Semeadura do arroz começou, mas está interrompida por falta de chuvas
Atualizada dia 01 dez 2020
ÁGUA BOA – O plantio das lavouras de arroz começou, mas teve que parar momentaneamente no município.
A informação é do engenheiro agrônomo Lúcio Adalberto Motta Filho. Outra vez o fator clima influencia no campo. A semeadura do cereal ainda não deslanchou por falta de chuvas.
A janela ideal para o cultivo do arroz vai de fim de novembro até a primeira semana de janeiro. A expectativa é de que sejam semeados cerca de 6 mil hectares com o cereal.
Significará um aumento de 165% sobre os 2.300 hectares semeados na safra passada. O aumento da área com arroz se deve frente aos preços vantajosos dos últimos meses.
Arroz de boa qualidade hoje chega a R$ 115,00 a saca ao produtor. Já o custo de produção varia de R$ 1.500,00 a R$ 2.000,00 por hectare, dependendo da tecnologia empregada.
A estimativa é de que os produtores colham 60 sacas de arroz por hectare, uma produtividade considerada rentável. No século passado, o município tinha sua economia baseada na pecuária e na produção de arroz. No começo deste século, a área com arroz chegou a 45 mil hectares, mas perdeu espaço para a soja.
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Atualizada dia 01 nov 2020
ÁGUA BOA – Os produtores rurais que apostam na cultura do arroz só devem começar a semeadura a partir de 25 de novembro.
A informação é do engenheiro agrônomo Lúcio Adalberto Motta Filho.
Ele disse que a expectativa é de que sejam plantados cerca de 5.500 hectares com arroz no município.
Vai significar um aumento de 140%sobre os 2.300 hectares plantados no ano passado.
Quase o total das áreas serão plantadas com as cultivares BRS Esmeralda, BRS A502 e AN Cambará.
São as variedades que mais dão resposta positiva ao produtor na atualidade.
Além disso, uma empresa do ramo vai plantar cerca de 800 hectares destinados a semente de arroz.
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Preço do arroz pesa para a dona de casa. (Set 2.020)
ÁGUA BOA – Muitos produtores de arroz faliram por causa do governo federal. As política socialistas seguraram de forma artificial os preços do arroz nas últimas duas décadas, para que o consumidor tivesse preços acessíveis, mas isso quebrou a cadeia produtiva. Em Água Boa de 45 mil hectares plantados com arroz, na última safra foram apenas 2.200 hectares.
Em 2.015, o Brasil produziu 12 milhões de toneladas de arroz. Em 2.019, foram 11 milhões de toneladas. Enquanto isso, o consumo disparou. Em 2.004, foi o ponto da virada no arroz em Água Boa. Após uma profunda crise de preços em plena era do Partido dos Trabalhadores no governo, as lavouras de soja começaram a ocupar o cerrado da região no lugar do arroz.
Naquele ano os preços do arroz ficaram abaixo do custo de produção, enquanto o governo federal importava de países parceiros. De lá para cá, a migração dos produtores naturalmente foi para o campo da soja, que tem preços mais confiáveis na balança mundial de exportação. Já o arroz tem preços balizados internamente pelo Brasil, o que gera cada vez mais incertezas.
Para a dona de casa o preço do arroz é altíssimo. Ao produtor, a saca de 60kg chega a valer hoje R$ 100,00 com 60% de grãos inteiros. O engenheiro agrônomo Lúcio Adalberto Motta Filho disse que para a próxima safra, os preços costumam baixar, mas jamais chegarão a baixos valores.
Por esse motivo, a primeira estimativa de área plantada com arroz deve ser de 5 mil hectares no município, mais cerca de 3 mil hectares para a área de abrangência que engloba áreas de Campinápolis, Nova Xavantina e Nova Nazaré, totalizando 8 mil hectares. No ano passado, foram apenas 2.200 hectares com o cereal. Lúcio Motta destacou que o mercado do arroz está assumindo um novo patamar na agricultura brasileira.
Atualmente, o custo da produção de arroz chega a R$ 1.750,00 o hectare, com expectativa de produzir até 60 sacas por hectare. Isso daria uma boa renda ao produtor de arroz, destacou ele. Porém, segundo o agrônomo, muitos produtores investem menos em tecnologia, para alcançar produtividades de 42 sacas por hectare.
Nesse casos, os investimentos seriam em torno de apenas R$ 1.200,00 por hectare. Tem outros produtores que investirão pesado na lavoura, mediante uso de materiais genéticos de sementes de alta qualidade, podendo alcançar produtividades de 80 a 85 sacas por hectare. Para eles, o custo por hectare de lavoura implantada pode ser de até R$ 2.100,00. “Colhemos o que plantamos”, destacou ele.
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