ATUALIZADA DIA 25 MAIO 2020
NOVA XAVANTINA - Policiais Civis de Nova Xavantina cumpriram hoje, 4 ordens judiciais de sequestro de bens, arresto de bens e mandados de busca e apreensão na empresa IndianAgri em Nova Xavantina.
A empresa está localizada ás margens da BR-158 na saída para Água Boa. A IndianAgri comprou soja a granel de diversos produtores rurais e de algumas empresas, e logo após, entrou com pedido de recuperação judicial.
A empresa alegou uma dívida de R$ 223 milhões. Ressaltou que houve oscilações no mercado desde 2.016, greve dos caminhoneiros e economia fragilizada. Por fim, alegou ainda a pandemia do coronavírus para pedir sua recuperação judicial, o que foi negado pela Justiça de Primavera do Leste.
Diante da situação de incerteza, os credores para evitar prejuízo maior, entraram com ações na justiça e obtiveram liminares, determinando arresto e sequestro de bens da soja armazenada na sede da empresa. Com os mandados judiciais em mãos, os policiais e os oficiais de justiça da comarca de Nova Xavantina estiveram hoje na IndianAgri naquela cidade.
Foi necessário arrombar alguns cadeados e correntes para acessar o interior da empresa. Foram encontradas cerca de 32 mil sacas de soja nos armazéns. A soja está sendo carregada por diversos credores de várias cidades de Mato Grosso.
Extraoficialmente fomos informados de que se trata de produtores rurais de cidades do Nortão de Mato Grosso e de Canarana os que obtiveram decisão judicial favorável.
Tentamos contato com a IndianAgri, mas eles não deram retorno. (Com informações da PJC e Fotos)
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ATUALIZADA DIA 21 MAIO 2020
Justiça nega recuperação judicial para empresa do agro
PRIMAVRA DO LESTE – A Segunda Vara Cível de Primavera do Leste indeferiu o pedido de Recuperação Judicial da empresa IndianAgri (Indiana Agri Comércio e Exportação de Cereais EIRELI).
Na decisão, a Juíza Patricia Cristiane Moreira, afirma que “a solução mais acertada no caso dos autos revela a impossibilidade no deferimento do processamento da recuperação judicial, visto que mesmo oportunizada a conferência contábil, os trabalhos técnicos apontaram diversas inconsistências.
O pedido de recuperação judicial da IndianAgri foi protocolado no dia 15 de abril na Comarca de Primavera do Leste – MT. Após o pedido, produtores de várias cidades como Canarana, Água Boa, Nova Xavantina e Gaúcha do Norte, se manifestaram contra a Recuperação Judicial.
Produtores do Araguaia entregaram soja para a empresa, com promessa de pagamento nos próximos dias. A empresa vendeu a soja a vista e queria por meio da justiça prazo longo para pagar os produtores. As dívidas da empresa remontam a R$ 222 milhões segundo o pedido negado pela Justiça.
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Abril 2020
PRIMAVERA DO LESTE – Uma empresa de Primavera do Leste entrou com pedido de recuperação judicial na justiça daquela comarca. A empresa compra soja de produtores rurais da região.
Essse pedido de recuperação judicial deve ser instruído com demonstrações contábeis do balanço patrimonial, de resultados acumulados desde o último exercício social, bem como de relatório gerencial de fluxo de caixa e de sua projeção.
Exige-se, ainda, um relatório completo da situação da empresa do ponto de vista econômico e comercial. Tais documentos são essenciais para que a justiça tenha condições iniciais de conhecer a real situação com conferência dos dados financeiros e contábeis.
O objetivo é garantir a continuidade das atividades, a geração e circulação de riquezas, recolhimento de tributos e, principalmente, geração de empregos e renda.
A empresa atua em Primavera do Leste, porém, estendeu a compra de soja para Água Boa, Nova Xavantina e Gaúcha do Norte. Com o pedido de recuperação judicial, ferramenta legal, os produtores rurais ficaram apreensivos, já que os contratos fechados em fevereiro, prometiam pagamento da soja para maio.
Não conseguimos apurar a quantidade de soja vendida pelos produtores rurais de Água Boa. A lista de clientes da empresa circula por redes sociais indicando centenas de produtores rurais, a grande maioria de Primavera do Leste.
A empresa que pediu recuperação judicial é a Indianagri.