O produtor e sua equipe devem conhecer os principais sinais clínicos. A febre aftosa é uma doença que atinge bovinos, bubalinos, ovinos, suínos e caprinos. Causa febre, inquietação, aparecimento de vesículas (aftas na pata e na boca), manqueira, salivação (babeira), dificuldade de mastigar e engolir alimentos.
Caso perceba qualquer sintoma em seu animal, chame imediatamente o Médico Veterinário do Indea para examiná-lo e fazer um diagnóstico. Assim, as chances de transmissão entre as fazendas diminuirão consideravelmente.
Procure a unidade do Indea mais próxima ou acesse www.indea.mt.gov.br
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) autor do “Mapeamento da Produção Silvicultural em Mato Grosso”, lançado na primeira quinzena de julho, identificou as principais espécies de florestas cultivadas no estado, tendo como destaque o eucalipto e a teca. O estudo foi encomendado pela Associação de Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT).
O estudo mapeou a produção, traçou o perfil dos produtores rurais, identificou os principais gargalos e desafios enfrentados na silvicultura do estado. O objetivo do trabalho é auxiliar o produtor rural na tomada de decisão, em políticas públicas e ações estratégicas para a atividade.
“Esse material foi importante para identificarmos as dificuldades e oportunidades do setor da silvicultura em Mato Grosso. Como, por exemplo, a necessidade de adoção de práticas de manejo mais eficientes, tanto na teca quanto no eucalipto, além de trazer dados sobre a oferta de biomassa disponível no estado. Identificamos que dos 129,26 mil hectares plantados de eucalipto, 57% já foram comercializados em Mato Grosso.”, disse a coordenadora de Desenvolvimento Regional do Imea e do projeto, Vanessa Gasch.
O eucalipto tem grande potencial para atender a demanda crescente de biomassa para as atividades já consolidadas, bem como das novas agroindústrias, principalmente as de etanol de milho que tem se instalado em Mato Grosso. A construção e ampliação dessas usinas de etanol de milho vêm pautando esse novo ciclo de desenvolvimento. A maior concentração de plantios de eucaliptos está no sudeste e oeste do estado.
Mato Grosso é o segundo maior produtor de teca do país, com uma área de aproximadamente 68,1 mil hectares, segundo levantamento do Imea feito em 2019. Os plantios de teca estão mais concentrados nas regiões oeste e norte de Mato Grosso.
A metodologia utilizada para o mapeamento utilizou imagens de satélite das áreas a partir dos pontos georreferenciados, aplicação de questionários no final do ano de 2021 e levantamentos secundários de outras instituições.
O documento também tratou sobre as principais formas de utilização de informação para a produção das culturas, utilização de softwares para controle da produção, características da propriedade e da produção, perfil fundiário do estado, manejo e tratos culturais, pragas e doenças, uso de tecnologias, comercialização, modalidade de negócio da produção, logística (frete), genética das florestas plantadas, entre outros pontos importantes no setor de florestas.
Além de mapear a produção de eucalipto e de teca no estado, o estudo avaliou a situação de mudas das espécies florestais em viveiros mato-grossenses, assim como a origem da biomassa utilizada pelas agroindústrias e análise das linhas de crédito para os silvicultores.
O “Mapeamento da Produção Silvicultural em Mato Grosso” foi lançado na abertura oficial da Colheita de Milho, em Canarana, no Vale do Araguaia. O material possui 121 páginas e é uma iniciativa da Arefloresta e do Senar-MT, produzido pelo Imea. (Ascom)
A primeira semana da segunda rota do Confina Brasil 2022 aconteceu de 11 a 15 de julho e foram visitadas 21 propriedades. Como principais destaques, as visitas, realizadas em um dos estados mais importantes para o agronegócio, verificaram uma tendência de aplicação de tecnologias na seleção dos animais, como ultrassonografia de carcaça e presença de sistemas Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) na produção, para melhor aproveitamento do solo e diferentes dietas para o gado, visando o ganho de peso.
A semana começou com uma visita à eficiente Fazenda Modelo II, localizada em Ribas do Rio Pardo (MS), como conta Hugo Mello, analista de mercado e técnico da Scot Consultoria. “A propriedade utiliza a linha Fast, da Nutron Cargill, em sua estratégia dietética. Assim, eles conseguem reduzir o trabalho operacional, alimentando o gado apenas duas vezes ao dia, reduzindo a mão-de-obra, tornando o manejo mais eficiente e otimizando o tempo para outras atividades, sem deixar de lado a qualidade nutricional, que influencia totalmente no ganho de peso do animal”. A Nutron Cargill é uma das patrocinadoras “ouro” da terceira edição do Confina Brasil.
A Fazenda Modelo II é adepta à Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta, com cultivo de soja e milho na safra/safrinha, além de eucalipto e pastagem. A propriedade realiza a recria de bezerros no pasto, com terminação posterior no cocho. Assim, há uma grande melhora do solo e um aproveitamento superior da área de pasto.
Em Laguna Carapã (MS), localiza-se a Fazenda Campanário, que se preocupa com a melhor absorção possível de nutrientes pelos animais. O milho colhido seco, disponibilizado na dieta do gado, passa por um processo de reidratação e inoculação, passando de 14% de umidade na sua colheita para 40%, e é ensilado. Esse processo facilita a digestão dos bovinos e o aproveitamento dos nutrientes oferecidos pelo grão.
A água é outra prioridade do confinamento. “Era utilizada a água de um riacho da região, porém, foi feita uma análise do fluído e percebeu-se a existência de coliformes fecais. Para resolver a questão, o pessoal está investindo em poços semiartesianos”, conta Raphael Poiani, zootecnista e analista de mercado da Scot Consultoria. Com isso, a propriedade espera oferecer uma água com melhor qualidade aos animais, impactando positivamente na saúde e no ganho de peso dos bovinos.
Assim como a Campanário, a Fazenda Santa Maria, do Grupo Corpal, em Aral Moreira (MS), também fornece milho úmido para os bovinos, com o mesmo objetivo: melhor digestão. Mas, além da estratégia dietética, a propriedade também investe em soluções sustentáveis e de conforto aos animais. “Os bebedouros são provenientes de pneus de tratores, sendo reutilizados. Além disso, o curral, que era de madeira, será substituído por um modelo antiestresse, construído à base de concreto”, destaca Raphael.
Uma das curiosidades da primeira semana de visitas da segunda rota foi a parceria de dois irmãos. Os confinamentos Maracaju e Taquaruçu, de Maracaju (MS) são vizinhos e compartilham o mesmo espaço de armazenamento dos insumos alimentares. O milho seco colhido é armazenado no confinamento vizinho, ampliando sua capacidade total de armazenagem de grãos. Além disso, o confinamento Taquaruçu colhe o milho úmido, com cerca de 35% de umidade. Após essa etapa, o grão é enviado para ensilagem e passa pelo processo de maceração, melhorando sua qualidade e facilitando o processo de digestão por parte dos animais.
A cidade de Terenos (MS) é a sede do confinamento Sonho Real, do grupo MFG. Com capacidade estática de 25 mil animais, a propriedade fornece uma alimentação bastante energética para o gado, resultando em ganho de peso médio diário em torno de 1,7 quilos, dependendo da raça e do indivíduo. A dieta dos animais é composta por grãos secos destilados, o DDG, da FS Bioenergia, patrocinadora “ouro” da expedição, que destaca-se por sua alta capacidade de nutrir os animais, promovendo aumento do ganho de peso, como resultado da eficiência alimentar superior que os grãos proporcionam.
Outra propriedade que conhece os benefícios da Integração-Lavoura-Pecuária (ILP) é a Fazenda Rio Bonito, localizada em Paraíso das Águas (MS). De propriedade do Grupo Colpar, a fazenda realiza a integração para reformar o pasto e cultivar grãos. “O intuito não é o comércio, porém, a integração impacta positivamente na propriedade. Eles conseguem rodar a soja, cultivar o milho para a dieta e reformar o pasto para o gado. O milho é ensilado e utilizado como fonte volumosa na alimentação”, informa Hugo.
Prestando serviço como boitel, o Confinamento Guarujá, de Rio Verde de Mato Grosso (MS), possui aproximadamente 50% de sua propriedade em preservação ambiental. A propriedade possui canyon e área de cachoeira, o que torna a área de preservação natural muito maior do que o visto em outras propriedades, que normalmente gira em torno de 20%.
A Fazenda Indaiá 1, de Chapadão do Sul (MS), de propriedade do presidente da associação dos algodoeiros da cidade, seleciona seus animais com auxílio da ultrassonografia de carcaça. Os animais da propriedade dão origem às carnes oferecidas pela rede de churrascaria Vermelho Grill, de Campo Grande (MS). “No momento da entrada nos confinamentos, o rebanho passa por uma apartação, através do resultado do ultrassom, e cada grupo recebe determinada alimentação de acordo com a destinação do bovino terminado”, diz Felipe Araújo Dahas, coordenador da expedição.
Além disso, “os dejetos são utilizados em uma mistura com pó de rocha e inoculação de bactérias, a fim de aumentar a biodisponibilidade do fósforo (P solúvel) presente no insumo, para destiná-lo à adubação”, comenta Hugo. (Ascom)
CUIABÁ - Mato Grosso abateu 2,34 milhões de bovinos no acumulado do primeiro semestre de 2022. O montante representa alta de 5,22% quando comparado ao mesmo período de 2021. Em números absolutos, foram 116,05 mil cabeças abatidas a mais neste ano.
Os dados são do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), divulgados também no boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) desta semana.
Somente entre os meses de maio a junho deste ano foram 445,51 mil cabeças abatidas, um aumento de 4,58% no abate total de bovinos no Estado. Esse cenário de alta no período foi puxado, principalmente, pela maior oferta de animais machos, sendo que o abate desses animais também apresentou aumento.
Houve acréscimo de 7% no abate total de machos no comparativo mensal. Ao todo, foi registrado um volume de 248,56 mil cabeças abatidas somente no mês de junho.
A conjuntura que corroborou com esse cenário esteve atrelada à liberação dos lotes finais de animais terminados a pasto, ao início do período de seca e à entressafra dos bovinos.
As regiões do Estado que lideraram o abate de machos foram a noroeste e o médio-norte, com adição, respectivamente, de 36,88% e 21,08% no período de maio a junho. Já no cenário das fêmeas, a região médio-norte foi a de maior influência, com alta de 42,43% para o mesmo período. (Ascom)
ÁGUA BOA – Cresce a preocupação dos técnicos e produtores rurais sobre o uso adequado de tecnologia nas lavouras de soja.
Participa das Notícias Interativa, o agrônomo Vinicius Rosa do Prado. Ele relata que alguns proprietários rurais tiveram bons resultados mediante uso de tecnologias de ponta.
Teve produtor que colheu até 80 sacas de soja por hectare em alguns talhões de lavouras.
Hoje o custo para a implantação da lavoura de soja é de cerca de 30 sacas por hectare. Outras 10 sacas são necessárias para a operacionalização, fora o arrendamento da área.
Com esses altos custos, Vinicius acredita que só o uso de tecnologia adequada por salvar o negócio dos sojicultores.
Veja vídeo -