CUIABÁ – A saca de 60 quilos da soja em Mato Grosso fechou junho cotada a R$ 104,00 em média.
Em Água Boa, a saca está em torno dos R$ 100,00 ao agricultor.
O valor aponta uma desvalorização anual de 36,24% em relação a junho do ano passado, quando custava R$ 142,00.
A combinação do recorde na produção de Mato Grosso, dos prêmios negativos, queda do dólar, entre outros, motivaram a queda nos preços da soja.
Os dados são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Cerca de 30% da gigantesca produção de soja ainda não foi comercializada. Segundo o Imea, o preço praticado atualmente na soja não cobre os custos de produção, nem do ciclo futuro.
A próxima semeadura da soja deve começar no dia 16 de setembro em Mato Grosso.
No Médio Araguaia, o plantio da soja deve começar somente a partir da segunda quinzena de outubro, quando as chuvas se estabelecerem regularmente.

QUERÊNCIA - Aconteceu na manhã desta quarta-feira (28), no Sindicato Rural de Querência, o tradicional café da manhã com o produtor rural.
Veja vídeo: 

BRASÍLIA - O governo federal lançou, nesta terça-feira (27), o plano de financiamento da agricultura e da pecuária empresarial no país. Os recursos da ordem de R$ 364,22 bilhões vão apoiar a produção agropecuária nacional de médios e grandes produtores rurais até junho de 2024. 

Os recursos são destinados ao crédito rural para produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e demais. O valor reflete um aumento de cerca de 27% em relação ao financiamento anterior (R$ 287,16 bilhões para Pronamp e demais produtores).

"É um Plano Safra completo, com recorte especial, com juros mais baratos, para aqueles que praticam agricultura ambientalmente sustentável. Queremos ver o Brasil, cada vez mais, batendo recordes na produção, produzindo em escala, mas queremos que vá para a mesa dos brasileiros alimentos saudáveis. E queremos preservar para o Brasil dar exemplo ao mundo", afirmou o diretor-presidente da Conab, Edegar Pretto, que participou do anúncio, no Palácio do Planalto.

O Plano Safra 2023/2024 incentiva o fortalecimento dos sistemas de produção ambientalmente sustentáveis, com redução das taxas de juros para recuperação de pastagens e premiação para os produtores rurais que adotam práticas agropecuárias consideradas mais sustentáveis. 

Do total de recursos disponibilizados para a agricultura empresarial, R$ 272,12 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização, uma alta de 26% em relação ao ano anterior. Outros R$ 92,1 bilhões serão para investimentos (+28%).

Os recursos de R$ 186,4 bilhões (+31,2%) serão com taxas controladas, dos quais: R$ 84,9 bilhões (+38,2%) com taxas não equalizadas e R$ 101,5 bilhões (+26,1%) com taxas equalizadas (subsidiadas). Outros R$ 177,8 bilhões (+22,5%) serão destinados a taxas livres.  

As taxas de juros para custeio e comercialização serão de 8% ao ano para os produtores enquadrados no Pronamp e de 12% a.a. para os demais produtores. Já para investimentos, as taxas de juros variam entre 7% a.a. e 12,5% a.a., de acordo com o programa.

Com informações da  Assessoria Especial de Comunicação Social do Ministério da Agricultura e Pecuária. (Ascom)

ÁGUA BOA – O novo Superintendente do Incra em Barra do Garças, Isaac Sarmento, visitou ontem a cidade.
Ele se reuniu com representantes do poder Legislativo, Executivo, Empaer e Associações dos Produtores Rurais. Sarmento disse que o crédito inicial para fomento das atividades do Projeto de Assentamento PA Nacional está sendo reivindicado.
Existem possibilidades previstas para a liberação no mês de dezembro deste ano. Em relação ao projeto de energia elétrica para o assentamento Nacional, o mesmo está na dependência de liberação das licenças ambientais da Sema.
Salientou que a reserva ambiental do projeto de assentamento é coletiva, necessitando o Incra averbá-la na matrícula. Foram sorteados 267 lotes do PA Nacional, dos quais cerca de 60 estão ocupados atualmente, apesar das carências de infraestrutura verificadas no local.
Necessidades como escolas, transporte escolar e saúde estão sendo resolvidas paliativamente pelo poder público municipal, com suporte nas instalações existentes no distrito de Serrinha.
No momento, a água consumida tem origem em um açude, estando programada a perfuração de um poço artesiano para aquela comunidade.
A vice-prefeita Rejane Garcia informou que uma patrulha agrícola está prestando serviços às famílias que estão precariamente instaladas. Infelizmente, a realidade da reforma agrária no país acontece de forma improvisada e precária.
O caso do PA Nacional é exemplar: as famílias foram sorteadas e liberadas para ocuparem os lotes de 17 hectares. Entretanto, falta toda a infraestrutura referente à abertura de estradas, distribuição de energia elétrica, fornecimento de água e assistência à educação e saúde.
As famílias carecem de urgente de crédito fundiário. Da forma como ocorre, a reforma agrária está equivocada e exige parcerias indispensáveis. (Ascom/Inácio Roberto)
Infelizmente, a Rádio Interativa não foi convidada nem comunicada sobre esse encontro. (Inácio Roberto)