
Classe agrícola da América do Sul contrariada com Europa
BRASÍLIA - Representantes dos produtores de soja e milho da América do Sul, manifestaram preocupação com o Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR). A nova norma determina a proibição da importação de produtos provenientes de áreas com qualquer nível de desmatamento identificado até dezembro de 2020. Produtores da América do Sul produzem hoje, 51,3% da soja mundial, e 15,2% da produção mundial de milho.
As entidades afirmam que o Regulament6o dos europeus é uma “barreira comercial disfarçada de medida ambiental” que trará impactos consideráveis no custo de produção, aumento nos preços dos alimentos e causará distorção do comércio mundial.
As medidas que constam no documento não trazem nenhum tipo de reconhecimento para a grande maioria dos produtores rurais que preservam o meio ambiente, diz o manifesto. Trata-se de uma medida essencialmente punitiva, com aumento do risco e custos ao operador privado.
As entidades também criticam a classificação de risco ambiental definida pelos europeus, que consideram a América do Sul como uma região com alto risco de desmatamento.
Isso só prejudica a produção de alimentos, encarecendo os produtos.
Entidades que assinaram o manifesto:
- Associação Argentina de Milho e Sorgo – MAIZAR
- Associação Brasileira dos Produtores de Milho – ABRAMILHO
- Associação Brasileira dos Produtores de Soja – APROSOJA BRASIL
- Associação da Cadeia da Soja Argentina – ACSOJA
- Associação dos Produtores de Soja, Oleaginosas e Cereais do Paraguai – APS
- Câmara Paraguaia de Exportadores e Comerciantes de Grãos e Oleaginosas – CAPECO
- Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA