Amanheci com sangue no nariz, respiração dificultada, sintomas da altitude que não tem como fugir. Mas para mim valeu cada km rodado. Hoje iríamos para Iquique, no entanto, a rota mais curta não poderemos fazer, por uma questão de região autorizada, foi o que entendi da explicação dos carabineiros da fronteira. Para ir para Iquique precisaríamos descer até Calama, que fica perto de São Pedro de Atacama. A princípio combinamos ir até Antofagasta, cidade litorânea, a exemplo de Iquique e assim tocar nas Águas do Pacífico.
Como de costume, quando colocamos as motos na estrada já são 11:30 horas da manhã. Hoje em especial tivemos um problema de conversão. Uma mulher que troca dólar pagou $480,00 pesos bolivianos, no entanto, deveria para $680,00.
Interessante: andamos 200 km e encontramos apenas uma vila e uma cidade, até chegar em Calama, cidade maior é bem estruturada, com lojas de carros e tudo mais. Esqueci de mencionar, ontem, na Bolívia, andamos uns 70 km. e nesse trajeto encontramos 1 silo (para grãos ou algo assim) e 3 casinhas, nessas casinhas encontramos a única pessoa do caminho, pedimos informações, mas ela só falava a língua Keshua e ficamos sem a informações.
Em Calama paramos para abastecer e tiramos o sal das motos com uma ducha que nos mesmo passamos. Dali fomos para Antofagasta. Quando chegamos descobrimos que a cidade tem mais de 500 mil habitantes, muito grande e bonita, com excelentes restaurantes, grandes revendas de carros. Só um detalhe, entre Calama e Antofagasta tem 233 km. de estradas excelentes, montanhas e montanhas de resíduos de terra de extração de níquel e depois Antofagasta. Já imaginou? 233km e apenas 1 cidade.
Em Antofagasta, pela manhã, fazemos alguns passeios para conhecer a cidade e depois embarcamos em direção à San Pedro de Atacama. San Pedro de Atacama existe a muito na minha imaginação, muitas histórias contadas, fotos, mas acho que é uma cidade que não eu certo. Acho que é uma vilinha, daquelas bem abandonadas, que recebe turistas.
No que diz respeito a temperatura, hoje no início da viagem, perto do litoral pegamos 27 graus, depois subiu para 35 graus e mais tarde, já perto de San Pedro de Atacama, a temperatura caiu para até 10,5 graus.
Chegamos em San Pedro de Atacama e a cidade não se parece com nada que eu poderia imaginar. Ruas estreitas, de chão batido, com casas de aparência simples e como já é noite, as luzes meio fracas dão um ar mágico à cidade, apaixonante, daquelas que você se pergunta se ficaria mais tempo e a resposta é sim. Ficaria pelo menos uma semana por aqui.
As ruas apinhadas de turistas de todos os cantos, inclusive do Brasil, deixam a cidade animada. Se fosse comparar, poderia dizer que tem proximidade com Pirinópolis, só que com um grau maior de rusticidade. Mas nem de longe poderia ter imaginado que seria assim.
Contratamos um pacote por R$ 30,25 para conhecer o Geisers, tomar banho em Agua vulcânica e outras paisagens, no entanto, sai às 05:00 horas da manhã. Espero acordar.
Elton Iappe
26/04/2018
Já tem uns 2 dias que parece que tem sujeira no nariz, ao limpar são pedaços de sangue e hoje pela manhã está cheio de sangue, ainda não sangrou pra valer, mas todos estão com os mesmos sintomas. Farmácia para algum remédio, só se passar o Salar de onde graças a Deus, ontem, conseguimos desatolar o Troller, então é se virar com o que temos. Mas as paisagens compensam tudo.
Entrando no terceiro dia sem comunicação por telefone, ou internet, não sabemos de nada que está acontecendo e não é ruim, pois podemos nos focar apenas no que importa, A VIAGEM e com os sintomas iniciais da altitude, pouca fome, um aparente mal estar, sangramento no nariz, cansaço após pequenas tarefas e respiração ofegante.
A gasolina nas motos está tranquilo, diesel para o Troller nem tanto e no caminho não temos muita esperança de encontrar diesel S10, talvez na fronteira, mas acreditamos que chegamos lá, se não teríamos de apelar para o diesel comum. Aqui a SUVs que dominam quase absolutas a região, são todas a gasolina, mas como eles pagam somente R$ 2,00 o litro, não preocupa a eles os gastos.
Hoje devemos encarar uns 40 km de estrada de chão, depois Aduana e dai Chile. Dizem que lá pelo Chile a infraestrutura das estradas é melhor e devemos pegar quase só asfalto, espero, porque as informações aqui são sempre meio desencontradas e só pôde-se ter certeza de algo depois de confirmar várias vezes. Mesmo já tendo visto vídeos, relatos e outros, ainda assim pode-se entrar em alguma fria. Mas como o nome da nossa trip é “EXPEDIÇÃO SALAR DE UYUNI 2018”, todas essas dificuldades fazem sentido.
Mais um detalhe sobre nossa travessia do Salar, como a água do Salar bateu nas roupas e na moto inteira, além das manchas brancas que por mais que você limpa continuam, tudo está meio endurecido pelo sal. Gente, é sal demais!
Pegamos a estrada, tem bastante areia, pedrinhas e poeira, muita poeira. Numa curva, daquelas que você quase vê a placa da moto, fui trocar de pista, para o caso de um carro vindo do contra e a roda da frente travou, tentei pular fora da moto, mas a perna não saiu tão rápido como eu queria e a moto caiu em cima, sorte que não machuquei, os outros chegaram e levantaram a moto. É! Essa estrada não é para os fracos e depois dos últimos dois dias, principalmente os últimos dois, eu me classifico entre os fracos.
Continuando a viagem, com muita costela de vaca, tanto que a moto parece que se encolhe ao passar, chegamos nos 40 km e nada de asfalto, apenas entramos numa estrada levantada, mas continuam as pedras, também as costelas de vaca e a poeira. A única vantagem são as paisagens. No caminho passamos por algumas vilas e no caso daqui, vilinhas e para vilinha daqui, eu não teria parâmetro comparativo no Brasil. Umas casinhas de tijolo de argila, levantado com barro, normalmente cobertas de zinco, mas tem coberturas de palia e outras coisas que não identifiquei.
Depois de 76 km rodados e o corpo moído, paramos para almoçar em San Juan, descobrimos que ainda faltam 50 km e adivinhem? Chão bruto. Mas o que fazer? Vamos encarar a estrada que deve ter o mesmo padrão que observamos até aqui, pedra, poeira, areia e costela de vaca.
San Juan – Bolívia, parecia grande mas é tão vilinha como as outras. Posto de gasolina? Nem pensar. Restaurante, boa piada.
Pegamos a estrada e as coisas só pioraram, as costelas viraram costelões, a moto pula pra cá e pra lá e a viagem foi sendo entre 10 e 30 km por hora. Paramos perto de outro Salar para tirar umas fotos e apesar do ambiente inóspito, de sal, terra fraca, vegetação rasteira, ventos fortíssimos e estradas muito mau cuidadas, impressiona pela beleza de contemplar as montanhas, os salares e picos nevados.
Logo mais à frente minha moto começou a engasgar, mas ligava de novo, depois de umas 5 engasgadas e de uns minutos, ela volta a funcionar. Gasolina de má qualidade? Só pode. Pedi para parar e completei com gasolina que trouxemos da Argentina e ela voltou a funcionar normalmente. Depois de rodar 189 km de estradas péssimas, chegamos à fronteira com a Bolivia. Falaram que já tinha encerrado. Eram 18:00 horas, mas que nos atenderiam, desde que pagássemos $ 15,00 Bolivianos para cada um, cerca de R$ 7,50. Na porta, bem grande estava escrito “Atendimento até às 19:00 horas”. Melhor não discutir. Autoridades Bolivianas desonestas não são novidade.
Nos liberaram e saímos com tudo para chegar antes das 19:00 horas na aduana do Chile. Chegamos às 18:57 horas. Nos atenderam, bateram os carimbos, precisamos preencher os documentos do veículo e fomos todos para a vistoria. Desceram tudo das motos e do carro. Como não tinha mais ninguém, nos liberaram dentro 1 hora mais ou menos. Pedimos sobre hotel e disseram que tinha um na vilinha ao lado (Hostal Atahualpa). No primeiro que fomos, Nossa! Muito ruim. Andamos até o Atahualpa, vimos os quartos. Ótimos, fazem a janta e tem uma ótima garagem para os veículos.
Exaustos pelos 40km que viraram 189km. Jantamos e depois de umas pequenas e curtas histórias da aventura do dia. Cama. Amanhã tem mais. Nosso destino amanhã é Iquique, Chile .
Elton iappe
24/04/2018
Vamos embarcar às 02:00 da manhã do dia 20/04, mas quando são 22:00 horas do dia 19/04 e para não correr riscos vamos para o aeroporto e em 20 minutos estamos lá, pois as estradas em direção ao aeroporto de Beijing são muito boas e com opções para evitar trânsito.
Para não estressar vamos direto para o Check in, imigração... Mas tudo corre de forma tranquila e religiosamente perfeita e lá pelas 12:00 horas já estamos lanchados e esperando o nosso voo em frente ao portão de embarque e na hora prevista nosso voo é anunciado para embarque.
Consegui três janelas, mas um chinês espertalhão pede para o Alexandre ceder a janela. Como é um casal de idade o Alexandre acaba na fila do meio. Durmo um pouquinho e logo depois acordo com o sol já totalmente nascido no horizonte, mas o avião altera a rota e o sol lentamente começa a desaparecer no horizonte e volta a ficar de noite. Saímos de Beijing às 2:00 horas da manhã e depois de 10 horas de voo chegamos no amanhecer em Frankfurt. Foi a noite mais longa da minha vida, com exatos 15 horas, sem contar que devo ter acompanhando o nascer do sol por umas 8 horas.
Saímos do avião e o pessoal decide ir para o Duty-free ver alguns produtos tipo máquina fotográfica, tablet, celulares, etc. Acabamos ficando além da hora e quando saímos na imigração já eram 10:00 horas em Frankfurt. Contratamos um city tur por R$ 100,00. Não deve ser grande coisa, considerando que Frankfurt é uma cidade comercial e financeira, não tem muito de turismo. Mas vamos lá, afinal nossa ideia é tomar um chope e olhar o movimento de Frankfurt - Alemanha.
Realmente o city tur não foi lá aquelas coisas, mas paramos na parte velha da cidade e tomamos alguns chopes e comemos Bratworzt, salame tipo salsicha, acompanhado por um pedaço de pão pequeno, que basicamente serve para segurar a salsicha, acompanhada de doses generosas de catchup, maionese e mostarda. Eu, com saudades, como três fácil, acompanhados de uns chopes para encerrar a viagem. Foi realmente um momento especial para encerramento de uma viagem espetacular que até o momento não houve grandes momentos de dificuldade, as reservas todas deram certo, os pacotes contratados todos fecharam sem quaisquer dúvidas ou adicionais de custo.
O centro de Frankfurt é reconfortante para essa viagem de 21 dias. Boas conversas, boas histórias, custos razoáveis e muitos aprendizados, onde podemos apreciar tudo que pensamos e até o que não pensamos. Desde desertos até mar, neve, gelo, areia, pedra, terra e cidades, algumas delas impressionantes pelo tamanho, outras pela riqueza, outras pela religiosidade e outras pela beleza.
Nesta viagem tivemos a oportunidade de observar culturas diferentes como a Tibetana, que guarda uma religiosidade só comparável aos hinduístas na Índia. Com a ideia de que você deve sempre rezar pelas pessoas e não por você, eles passam horas e horas circulando em torno dos lugares considerados sagrados, rezando o mantra "Om mani padme hum", ou outro.
Passamos por países e regimes de governos complexos de entender como os de Hong Kong, Macau e Tibet. Hong Kong, parte ilha e parte continente, com fronteiras controladas, Macau um lugar com escrita em português nas ruas que ninguém tem a menor noção do que possa estar dizendo e Tibet, uma invasão da China, não aceita pela população do País, mas que lentamente vai sendo impelida para a mudança e o modernismo imposto pela China.
E agora só faltava mais uma parte desta viagem. O retorno. Encarar aproximadamente 25 horas sentados em uma poltrona de avião e mais umas 20 horas de espera em aeroportos vai ser a parte do exercício de espera e controle do corpo da mente, sem contar a readaptação ao fuso horário de 11 horas em Beijing e 5 horas da Alemanha.
Aqui termina da viagem, mas se você se animar estou à disposição para todas as dicas que precisar, considerando que toda organização da viagem não contamos com a ajuda de nenhuma agência de turismo e assim, foram horas de organização e leitura para entender como funciona e também descobrir se os locais onde estamos reservando é confiável e todos foram. Usamos muito o Hostelword para as reservas de hotel e Chinatur para as compras de passagens pelo interior da China.
Não gostei do trabalho da Airchina pela falta de SAC, ou mesmo e-mail para eventual contato, além da descentralização, onde uma cidade não resolve problemas de outra, se limitando a fornecer o número do telefone para ligar.
Nesta viagem optamos por utilizar somente hostal (albergues). A magia do hostal está na amizade e boas informações, preços muito convidativos e no caso da China, são melhores que muitos hotéis.
Dicas de excelentes hostais:
Dragon King em Beijing
Rain Forest em Yanshuo
Tashi Hostal em Lhasa-Tibet
Hostal em Jiussaigu
Valeu!
Elton Iappe
20 e 21/04/2015
Ficamos com os últimos dois dias livres para comprar coisas em Beijing, passear nos shoppings, conhecer a cidade, andar de metrô, conhecer o comércio, enfim, se misturar aos nativos nesta imensa cidade.
Mais uma vez constatamos a estranha relação comercial entre a população chinesa e o regime do País. "Se isso é comunismo, eu quero isso para o Brasil". Encontramos lojas onde relógios custam mais de R$ 105.000,00 ($ 211.000,00 Yuan) e lojas com as marcas das roupas mais caras do mundo, lojas de perfumes que ainda não vi no Brasil de tão caros, cosméticos, shoppings tão bonitos que ficamos de boca aberta admirando a riqueza da aparência desses centros comerciais.
Andamos também por ruas que levam à China antiga, onde vendem comidas típicas como o Pato de Pequim, o qual é claro nós saboreamos um com muito gosto e realmente gostamos do sabor. Os espetinhos de gafanhotos, larvas, escorpiões, calangos e outras especiarias como lulinhas e frutos do mar também encontramos. Os espetinhos de escorpiões por exemplo, custavam R$ 25,00 cada, muito caros e esse foi o único motivo pelo qual decidimos não comer essa iguaria.
Interessante que esse local onde vendem essas iguarias é ponto turístico não só para nós, mas pelo alvoroço dos chineses e busca por fotos para eles também. É nítido que é algo que não faz mais parte do cardápio deles, que lotam os Mac Donalds, Starbuks Coffe, KFCs, Pizza Hut e outras redes bastante conhecidas no Brasil e no mundo e ainda mais na China. Pizza Hut por exemplo, vi vários em todas as cidades que passamos.
Os comerciantes, tipo feirinha, são muito agressivos e vendem as coisas a preços muito abaixo do preço inicial. Por exemplo, comprei um conjunto de 5 rachi, aqueles pauzinhos chineses usados para comer, onde o preço inicial fornecido foi de R$ 143,00, eu ofereci R$ 20,00 e depois de negociar um pouco e ameaçar desistir da compra foi fechado pelo meu preço ofertado. Também, quando você pergunta o preço, esteja preparado para ser puxado, alertado por gritos e outros alertas pedindo que você faça a sua oferta, é até complicado mostrar um pequeno sentimento de querer que eles enlouquecem para que você leve o produto.
Fomos ainda, ao Show da Ópera de Pequim, o teatro fica dentro de um hotel. É muito bonito por dentro. Sentamos em cadeiras tipo cinema e mais na frente várias mesas com tira gosto sobre elas, essas mesas são logo ocupadas por pessoas com aparência milionária e que vão logo pedindo um monte de bebidas. Recebemos também o cardápio e subitamente perdemos a vontade de beber algo. O preço por exemplo de uma cerveja era de R$ 30,00. Os vinhos e comidas não vou nem comentar.
O preço de entrada do show foi R$ 70,00, mas na minha avaliação não devia ter gasto esse dinheiro. A ópera começa com um cara se pintando e vestindo no palco. Depois passam um pequeno filminho, depois no primeiro ato tem um casal simulando a subida e navegação em um barco. No segundo ato, dois guerreiros fazem uma disputa simulada e segundo o Eduardo teve outro ato, que talvez eu tenha dormido, porque não me lembro. Tudo isso acompanhado por uma bateção de lata um pouco irritante. O palco só mudou uma vez
quando inseriram um pequeno muro. Sorte que um celular danou a tocar inadvertidamente e acordou uns 10 velhinhos do nosso lado que já estavam roncando. De repente ouvi os agradecimentos a todos e Hóóóóóó! Terminou? Mas ainda não aconteceu nada? Bem, legal! Senão ia dormir de novo. Realmente esperava mais, considerando que já tinha ouvido falar muito sobre essa ópera.
No outro dia voltamos para as compras de quinquilharias, visitas a shoppings e outras lojas. Muitas coisas nos impressionaram até momento, vale a pena vir para cá só para observar a cidade. A poluição absurda do primeiro dia amenizou nos demais, mas em alguns momentos do dia ela volta e com vento forte rapidamente os olhos começam a arder. Agora entendo porque sempre vejo os chineses com tapa nariz. O ar aqui é difícil de respirar e em alguns dias o ar está mais carregado de partículas visíveis de poluição que flutuam no ar parecendo chumaços de algodão.
O nosso voo para Frankfurt-Alemanha sai as 2:20 horas da manhã do dia 20/04, onde vamos esperar 15 horas até o embarque para São Paulo. Poderíamos ter comprado uma passagem com apenas 2 horas de espera em Frankfurt, mas tínhamos medo por causa da troca de aeronave, mas agora depois que vimos na ida a organização em Frankfurt, penso que poderíamos ter arriscado.
Tudo bem, podemos tomar uma cerveja em Frankfurt e dar uma caminhada por lá e assim experimentar um pouco da Alemanha ainda nesta viagem.
Elton Iappe
18 e 19/04/2015
Para visitar a Grande Muralha, pagamos por pessoa R$ 150,00 pelo transporte, ticket de entrada, café da manhã e almoço. Não está incluído o ticket de subida com teleférico, pois alguns aventureiros se arriscam a subir até a Muralha por meio de uma trilha, não sabemos, mas não acredito que vamos arriscar até por causa do tempo que temos para ficar por lá, cerca 3 horas, com mais 4 horas de transporte de ida/volta. Escolhemos a primeira entre as três opções de visita ofertadas pelo hostal, é claro, a mais cara das três, mas indicada pelo Lonely Planet e também pelo pessoal do hostal como a melhor opção.
6:30 estamos no café. Torradas, ovo mexido, café ou suco, manteiga e geleia... Café com gosto de casa. 7:20 horas da manhã, conforme contratado o ônibus passa. Ele vai completamente cheio, umas 39 pessoas, entre alguns chineses e outras pessoas de vários lugares do mundo. No almoço sentamos com dois casais da Irlanda, um deles sabia falar chinês e ajudou bastante na comunicação com a garçonete do restaurante.
Com mais R$ 50,00 para o teleférico e estamos em cima da "Grande Muralha da China". Uauuuu! Impressionante onde esses caras construíram isso! É simplesmente uma obra fantástica até para os nossos tempos, imagina em 1.400 quando, aproximadamente, começou a ser construída? Ela fica bem no cume das montanhas. Saímos andando sobre a muralha, bem devagar, menos pelo cansaço e mais por causa da vontade de bater fotos, pois cada passo descobríamos outro ponto perfeito para uma bela foto.
Paramos num determinada ponto e o Pedrinho comprou uma bandeirinha e a Senhora, já de idade, nos emprestou bonés e mais bandeirinhas da China para algumas fotos. Ela também tirou nossas fotos, menos do Alexandre que já deve ter chegado na Mongólia, pois saiu na frente e como esse é o chão dele - trilha, combinamos e ele se mandou. Prometemos que na volta compraríamos mais alguma coisa dela, mais precisamente um mapinha da muralha, feito em coro. Gostei dela e da boa vontade que demonstrou.
Continuamos caminhando e fotos e mais fotos, alguns vídeos para mandar pelo Wattsapp para a família e lentamente chegamos até um ponto onde dizia que os turistas não deveriam seguir, mas o guia já tinha falado que poderíamos seguir em frente. Seguimos até chegar a um outro ponto, bem mais alto, muito suados e já meio sem energia, o Pedrinho de chinelo, não quis seguir porque só haviam pedras já deslocadas e mata entre as pedras. Eu e o Eduardo seguimos mais um pouco e encontramos um casal de Brasileiros voltando. Eram de São Paulo. Estavam adorando e tinham ido bem mais longe na trilha.
Encontramos o Alexandre voltando com belas fotos do outro lado do pico que estávamos vendo. Disse que a muralha continuava até perder de vista sempre aproveitando o topo das montanhas. Batemos algumas fotos e decidimos todos voltar. Na volta reagrupamos o Pedrinho e de foto em foto, fomos nos aproximando do ponto onde fica o teleférico. Que bom, porque descer pela trilha, penso mais uns 2 km, mesmo de descida não seria nada agradável, pela situação de cansaço, caras vermelhas e cansadas.
Chegamos no local do almoço às 13:27, 7 minutos de atraso e vamos logo para o almoço. A comida chinesa quando desprovida de pimenta é muito gostosa, que pena que eles colocam pimenta que arde a boça, os lábios, o nariz... Fala sério! Porque esse exagero? Mas esse almoço, feito para nós só tem sal e alguns temperos e comemos mais do que o necessário de tão boa. 1 cerveja para cada um para comemorar esse dia histórico nas nossas vidas. Valeu cada passo que damos, tipo um sentimento de êxtase toma conta, não só por causa das pedras, mas pelas paisagens e pela história dessa muralha, que pode ser visto até da lua, como já li.
Agora vamos encarar 2 horas de ônibus e estaremos em casa. Ops! No hostal. Mas o cansaço me faz pensar que aquela cama no momento cai muito bem. Eu que peguei um leve resfriado, estou me sentindo mais cansado do que o habitual. Acho que só um banho e cama é o que me espera no momento.
Elton Iappe
17/04/2015