Caso 'Mal da Vaca Louca' é atípico, isolado e não oferece riscos ao rebanho

Atualizada dia 03 mar 23 

BRASÍLIA - Conforme as indicações do corpo técnico do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a análise do laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) confirmou, na noite desta quinta-feira (02/03), que o caso isolado de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) detectado no município de Marabá (PA) é atípico tipo H. 

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, comunicou logo o resultado da amostra ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, imediatamente, iniciou a inserção das referidas informações no sistema para a comunicação oficial à OMSA e às autoridades chinesas.

Assim que concluído o processo, será marcada uma reunião virtual com o governo chinês para tratar do desembargo da exportação da carne bovina ao país.

"Ressalto que rapidez, eficiência e a transparência solicitada pelo presidente Lula foi fundamental. Agradeço à nossa equipe e à do governador do Pará, Helder Barbalho, que nos permitiu uma atuação rápida desde a identificação do caso", comentou Fávaro.

Por se tratar de caso atípico, ou seja, ocorrido por causas naturais em um único animal de 9 anos de idade e com todas as providências sanitárias adotadas prontamente, o Ministério da Agricultura e Pecuária está adotando imediatamente as providências, de acordo com os protocolos sanitários, para que as exportações da carne bovina brasileira sejam restabelecidas o mais breve possível. (Ascom)

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Caso suspeito do Mal da Vaca Louca

BRASÍLIA - O Ministério de Agricultura e Pecuária anunciou na segunda-feira, dia 20/02,que está investigando um caso suspeito do 'Mal da Vaca Louca' - Encefalopatia Espongiforme Bovina.
Material coletado do animal doente está sendo analisado em laboratório para posterior tomada de decisão.
O Mal da Vaca Louca é temido entre os pecuaristas por causa dos desdobramentos graves, como interdição do plantel e eliminação dos animais doentes.
O caso sob suspeita se trata de um animal de idade encontrado em uma pastagem no estado do Pará, mas essa informação extra-oficial não foi confirmada pelo MAPA.
O temor é de que essa doença possa ter desdobramentos na pecuária afentando toda a cadeia produtiva. Por isso, o MAPA deve ter pressa em apresentar detalhes das análises dos materiais coletados.
Espongiforme Bovina

A doença se manifesta através de desordens comportamentais, causadas por alterações do estado mental (apreensão, nervosismo, agressividade) falta de coordenação dos membros durante a marcha e incapacidade de se levantar. O animal afetado deixa de se alimentar e rapidamente perde condição corporal.

A encefalopatia espongiforme bovina é desenvolvida por meio do contato com o cérebro ou outros tecidos do sistema nervoso de um exemplar contaminado. O contato pode acontecer por ingestão de alimentos ou derivados contaminados por tecido nervoso ou por instrumentos que entraram em contato com tecido nervoso doente.

Depois que o agente contagioso, o príon (uma proteína menor que o vírus) entra no cérebro, fica inativo por vários anos — até 10 ou 15 anos. Quando ativado, o agente inicia um processo de multiplicação que mata as células cerebrais rapidamente, deixando grandes massas de proteína, ou placas de príons, no cérebro.
Os príons interagem com o material genético (DNA) para se reproduzir e a sua acumulação é que causa as disfunções, que são efeitos da doença. (Inacio Roberto com informações do Canal Rural/Mapa)

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