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Três mulheres no agro: desafios e sonhos para o futuro

Três mulheres com cargos e experiências diferentes dentro de uma empresa do agronegócio contam como é ser mulher em um setor predominantemente masculino e que contribui fortemente com a economia brasileira.

Nilza tem 18 anos de em1 mpresa e Mariane soma cinco anos, enquanto Angélica está há dois anos na Áster Máquinas, concessionário John Deere com filiais em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Todas elas têm uma carreira de sucesso e almejam muito mais em sua vida profissional. 

Nilza Nascimento da Silva tem uma trajetória de desafios e muito estudo. Gerente administrativa da filial de Campo Novo do Parecis (MT), ela já foi auxiliar, coordenadora de serviços, supervisora e, participando dos processos seletivos internos, cresceu gradualmente.2 m

“Nestes 18 anos de empresa, sempre alinhei oportunidade e preparo. Estudei, me formei em Administração Rural, fiz pós-graduação, faço MBA, estudo inglês. Entendo quais são minhas habilidades e me candidato às vagas. A dica é não parar”, afirma.
Mariane Rodrigues Sales, apesar de ser uma jovem de 26 anos, é pioneira na Áster. Ela foi a primeira técnica de serviços, ou seja, é uma mecânica agrícola em Sapezal. Há cinco anos na empresa, vem subindo degraus para um almejado cargo de liderança.

“Entrei em um programa de treinamento da Áster em parceria com a John Deere. Foram dois anos estudando, entre teoria e prática, um ano como auxiliar e agora, há dois anos, sou técnica. Gosto do meu trabalho, não tem muita rotina”, conta

Já Angélica Graciele de Costa tentou durante cinco anos entrar na Áster e há dois atua na área de agricultura de precisão em Juara. “Sou formada em Engenharia Agrícola e Ambiental e me sinto feliz em ter conseguido esta vaga com muita persistência. Acredito que o setor está passando por uma profunda transformação, já vejo mais mulheres em fazendas e em todas as áreas”, comenta.

Nilza concorda. “O mundo agro vem abrindo as portas para as mulheres, elas estão mais ativas e começam se ver como personagens principais nas atividades”.

Por algumas vezes, Mariane teve que deixar claro o seu papel de líder de equipe, mas revela ter sempre o respeito de colegas e clientes. “Já houve situações em que se dirigiram ao meu auxiliar e não a mim para tratar da assistência técnica, mas eu me posicionei, respondi às perguntas e deu tudo certo”, lembra a mecânica. 

ara a diretora administrativa da Áster Máquinas, Iara Nunes, as mulheres estão conquistando espaços com todo merecimento, pois estudam e se dedicam muito a todas as atividades.

3 m “Na Áster nunca fizemos distinção de gênero, damos oportunidades similares a homens e mulheres. Mas percebo que algumas mulheres têm receio de aproveitar as oportunidades. É uma questão cultural e nosso papel é garantir um ambiente de trabalho igualitário, e para isso investimos bastante em qualificação para que o empoderamento delas possa ser mais facilmente estimulado”, afirma. 

 A Áster Máquinas possui certificação ESG e, durante o processo, decidiu tornar-se membro do Pacto Global da ONU e foi aceita. Então, priorizou três objetivos entre os 17 ODS (objetivos de desenvolvimento sustentável), sendo o primeiro deles o 4, “educação de qualidade”.

 Alinhado a este objetivo e à meta de valorizar e qualificar as mulheres, a Áster pretende profissionalizar 300 mulheres até 2030, sendo 20% delas na área técnica. “Acreditamos que, para uma vida plena, as mulheres precisam ter liberdade financeira e emocional. Por isso, qualificação e emprego são importantes”, afirma Iara Nunes.

 Para o futuro, as três colaboradoras veem muito trabalho e crescimento. “Gosto do contato direto de cliente, então meu próximo objetivo é chegar à gerência comercial”, afirma Nilza.

 A pioneira Mariane também pensa em um cargo de liderança. “Eu não pulei etapas e nem quero pular. Quando chegar a um cargo de liderança saberei como é estar do lado de cá e este é o meu objetivo”. Já Angélica quer ser uma referência: “quando pensarem em tecnologia, quero ser a primeira a vir à mente das pessoas”.

 A empresa. Fundada em Campo Novo do Parecis (MT), a Áster soma 25 anos de atuação e opera como concessionário John Deere. Sua atuação totaliza 11 unidades nos dois estados. Além da venda de maquinários, a empresa presta serviços técnicos a produtores rurais, comercializa peças e oferta soluções de agricultura de precisão (Ascom)

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