CUIABÁ - Debater sobre o Zoneamento Socioeconômico Ecológico – ZSEE/MT e os impactos que esse projeto pode causar no agronegócio e em outros segmentos continua como uma das prioridades de trabalho do Fórum Agro MT. O encontro foi dia 26, o presidente do Fórum Agro MT, Itamar Canossa e o diretor executivo Xisto Bueno cumpriram agenda com o poder legislativo e executivo para tratar do assunto.
Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o Fórum Agro se reuniu com o deputado estadual e recentemente empossado presidente da Comissão Agropecuária, Desenvolvimento Florestal e Agrário e Regularização Fundiária, da ALMT, Eduardo Botelho.
“Queremos manter uma relação muito próxima com as entidades que compõem o Fórum Agro e com outras associações que fazem parte do agronegócio, principalmente para buscarmos um consenso no projeto do Zoneamento. É muito importante essa discussão em torno do zoneamento para que possamos aperfeiçoar este projeto”, explicou Botelho.
Durante a tarde o encontro foi na Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MT), responsável pelo andamento e análise das propostas enviadas.
“Foi uma reunião muito positiva, conseguimos explicar diversos pontos de dúvidas em relação ao Zoneamento Socioeconômico Ecológico, além de tratar da fase de consulta pública e o andamento das ações realizadas pelo Governo até aqui. Importante ressaltar que com essa reunião foi possível compreendermos melhor a preocupação do agro em relação ao zoneamento e conseguimos estabelecer aqui um canal de comunicação extremamente profissional e que ajudará nas próximas fases do projeto”, destacou o Secretário Adjunto de Planejamento e Gestão de Políticas Públicas, Sandro Luis Brandão Campos.
De acordo com o diretor executivo do Fórum Agro MT, Xisto Bueno, a agenda de encontros foi produtiva e trará bons frutos para o segmento. "Tivemos a oportunidade de compartilhar com o Legislativo e o Executivo as nossas impressões e angústias referentes ao projeto de zoneamento. O Fórum Agro foi muito bem recebido e foi reforçada a busca comum por um projeto de zoneamento que cumpra sua função ecológica sem perder o foco do social e do econômico”, pontuou.
O Fórum Agro MT é formado pela Acrimat (Associação dos Criadores de Mato Grosso), Acrismat (Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso), Ampa (Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão), Aprosmat (Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso) e Famato (Federação de Agricultura do Estado de Mato Grosso).
As tecnologias digitais são a grande aposta para a transformação e expansão do agronegócio brasileiro. A implantação da digitalização nos processos do campo transformou-se em necessidade vital para o novo agro.
Visando debater esse processo e o papel dos jovens na mudança, a terceira edição do Youth Agribusiness Movement International – YAMI reunirá, nos dias 25, 26 e 27 de outubro, representantes do setor e a sua nova geração, em Digital Experience, das 16h30 às 18h.
“A importância do processo da digitalização para o crescimento dos resultados no campo é um tema que faz parte do DNA do nosso Congresso. Discutir o papel das tecnologias e como os jovens complementam esse movimento é um dos assuntos que exploraremos no YAMI 2021, principalmente, com os aprendizados e avanços alcançados no último ano pelo setor”, afirma a Show Manager do evento, Carolina Gama.
O evento, que aborda o tema “Digital & Agregação de Valor. A Nova Liderança no Agro”, pretende colocar em debate como a nova geração do agronegócio está se preparando para a completa digitalização e agregação de valor atribuída ao segmento, reforçando a importância de se ter líderes preparados para orquestrar toda essa transformação.
“O jovem tem um papel fundamental nesse novo momento, pois está mais familiarizado e inserido no mundo digital, oferecendo um novo olhar aos processos. O uso das novas tecnologias tende a transformar sistemas produtivos e dar mais velocidade e performance às atividades. Com isso, é possível maximizar a geração de valor em produtos e processos”, acrescenta a Show Manager.
E, neste cenário, a digitalização é mais do que uma ferramenta. Ela é um conceito fundamental para agregar valor no ambiente econômico do novo agro, que pode ser aperfeiçoado com o uso de softwares ou aplicativos, que introduzem no negócio o monitoramento informatizado, gerando melhores resultados e, até mesmo, o aumento da produtividade.
“No mercado atual, a originação de alimentos e matérias-primas agropecuárias está totalmente vinculada ao valor real e percebido das mercadorias. Entendemos que a agregação de valor é o que permitirá ao país dobrar o agro de tamanho e será refletida em todos os elos da cadeia produtiva. Por essa razão, nossa programação evidenciará a importância do processo de digitalização na agregação de valor da produção do campo, colocando o jovem como protagonista desse movimento”, finaliza Gama.
Quem se interessar por mais informações sobre o Youth Agribusiness Movement International – YAMI 2021 pode acessar o site: http://yamimovement.com.br. (Ascom)
Pesquisadores brasileiros desenvolveram a primeira cultivar de soja do País com as tecnologias Block e Shield embarcadas, ou seja, possui resistência à ferrugem asiática da leguminosa, a mais severa doença dessa cultura. A variedade também tem tolerância ao percevejo, considerado uma das principais pragas do setor. A nova soja BRS 539 já está disponível para a próxima safra.
Desenvolvida em parceria entre a Embrapa e a Fundação Meridional, a BRS 539 é uma soja convencional que agrega a tecnologia Shield, linha de cultivares de soja que apresentam genes de resistência à ferrugem-asiática, oferecendo uma proteção extra para o produtor. A tecnologia não dispensa o uso de fungicidas, mas proporciona maior segurança no manejo da ferrugem da soja. “A cultivar Shield é uma ferramenta genética importante no contexto do manejo integrado. Essa tecnologia proporciona maior eficiência e segurança ao manejo químico da doença”, explica o pesquisador da Embrapa Soja Carlos Lásaro Pereira de Melo.
Outro diferencial é que a BRS 539 é do portfólio da tecnologia Block, presente apenas nas cultivares Embrapa. “As cultivares BRS com essa genética ampliam a proteção da lavoura ao ataque dos percevejos que sugam as vagens e os grãos de soja, provocando perdas de qualidade e produtividade. Apesar de não dispensarem o uso de inseticidas, as cultivares Block permitem melhor convivência com os insetos no campo”, explica Melo.
Características
Além de aliar as tecnologias Shield e Block, a cultivar apresenta alto potencial produtivo e manutenção de estabilidade de produção. Em testes experimentais realizados por três safras, em diferentes ambientes de produção das macrorregiões sojícolas (1 e 2), a BRS 539 mostrou altas produtividades. “Inclusive apresentou, em alguns desses ambientes, potencial produtivo acima de 90 sacas/ha (ou 5.400 kg/ha), superando as cultivares mais produtivas do mercado com as quais foi comparada”, relata Melo. Na safra 2019/2020, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a média de produtividade da soja brasileira foi de 3.379 kg/ha.
O pesquisador Rafael Petek reforça ainda que essa cultivar é convencional (não transgênica) e pertence ao grupo de maturidade 6.1. “É uma cultivar precoce, que permite semeadura antecipada, viabilizando plantio do milho safrinha na melhor época, nas regiões de indicação da cultivar na macrorregião sojícola 2 (Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul) e viabiliza a sucessão/rotação com culturas de inverno na macrorregião 1 (Paraná, Santa Catarina e São Paulo)”, detalha Petek ressaltando que a cultivar, além da ferrugem, também é resistente a outras doenças da soja como: cancro da haste, mancha “olho-de-rã”, podridão parda da haste, podridão radicular de Phytophthora e moderadamente resistente ao oídio e ao nematoide-das-galhas (Meloidogyne javanica).
A BRS 539 pode atrair o interesse dos produtores de soja em sistema orgânico, porque além de ser não transgênica, as características desse lançamento facilitam o manejo fitossanitário de pragas e doenças, portanto, podem reduzir o uso de químicos. “Dessa forma, entendemos que a BRS 539 pode viabilizar o cultivo do grão orgânico e ainda agregar mais rentabilidade ao produtor de soja orgânica”, destaca Melo. (Ascom Embrapa Soja)
A comunidade indígena Xavante do Sangradouro, que abrange os municípios de Primavera do Leste, Poxoréu, General Carneiro e Novo São Joaquim, deu início à colheita do arroz plantado no final do ano passado, através do projeto Independência Indígena, em parceria com o Governo de Mato Grosso.
O pontapé foi dado nesta sexta-feira (23.04), em ato simbólico que contou com a presença de diversas autoridades políticas e de 57 caciques das aldeias que serão beneficiadas com a ação.
Além do Governo, o Independência Indígena também tem como parceiros o Sindicato Rural de Primavera do Leste e a Fundação Nacional do Índio (Funai). Neste primeiro momento, a produção será voltada à subsistência da comunidade, mas a expectativa é de que em breve o plantio seja comercializado, garantindo autonomia financeira ao povo Xavante, que é considerado o mais carente do Estado.
O cacique Alexandre Tseretsá, liderança da comunidade da Aldeia Sangradouro, pontuou que o incentivo irá matar a fome do seu povo e trará de volta o respeito aos índios Xavante.
“O índio também precisa do plantio, pra que sua comunidade não morra de fome. Os cidadãos têm que ser iguais, é isso que queremos. Deus criou o céu e a terra para o homem trabalhar, para colher o fruto da terra, para que as criaturas vivam bem. Sou velho, tenho muita idade e conheço bem o caminho para não ter guerra, pro nosso povo viver em paz. É disso que precisamos. Podem espalhar essa mensagem por todos os lugares. Agradecemos ao Governo do Estado de Mato Grosso e pedimos que não esqueçam a nossa comunidade, porque nós somos a raiz brasileira”, afirmou.
O projeto foi lançado em 2019 e prevê a disponibilização de ferramentas para que os índios produzam alimentos para subsistência e, posteriormente, para a comercialização.
“Esse é um exemplo clássico da expectativa do Governo de Mato Grosso de dar independência financeira e social para os indígenas. Aqui nós podemos ver que é possível juntar o respeito à cultura, os costumes, o meio ambiente e o desenvolvimento, para que eles possam viver com qualidade de vida dentro da sua propriedade”, destacou o superintendente de Assuntos Indígenas da Casa Civil, Agnaldo Santos.
“Hoje o governador Mauro Mendes traz um novo conceito, de levar para os indígenas as condições para que eles possam produzir e possam viver da sua terra, sem a dependência das ações assistencialistas dos governos. É uma realidade que traz dignidade”, completou o secretário de Estado de Agricultura Familiar, Silvano Amaral, que participou da solenidade.
Ao todo, mais de três mil xavantes serão beneficiados com o projeto. A área a ser utilizada para o plantio é de 999 hectares. No local, também haverá plantação de milho e feijão, cujo cultivo deverá ter início nos próximos meses.
“Quero falar em nome da bancada federal, da qual sou vice-presidente, que estamos muito felizes de viver um momento tão importante como esse. Nós estamos perseguindo isso há anos. O governador Mauro Mendes tem contribuído de forma efetiva na concretização desses projetos, é justo que a gente fale isso. É trazer e dar a opção do indígena de escolher a forma como ele quer viver”, declarou o deputado federal Neri Geller.
De acordo com o presidente da Funai, Marcelo Xavier, entre as ações, o projeto disponibiliza ferramentas e maquinários utilizados no plantio e na colheita de alimentos, bem como promove a capacitação de indígenas em operação de tratores e práticas de cultivo.
“É um projeto inovador, empreendido pela própria comunidade indígena, que garante a segurança alimentar das aldeias. Nós entendemos que levar o etnodesenvolvimento às aldeias é a solução, porque num futuro muito próximo eles poderão comercializar essa produção também e aferir renda com isso. Eles continuam sendo índios, mas com uma vida mais digna, porque nossa nação é apenas uma e os indígenas devem compartilhar das mesmas possibilidades que todos os brasileiros”, disse. (Ascom)
CUIABÁ - Com a proximidade do período da seca em Mato Grosso, a preocupação de muitos produtores rurais se volta às queimadas que podem ocorrer no campo. Uma das medidas assertivas no combate e na prevenção de incêndios, tem sido a capacitação de trabalhadores que podem amenizar e prevenir a expansão do fogo nas propriedades.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) em parceria com os sindicatos rurais tem auxiliado o setor por meio da oferta de treinamentos. Para o segundo quadrimestre do ano, estão previstos cerca de 70 treinamentos voltados à área, como Formação de Brigada de Incêndio NTCB 34 e Prevenção e Controle do Fogo na Agricultura
Segundo o instrutor credenciado junto ao Senar-MT, André Dionizio, os treinamentos são essenciais para assegurar não só a propriedade, mas também o cumprimento de legislações necessárias. "Ter a mão de obra capacitada faz toda a diferença para o produtor, principalmente na preservação do seu patrimônio e do meio ambiente, além do cumprimento das responsabilidades legais perante os órgãos fiscalizadores".
Desde 2016, com a alta demanda por mão de obra capacitada para combater incêndios e focos de queimadas no campo, o Senar-MT foi credenciado e autorizado pelo Corpo de Bombeiros a oferecer o curso de Formação de Brigada de Incêndio (NTCB 34).
O treinamento com carga horária de 32 horas, tem o objetivo de ensinar os participantes a combater a propagação do fogo e a fazer a prevenção conforme as normas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso.
Já o treinamento de prevenção e controle de fogo na agricultura mostra aos participantes as técnicas de prevenção e combate ao princípio de incêndio na agricultura, seguindo as recomendações técnicas e normas de segurança.
É importante lembrar que a programação de treinamentos ofertada pelo Senar-MT em parceria com sindicatos rurais, está sujeita a modificações em função dos decretos municipais e estaduais, relacionados à pandemia de Covid-19. (Fonte: Assessoria de Imprensa/ Senar-MT)