também repleto de experiências que ficarão na memória.
Cantão-DF, em 15/10/2024
Por: Elton Iappe
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Diário de bordo 02/ China - parada de 9 horas em Paris - França
PARIS - Hoje desembarcamos em Paris após uma viagem tranquila. O avião que pegamos era um pouco apertado, principalmente para quem viaja na classe econômica. Para mim, não foi tão complicado, mas para quem é um pouco maior, a falta de espaço pode ser desafiadora. Chegamos por volta das 14h e, com uma escala de 9 horas, não podíamos perder a chance de conhecer um pouco da cidade.
Nosso destino principal foi a Torre Eiffel. Aproveitamos o trajeto e demos uma passada pelo Arco do Triunfo e ainda paramos em um mercadinho para algumas compras. A cidade é como nos filmes, cheia de charme e história em cada esquina. Tentamos usar o metrô, mas, como havia problemas no sistema, acabamos pegando um táxi que nos custou 70 euros para ir até o centro e mais 70 euros para voltar ao aeroporto. Realmente, um valor alto (R$ 860,00), mas faz parte da experiência. Conhecer países da Europa significa gastar muito.
A Torre Eiffel impressiona pela sua arquitetura e pela quantidade de pessoas que a visitam. A segurança é reforçada com detectores de metal em vários pontos, o que nos fez optar por explorar as redondezas, já que o tempo era curto. Andamos um pouco mais e encontramos músicos independentes tocando pela cidade, o que deu um toque especial ao passeio. Um deles tocava saxofone, enquanto outro se destacava por falar uma impressionante quantidade de línguas, respondendo a todos no idioma que utilizavam.
Também passamos pelo símbolo das Olimpíadas e, pela primeira vez, vi o Rio Sena. Achei as águas bastante agitadas, com uma correnteza forte, mas, ainda assim, vários barcos passeavam, levando turistas para conhecer a cidade. O cenário ao redor da Torre Eiffel é realmente bonito, mas Paris como um todo é deslumbrante. É o tipo de cidade que eu adoraria voltar para explorar com calma, talvez por uma ou duas semanas, caminhando e descobrindo cada canto.
No entanto, essa viagem tem um objetivo claro: a China. Estamos de volta ao aeroporto, prontos para embarcar rumo ao nosso próximo destino. O voo é de cerca de 12 horas até a China. Curiosamente, a distância entre Paris e a China é maior do que entre o Brasil e Paris. Mas, com certeza, será uma viagem inesquecível. Vamos lá, rumo a novas oportunidades de negócios!
Brasília-DF, em 13/10/2024
Por: Elton Iappe
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Diário de Bordo 01: China - Explorando Negócios na ChinaBRASÍLIA - E assim começa mais uma jornada, desta vez, rumo à China. Desembarcamos em Hong Kong, eu, dois sobrinhos, meu filho e meu cunhado. Nosso destino principal é a Canton Fair, uma das maiores feiras do mundo, especializada em eletrodomésticos, importados, máquinas e muito mais. Esta feira gigantesca se estende por 34 mil metros quadrados e é dividida em três fases, cada uma durando cinco dias. Nosso plano é explorar a feira durante esse período, absorver tudo o que for possível e buscar novas oportunidades de negócios.
Canton, localizada na província de Guangzhou, fica a cerca de 150 quilômetros de Hong Kong. Assim que chegarmos ao aeroporto de Hong Kong, pegaremos um trem-bala direto para lá. Após a feira, nossa próxima parada será Shenzhen, onde passaremos dois dias em uma região conhecida por sua inovação tecnológica. É lá que muitas das grandes fábricas de inovação estão concentradas, e pretendemos visitar algumas delas para explorar ainda mais o potencial de novos negócios.
Depois disso, retornaremos a Hong Kong, onde também temos algumas visitas programadas e encontros em ambientes que prometem ser bem interessantes. A viagem, que começa no dia 12 de outubro e termina com nosso retorno em 30 de outubro, será intensa, mas cheia de oportunidades.
Diferente de uma aventura turística, essa é uma viagem de conhecimento e negócios. Vou compartilhar com vocês os relatos das feiras, o ritmo frenético dos ambientes e algumas curiosidades interessantes que encontrarmos pelo caminho. Ao invés de filmar, prefiro registrar tudo por escrito, mas certamente enviarei algumas fotos para ilustrar essa experiência.
Vamos ver o que essa jornada nos reserva em termos de aprendizados e conquistas. Até o próximo relato.
Brasília-DF, em 12/10/2024
Por: Elton Iappe
Ontem combinamos que sairíamos cedo hoje, 06:30 horas da manhã e já tinha gente mexendo na moto, carregando as coisas, dando uma apertada ali e aqui. 7:30 horas todos foram para o café da manhã e 8:30 horas todos a moto, prontos para partir. Hoje foi excepcional, nem sempre funciona, mas hoje funcionou, é o que importa.
Para mim e mais fácil, minha moto ficou prática, dois baús laterais para carregar algumas coisas, como chaves, câmaras de ar reservas, remendos para a câmara, bomba para encher a câmara, capa de chuva. A bolsa superior para carregar aquelas coisas que preciso durante o dia e baulete superior para carregar as roupas. Toda vez que parava, tirava só a mochila de roupas e higiene pessoal e a bolsa da frente, pois sai fácil e poderia ser roubada, de manhã coloco de volta a estou pronto para a viagem.
Agora, por último acrescentei o tambor de gasolina, que tirou aquele medo de ficar sem combustível, parando a cada momento para abastecer, temendo não encontrar posto de combustível mais à frente.
Consultei o site Clima Tempo e confirmo temperatura de 10 graus para a região do Atacama. Coloco a calça de segunda pele (para ambientes de calor) e por cima, a calça X11 própria para motociclistas. Na parte de cima uma caiseta de segunda pele, mais camiseta normal e casaco de motociclista. Tudo certo, para 10 graus.
A viagem começa, 10 graus como previsto. Começamos a subir a cordilheira dos Andes e a coisa começou a esfriar. Primeiro 5 graus, depois 3 graus, 2 graus, até zero graus eu comemorei, mas quando começou a ficar menos do que 0, bateu preocupação. No topo do frio chegou a -8. Pensa num frio! As mãos, o aquecedor de punhos dava sustenção. As pernas até que estavam quentinhas. Mas a parte de cima, quando passava um ventinho, por exemplo no pescoço, a coisa assustava. Lá pelas tantas parei para ver se estava tudo bem com os meus dedos das mãos, já que não estava sentindo eles. Mas Graças a Deus, estava. Montei na moto e continuei.
Depois de subir e subir, finalmente uma planície sem fim, por onde a estrada corria em linha reta, com algumas curvas suaves. Para exemplificar a paisagem nesta altitude (acima de 5 mil metros), você já viu uma área de lavoura preparada? Então, nessa altitude parece isso. Você não vê um só verde, tudo marron, como se a terra tivesse acabado de ser preparada. Isso se estende por uns 300 km. Neste trecho todo, deixei de abastecer num único Posto de combustível que vi e se não fosse o tambor reserva, teria ficado sem combustível.
Depois começo a descida, a estrada vai serpenteando, quase se encontrando nas curvas, de tão tortas que são. Acha que não? Então veja o mapa.
Passo por umas montanhas de cor esverdeada, não fasso ideia porque, deve ser algum tipo de minério. Nessa descida da cordilheira, vou recebendo rajadas de vento que dão medo da moto flutuar, mas vou percebendo que não oferecem riscos, pois parece que a moto se inclina para suportar as rajadas. Logo à frente um camping, com pousadas e hotéis e na atrás montanhas coloridas. Como não deve ter água por aqui, acho que as pessoas vem aqui para curtir a cor das montanhas. Acaba a gasolina e meu tambor reserva me salva. Paro e arrumo uma coisa ali, outra lá, enquanto a gasolina corre para dentro do tanque da moto, me preocupando unicamente com as rajadas de vento, que as vezes parece que vão derrubar a moto. Pulo na moto e sigo viagem, querendo parar a cada curva para tirar mais fotos, de tão lindas que são as paisagens que se estendem à frente.
Chegando perto das 19:00 horas, parei em uma cidadezinha a 27 km de Monte Quemado, muito cansado parei no Hotel e perguntei se tinha vaga, disse que sim, mas que não aceitava nem cartão de crédito e nem dólar. Desolado sai e um Argentino (Rolando), perguntou se estava com alguma dificuldade, falei então que precisaria ir até a próxima cidade porque não tinha dinheiro. Imediatamente disse que trocaria os dólares para pagar o hotel, também para a janta e o café.
No outro dia, a corrente de moto ficou solta, um rapaz em outra cidade emprestou as chaves, ainda ofereceu água e almoço. A casa dele virou ponto turístico, pois todos queriam saber detalhes da moto. Passei a ser um mero informante e o astro a BMW.
Ainda, sempre que precisei de ajuda, aparecia alguém para ajudar, colocar a moto no tripé, descer ela, empurrar quando não dava conta, em fim, estava voltando sozinho, mas as pessoas de um outro país sempre estavam à disposição para ajudar. Como digo sempre, 95% das pessoas são boas, no entanto, os 5% causam mais impacto do que os 95% de bons. Que bela lição recebi do povo argentino, pois me ajudaram a cada necessidade, sempre solícitos e disponíveis, fazendo de tudo para que a minha viagem seguisse.
No Paraguai passei rapidamente, mas também, a moto sempre causava espanto e todos queriam saber detalhes sobre ela.
Cheguei em casa, depois de rodar 3.235 km em 3 dias e meio. Neste trajeto todo, tive apenas um susto com um carro que estava passando um caminhão na faixa contínua, à noite, e precisei ir para o acostamento, que só consegui porque minha intuição me disse bem antes que havia algo de errado à frente e saí para a faixa externa da via e em Goiânia, onde por um pequeno descuido a moto caiu e bateu na minha perna. De resto, só coisas boas e muitas reflexões sobre a vida, amigos, familia, coisas, filosofias, pensamentos...
Que viagem!
Elton Iappe
30/04/2018
Hoje, desde o dia 13/04, é o primeiro dia que não vamos andar de moto. Pegamos uma Van para ir até os Géisers em San Pedro de Atacama. A temperatura hoje pela manhã (5:00 horas da manhã) está em 10 graus. Ótima, se considerar que pode chegar abaixo de zero. Chega a Van. Parece boa, vai lotada, tem mais duas brasileira de Porto Alegre, 2 Chilenas, mais 2 casais não sei de onde.
Quando chegamos ao local, acho que não entendi bem, mas a temperatura estava em 1 grau, com a roupa que estava, peguei a bandeira do Motoclube de Águas Claras, mas ainda assim tremia dos pés à cabeça. Paramos para tirar fotos, quem diz que tenho coragem de tirar o gorro ou protetor de pescoço? Mesmo caminhando entre os géisers o frio não diminui. Depois fomos para local onde tinha uma piscina de Águas termais. Como estou com muito frio, vou aproveitar e tomar um banho nas aguas vulcânicas, já que não vou sentir mais frio do que já estou sentindo. Quando saio já me sinto melhor, mas pensa numa bateção de queixo!
Os géisers são legais, mas não impressionam, a piscina para tomar banho poderia ser mais quente. Depois fomos a um lugar que borbulhava o barro, com forte cheiro de enxofre, bem próximo de um monte nevado, foram boas fotos, depois fomos para um lugar que chama “Vale de la Pantana (acho pântano)” e por fim para uma vila (Machuque), com 35 habitantes, onde serviam churrasquinho de Lhama. O passeio é legalzinho, mas não impressiona.
Fim do passeio lá pelas 12:00 horas e a Van volta para a cidadezinha quase se desmanchando nas costelas de vaca do caminho. Gastamos o resto do dia dormindo. Pensa! Fazer 4.875 para dormir. Mas os últimos dias foram pauleira. Merecido o descanso.
Elton Iappe
27/04/2018