BR-158 não tem bloqueios nesta 3ª feira

Inácio Roberto Cidades 21 Junho 2016 Última Atualização: 21 Junho 2016 Acessos: 2331

ATUALIZADA ÀS 9HS DE 21/06

NOVA XAVANTINA – A BR-158 está liberada para o trânsito. O Movimento Luta pela Terra não retomou o bloqueio da rodovia esta manhã em Nova Xavantina. A Informação é da Polícia Militar de Nova Xavantina.

Os líderes do movimento dizem que obtiveram sinalização de uma reunião com o governo federal para discutir uma extensa pauta de reivindicações. Ontem, a BR-158 foi bloqueada por cerca de duas horas e meia pela manhã e à tarde.

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NOVA XAVANTINA – Trabalhadores sem terra bloquearam esta manhã a BR-158 em Nova Xavantina. Na verdade, nos dias 20, 21 e 22 de junho, de hoje até quarta-feira, os movimentos que lutam por reforma agrária farão protestos em várias partes do Estado.

Em Nova Xavantina, na BR-158, a mobilização será das 8hs às 10hs 40min, e das 14hs às 16hs 40min. Outros pontos em Mato Grosso também serão afetados pelas mobilizações. A organização é do MLT – Movimento de Luta pela Terra.

VEJA O DOCUMENTO DO MLT

Os trabalhadores e trabalhadoras Rurais Sem Terra do Estado de Mato Grosso, estão mobilizados durante essa semana, iniciando hoje dia 20 de junho de 2016, que chamamos de semana de lutas unitárias, em todo o Estado de Mato Grosso, na ocupação de Justiça Federal de Sinop e BRs em todas as regiões.

Os movimentos sociais tentaram negociar uma pauta de reinvindicações, porém sem avanços, sempre prejudicados pelo descaso, fato que se agravou com os últimos acontecimentos em nosso Estado e no país. A falta de diálogo e comprometimento do governo, com os trabalhadores (as), gerou uma insatisfação geral, que culminou nesta mobilização. Nesse mesmo caminho além do INCRA, ainda temos pautas pendentes com o Governo de MT e com o programa TERRA LEGAL.

São mais de 1.000 trabalhadores e trabalhadoras rurais participando desta jornada de lutas, que tem como objetivo principal cobrar e colocar em pauta as políticas do Governo para a Reforma Agrária, abrindo um canal de diálogo com INCRA, INTERMAT, TERRA LEGAL, AGU, TJ-MT (VARA ESPECIALIZADA EM DIREITO AGRÁRIO DO ESTADO DE MT), JUSTIÇA FEDERAL DE SINOP, uma vez que o entrave no andamento das políticas Públicas de Reforma Agrária não se concentram somente na atuação do INCRA-MT.

Ainda, aproveitamos para denunciar o governo Interino Golpista (Temer) que tem buscado veementemente aplicar as políticas de caráter extremamente neoliberalistas e sua descarada ligação ao Agronegócio, bem como, o governo Taques, que segue o mesmo exemplo, ambos tolhendo direitos da classe trabalhadora, direitos conquistados a um preço alto, pago com sangue e suor dos trabalhadores e trabalhadoras. Ambos sem condição moral de governar, sendo governos completamente comprometidos com a corrupção.

A luta dos trabalhadores (as) do campo também tem um caráter de solidariedade aos servidores (as) estaduais em greve, aos estudantes que ocupam as escolas Estaduais para garantir seu direito à educação pública gratuita e de qualidade, denunciando a tentativa de privatização dessa educação através das PPP – Parcerias Público-Privada.

A nossa pauta consiste em:

1° O retorno imediato do MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário, bem como o INCRA ligado ao MDA, e o fortalecimento da agricultura familiar;

2° Assentamento de todas as famílias acampadas no Estado;

3° Manutenção dos programas sociais, que estão sendo destruídos pelo governo interino, tais como: ‘Luz para todos’, as políticas previdenciárias dos trabalhadores (as) rurais, PNHR programa nacional de habitação rural, PAA e PNAE;

4° Audiência com governo do Estado de Mato Grosso, para tratar das terras públicas do Estado de Mato Grosso;

5° Audiência com o INCRA Nacional para tratar dos processos das terras para assentamento das famílias acampadas, uma vez que o INCRA de MT ainda está indefinido. Bem como com AGU para celeridade nos processos de arrecadação das terras da união na mão de grileiros.

6° Denunciar as violências ocorridas no campo contra os trabalhadores (as) rurais, os índios (as), as famílias de comunidades tradicionais, negros e os ribeirinhos.

7º Criação de uma Política Nacional dos Atingidos por Barragens (PNAB) para os atingidos pela UHE-Sinop: