O campo pede justiça!
ÁGUA B0A - Cresce a preocupação dos produtores rurais com o aumento do furto de gado na região, sem uma solução por parte das autoridades.
Volta e meia ocorrem furtos e em alguns casos, as forças policiais conseguem dar resposta satisfatória, até prendendo meliantes e recuperando os animais.
Mas infelizmente, a queixa geral é de que falta aplicação de justiça. Se alguém é preso, bastam alguns reais ou alguns meses para que o suspeito volte para as ruas, ou pior, que volte a visitar a propriedade alheia.
Pequenos produtores rurais que são muitos na região, não podem se dar ao luxo de perder em uma noite, 20 cabeças de gado. Hoje esse montante chegaria a um prejuízo de R$ 70 mil se forem vacas prenhes. Se forem bezerros machos R$ 50 mil.
Seria a falência da agricultura familiar. Infelizmente, tem sido comum não só nesses casos, mas em outros crimes, a impunidade dos réus. Alguns até respondem por suas ações, mas a aplicação da pena nunca satisfaz a sociedade.
O fazendeiro paga uma série de impostos e taxas, mas está cada vez mais descontente, pois entende que o Estado sabe cobrar impostos, mas não oferece a mesma contrapartida em serviços ágeis e eficazes.
Quem mora no campo vive apreensivo e com medo. Não sabe quem será a próxima vítima de furto de gado, de roubo de defensivos agrícolas, de roubo de máquinas, nem dos demais crimes, já que em tese, está longe de qualquer socorro por parte do Estado, no caso, das forças policiais.
Quem produz riqueza hoje é tratado como vilão por muitas autoridades quando se fala nas questões ambientais. Porém, em contrapartida, nem ao menos na questão da segurança pública este mesmo produtor consegue a atenção do Estado.
Basta ver o custo de uma máquina agrícola roubada. Tudo que o produtor compra tem imposto embutido. Esse dinheiro que não é pouco sustenta a máquina pública (segurança pública, justiça, Estado).
Mas os fazendeiros questionam e clamam por justiça. Uma Justiça que está cada vez mais lerda e surda. Para os produtores, a justiça não está mais sendo aplicada como deveria, penalizando a população que trabalha e sustenta toda a estrutura social.