Para ter uma boa produção é necessário atenção e zelo ao longo de toda a safra. Se descuidar de alguma etapa do processo pode acarretar muitos problemas. Uma delas é o manejo, falando mais especificamente das infestações por plantas daninhas, como o capim-pé-de-galinha (Eleusine indica), muito complexa por apresentar biótipos com resistência múltipla à herbicidas. Com o objetivo de auxiliar os produtores rurais nessa situação, o pesquisador da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT, doutor em Fitotecnia, Lucas Heringer Barcellos Júnior, orienta sobre os principais pontos que merecem cuidado.
Apesar de existirem muitas espécies daninhas, o capim-pé-de-galinha é uma das mais problemáticas. Com incidência em todo o país, essa planta tem gerado muita dor de cabeça aos produtores, principalmente os mato-grossenses. Na soja, por exemplo, as primeiras aparições delas surgem em setembro, ainda antes do plantio e seguem por toda a safra. “De agora para frente, quem não controlou a planta, vai perder produtividade. Será muito difícil o manejo do pé-de-galinha resistente em pós-emergência da soja. Temos relatos na literatura de que as perdas nesses casos podem chegar a 80%, e se nada for feito, inviabilizará a colheita”, aponta o pesquisador.
Danos diretos e indiretos
O capim-pé-de-galinha causa danos diretos e indiretos ao produtor. De forma direta, por meio da competição gerada entre as plantas daninhas e as culturas por água, luz e nutrientes, causando consequentemente a diminuição na nutrição do cultivo principal. Os danos indiretos podem ocorrer por essas plantas por se tornarem hospedeiras principalmente de pragas e doenças, que às vezes ficam ali alojadas nela e acabam migrando posteriormente para a lavoura.
E então, o que fazer?
Tendo em vista a relevância de manejar a planta daninha, o pesquisador da Fundação MT relata os principais pontos de cuidado que devem ser levados em consideração. O primeiro acontece lá no início da infestação, antes do plantio da soja, recomenda-se fazer uma boa dessecação com produtos específicos para isso.
O segundo ponto é manejar as daninhas com herbicidas nas épocas específicas indicadas pelos profissionais do setor. “Esse é um ponto muito importante, as vezes o produto funciona bem, mas ele é aplicado na época errada. Tem que entender os estágios corretos das plantas daninhas, é importante a aplicação do herbicida quando estão mais novas, assim o pré-emergente não permite que novas sementes emerjam”, explica Lucas Barcellos.
Fundação MT em campo Circuito do Conhecimento
Para falar sobre esse assunto e apresentar experimentos com o capim-pé-de-galinha a instituição realizará, amanhã, dia 3 de dezembro, em Primavera do Leste-MT, a partir das 7:30h, no Centro de Aprendizagem e Difusão (CAD) Primavera, o Fundação MT em campo Circuito do Conhecimento. Na ocasião serão demonstrados aos convidados dois experimentos com manejo no sistema de produção soja-milho e manejo no sistema de produção soja-algodão com a planta daninha.
“Na oportunidade iremos demonstrar resultados de dois anos de pesquisa com diferentes propostas de manejos de diversas empresas, com um debate no final da visita a campo. Outro ponto importante é um experimento que acompanhamos desde a safra 20-21, são dois anos de estratégias de manejo. Temos muitas informações importantes a repassar”, conclui o pesquisador da Fundação MT.
Resistência é percalço
O manejo básico do capim-pé-de-galinha ao longo dos anos vem sendo o mesmo: desseque e plante e utilize herbicidas pós-emergentes. O que deve ser mudado, segundo o doutor Lucas Barcellos, são as estratégias de manejo, posicionamento de herbicidas e momento correto de aplicação. “É necessário que em áreas com pé-de-galinha resistente, o produtor faça dessecação antecipada à semeadura da soja e introduza herbicidas pré-emergentes no sistema, possibilitando a rotação de mecanismo de ação. Isso muda o cenário”, aponta.
Fundação MT: Criada em 1993, a instituição tem um importante papel no desenvolvimento da agricultura, servindo de suporte à classe agrícola na missão de dar vida aos resultados através do desenvolvimento de tecnologias aplicadas à agricultura. A sede está situada em Rondonópolis-MT, contando com três laboratórios e casas de vegetação, um centro de pesquisa local e outros seis Centros de Pesquisa Avançada (CAD) distribuídos pelo Estado nas cidades de Sorriso, Nova Mutum, Sorriso, Itiquira, Primavera do Leste e Serra da Petrovina. Saiba mais em www.fundaçãomt.com.br. (Ascom)
QUERÊNCIA – Na manhã desta quarta-feira (01), o Presidente do Sindicato Rural, Gilmar Wentz relatou a preocupação por parte dos produtores rurais sobre as pragas que podem surgir nas lavouras de soja caso não haja um bom manejo.
Veja a entrevista completa com mais detalhes no vídeo abaixo:
Atualizada dia 01 dezembro
ÁGUA BOA – Foi prorrogada a campanha de vacinação contra a febre aftosa em Mato Grosso.
O prazo que venceu ontem foi prorrogado até 10 de dezembro para vacinação e comunicação da aplicação ao Indea.
Em Água Boa, dos 148 mil animais previstos para a vacinação, 49% foram realmente imunizados.
O mesmo quadro ocorreu em todo Mato Grosso. Por isso, o Indea prorrogou por mais 10 dias o prazo da vacinação do rebanho.
Na região, o pior índice de vacinação ocorre em Querência, com apenas 15% do gado imunizado.
Nas cidades do Médio Araguaia, integrantes da regional do Indea de Água Boa, estão cadastrados 2.334.000 mil animais, dos quais 1.014.000 devem ser vacinados agora.
Apenas 32% do rebanho tinha comunicação de vacinação até hoje.
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Campanha de vacinação contra a febre aftosa começa dia 1° de novembro - Publicado dia 30 Outubro 2021
Mato Grosso inicia na segunda-feira, 1° de novembro, a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa de 2021 e segue até o dia 30 do mesmo mês. Nesta etapa deverão ser vacinados bovinos e bubalinos com até 2 anos de idade. A exceção fica apenas para as propriedades localizadas no baixo pantanal mato-grossense, onde é obrigatória a imunização de todos os bovinos e bubalinos, de mamando a caducando, até 15 de dezembro.
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) alerta que, além de vacinar o rebanho, o produtor rural deve fazer a comunicação ao Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT). A declaração de vacinação deve ser feita de forma on-line ou, quando não for possível, presencialmente nos postos designados pelo serviço veterinário estadual até o dia 10 de dezembro.
Na região noroeste, uma pequena parte de Mato Grosso recebeu o reconhecimento de área livre de febre aftosa sem vacinação (Rondolândia e partes de Aripuanã, Colniza, Comodoro e Juína). Nas áreas livres os produtores estão proibidos de vacinar e são obrigados a fazer a comunicação do rebanho na unidade local do Indea de 01/11/2021 a 30/11/2021. O restante do Estado deve continuar vacinando até que receba o reconhecimento internacional.
Segundo o analista de pecuária Famato, Marcos de Carvalho, a meta é que o estado seja considerado livre de febre aftosa sem vacinação até 2023, sendo realizada a última vacinação em novembro de 2022.
O analista reforçou que Mato Grosso está trabalhando para o cumprimento de todas as ações e metas recomendadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “O objetivo é retirar a vacinação até 2023, principalmente porque Mato Grosso está há 25 anos sem registro de focos, mas, enquanto isso não ocorre, o produtor deve fazer a sua parte e o rebanho deve ser vacinado”, reforçou.
A febre aftosa atinge bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos e traz prejuízos e restrições na comercialização de produtos pecuários. É uma doença que exige esforços constantes dos produtores rurais e das autoridades sanitárias para evitar a sua reintrodução no país.
Vacinas – Devem ser adquiridas nas revendas autorizadas e mantidas entre 2°C e 8°C, desde a aquisição até o momento da utilização – incluindo o transporte e a aplicação já na fazenda. É necessária a utilização de agulhas novas para aplicação da dose de 2 ml na tábua do pescoço de cada animal, preferindo as horas mais frescas do dia para fazer a contenção adequada dos animais e a aplicação da vacina.
Confira o passo a passo “Plantão Aftosa” para a realização da comunicação: http://www.sistemafamato.org.br/portal/arquivos/29102021041700.pdf (Ascom)
Atualizada dia 29 novembro
NOVA XAVANTINA – O produtor rural Endrigo Dalcin comentou sobre a Live do aumento do custo de produção do agronegócio, promovida pela Frente Parlamentar do Agronegócio.
A escassez de nutrientes aliada a alta de preços para a próxima safra estão deixando o agro sob forte expectativa.
Um arcabouço de leis e o crédito carbono são temas que precisam avançar no Congresso Nacional, para contemplar o agronegócio.
Veja vídeo
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Em debate os altos custos para produção de alimentos e seus reflexos na mesa do trabalhador
BRASÍLIA – A Frente Parlamentar da Agropecuária no Congresso Nacional vai discutir o aumento nos custos de produção do agronegócio brasileiro.
O evento será transmitido pela internet hoje, dia 29 de novembro, às 15 horas.
O aumento dos custos de produção estão levando à conclusão de que a comida ficará ainda mais cara para o brasileiro no ano que vem.
A Frente Parlamentar discutirá os principais pontos que influenciaram no aumento nos custos para a produção dos alimentos.
Serão palestrantes Normando Corral, presidente da Famato, e os deputados Nilson Leitão e Dr. Sérgio Souza.
A Live será transmitida pelo canal Youtube da Frente Parlamentar da Agropecuária.
ÁGUA BOA - Algumas pessoas participaram de um curso como utilizar drone, promovido pelo Sindicato Rural e Senar.
O objetivo é fomentar cada vez mais a utilização dessa tecnologia à serviço do agronegócio.
Nesta sexta-feira os participantes tiveram aulas práticas de drone no parque de Exposições Antonio Tura.
O encerramento do curso será neste sábado.