Atualizada dia 10 dez 24
CUIABÁ - De acordo com os dados da Secex, o Brasil exportou 4,72 mi de t em nov/24, volume 26,21% menor em relação a out/24. Em Mato Grosso, as exportações de nov/24 totalizaram 3,05 mi de t, apresentando queda de 28,59% quando comparado a out/24. Com isso, ao analisar o acumulado da safra 23/24, os envios do estado atingiram 18,90 mi de t, diminuição de 8,65% em relação ao mesmo período da temporada passada.
Essa queda está relacionada à menor produção do cereal no ciclo 23/24, além da redução do volume importado pelo mercado chinês. No que tange aos principais países importadores da safra 23/24 de Mato Grosso, o Egito foi o maior comprador do cereal, seguido pelo Vietnã e depois pela Coreia do Sul, com 2,53 mi de t, 2,43 mi de t e 1,55 mi de t importadas de milho, respectivamente. Por fim, segundo as projeções do Imea, é aguardado que serão escoadas 27,21 mi de t de milho ao mercado internacional.
ELEVADO: impulsionada pela divulgação dos dados de vendas semanais dos EUA, a cotação do milho na CME-Group subiu 1,32% ante a ultima semana.
ACRÉSCIMO: influenciado pela alta do câmbio na última semana, o indicador da paridade de exportação contrato jul/25 aumentou 4,33% ante a semana passada. R$ 46,73/sc +4,33%
VALORIZAÇÃO: a moeda norte-americana exibiu aumento de 2,50% no comparativo semanal e fechou a semana cotada a R$ 6,04/US$.
Vendas da safra 23/24 de milho em MT avançaram 3,96 p.p. em nov/24
Com isso, as negociações atingiram 89,75% da produção, com o preço médio de R$ 58,28/sc, incremento de 15,02% ante out/24. O avanço na comercialização é pautado pelo aumento do preço do cereal no estado. Sendo assim, os negócios para a safra disponível estão 7,08 p.p. à frente aos da temporada passada. Já para a temporada 24/25, as vendas totalizaram 23,84% da produção estimada, aumento de 3.11 p.p. em relação a out/24, 8,14 p.p. à frente do mesmo período da safra passada, mas 14,37 p.p atrás das médias das últimas cinco safras.
O incremento mensal nos negócios em MT foi impulsionado pela valorização no preço do milho e pela necessidade dos produtores em travar seus custos com insumos para a próxima temporada. Dessa maneira, o preço comercializado para a safra 24/25 ficou em R$ 44,32/sc, aumento de 3,98% no comparativo com out/24.
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Atualizada dia 26 nov 24
CUIABÁ - O preço do milho disponível em MT tem apresentado aumento semanal desde meados de set/24. Na semana passada (18/11 a 22/11), o preço do cereal disponível fechou na média de R$ 57,17/sc, alta de 0,67% no comparativo semanal e 61,94% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse incremento semanal está atrelado sobretudo à maior demanda do cereal no estado.
Já em relação ao ano passado, a alta no preço foi motivada pela redução de 5,50 mi de t na produção da safra 23/24 ante a safra 22/23, o que, por consequência, diminuiu a oferta de milho no estado. Para as próximas semanas, com a demanda aquecida em MT e com a oferta limitada, é esperado que os preços permaneçam em sustentação. Mas é importante ressaltar que com o aumento da oferta no mercado mundial, devido a finalização da colheita nos EUA, o preço na CME-Group pode exibir pressão e impactar as cotações do mercado interno.
ALTA: devido à forte demanda pelo cereal nos EUA, a CME-Group exibiu elevação de 0,52% no comparativo semanal, e ficou na média de US$ 4,28/bu.
QUEDA: o preço do milho na B3 reduziu 1,99% JUL/25 no comparativo semanal. Dessa forma, o indicador fechou a semana em R$ 72,78/sc. R$ 72,78/sc -1,99%
INCREMENTO: a paridade de exportação jul/25 exibiu alta de 0,13% ante a semana anterior, pautada pela valorização do preço em Chicago.
Semeadura na Argentina
Os dados apresentados apontam que a semeadura do milho atingiu 34,40% da área projetada para o ciclo 24/25, o que representa adiantamento de 13,20 p.p. em comparação ao mesmo período do ano passado. Apesar disso, na última semana o avanço semanal foi de apenas 0,80 p.p. em relação à anterior, uma vez que muitos produtores ainda estão aguardando para avançar nos trabalhos a campo.
A Bolsa de Cereais ainda ressalta que, devido à boa disponibilidade hídrica nas lavouras, 89,00% delas apresentam condições normais/excelentes. Assim, esse percentual teve incremento de 3,00 p.p. ante a última semana, mas, 1,00 p.p. menor que no mesmo período do ano passado. Por fim, segundo o NOAA, espera-se que nas próximas duas semanas a maior parte da Argentina receba chuva entre 5 e 60 mm, o que pode beneficiar o avanço dos trabalhos a campo no país.
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Atualizada dia 12 nov 24
CUIABÁ - Segundo os dados da Secex, o Brasil enviou ao exterior, em out/24, o volume de 6,40 milhões de toneladas de milho, queda de 0,27% no comparativo mensal e 24,20% em relação ao mesmo período do ano passado. Essa queda nos envios esteve atrelada à retração nacional na produção do grão para a safra 23/24. No que tange aos estados exportadores, MT enviou ao exterior 4,14 milhões de toneladas, em out/24, diminuição de 4,72%, ante a set/24.
Entretanto, apesar dessa redução, o volume acumulado até o momento (jan a out) é de 21,38 milhões de toneladas, sendo o segundo maior volume exportado do estado desde o início da série histórica da Secex (1997). Além disso, a representatividade mato-grossense nas exportações brasileiras é a segunda maior dos últimos cinco anos, expressando 69,48% do total nacional. Por fim, para os próximos meses é esperado que as exportações fiquem em linha com as médias dos últimos cinco anos até o fim de 2024.
INCREMENTO: o preço do milho em Mato Grosso exibiu aumento de 1,54% em relação à semana passada, e ficou cotado na média de R$ 54,38/sc.
VALORIZAÇÃO: pautada pelo forte ritmo das exportações dos EUA, a cotação do milho em Chicago alcançou US$ 4,24/bu na semana, alta de 2,88% no comparativo semanal. US$ 4,24/bu +2,88%
QUEDA: a paridade de exportação de jul/25 fechou a semana em R$ 42,30/sc, redução de 1,57% ante a semana passada devido à baixa no prêmio de Santos.
Comercialização do milho safra 23/24 em MT alcançou 85,79% da produção em out/24
Desse modo, as negociações avançaram 6,60 p.p. em relação a set/24, apresentando aumento de 9,01 p.p. ante o mesmo período do ciclo 22/23. Apesar disso, as vendas ainda estão 3,12 p.p. atrás da média das últimas cinco safras. O incremento mensal das vendas foi impulsionado pela elevação de 15,51% no preço médio comercializado no estado, que fechou out/24 na média de R$ 50,67/sc.
No que tange à comercialização da temporada 24/25, em out/24 as negociações atingiram 20,87% da produção estimada para o ciclo, avanço de 5,33 p.p. em relação ao mês anterior. Esse incremento mensal também esteve atrelado à melhora nos preços e na necessidade dos produtores em travar os custos com insumos para o próximo ciclo. Com isso, o preço médio comercializado ficou em R$ 42,62/sc, valorização de 4,03% ante set/24.
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Atualizada dia 29 out 24
CUIABÁ - Segundo dados divulgados pela Bolsa de Cereais, a semeadura do milho na Argentina avançou 4,60 p.p. na última semana (até 24/10), atingindo 28,90% da área esperada para a safra 24/25, estimada em 6,30 milhões de hectares. A Bolsa ressalta que as chuvas recentes contribuíram para as condições das lavouras e facilitaram a emergência do milho. Com isso, os produtores que semearam até o momento (24/10) encontraram uma boa umidade no solo.
É importante destacar que, devido à alta incidência da cigarrinha-do-milho na safra 23/24, a área plantada nesta temporada diminuiu 20,30% na Argentina, de acordo com a Bolsa de Cereais. Assim, nesta temporada, o controle de pragas e doenças está sendo mais rigoroso no país. Por fim, conforme o NOAA, nas próximas duas semanas, são esperadas chuvas entre 30 mm e 90 mm na maior parte do país, o que pode favorecer o avanço dos trabalhos de campo e o desenvolvimento das lavouras.
ALTA: a cotação na CME-Group aumentou 2,76% ante a última semana e ficou na média de US$ 4,16/bu, motivado pelas exportações americanas mais aquecidas na semana.
ACRÉSCIMO: o preço do milho na B3 teve incremento de 4,25% na última semana, pautado pela maior demanda pelo milho disponível. R$ 71,46/sc +4,25%
VALORIZAÇÃO: o dólar compra PTAX fechou a semana em R$ 5,70/US$, com alta de 0,93% ante a semana passada.
Preço do milho com margem alta após 18 meses
No dia 25/10, o preço do milho ficou cotado a R$ 52,41/sc, valor que não era visto desde o período pós-pandemia, em 27/04/23, quando o cereal alcançou R$ 50,25/sc. Com isso, a cotação do cereal fechou a semana na média de R$ 51,52/sc, registrando valorização de 4,63% em relação à semana passada. Esse aumento foi impulsionado pela maior demanda pelo grão no estado na última semana.
Quando comparado com o mesmo período do ano passado, a cotação atual do cereal está 49,69% mais alta. Esse incremento está atrelado à menor disponibilidade de milho neste ano, devido ao recuo na produção da safra 2023/24 ante a safra 2022/23, -5,33 mi de t. Por fim, é importante destacar que, nesta época do ano, é comum que as exportações fiquem mais aquecidas, o que deve continuar estimulando a demanda e os preços no estado.
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Atualizada dia 15 out 24
CUIABÁ - De acordo com a divulgação do Imea na última segunda-feira (07/10), a 4ª estimativa do Valor Bruto de Produção (VBP) para agricultura em 2024, em Mato Grosso, apresentou recuo de 21,54% ante a 8ª estimativa de 2023, e ficou projetado em R$ 135,23 bilhões. Essa redução no VBP da agricultura foi puxada principalmente pela queda no VBP da soja e do milho. No que se refere ao milho, que representa 23,31% no VBP da agricultura, este apresentou queda de 21,68% e ficou estimado em R$ 31,52 bilhões.
Essa retração no VBP do milho foi pautada principalmente pela queda na produção da safra 23/24 em 10,15% ante a 22/23 em Mato Grosso. Por fim, com a comercialização do milho ainda em aberta, o preço continuará sendo um fator determinante para as revisões das próximas estimativas do VBP do milho, uma vez que faltam 10,44 milhões de toneladas a serem negociadas no estado.
VALORIZAÇÃO: com demanda aquecida e as perspectivas de janela apertadas para a próxima temporada, o preço do milho em MT fechou a semana com média de R$ 48,29/sc.
ACRÉSCIMO: a cotação do milho em Campinas/SP aumentou 2,45% na última semana, devido à “saída” dos produtores das negociações. R$ 66,95/sc +2,45%
QUEDA: a paridade de exportação de jul/25 fechou a semana em R$ 41,11/sc, redução de 2,14% ante a semana passada.
Imea projeta aumento de 60,20% da área de milho para os próximos 10 anos em MT
Com base nas estimativas, é esperado que a área fique em 10,90 milhões de hectares na safra 2033/34, com crescimento anual de 4,83%. Esse aumento está relacionado à maior participação do milho na proporção ocupada pela soja, assim é previsto que chegue a 65,57% da área de milho sobre a de soja. Esse aumento na área do milho é motivado pela demanda crescente, tanto para exportação quanto para consumo interno, especialmente pelas indústrias de etanol no estado.
No que se refere à produtividade para os próximos 10 anos, é esperado um acréscimo de 6,37% na média estadual, projetado em 122,95 sc/ha. Desse modo, com o incremento da área e produtividade, a expectativa é que a produção em Mato Grosso chegue a 80,38 milhões de toneladas na safra 2033/34, o que representa aumento de 70,40% em comparação com a safra 2023/24.
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Atualizada dia 01 out 24
CUIABÁ - De acordo com a Bolsa de Cereais, a semeadura do milho na Argentina avançou 3,40 p.p. na última semana (25/09), atingindo 10,50% das áreas cultivadas, o que representa um adiantamento de 3,20 p.p. em relação à safra 23/24. O progresso semanal não foi maior devido à escassez de chuvas durante o período, o que atrapalhou o adiantamento dos trabalhos a campo em diversas regiões.
Apesar disso, a semeadura está em linha com o que foi observado na média das últimas cinco safras. Outro ponto a se destacar é a necessidade de monitoramento da cigarrinha e demais doenças do milho durante o processo de desenvolvimento da cultura, visto que a alta incidência da praga na temporada passada foi responsável pela diminuição de 20,30% da área de milho para a safra 24/25. Por fim, segundo o NOAA é aguardado um volume de chuvas entre 5 mm e 30 mm para as próximas duas semanas na maior parte do país.
VALORIZAÇÃO: o preço do milho em MT fechou a semana na média de R$ 42,66/sc, aumento de 2,74% ante a semana anterior.
ALTA: a paridade de exportação contrato jul/25 apresentou incremento de 9,44% na última semana, sendo cotada na média de R$ 39,42/sc. R$ 39,42/sc +9,44%
RECUO: com a valorização do preço do milho em MT, o diferencial de base MT/CME exibiu queda de 5,40% em relação à semana passada.
O USDA divulgou no dia 30/09 o relatório das lavouras nos EUA
Segundo o Departamento, a colheita da safra de milho 24/25 chegou a 21,00% da área total até a última segunda-feira, com avanço semanal de 7,00 p.p. ante a semana passada. Quando comparado com a safra 23/24, os trabalhos a campo estão em linha com o que foi visto no mesmo período. No “cinturão do milho”, o progresso da colheita é superior ao observado no ciclo passado, com média de 22,22% já colhidos na região, contra 20,22% da temporada 23/24.
De acordo com a série histórica, é comum que neste período do ciclo as condições boas e excelentes das lavouras comecem a diminuir. No entanto, nesta safra, o cenário está diferente. Assim, na última semana, 64,00% das lavouras ficaram em condições boas e excelentes, 11,00 p.p. superior em relação ao ciclo passado. Por fim, mesmo com a revisão do USDA em relação à produtividade no início de set/24, o rendimento dos EUA poderá ser ainda maior.
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Atualizada 17 set 24
CUIABÁ - Segundo os dados divulgados pelo USDA, em set/24, a área colhida nos Estados Unidos para a safra 2024/25 apontou manutenção em relação ao mês passado, permanecendo em 33,47 milhões de hectares, 4,40% a menos que na temporada 2023/24. No que se refere à produção do país, esta apresentou aumento de 0,26% quando comparada com a divulgação de ago/24, alcançando 385,73 milhões de toneladas.
Esse aumento na produção reflete o bom desenvolvimento das lavouras durante o ciclo. Para se ter uma ideia, as condições boas e excelentes das lavouras continuam em patamares acima dos 60,00%, e, até a última segunda-feira (16/09) e fechou em 65,00%, 9,00 p.p. acima da média das últimas cinco safras no mesmo período. Por fim, a colheita no país começou na última semana e até o dia 15/09 atingiu 9,00% do total da área estimada para a safra, 3,00 p.p. mais adiantada que a média das últimas cinco safras.
ALTA: o preço do milho no indicador Cepea apresentou incremento de 2,39% ante a semana passada, devido à maior procura internacional do milho brasileiro.
REDUÇÃO: o preço do milho na CME Group caiu 0,39%, no comparativo com a semana passada, ficando em US$ 3,84/bu, devido ao aumento na estimativa de produção dos EUA. US$ 3,84/bu -0,39%
BAIXA: com a valorização do preço do milho em MT, o diferencial de base MT/CME apresentou redução de 3,61% ante a última semana.
Preço ponderado do milho para a safra 24/25 está em R$ 37,91/sc
Ao analisar o ponto de equilíbrio dos indicadores do custo de produção para a temporada futura, Custeio, COE. COT e CT, que estão em R$ 28,96/sc, R$ 41,17/sc, R$ 45,99/sc e R$ 54,38/sc, respectivamente, o preço do cereal no estado cobre apenas as despesas do custeio da temporada. É importante destacar que, para o cálculo de P.E, foram considerados os dados do custo de produção do projeto Acapa-MT, divulgados em set/24, e a produtividade média das últimas três safras.
Sendo assim, o ciclo futuro do milho continua desafiador em MT, sendo necessário que os produtores mantenham seus custos na “ponta da caneta”, aproveitem as oportunidades de valorização no preço do cereal e as relações de troca com os insumos. Outro fator ainda indefinido, que pode influenciar na rentabilidade, é a produtividade, um importante pilar na construção das margens dos produtores.
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Atualizada dia 20 ago 24
CUIABÁ - De acordo com o USDA, a oferta estimada para a safra de milho 24/25 nos EUA atingiu 432,80 milhões de toneladas em ago/24, acréscimo de 0,22% em relação à última divulgação. Esse aumento deve-se à alta na produção esperada para a safra, que cresceu 0,31% ante jul/24. No que se refere à demanda interna americana, esta chegou a 380,13 milhões de toneladas, alta de 0,40% no comparativo mensal, devido às melhores perspectivas para as exportações, que subiram 3,37% em relação à última divulgação, atingindo 58,42 milhões de toneladas.
Com a alta na demanda, os estoques finais apresentaram diminuição de 1,12% em comparação com a divulgação de jul/24, totalizando 52,67 milhões de toneladas. Contudo, apesar da revisão para baixo, os estoques ainda são superiores aos das últimas cinco safras, assim, esse cenário pressionou a cotação do milho na bolsa de Chicago, que caiu 1,17% no comparativo semanal, sendo cotado na média de US$ 3,79/bu.
DIMINUIÇÃO: na última semana a cotação do milho em Mato Grosso teve queda de 3,73%, ficando precificado na média de R$ 37,85/sc.
MENOR: com o aumento na oferta interna e movimentações negativas no mercado internacional, o contrato corrente da B3 caiu 1,14% ante a semana passada. R$ 59,81/bu -1,14%
REDUÇÃO: motivado pelos dados de inflação divulgados na última semana, o dólar diminuiu 2,58% na última semana, e ficou cotado na média de R$ 5,49/US$.
Custo de produção de milho da safra 24/25 em Mato Grosso
O custeio de jul/24 ficou em R$ 3.226,35/ha, retração de 0,07% quando comparado a jun/24. Esse declínio foi impulsionado pela diminuição no custo com sementes e defensivos, de 2,16% e 2,32%, respectivamente. Dessa forma, com o ajuste no custeio, aliado ao recuo nas despesas com arrendamento, o COE ficou em R$ 4.584,29/ha, 0,11% menor que em jun/24.
Assim, ao analisar o P.E., levando em consideração a produtividade de 114,04 sc/ha (safra 23/24, pois o Imea ainda não possui estimativa para a 24/25), o produtor modal terá que negociar o seu cereal a pelo menos R$ 40,20/sc na safra 24/25 para cobrir suas despesas com o COE, 3,80% a mais que o preço comercializado em jul/24 que ficou em R$ 38,73/sc. Assim, apesar do recuo nas despesas com insumos para a temporada futura, o P.E. continua superior ao da safra 23/24.
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Atualizada dia 06 ago 24
CUIABÁ - A área de milho para a safra 23/24 em Mato Grosso se manteve em 6,94 milhões de hectares em agosto ante julho. Já no que se refere à produtividade, o levantamento do Instituto apontou alta de 0,45% ante a divulgação de jul/24, ficando em 114,04 sc/ha. Essa melhora no rendimento está associada às boas produtividades observadas durante o período da colheita, reflexo do bom desenvolvimento das lavouras, condições climáticas favoráveis e semeadura dentro da janela considerada ideal no estado.
No que se refere às regiões, os destaques são para a Oeste, a MédioNorte e a Noroeste, que apresentaram os melhores rendimentos em ago/24, de 120,65 sc, 120,03 sc e 113,55 sc, respectivamente. Por fim, com o aumento da produtividade e manutenção na área, a produção esperada para o ciclo ficou em 47,52 milhões de toneladas, alta de 0,45% ante jul/24, segunda maior produção da série histórica do Imea.
QUEDA: devido à pressão da colheita, aliada à redução do milho em Chicago, a cotação do cereal disponível em MT diminuiu 2,73% na última semana.
REDUÇÃO: devido à melhora nas condições das lavouras dos EUA na última semana, o preço do milho na CME-Group caiu 3,53% no comparativo semanal.
ACRÉSCIMO: o dólar corrente futuro apresentou ajuste positivo de 0,93% ante a última semana, sendo cotado na média de R$ 5,68/US$.
Imea reajusta em ago/24 a demanda de milho para a temporada 23/24
De acordo com o Instituto, a expectativa para o ciclo ficou em 48,15 mi de t, 0,09% a mais que no mês passado. Quando comparada com a da safra 22/23, a demanda ainda está 6,18% menor. Apesar disso, o consumo mato-grossense está 6,06% maior que na temporada passada, puxado, principalmente, pelo incremento do consumo das usinas de etanol de milho no estado, que participam com 73,74% do consumo interno.
Já o consumo para a ração animal participa com 26,26% do total consumido em Mato Grosso. Do lado das exportações, apesar da queda na expectativa para a temporada 23/24 em 9,63% ante a safra 22/23, os escoamentos ainda são responsáveis pela maior participação dentro da demanda, de 56,72%, com estimativa de 27,31 mi de t. Por fim, com a projeção de 4,99 mi de t, o consumo interestadual representa 10,36% da demanda de Mato Grosso, 14,26% a menos que na safra passada.
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Atualizada dia 23 jul 24
CUIABÁ - De acordo com o Imea, a colheita do milho da segunda safra da temporada 2023/24 até 19/07 em Mato Grosso atingiu 96,62% da estimativa de área total, avanço semanal de 6,66 p.p. É importante ressaltar que os trabalhos a campo deste ciclo estão mais adiantados em 21,73 p.p. . quando comparado com o mesmo período da safra 2022/23 e 16,52 p.p ante a média dos últimos cinco anos.
Diante desse ritmo, a colheita do ciclo 2023/24 é a mais adiantada da série histórica do Instituto, devido a combinação do adiantamento da semeadura e condições climáticas favoráveis. No que se refere às regiões, a Médio-Norte, Oeste e Norte seguem à frente dos trabalhos a campo com 99,08%, 98,69% e 97,85% das áreas colhidas, respectivamente. Por fim, para as próximas semanas, com a colheita próxima do fim, um ponto de atenção é o déficit de armazenagem, que sazonalmente na “época de colheita” é um gargalo no estado.
QUEDA: devido à melhora nas condições climáticas dos EUA, o preço CME Group corrente caiu 2,41% ante a semana passada e ficou cotado na média de US$ 3,94/bu.
ALTA: o preço do milho na B3 aumentou 4,23% em comparação com a semana passada, ficando cotado a R$ 58,29/sc, motivado pela melhora nos prêmios do milho.
VALORIZAÇÃO: o preço do dólar corrente futuro fechou a semana com alta de 1,24%, cotado na média de R$ 5,51/US$ na semana passada.
COE do milho da safra 24/25 em MT, em jun/24, fechou em R$ 4.589,36/ha, alta de 0,24% ante a mai/24
Ao analisar o P.E, levando em consideração o preço ponderado de jun/24 do milho em R$ 35,99/sc, o produtor terá que produzir 127,52 sc/ha na safra 24/25. Quando comparada com a 23/24, a despesa aumentou 6,13 sc/ha, puxada pela alta do pacote tecnológico no ciclo futuro. Ainda, quando acrescentados os custos com depreciações e prólabore, o agricultor terá que produzir na média 142,44 sc/ha, para cobrir o COT.
Vale ressaltar que o Imea ainda não possui estimativa de produtividade para a próxima safra (24/25), mas, levando em consideração a média de produtividade das últimas 3 safras (110,85 sc/ha), o produtor cobrirá apenas o custeio da temporada. Por fim, com os custos elevados e a produtividade em aberta para a próxima safra é necessário que o produtor continue atento às melhores oportunidades de negócio e tente minimizar as suas despesas na temporada.
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Atualizada dia 16 jul 24
CUIABÁ - De acordo com a divulgação da Conab em 11/07, a projeção da área de milho 2ª safra no Brasil para a temporada 23/24 é de 16,19 mi de ha, o que representa acréscimo de 0,29% quando comparada à última divulgação. Quanto à produtividade, houve aumento de 1,85% em relação à divulgação anterior, com média de 92,61 sc/ha. A alta na projeção de produtividade foi puxada, principalmente, por Mato Grosso, que apresentou reajuste positivo, devido ao bom desenvolvimento das lavouras durante o ciclo.
Com isso, a previsão para a produção da safra 23/24 é de 90,01 mi de t, 2,15% maior que em jun/24, mas 12,07% menor ante a safra 22/23. Por fim, mesmo com o aumento da produção entre estimativas, é importante ressaltar que parte do Paraná está passando por um momento crítico nas condições das lavouras e, pelo 2º mês consecutivo, o estado diminuiu a produção, o que pode impactar na produção final brasileira.
QUEDA: o preço do milho disponível em MT ficou cotado na média de R$ 36,25/sc, diminuição de 1,63% ante a última semana, motivada pelo avanço da colheita no estado.
DESVALORIZOU: Após a Conab revisar para cima a produção de milho, o preço do milho na B3 diminuiu 0,98% em comparação com a semana anterior.
REDUÇÃO: O preço do dólar corrente futuro fechou a semana com queda de 2,37%, sendo cotado na média de R$ 5,45/US$ na semana passada.
USDA reajustou a expectativa de O&D mundial do milho para a safra 24/25 no dia 12/07
De acordo com os dados, a estimativa para a produção global da safra 24/25 de milho apresentou alta de 0,35% ante a divulgação de jun/24, totalizando 1,22 bilhão de toneladas. Esse cenário foi puxado pela maior oferta do cereal por parte dos Estados Unidos, que apresentaram aumento de 0,56% no comparativo com o mês passado. Com isso, a oferta mundial ficou projetada em 1,72 bilhão de toneladas, alta de 0,08% quando comparado com a estimativa de jun/24.
Do lado da demanda mundial, é esperado que o consumo fique em 1,41 bilhão de toneladas, 0,03% a mais que a estimativa de jun/24. Dessa forma, com os reajustes do lado da oferta e demanda, os estoques finais ficaram projetados em 0,31 bilhão de toneladas, 0,28% a mais que a estimativa passada. Por fim, com o aumento dos estoques, o preço do milho em Chicago contrato corrente exibiu queda de 2,20% no dia 12/07 ante ao dia 11/07.
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Atualizada dia 25 jun 24
CUIABÁ - De acordo com a Bolsa de Cereais, até o dia 19/06, a colheita do milho na Argentina atingiu 49,30% do total da estimativa de área para a safra 23/24, com avanço de 22,33 p.p. no comparativo semanal. Quando comparado ao mesmo período da safra 22/23, o ritmo da colheita está 12,01 p.p. mais adiantada, mas segue atrasada em relação à média dos últimos cinco anos.
No que se refere aos rendimentos, as regiões do centro e do norte da área agrícola se mostraram com a produtividade abaixo do que era esperado, com destaque para o sul, que mantém rendimentos semelhantes aos históricos. Sendo assim, a Bolsa de Cereais estima uma produção de 46,50 mi de t para o ciclo, alta de 9,50 mi de t, ante a safra 22/23. Por fim as atenções se voltam para as condições climáticas e, segundo o NOAA, para a próxima semana são aguardadas chuvas em áreas pontuais do país, que podem interferir no ritmo da colheita.
QUEDA: puxada pela desvalorização em Chicago, a cotação na B3 fechou na média de R$ 57,46/sc, queda de 1,37% ante a semana passada.
BAIXA: a paridade de exportação jul/24 apresentou queda de 4,66% na última semana, motivada pelo recuo do prêmio portuário de Santos.
RETRAÇÃO: o preço do milho na CME-Group exibiu retração de 2,01% no comparativo semanal, e ficou cotado a US$ 4,42/bu.
A colheita do milho em Mato Grosso avançou 15,84 p.p. na última semana e alcançou 37,57% da área
De acordo com os dados do Imea, os trabalhos a campo da temporada 2023/24 estão 18,33 p.p. à frente aos do mesmo período da safra 2022/23 e 10,16 p.p. acima da média dos últimos cinco anos. No que se refere às regiões, a com maior avanço semanal foi a Oeste, que exibiu um incremento de 20,80 p.p., e alcançou 46,56% das áreas colhidas até o momento, seguida pela Nordeste, que avançou 17,19 p.p. e chegou a 29,42%.
Mas vale destacar que a região Médio-Norte continua à frente das demais, com 49,11% das áreas colhidas. Para as próximas semanas, é esperado que os trabalhos a campo continuem ganhando força e fiquem próximos da máxima histórica de colheita. Por fim, com a intensificação nos trabalhos a campo, os olhares estão voltados para os rendimentos das áreas colhidas e, principalmente, para a média final da temporada 2023/24.
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Atualizada 20 jun 24
CUIABÁ - Segundo o USDA, a área que será colhida da safra 24/25 nos EUA está projetada em 33,23 mi de ha, 5,10% a menos que na temporada 23/24. Esse recuo na expectativa está atrelado à maior competitividade da soja ante o milho no ciclo. Com a diminuição de área, a produção está sendo estimada em 377,46 mi de t, diminuição de 3,14% ante a safra 23/24, mas poderá ser impactada ainda mais com o fenômeno La Ninã.
Assim, apesar da retração na produção e com a diminuição no consumo doméstico, os estoques finais estão 3,96% maiores que os da safra passada. Dessa forma, os preços futuros na CME-Group estão apresentando uma “pressão”, devido à perspectiva maior da disponibilidade de cereal no mercado. Com isso, a cotação do milho na última semana (10/06 a 14/06) na bolsa fechou na média de US$ 4,93/bu no contrato jul/25, 7,47% menor quando comparado com o mesmo período do ano passado.
ACRÉSCIMO: puxado pela alta do dólar, o preço do milho disponível chegou a R$ 37,86/sc, aumento de 4,05% ante a última semana.
VALORIZAÇÃO: a paridade de exportação jul/24 apresentou incremento de 9,77% na última semana, motivado pela valorização do prêmio portuário de Santos.
ALTA: a moeda norte-americana fechou em R$ 5,38/US$ na semana passada, valorização de 1,80% no comparativo semanal.
Colheita x Armazenagem em MT
De acordo com a Conab, a capacidade estática para a safra 23/24 está em 49,94 mi de t, aumento de 7,92% em relação à safra 22/23. Quando analisada a estimativa de produção, é esperado que o estado produza 84,90 mi de t de grãos no ciclo 23/24, 12,68% a menos que na temporada passada. Com isso, o déficit de armazenagem está projetado em 34,96 mi de t, com redução de 32,98% ante o ciclo passado. Apesar da diminuição, o estado ainda apresenta uma grande deficiência.
Para se ter uma ideia, mesmo com o avanço da comercialização da temporada 23/24 da soja no último mês (mai/24), as vendas do milho estão atrasadas em 7,22 p.p. ante o mesmo período do ciclo 22/23, o que pode indicar um volume maior estocado. Por fim, apesar dos investimentos com silos bags observados nas últimas duas safras, o cenário reforça a dificuldade dos produtores com a armazenagem em MT.
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Atualizada dia 11 jun 24
CUIABÁ - De acordo com o Imea, a comercialização do milho da safra 22/23 alcançou 97,39% do total da produção, avanço mensal de 0,42 p.p. ante abr/24. Esse menor incremento está atrelado ao desinteresse nas negociações no mercado disponível. Já no ciclo 23/24 os negócios em MT chegaram a 37,39% do total da produção estimada em mai/24, avanço de 4,64 p.p. ante o mês anterior.
Esse avanço foi pautado pela alta de 3,13% no preço, que ficou na média de R$ 37,92/sc. Além disso, as melhores perspectivas na produção do ciclo também contribuíram para as vendas. Na temporada 24/25, os negócios alcançaram 3,23% do total da produção esperada, avanço mensal de mai/24 ante abr/24 de 1,63 p.p. Apesar do incremento, as vendas ainda estão lentas devido ao desinteresse dos produtores em travarem os negócios, além da queda de 2,38% no preço médio negociado, que finalizou mai/24 na média de R$ 36,52/sc.
QUEDA: o preço do milho na B3 fechou em queda de 3,18% ante a última semana, ficando na média de R$ 57,08/sc, devido ao impacto da medida provisória do PIS/Cofins.
RETRAÇÃO: com o avanço da semeadura nos EUA, a CME-Group apresentou queda de 2,26% no comparativo semanal, e ficou cotada a US$ 4,45/bu.
ALTA: 0 dólar corrente futuro apresentou valorização de 1,70% ante a semana anterior e fechou na média de R$ 5,28/US$.
Em mai/24 as exportações de milho atingiram 0,33 mi de ton em Mato Grosso
Quando analisado o acumulado da safra 22/23, os envios totalizaram 29,16 milhões de toneladas no período de jul/23 a mai/24, acréscimo de 11,78% em relação ao ciclo 21/22 (jul/22 a mai/23). Esse aumento foi impulsionado, principalmente, pelo incremento da oferta de cereal disponível no estado, devido ao aumento da produção em MT (safra 22/23).
Desta forma, a maior oferta contribuiu para a abertura de novos mercados como por exemplo, a China. Vale destacar que, apesar da ausência nas compras nos últimos dois meses (abr e mai), o país asiático importou 16,19 milhões de toneladas de milho, o que representa 55,53% do total dos escoamentos do estado no período de jul/23 a mai/24. Por fim, faltando um mês para o fim do ciclo de exportação da safra 22/23, o Imea projeta que será escoado um volume total de milho de 29,85 milhões de toneladas.
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Atualizada dia 04 jun 24
CUIABÁ - No dia 03/06, o USDA divulgou o avanço da semeadura de milho no país para a safra 24/25, alcançando 91% da área total prevista, com alta de 8,00 p.p. no comparativo semanal. Esse percentual está 4,00 p.p. atrás quando comparado com o mesmo período da safra 23/24 e 2,00 p.p. à frente da média dos últimos cinco anos. Para as próximas semanas, os olhares se voltam para as condições climáticas, uma vez que as chuvas precisam se manter presentes para o avanço dos trabalhos e para garantir bons rendimentos.
De acordo com o NOAA, são aguardados volumes pluviométricos abaixo ou iguais ao que foi visto na média dos últimos anos na maior parte do país para as próximas duas semanas. Ainda, é importante ressaltar que os EUA enfrentam fortes temporadas de furacões e, de acordo com o NOAA, são previstos de 8 a 13 para este ano, o que pode interferir no desenvolvimento das lavouras no país.
AUMENTO: em movimento contrário da B3 e do mercado internacional, o preço do milho disponível em MT valorizou 1,88% ante a última semana, e ficou na média de R$ 37,05/sc.
QUEDA: motivado pela valorização do milho em MT ante o mercado internacional, o diferencial de base MT/CME caiu 4,66% no comparativo semanal.
ACRÉSCIMO: 0 dólar corrente futuro fechou a semana com alta de 0,99% ante a semana anterior, e ficou cotado na média de R$ 5,20/US$.
Perspectiva positiva em relação à temporada 23/24
De acordo com o levantamento, o rendimento da safra está previsto em 110,02 sc/ha, alta de 1,72% ante a divulgação de mai/24. Essa melhora na expectativa está atrelada ao bom desenvolvimento das lavouras e aos bons rendimentos dos primeiros talhões colhidos no estado. Vale destacar que o rendimento final ainda está em aberto, devido às incertezas para o ciclo, como incidência de possíveis pragas e doenças que podem interferir na produtividade.
No que se refere às regiões, a MédioNorte, a Oeste e a Noroeste apresentaram as maiores expectativas de rendimento, com 113,08, 113,05 e 112,75 sc/ha, respectivamente. Por fim, as atenções se voltam para a colheita, uma vez que está mais adiantada que a do mesmo período do ano passado e, de acordo com o NOAA, o estado deve passar por um período de estiagem, o que auxilia no avanço dos trabalhos a campo.
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Atualizada dia 14 maio 24
CUIABÁ - Segundo os dados da Secex divulgados no dia 09/05, as exportações brasileiras de milho totalizaram 64,11 mil toneladas, volume 84,97% inferior ao que foi observado no mesmo período de 2023. Em Mato Grosso, o principal produtor do cereal do país enviou ao exterior um total de 9,21 mil toneladas de milho em abr/24, o que representa uma redução de 95,93% no comparativo com mar/24.
Esses menores volumes exportados de milho em abril são comuns neste período do ano, já que os terminais nos portos estão voltados para a soja, devido ao período de entressafra do cereal. Entretanto, em abr/24 foram registrados os menores níveis dos últimos três anos, justificados pela saída repentina do principal importador dos últimos meses, a China. Por fim, com a entrada da nova safra nos próximos meses, é esperado que as exportações retomem aos níveis observados dos últimos anos.
AUMENTO: devido ao impulso no mercado internacional, o preço do milho na B3 fechou com alta de 1,21% ante a última semana, e chegou à média de R$ 57,90/sc.
ALTA: devido às condições climáticas no sul do Brasil, a CME-Group subiu 1,46% ante a última semana e ficou cotada a US$ 4,50/bushel.
ACRÉSCIMO: o preço do milho disponível em Mato Grosso aumentou 3,23% na última semana e fechou na média de R$ 36,10/sc.
Comercialização de milho segue atrasada em relação à média dos últimos 5 anos e da safra passada
Em abr/24, os negócios alcançaram 96,97% da produção total, avanço de apenas 0,91 p.p. ante o mês anterior. Apesar do aumento de 5,08% no preço médio, isso não foi o bastante para estimular as novas vendas desta safra, uma vez que os produtores estão focados na safra 23/24. Para o ciclo 23/24, as negociações chegaram a 33,33% da estimativa de produção, avanço de 7,71 p.p. ante mar/24.
Esse aumento no interesse por novas vendas é resultado da alta nos preços e das perspectivas mais favoráveis para a produção. Porém, mesmo com esse acréscimo mensal, a comercialização está atrasada em 28,58 p.p. em relação à média das últimas cinco safras. Quanto ao ciclo 24/25, apenas 1,60% da produção estimada foi vendida, avanço de 0,63 p.p. em abr/24 ante mar/24. Desse modo, a comercialização continua sendo a mais atrasada da série histórica.
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Atualizada dia 23 abr 24
CUIABÁ - Imea projeta o desenvolvimento das lavouras no estado.
De acordo com os dados do Instituto, a maior parte das lavouras de milho segunda safra passaram da fase de pendoamento e florescimento na última sexta-feira (19/04). É importante destacar que esses estágios fenológicos são importantes para a definição produtiva do cereal e necessitam de volumes de chuvas bem distribuídas para que atinjam o máximo do seu potencial produtivo.
Sendo assim, com mais de 90% das áreas semeadas dentro da “janela”, estima-se que uma parcela significativa das lavouras se desenvolveu dentro de um regime ideal de chuvas. Mas é essencial que os volumes se mantenham presentes até o final de abril e início de maio para que beneficiem o restante das áreas.
Assim, de acordo com o NOAA, é aguardado que a maior parte de MT receba um volume acumulado de chuvas de 0 a 35 mm, nas próximas duas semanas.
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Atualizada dia 16 abr 24
CUIABÁ - O Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária informa o custo para a produção de um hectare de milho no Estado. Atualmente o custeio da lavoura de milho vale R$ 3.368,89/ha.
Indica que o produtor precisa colher 136 sacas de milho por hectare somente para tirar os custos de produção. Além disso, a saca deve ser comercializada a no mínimo R$ 34,00. Porém, hoje, o preço real está abaixo do custo de produção.
Isso levou à uma redução na área ocupada com o cereal. Em Água Boa, houve queda de mais de 50% nas lavouras com milho. Na safra passada, foram plantados 58 mil hectares, contra 26 mil hectares nessa temporada.
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Atualizada dia 09 abr 24
CUIABÁ - De acordo com os dados da Secex, o Brasil enviou ao exterior 7,02 milhões de toneladas no 1° trimestre de 2024, volume 28,00% menor quando comparado com o do mesmo período de 2023. A queda nos escoamentos está atrelada ao baixo interesse dos produtores em negociar o seu milho devido à desvalorização no preço do cereal, mesmo com um volume de 2,07 milhões de toneladas disponível, segundo o Imea.
No que se refere aos principais compradores do país, os destaques são para a China, com 1,48 milhão de toneladas, Egito, com 869,49 mil toneladas, e Irã, com 698,20 mil toneladas. Já Mato Grosso, maior produtor nacional, que representou 60,39% dos envios nacionais, exportou um total de 4,24 milhões de toneladas, 0,83% a mais ante o 1° trimestre de 2023, tendo a China como a principal consumidora do milho mato-grossense, demandando 777,17 mil toneladas.
REDUÇÃO: devido à menor demanda, o preço do milho na B3 contrato corrente apresentou desvalorização de 1,87% no comparativo semanal, e fechou em R$ 59,19/sc.
ALTA: o preço do dólar corrente futuro fechou a semana com valorização de 1,64%, devido as crescentes tensões geopolíticas e declarações de membros do FED.
DESVALORIZAÇÃO: o prêmio portuário – Santos apresentou queda de 5,61% ante a semana passada e ficou cotado a US$ 0,46/bu.
Imea divulgou no dia 08/04 os dados de comercialização de milho em Mato Grosso
Os negócios para a safra 22/23 atingiram 96,06% do total da produção, avanço de 1,05 p.p. ante fev/24. De acordo com os informantes, o baixo interesse dos produtores em comercializar o milho está atrelado à queda no preço do cereal, que em mar/24 reduziu 9,63% ante fev/24, com média de R$ 35,47/sc. Já para a 23/24, foram fechados mais negócios, com incremento mensal de 4,85 p.p., finalizando mar/24 com 26,67% do total estimado da produção negociado.
Esse movimento foi reflexo da alta mensal de 7,93% no preço do ciclo. No que se refere a 24/25, apesar da alta de 9,95% no preço do cereal, cotado em média a R$ 35,28/sc, as negociações em mar/24 avançaram apenas 0,31 p.p., totalizando 1,01% do volume projetado para a safra. Esse percentual está 8,61 p.p. e 7,09 p.p. atrás da média dos últimos cinco anos e do mesmo período da safra 23/24, respectivamente.
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Atualizada dia 26 mar 24
CUIABÁ - No Brasil, apesar da variação positiva no preço do milho na B3 na semana do dia 12/03, após a divulgação dos dados da Conab de menor produção, a cotação do milho na Bolsa não sustentou os ganhos e voltou a cair na última semana, ficando cotado na média de R$ 60,68/sc, retração de 3,17% ante a semana anterior. Esse cenário foi pautado pela perspectiva de melhora no clima até o final de março no país, o que favorece o desenvolvimento das lavouras.
Já no que tange ao panorama anual, o preço médio semanal até 22/03 ficou 28,26% menor, quando comparado com o mesmo período da safra 22/23. Isso se deu devido à maior oferta do grão no mercado interno, uma vez que a produção de 2ª safra do cereal aumentou 19,18% ante a safra 21/22, segundo a Conab. Por fim, os pontos que podem continuar influenciando nas cotações são as condições climáticas e as perspectivas de produção para a safra.
AUMENTO: a paridade de exportação jul/24 apresentou incremento 2,07% ante a semana passada, em decorrência do aumento na bolsa de Chicago.
VALORIZAÇÃO: o preço do cereal na CMEGroup apresentou alta de 1,18%, no comparativo semanal, ficando na média de US$ 4,39/bu.
ALTA: o preço do dólar corrente futuro fechou a semana com 0,30% maior, reflexo das especulações da taxa de juros do FED e COPOM.
Semeadura do milho da safra 23/24 em Mato Grosso chegou ao fim
De acordo com os dados do Imea, a semeadura avançou 0,55 p.p. até o dia 22/03. No comparativo com o ano passado e a média dos últimos cinco anos, os trabalhos a campo na temporada ficaram mais adiantados, em 0,94 p.p. e 0,29 p.p., respectivamente. Vale destacar que, por todo o período de semeadura no estado, a safra 23/24 ficou à frente da evolução da temporada 22/23, e ainda fechou com mais de 90% das áreas dentro da janela considerada “ideal” (28/fev) em MT.
Para as próximas semanas as atenções se voltam cada vez mais para as condições climáticas, já que são fatores decisivos para o desenvolvimento da cultura no estado, principalmente, para a definição da produtividade. Assim, de acordo com as previsões do NOAA, é esperado que na semana (25/03 a 31/03) a maior parte de MT receba chuvas acima dos 75 mm, podendo chegar a até 135 mm em algumas regiões, o que pode ser visto como um cenário positivo.
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Atualizada dia 12 mar 24
CUIABÁ - Segundo os dados da Secex divulgados no dia 07/03, MT enviou ao exterior um total de 28,32 mi de t de milho da safra 22/23, de jul/23 a fev/24. Isso representa aumento de 12,73% ante o mesmo período da safra passada. Esse montante exportado na safra 22/23 até fev/24 já é maior que o total escoado na safra 21/22. Esse incremento nos envios para o mercado internacional foi pautado pela maior disponibilidade de milho no mercado interno e o aumento da demanda do mercado externo pelo grão, devido à redução da produção e do escoamento dos EUA e da Argentina.
Além disso, a China passou a comprar milho brasileiro, uma vez que a Ucrânia apresentou dificuldades na safra em decorrência da guerra contra a Rússia. Por fim, o Imea estima que os envios até jun/24 fiquem em 29,84 mi de t para a safra 22/23, acréscimo de 12,97% quando comparada à safra 21/22.
VALORIZAÇÃO: a paridade de exportação jul/24 aumentou 6,76% ante a semana passada, devido ao aumento no prêmio portuário de Santos e ficou cotada a R$ 26,72/sc.
ALTA: o preço do milho na bolsa brasileira B3 acompanhou o mercado internacional, registrando valorização de 3,39% no comparativo semanal, fechando na média de R$ 62,74/sc.
MAIOR: o preço do cereal na bolsa de Chicago apresentou uma alta de 2,18% na semana, pautado pelo relatório mensal do USDA de O&D.
Dados de comercialização de milho em Mato Grosso, referentes a fev/24.
As negociações da safra disponível (22/23) atingiram 95,01% do total da produção, avanço mensal de 6,69 p.p. Já o preço médio ficou em R$ 39,26/sc, retração de 5,75% ante jan/24. Já na safra 23/24, as vendas alcançaram 21,83% do total esperado da produção, incremento mensal de 2,61 p.p. Esse menor ritmo é em decorrência da desmotivação dos agricultores em realizar novos negócios, já que o preço reduziu 9,21% ante jan/24 e ficou na média de R$ 33,69/sc.
Na safra 24/25, as primeiras negociações foram registradas em fev/24, 0,71% do total da produção. Mesmo que esteja no início das vendas, a comercialização já está 6,52 p.p. atrás da média dos últimos cinco anos. Para se ter uma ideia, já é possível identificar que os produtores não estão negociando muito antecipadamente o milho, cenário parecido com o que era visto antes da safra 20/21. Assim, os primeiros negócios registraram preço médio de R$ 30,94/sc, em fev/24.
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Atualizada dia 05 mar 24
CUIABÁ - De acordo com os dados do Imea divulgados no dia 04/03, a oferta de milho para a safra 2023/24 em Mato Grosso apresentou aumento de 1,29% quando comparado com a divulgação de fev/24, e fechou em 52,68 milhões de toneladas (t). Essa alta ocorre em função da perspectiva de maior estoque inicial da temporada, estimado em 2,76 milhões de toneladas.
Já no que se refere à demanda, com a perspectiva de 25,98 milhões de t, 14,67 milhões de t e 4,54 milhões de t para exportação, consumo MT e consumo interestadual, respectivamente, as projeções do Instituto se mantiveram inalteradas quando comparado com a divulgação de fev/24, totalizando 45,19 milhões de toneladas. Por fim, com o reajuste do lado da oferta e manutenção da demanda, o estoque final da temporada ficou estimado em 851,00 mil toneladas na temporada 2023/24.
DECLÍNIO: o preço do milho na B3 exibiu retração de 5,27% no comparativo semanal, reflexo das menores negociações no mercado interno brasileiro.
DESVALORIZAÇÃO: a paridade de exportação jul/24 apresentou redução de 0,82% no comparativo semanal, devido à queda da cotação do prêmio portuário de Santos.
ELEVAÇÃO: o preço do milho na bolsa de Chicago registrou valorização de 0,59% comparado com a semana passada e ficou cotado a US$ 4,11/bushel;
Preço do milho continua recuando
De acordo com os dados do Imea, o preço do milho disponível em Mato Grosso, na semana encerrada dia 01/03/24, registrou média de R$ 38,39/saca, retração de 12,48% quando comparado com a mesma semana do início de fev/24. Esse recuo está ligado à maior disponibilidade de milho no mercado interno, em decorrência da maior oferta da safra 22/23, aliado a comercialização que continua atrasada em relação ao mesmo período da safra 21/22.
Em função disso, o preço do milho no estado já está 40,75% menor que no mesmo período de 2023. Com essa queda expressiva nos preços, os produtores mato-grossenses estão desmotivados, uma vez que nesse período de entressafra, historicamente, o preço da commoditie tende a reagir. Assim, o que pode influenciar nas movimentações das cotações do cereal são as perspectivas de produção da próxima temporada, que ainda está em aberto.
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Atualizada dia 27 fev 24
CUIABÁ - A Margem Bruta de Processamento das usinas de etanol de milho em Mato Grosso na parcial de fev/24, até o dia 23/02, fechou na média de R$ 577,16/tonelada, valorização de 37,43% e 31,73% ante o mesmo período do ano passado e de jan/24, respectivamente. O aumento mensal foi impulsionado, principalmente, pelo preço do etanol hidratado no estado, que exibiu alta de 12,31%, no comparativo. Isso se deu pela margem que as usinas tiveram para elevar o preço sem perder a competitividade em relação à gasolina, visto que o combustível fóssil sofreu ajustes em sua alíquota tributária no último mês. Além disso, um ponto de atenção será acompanhar a flutuação do preço do milho, visto que reflete diretamente no indicador da MBP das usinas de etanol. Para se ter uma ideia, o preço do insumo caiu 6,53%, ante ao mês passado e fechou na média de R$ 38,35/sc.
BAIXA: devido à queda no preço da CME jul/24 e no dólar corrente futuro, a paridade de exportação jul/24 exibiu declínio de 5,75% no comparativo semanal.
QUEDA: sem movimentos altistas na semana, e repercutindo ainda a divulgação do Outlook 2024 dos EUA, o preço da CME-Group apresentou baixa de 3,56% na última semana.
DECLÍNIO: o dólar apresentou queda de 0,37% no comparativo semanal, reflexo dos impulsos econômicos da China, que valorizam as moedas emergentes, como o real.
A semeadura do milho 2° safra em MT alcançou 80,38% do total da área estimada no ciclo 23/24.
De acordo com a divulgação do Imea, no dia 23/fev, a semeadura avançou 15,21 p.p. no comparativo semanal. Com isso, os trabalhos a campo para a temporada estão 7,72 p.p. e 5,13 p.p. à frente do mesmo período da safra passada e da média dos últimos cinco anos, respectivamente. Assim, com o adiantamento da semeadura do milho, mais de 90,00% das áreas poderão ficar dentro da janela considerada “ideal” de plantio, que é 28/fev. Porém, é importante ressaltar que nessa safra foram observados menores volumes de chuva quando comparado com a safra 22/23. Com isso, o ponto de atenção continua sendo as condições climáticas, uma vez que o estado historica-mente começa a apresentar uma redução hídrica a partir de maio. Além disso, com a duração do El Niño até abril, as chuvas poderão diminuir mais cedo, o que acende um alerta em relação ao desenvolvimento do milho e produtividade final da safra 23/24.
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Atualizada dia 14 fev 24
CUIABÁ - De acordo com o levantamento realizado pelo Imea, em jan/24 a comercialização de milho da safra 22/23 atingiu 88,32% do total da safra, avanço de 2,76 p.p. no comparativo mensal. Apesar do progresso, as negociações seguem atrasadas ante a média dos últimos cinco anos e do ciclo passado, em 9,86 p.p. e 5,90 p.p., respectivamente. Já o preço médio negociado do cereal ficou cotado a R$ 41,65/sc, valorização de 5,93% em jan/24 ante dez/23. Para a safra 23/24, foram vendidos 19,21% do total estimado para o ciclo, avanço de 1,44 p.p. em relação ao mês passado. Esse ritmo mais lento, se comparado com o mesmo período das negociações da safra 22/23, se dá devido às incertezas do produtor quanto à produção para a safra. Por fim, o preço médio de jan/24 apresentou valorização de 4,42% ante dez/23, dado a expectativa de menor oferta do cereal no estado, e fechou cotado na média de R$ 37,10/sc.
ELEVAÇÃO: o preço do milho na B3 contrato corrente apresentou alta de 1,11% ante a semana passada e fechou a semana cotado em R$ 65,10/sc.
AUMENTO: a moeda norte-americana exibiu alta de 0,61% no comparativo semanal, em decorrência das especulações do FED sobre a trajetória dos juros em 2024.
QUEDA: diante da perspectiva otimista quanto a produção da Argentina, o preço do milho na bolsa de Chicago reduziu 2,17% ante a semana passada.
O volume exportado de milho recuou em jan/24, tanto em relação ao comparativo mensal quanto ao anual, segundo a Secex.
O Brasil registrou um envio de 4,87 milhões de t de milho no primeiro mês do ano, com redução no volume de 20,59% ante a dez/23 e de 19,57% em relação a jan/23. O estado com maior participação, Mato Grosso, seguiu o movimento, com queda de 15,25% e de 4,99% nos mesmos comparativos, totalizando 3,04 milhões de t exportadas, com representação de 62,36% do total escoado pelo país. A queda nos envios internacionais foi puxada pela China, principal consumidor do milho matogrossense, que demandou 613,49 mil t em jan/24, 46,40% a menos que jan/23 e 1,47% menor que dez/23. É importante ressaltar que historicamente a China não consumia o cereal de MT, sendo que em 2023 foi o primeiro ano que o país fez compras em grandes volumes. Por fim, para a safra 23/24 o Imea projeta uma desaceleração de 15,92% nos envios, justificada pela menor produção mato-grossense.
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Atualizada 30 jan 24
CUIABÁ - De acordo com os dados do Imea, o preço do milho disponível em Mato Grosso tem apresentado aumento desde o início de 2024. Na semana do dia 26/01, as cotações atingiram média de R$ 40,35/sc, incremento de 4,61% em relação ao mesmo período de dez/23. No entanto, apesar do aumento mensal, as cotações continuam abaixo das expectativas do mercado, uma vez que o preço atual está 36,02% menor em comparação à mesma semana de jan/23, o que se deve à maior disponibilidade do cereal no mercado interno, pautada pelo atraso na comercialização.
Por fim, para as próximas semanas, os produtores devem se atentar às oscilações nas cotações da CME-Group, tendo em vista que é um dos principais balizadores de preços e poderá sofrer alterações de acordo com os resultados produtivos da safra 24/25 nos Estados Unidos.
VALORIZAÇÃO: a CME-Group contrato corrente apresentou incremento de 1,18% no comparativo semanal, devido às incertezas quanto à produção americana.
ELEVAÇÃO: a paridade de exportação contrato jul/24 exibiu alta de 0,99% na última semana, em decorrência do aumento no dólar e no preço do milho na bolsa de Chicago.
DIMINUIÇÃO: o preço do milho na bolsa brasileira (B3) registrou queda de 1,06% em comparação à semana passada e fechou em R$ 66,14/sc.
A Bolsa de Cereales divulgou o acompanhamento da semeadura de milho na Argentina no dia 25/01 para a safra 23/24. De acordo com o relatório, já foram semeados 97,20% dos 7,20 mi de ha estimados para o ciclo, avanço semanal de 4,50 p.p. Cabe destacar que está 3,10 p.p. maior em comparação ao mesmo período da safra 22/23. No que se refere às condições das lavouras no país, 41,00% das áreas estão em condições excelentes/ótimas e 53,00% estão em condições normais, 29,00 p.p. e 3,00 p.p. maiores ante a safra 22/23, respectivamente.
É importante destacar que a Argentina, na safra 22/23, teve uma produção final do grão impactada negativamente pelo fenômeno La Niña, devido aos menores volumes pluviométricos. Já para a temporada 23/24 com a confirmação do El Niño, o acumulado médio de chuva nos últimos dias está em torno de 150 mm, segundo o NOAA. Por fim, a Bolsa de Cereales estima que a produção do cereal no ciclo fique em 56,50 mi de t, 66,18% maior que a safra passada.
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Atualizada dia 16 jan 24
CUIABÁ - As exportações brasileiras de milho em 2023, totalizaram 55,86 mi de t, de acordo com a Secex, esse volume é 29,42% superior ao que foi observado em 2022. Mato Grosso, o principal produtor do país, participou com 52,15% dos envios brasileiros ao mercado internacional. Para se ter uma ideia, o estado escoou 29,13 mi de t, o que representa alta de 18,60% nos envios de 2023 ante ao ano anterior.
Esse aumento nas exportações só foi possível devido a abertura de novos mercados, como a China, seguido pela entrada da maior produção da safra 22/23, no 2° semestre do ano. No que tange aos países importadores, o principal consumidor do cereal mato-grossense foi a China, que adquiriu 8,02 mi de t, seguido do Vietnã, com 2,21 mi de t e do Japão, com 2,07 mi de t. Por fim, diante dos relatórios semanais da Secex, é esperado que as exportações em jan/24 continuem aquecidas.
QUEDA: com o interesse dos produtores em vender os seus estoques de milho, a B3 apresentou diminuição de 3,68% no comparativo semanal e fechou em R$ 69,70/sc.
DECLÍNIO: o preço do milho na CME-Group apresentou retração de 1,81% ante a semana passada, e ficou contado a US$ 4,56/bu.
DESVALORIZAÇÃO: o dólar futuro registrou recuo de 0,55% na última semana, em decorrência da divulgação dos dados sobre a inflação nos EUA e no Brasil.
A semeadura de milho da safra 2023/24 iniciou na semana do dia 05/01/12 em Mato Grosso
Assim, até a última sexta-feira (12/01/24), 1,24% dos 7,02 milhões de hectares estimados haviam sido plantados no estado. Isso representou um avanço semanal de 0,88 p.p. e, quando comparado com o ciclo 2022/23, os trabalhos a campo nesse ciclo estão mais adiantados em 0,82 p.p. No entanto, quando comparado com a média dos últimos cinco anos, a semeadura encontra-se 0,86 p.p. atrás, no mesmo período.
Já no que se refere às regiões, as mais avançadas são a Norte, com 2,83%, a MédioNorte, com 1,82%, e a Oeste, com 1,44% das áreas semeadas. Para as próximas semanas, o ritmo dos trabalhos a campo será influenciado pelo avanço da colheita da soja no estado, uma vez que a intensificação dos volumes pluviométricos, algo que já é comum no estado neste período do ano, pode impedir que as máquinas avancem na colheita da soja e prejudique a semeadura da cultura de 2° safra.
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Atualizada dia 12 dez 23
CUIABÁ - De acordo com a divulgação da Secex no dia 06/12, as exportações de milho de Mato Grosso em nov/23 totalizaram 3,66 milhões de toneladas, registrando o maior volume para esse período da série histórica do Órgão. No que se refere ao acumulado anual (jan/23 a nov/23), os escoamentos mato-grossenses totalizaram 25,19 milhões de toneladas, aumento de 18,81% em relação ao mesmo período analisado e quando comparado com o total de 2022 é maior em 2,55%. Esse incremento está atrelado à abertura de novos mercados, como a China, aliado à entrada da maior produção da safra 22/23. É importante ressaltar que a China foi o maior comprador em nov/23, sendo responsável por importar 1,14 milhão de toneladas, 31,30% do total das exportações de nov/23. Diante desse cenário, a expectativa do Imea é que sejam enviadas a outros países um total de 31,23 milhões de toneladas na safra 22/23.
ELEVAÇÃO: a paridade de exportação contrato jul/24 registrou acréscimo de 4,19% ante a semana passada, seguindo a alta do preço do milho na bolsa de Chicago e do dólar.
INCREMENTO: o preço do milho na B3 apresentou valorização de 3,41% quando comparado com a semana passada e fechou cotado a R$ 70,65/sc
ALTA: a moeda norte-americana exibiu aumento de 0,74% no comparativo semanal, reflexo dos ajustes técnicos do mercado, após desvalorização do dólar no mês de nov/23.
O Imea divulgou os dados de comercialização de milho em Mato Grosso para o mês de nov/23. Para a safra 22/23, as negociações do cereal atingiram 82,67% do total da produção, avanço de 5,90 p.p. em nov/23 ante a out/23. Esse avanço da comercialização foi reflexo do interesse em abrir espaço nos armazéns, visto a proximidade do início da colheita da soja no estado. Já o preço médio comercializado para o mês de nov/23 fechou em R$ 35,83/sc, queda de 1,88% quando comparado com out/23. No que tange à safra 23/24, as negociações continuam avançando de forma lenta, com adição de 1,68 p.p. no comparativo mensal, fechando em 15,59% do total esperado da produção. Esse menor apetite nas vendas está atrelado às incertezas dos produtores em relação à produção para a temporada, o que acaba desestimulando a travarem novos negócios. Por fim, o preço médio mensal de nov/23 apresentou desvalorização de 3,28% no comparativo mensal, cotado em média a R$ 35,02/sc.
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Atualizada dia 05 dez 23
CUIABÁ - De acordo com os dados divulgados pelo Imea no dia 04/12, a área plantada de milho em Mato Grosso para a safra 23/24 ficou estimada em 7,02 mi de ha, redução de 2,50% ante o levantamento do mês passado, e de 6,27% quando comparada com a safra 22/23. Esse recuo foi puxado pelas incertezas dos produtores em relação à temporada futura, uma vez que, com a postergação dos trabalhos a campo na soja, a janela considerada “ideal” para a semeadura de milho ficou menor.
Além disso, o preço comercializado do milho no estado está cobrindo apenas as despesas com o custeio, o que aumenta a preocupação quanto à rentabilidade final do produtor. No que se refere à produtividade, o Instituto manteve a projeção em 103,85 sc/ha. Com isso, a produção para o ciclo 23/24, ficou estimada em 43,75 mi de t, 16,67% de milho a menos quando comparada com a safra 22/23.
QUEDA: o preço do milho na CME-Group apresentou retração de 2,45% ante a semana passada, devido ao avanço da colheita nos EUA.
AUMENTO: o indicador Cepea - Campinas apresentou incremento de 1,72% no comparativo semanal e ficou cotado a R$ 62,09/sc.
VALORIZAÇÃO: apesar da queda em Chicago e a pouca oscilação do dólar, o preço do milho disponível em MT apresentou alta de 1,28% ante a semana passada.
Imea divulga a projeção para a demanda de milho nas safras 22/23 e 23/24 em Mato Grosso.
Segundo os dados do Imea, a estimativa da demanda de milho para a safra 22/23 ficou em 50,98 mi de t, aumento de 0,28% ante a nov/23. Esse acréscimo foi puxado pela alta de 0,38% no consumo MT, devido à expectativa de maior consumo das usinas de etanol. Além disso, as aquisições públicas foram ajustadas em 338 mil t.
Dessa forma, os estoques finais reduziram 7,73% ante o mês passado e fecharam em 1,70 mi de t. Vale destacar que, apesar do recuo mensal do estoque, ainda é o maior de toda a série histórica do Imea. No que diz respeito à safra 23/24, a projeção da demanda ficou em 45,14 mi de t, diminuição de 1,98% em relação ao último relatório, influenciada pela queda nas exportações para o ciclo futuro. Assim, com os reajustes na O&D, é aguardado que os estoques finais fiquem em 317,43 mil t na safra 23/24. Para mais informações, acesse aqui.
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Atualizada 21 nov 23
CUIABÁ - De acordo com o Projeto Rentabilidade, realizado pelo Senar-MT e Imea, o custeio do milho está 0,48% menor na safra 23/24 ante a 22/23. Apesar da redução no custo, o preço do milho no ciclo 23/24 exibiu queda de 46,33%, em out/23 ante ao valor de out/22 da safra 22/23.
Com isso, para que um produtor modal consiga cobrir suas despesas com o custeio, considerando uma produtividade média de 103,85 sc/ha, é necessário que negocie o seu cereal a pelo menos R$ 31,83/sc, ou seja, o ponto de equilíbrio (PE) está 11,93% maior na safra 23/24 ante o ciclo passado. Para se ter uma ideia, o preço comercializado do milho em out/23 fechou em R$ 36,16/sc. Dessa forma, além das dificuldades climáticas que o produtor deve
enfrentar na temporada, o preço está cobrindo apenas o custeio, pois quando são inseridas as despesas com pós-produção, manutenção e arrendamento, o PE chega a R$ 43,40/sc.
INCREMENTO: o preço do milho na CMEGroup aumentou 0,58% ante a semana passada, pautado pelas vendas semanais dos EUA.
DIMINUIÇÃO: o preço de milho na bolsa brasileira (B3) apresentou redução de 2,12% em comparação com a semana passada, e ficou cotada a R$ 60,26/sc.
DESVALORIZAÇÃO: a moeda norte-americana registrou retração de 0,53% no comparativo semanal, em decorrência da divulgação dos dados de inflação nos EUA.
China importa 40,48% do cereal mato-grossense em out/23. Nas exportações de jan/23 a out/23, MT escoou 21,22 mi de t de milho. Desse montante, a China adquiriu 5,47 mi de t, representando 25,79% das exportações. Vale destacar que, após o acordo entre o Brasil e a China, o país asiático vem se
destacando como um dos principais compradores do milho no estado. Esse movimento foi reflexo da necessidade que o país asiático tem de adquirir o
cereal para alimentar o seu rebanho bovino e suíno.
Esse cenário também foi impulsionado pela redução das compras de origem dos EUA devido à guerra comercial, que incentivou a “gigante asiática”
a buscar alternativas, além do preço do milho mato-grossense estar competitivo no mercado internacional. Por fim, de acordo com o USDA, é esperado que a produção de carne bovina da China em 2024 aumente 2,67% ante a 2023, o que pode continuar estimulando os escoamentos do estado.
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Atualizada dia 14 nov 23
CUIABÁ - No dia 09/11, o USDA trouxe os dados atualizados de oferta e demanda global do milho para a safra 23/24. O principal destaque do relatório foram os EUA, que apontaram uma oferta de 422,18 mi de t, aumento de 9,85% em relação à safra passada, impulsionado pela maior estimativa de produção, 11,08% a mais que na safra 22/23. Já na demanda do país, é projetado incremento de 9,85% ante a safra passada, totalizando 367,43 mi de t. Esse acréscimo foi puxado, principalmente, pela previsão de elevação nas exportações, que estão estimadas em 52,71 mi de t. Vale destacar que os EUA devem acrescentar no mercado mundial mais de 10,51 mi de t de milho na safra futura. Dessa forma, com a projeção de maior oferta, no dia da divulgação, os preços do milho na CME-Group desvalorizaram 1,43% no contrato jul/24 e 1,02% no contrato dez/24, no comparativo diário, menores níveis dos últimos meses.
RETRAÇÃO: a paridade de exportação contrato jul/24 apresentou declínio de 5,60% no comparativo semanal, seguindo a redução no preço do dólar e no preço da CME-Group.
DIMINUIÇÃO: o preço do milho na bolsa brasileira (B3) registrou desvalorização de 2,67% quando comparado com a semana passada e fechou cotado a R$ 61,56/sc.
QUEDA: o dólar exibiu recuo de 1,94% em relação à semana passada, devido a aprovação da reforma tributária no Senado e o indicativo do Bacen de reduzir mais a Selic.
Imea divulgou os dados de comercialização de milho em Mato Grosso.
Na safra 22/23, as negociações alcançaram 76,78% do total, avanço mensal de 4,93 p.p. Esse incremento se deve à necessidade dos produtores em liberar espaço nos armazéns, no qual o avanço só não foi maior devido à retração de 2,70% no preço comercializado do grão ante a set/23, que fechou na média de R$ 35,94/sc. Vale ressaltar que a safra 22/23 está 14,44 p.p. atrasada em relação à média dos últimos cinco anos e 6,80 p.p. ante o ciclo passado. Já no que se refere à safra 23/24, as
negociações chegaram a 13,90% do total estimado da produção, avanço de 3,37 p.p. quando comparado com o mês de set/23.
Isso se deu pela melhora nos preços futuros do cereal, que fecharam na média de R$ 36,16/sc, alta de 5,60% ante a set/23. Apesar disso, as negociações do ciclo
futuro estão 24,69 p.p. atrasadas em relação à média dos últimos cinco anos e 4,92 p.p. no mesmo período da safra 22/23.
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Atualzada dia 31 out 23
CUIABÁ - A margem bruta de processamento (MBP) das usinas de etanol de milho em Mato Grosso em out/23, até o dia 27/10, fechou na média de R$ 630,66/t, redução de 7,65% quando comparado com o mesmo período do mês passado. Essa retração foi impulsionada, principalmente, pela diminuição de 5,63% no preço do etanol hidratado no estado, em decorrência da maior oferta de etanol e redução no preço da gasolina.
É importante ressaltar que mesmo sendo a média mais baixa ao longo do ano de 2023, a margem bruta ainda é 99,87% maior em comparação com o mesmo período do ano passado, puxada pela redução do preço do cereal, principal insumo utilizado nas indústrias. Para se ter uma ideia, o preço do milho no estado, em out/23 (parcial até dia 27/10), ficou cotado na média de R$ 35,27/sc, desvalorização de 45,96% ante ao mesmo período do ano passado.
QUEDA: a paridade de exportação contrato jul/24 exibiu recuo de 4,44% ante a semana passada, devido à redução do dólar e os preços na CME-Group.
DESVALORIZAÇÃO: o preço do milho na B3 registrou diminuição de 2,19% no comparativo semanal, e ficou cotado a R$ 59,63/sc.
RETRAÇÃO: o preço do milho na bolsa de Chicago apresentou declínio de 1,72% na última semana, pautado pela pressão negativa no mercado financeiro nos EUA.
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Atualizada 10 out 23
CUIABÁ - Segundo os dados divulgados pelo Imea em 09/10, a comercialização de milho para a safra 22/23 atingiu 71,84% da produção total, avanço de 6,51 p.p. quando comparado ao mês passado. Apesar da queda no preço médio comercializado do cereal de 2,41% em set/23 ante a ago/23, que fechou em R$ 36,94/sc, o avanço nas negociações se deu, principalmente, pela necessidade dos produtores em abrir espaço nos armazéns.
Para a safra 23/24, as negociações chegaram a 10,54% da produção projetada, avanço de 2,63 p.p. no comparativo mensal. Esse incremento foi pautado pela melhora nos preços comercializados da safra futura, que exibiram alta de 5,31% ante a ago/23 e fecharam o mês anterior cotados na média de R$ 34,24/sc. Por fim, mesmo com o aumento, a safra futura continua atrasada em relação à média dos últimos cinco anos e do ano passado, diferença de 24,56 p.p. e 5,97 p.p., respectivamente.
ALTA: o preço do milho na bolsa brasileira (B3) exibiu elevação de 3,27% ante a semana passada e fechou em R$ 60,12/sc, seguindo o acréscimo no preço da bolsa de Chicago.
AUMENTO: o dólar registrou alta de 2,87% na última semana, em decorrência dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano.
VALORIZAÇÃO: o preço do grão na CMEGroup contrato corrente apresentou incremento de 1,75% no comparativo semanal e ficou cotado a US$ 4,90/bushel.
Exportações de milho em Mato Grosso ficaram em 11,85 mi de t, no acumulado da safra 22/23 até set/23
Isso representa acréscimo de 10,49% quando comparado com o mesmo período da safra 21/22 (jul a set), que fechou em 10,72 milhões de toneladas. Esse incremento nos envios para o mercado internacional foi pautado, pelo aumento da demanda no mercado externo e a maior demanda da China para a temporada 22/23. No que se refere aos principais compradores do milho mato-grossense da safra 22/23, os países asiáticos ficaram em destaque, principalmente a China e o Japão tiveram participação de 38,88% e 10,60% do total exportado do estado, no período analisado (acumulado de jul a set), respectivamente.
Diante desse cenário de envios aquecidos do cereal, o Imea projetou que serão exportados para o exterior 31,23 milhões de toneladas para a safra 22/23, elevação de 18,21% quando comparado com a safra passada.
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Atualizada dia 19 set 23
CUIABÁ - Segundo o relatório divulgado pelo USDA em set/23, a produção da safra 23/24 de milho dos Estados Unidos exibiu aumento de 0,15% quando comparado com ago/23, ficando estimado em 384,42 milhões de toneladas. Esse acréscimo na produção do país se deu em decorrência da maior projeção de área colhida e produtividade para a temporada futura.
Dessa forma, com a produção do cereal aumentando e o consumo doméstico se mantendo em 313,45 milhões de toneladas, os estoques finais ficaram em 56,40 milhões de toneladas, incremento de 0,82% ante o último relatório (ago/23). Por fim, o mercado internacional esperava um movimento contrário, de queda na produção dos Estados Unidos e, com isso, no dia da divulgação do relatório (12/09), a CME-Group registrou retração de 1,70% e fechou cotada a ¢US$ 463,00/bu.
INCREMENTO: o preço do milho disponível em MT registrou valorização de 2,19% na última semana e ficou cotado a R$ 35,85/sc
DESVALORIZAÇÃO: a paridade de exportação - jul/24 exibiu queda de 4,05% ante a semana passada, devido ao recuo dos preços na bolsa de Chicago.
RETRAÇÃO: o dólar apresentou redução de 1,38% no comparativo semanal, pautado pela divulgação de dados econômicos brasileiros e internacionais.
Custo operacional efetivo do milho para a safra 23/24 ficou em 140,11 sc/ha (ago/23)
Assim, considerando o custo, a produtividade de 103,70 sc/ha e o preço comercializado de R$ 32,52/sc (ago/23), o Lucro, Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Lajida) do produtor modal ficou em -27,92 sc/ha. Quando comparado com a safra 22/23, a diferença é de -75,12 sc/ha. Para se ter ideia, a última vez que o Lajida ficou negativo foi na safra 17/18.
No entanto, se o produtor aumentar o preço para R$ 37,52 sc/ha e obtiver um rendimento de 118,70 sc/ha é possível sair do “vermelho”, ficando com um Lajida de 5,34 sc/ha. Assim, já é esperado que o ciclo 23/24 seja desafiador, sendo necessário que o produtor tenha seus custos na “ponta da caneta”, aproveite as oportunidades de valorização no preço do cereal e relações de troca com insumos. Outro fator ainda indefinido, que pode influenciar no Lajida, é a produtividade das lavouras, que está em aberta.
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Atualizada dia 12 set 23
CUIABÁ - Segundo a Secex, as exportações brasileiras de milho atingiram recorde em ago/23, totalizando 9,32 mi de t, alta de 54,65% em relação ao mês de jul/23 e 25,31% no comparativo com o mesmo período do ano passado. Esse cenário foi impulsionado pela China, que aumentou em 160,34% as compras ante a jul/23 (importando um volume de 2,34 mi de t), representando 25,18% dos envios totais do país.
Já Mato Grosso, que representou 54,47% das exportações do Brasil, escoou 5,08 mi de t, incremento de 75,19% ante o mês passado e acréscimo de 9,43% quando comparado a ago/22. Desta forma, com o fim da colheita do grão no estado, espera-se que os envios continuem acelerados até o final do ano e, conforme a projeção do Imea, a estimativa para a safra 22/23 é que sejam exportados 31,01 mi de t, elevação de 17,37% quando comparada à safra 21/22.
ALTA: com o incremento na CME-Group, a paridade de exportação jul/24 registrou variação de +2,31% ante a semana anterior e fechou em R$ 33,12/sc.
VALORIZAÇÃO: devido à preocupação com a situação econômica da China e da Europa. além da alta dos juros dos EUA, o dólar exibiu elevação de 1,90% na semana.
AUMENTO: o preço do milho na B3 contrato corrente apresentou acréscimo de 1,73% no comparativo semanal e ficou cotado a R$ 54,29/sc.
Comercialização de milho da safra 22/23 atingiu 65,33% em MT, avanço de 6,79 p.p. em ago/23 ante a jul/23.
Esse incremento mensal ocorreu devido à necessidade dos produtores em liberar espaço nos armazéns, além da alta nos preços médios comercializados em ago/23 no estado. Sendo assim, o preço do último mês fechou em R$ 36,07/sc, alta de 4,86% em relação a jul/23. No que se refere à safra futura (23/24), as vendas alcançaram 7,90%, avanço mensal de 1,28 p.p.
Apesar do acréscimo mensal, as negociações para o ciclo continuam atrasadas ante a média dos últimos cinco anos em 27,55 p.p e do ano passado em 6,42 p.p. Essa comercialização mais lenta se deve às incertezas em relação à safra, principalmente, a área cultivada e aos preços, que, embora tenham apresentado valorização (+4,16%) em ago/23, ainda não cobrem o custo operacional efetivo para a temporada. Por fim, a cotação média negociada no último mês ficou em R$ 32,52/sc.
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Atualizada dia 29 ago 23
CUIABÁ - De acordo com os dados do Imea, o preço disponível de milho em Mato Grosso na semana do dia 25/08 ficou cotado na média de R$ 34,23/sc e registrou desvalorização de 44,83% quando comparado com o mesmo período do ano passado, que estava precificado na média de R$ 62,05/sc. Essa queda foi motivada, principalmente, pela maior oferta do cereal disponível no mercado interno, em decorrência da expectativa de maior produção (51,03 milhões de toneladas) da safra 22/23, além das negociações do ciclo, que continuam atrasadas quando comparado com o mesmo período das safras anteriores.
Dessa forma, o que deve continuar impactando as cotações do cereal, além da oferta no estado, é o resultado da produção da safra futura (23/24) estadunidense, além das oscilações da moeda norte-americana nos próximos meses.
AUMENTO: o preço do milho na B3 registrou alta de 0,88% na semana, pautado pela piora nas condições das lavouras dos EUA e fechou em R$ 53,84/sc.
RETRAÇÃO: o dólar exibiu recuo de 1,66% no comparativo semanal, devido à aprovação do projeto de lei complementar do arcabouço fiscal no Brasil. DESVALORIZAÇÃO: a CME-Group apresentou queda de 0,29% quando comparado com a semana passada e ficou cotada a US$ 4,71/bu.
Aumento anual da margem bruta das usinas de etanol de milho em Mato Grosso.
Até o dia 25/08, a média da margem bruta de processamento (MBP) das usinas de etanol de milho em Mato Grosso ficou em R$ 685,34/t, retração de 7,41% quando comparado com o mês passado (jul/23). Essa redução mensal foi pautada, principalmente, pela desvalorização de 4,52% nas cotações do etanol, em função da maior oferta do biocombustível no estado, com a ampliação das usinas já em operação, além disso, o subproduto DDG exibiu diminuição de 1,55%.
Apesar do recuo mensal, a margem das usinas apresentou alta de 34,07% ante o mesmo período do ano passado. Esse incremento anual foi motivado pela queda do preço médio do milho disponível no estado, independentemente do declínio nas cotações dos subprodutos no mesmo comparativo (ago/23 ante a ago/22). Desta forma, é esperado que seja moído 10,07 milhões de toneladas de milho para a safra 23/24 de etanol, segundo a UNEM.
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Atualizada dia 15 ago 23
CUIABÁ - De acordo com o relatório divulgado pelo USDA (11/08) de oferta e demanda para a safra 23/24, a produção mundial do milho ficou estimado em 1,21 bi de t, exibindo recuo de 0,90% ante a divulgação de jul/23. Esse declínio foi pautado, principalmente, pela menor produção dos EUA e da China, com redução de 1,37% e 1,07%, respectivamente.
No que se refere às exportações mundiais, houve redução de 1,04% quando comparado com o mês anterior, em decorrência da queda na produção dos EUA e ficaram projetadas em 193,19 milhões de t. Assim, com os ajustes da oferta e demanda, os estoques finais para a safra 23/24 registraram diminuição de 0,98% e ficaram estimados em 311,05 mi de t. Por fim, apesar da expectativa da menor produção, a demanda mundial também recuou, o que fez com que a CME-Group contrato jul/24 exibisse uma desvalorização de 1,55% no dia da divulgação.
AUMENTO: a paridade de exportação contrato jul/24 apresentou alta de 4,43% na última semana quando comparada com a anterior.
AVANÇO: a colheita de milho da safra 22/23 em Mato Grosso fechou a última sexta-feira (11/08) com 98,83% do total da área.
DIMINUIÇÃO: em decorrência da desvalorização na CME-Group, o preço na B3 exibiu recuo de 0,81% ante a semana passada e fechou em R$ 54,89/sc.
Exportações brasileiras de milho em jul/23 fecham em 4,23 mi de t e superam os escoamentos no mesmo período de 2022.
Segundo os dados da Secex, em jul/23 o país enviou ao exterior 309,30% e 2,70% a mais que jun/23 e jul/22, respectivamente, volume recorde para o período de acordo com a série histórica. Já MT exportou 2,54 mi de t em jul/23, 269,08% a mais que jun/23, mas 17,54% a menos que no mesmo período de 2022. Essa retração anual foi pautada pela prolongação do período de escoamento da soja neste ano, que acabou aumentando a competitividade com o milho nos terminais de embarques.
Com a finalização da colheita no estado e a necessidade dos produtores em liberar espaço nos armazéns, a tendência é que os volumes escoados aumentem em agosto, como já acontece sazonalmente. Por fim, um ponto de atenção continua sendo a logística, que será ainda mais desafiadora diante da expectativa de exportação de 30,12 mi de t para a safra 22/23.
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Atualizada dia 04 jul 23
CUIABÁ - A estimativa de área do milho em Mato Grosso se manteve em 7,41 milhões de hectares. No que se refere ao rendimento, o IMEA reajustou a produtividade para 112,68 sc/ha, acréscimo de 2,39% ante a projeção divulgada no mês passado. Essa maior projeção de produtividade para a safra se deu em razão do bom desenvolvimento das lavouras até o final de jun/23, segundo relatos dos informantes do Imea.
Além disso, os rendimentos das áreas que estão sendo colhidas vêm confirmando as expectativas de incremento até a última sexta-feira (30/06). Dessa forma, com a manutenção da área e reajuste na produtividade do ciclo, a produção foi aumentada para 50.14 milhões de toneladas, alta de 6,69% ante o mês passado e 14,39% em relação ao fechamento da safra 21/22.
DESVALORIZAÇÃO: a paridade de exportação do contrato jul/24 fechou em queda de 15,91% ante a semana passada, em decorrência da retração em Chicago.
QUEDA: a CME-Group contrato corrente caiu 8,34% na semana, pautada pela divulgação dos novos números de área plantada dos EUA.
AVANÇO: a colheita de milho da safra 22/23 apresentou um incremento semanal de 13,82 p.p. e fechou a última sexta-feira com 33,06% das áreas de MT colhidas.
O Imea divulgou os dados atualizados da estimativa de oferta e demanda do milho em Mato Grosso para a safra 22/23
Com o ajuste na produção da temporada, a oferta ficou estimada em 50,38 milhões de toneladas, alta de 1,33% ante o mês de junho/23. Já a demanda ficou em 49,00 milhões de toneladas, um aumento de 1,47% ante a divulgação do mês passado. Esse incremento foi puxado pelas aquisições públicas que ficaram estimadas em 250,00 mil toneladas, devido à divulgação do Governo Federal no dia 29/06 em adquirir milho para estoque nacional, após o preço do cereal ficar abaixo do preço mínimo (PGPM) divulgado pela Conab.
Além disso, foi reajustada a projeção de consumo de outros estados para 5,09 milhões de toneladas, alta de 11,38% quando comparado com o mês passado. Por fim, com a atualização da oferta e demanda do milho em Mato Grosso, o estoque final para a temporada 22/23 ficou estimado em 1,38 milhão de toneladas.
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Atualizada 20 jun 23
CUIABÁ - O USDA divulgou no dia 11/06 a 2° estimativa de oferta e demanda mundial do milho para a safra 23/24. Do lado da oferta, a expectativa é que a produção global aumente 6,26% quando comparada com a safra 22/23. Essa alta é impulsionada pela expectativa do incremento na produção da Argentina em 54,29% e dos Estados Unidos em 11,18%, que tiveram suas produções afetadas em decorrência do clima na safra passada (La Niña).
Já na demanda internacional, a projeção do Departamento é que as exportações apresentem uma elevação de 12,00%. Isso porque, com a alta na produção, é esperado que a Argentina e os EUA retomem os envios ao mercado mundial com 40,50 mi de t (+76,09%) e 53,34 mi de t (+21,74%), respectivamente. Por fim, diante desses ajustes o estoque final aumentou em 5,52% ante a temporada 22/23 e ficou em 313,98 mi de toneladas.
AUMENTO: o milho na CME-Group exibiu alta de 2,53% na semana, em decorrência dos ganhos expressivos do petróleo e a preocupação com o clima dos EUA.
ALTA: o preço do milho na B3 contrato corrente teve um avanço de 2,35% ante a semana anterior e ficou em R$ 54,38/sc. Esse acréscimo foi devido à valorização de Chicago.
QUEDA: o dólar futuro exibiu uma diminuição de 1,57% na última semana, e ficou cotado a R$ 4,85/US$.
O Imea atualizou os dados de custo de produção do milho alta tecnologia da safra 23-24 em MT referente ao mês de mai/23.
O relatório apresentou retração no Custo Operacional Efetivo de 0,72% ante o mês anterior e fechou em R$ 4.679,74/ha. Essa queda no COE foi puxada pela retração do arrendamento -3,90%, operações mecanizadas -1,86% e insumos -0.34% (semente, fertilizantes, corretivos e defensivos) ante a abr/23.
Apesar da queda no custo, o preço comercializado do milho no estado da safra 23/24 apresentou desvalorização significativa no último mês, chegando a R$ 32,78/sc e o P.E. para cobrir os custos com o COE ficou em R$ 42,52/sc, diferença de -22,91%. Dessa forma, é possível notar que o preço do milho já não cobre as despesas com o COE. Assim, considerando esse cenário de preços abaixo do P.E., seria necessário que o rendimento para a próxima temporada atingisse pelo menos 142,76 sc/ha para que um produtor modal consiga fechar os seus custos com o COE..
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Atualizada dia 06 jun 23
CUIABÁ - De acordo com o relatório divulgado pelo Imea no dia 05/06, a estimativa de área de milho para a safra 22/23 em Mato Grosso apontou uma manutenção, prevista em 7,41 mi de ha, alta de 3,78% quando comparada com a safra 21/22. Esse panorama deve-se ao maior volume e regularidade das precipitações neste ano, em comparação com 2022, além de grande parte das áreas semeadas dentro da janela ideal de plantio (até o fim de fevereiro), o que compreendeu 80,00% das áreas de milho do estado.
No que tange aos rendimentos, o Instituto reajustou a produtividade para 110,05 sc/ha, aumento de 4,20% ante o relatório passado e de 7,65% quando comparado com a safra 21/22. Dessa forma, com a manutenção de área e aumento da produtividade, a produção do cereal ficou estimada em 48,99 mi de t, 11,74% a mais que na temporada 21/22.
DESVALORIZAÇÃO: com o avanço da colheita em Mato Grosso, o preço do milho caiu 10,61% ante a semana passada e fechou em R$ 37,56/sc
ALTA: O preço na CME-Group na última semana exibiu um acréscimo de 2,13% no comparativo semanal e finalizou em US$ 5,99/bu.
AUMENTO: a moeda norte-americana fechou a semana com alta de 0,98%, devido ao avanço das tratativas do teto de dívidas entre o presidente dos EUA e a Câmara.
Imea atualiza a estimativa de demanda do milho em Mato Grosso em jun/23.
Para a safra 21/22 estima-se que a demanda fique em 43,12 mi de t, 0,21% menor quando comparado com o levantamento anterior. Essa redução foi pautada pela diminuição do consumo interno, de 0,21% ante a estimativa passada, devido ao recuo do número de bovinos confinados no estado, aliado ao enfraquecimento das exportações de milho ante ao mês de mai/23.
No que se refere à safra 22/23, a estimativa é que a demanda seja de 48,29 mi de t, 2,88% maior que a da projeção anterior, influenciada pela alta de 5,15% no consumo interno de MT, devido a ampliação do consumo pelas usinas de etanol. Em relação as exportações, o modelo estatístico utilizado pelo Instituto projetou um escoamento de 29,41 mi de t, alta de 2,26% ante ao relatório passado, além da perspectiva de aumento na demanda externa. Dessa forma o estoque final para a safra 22/23 ficou em 1,43 mi t.
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Atualizada dia 30 maio 23
CUIABÁ - O frete de grãos via transporte rodoviário em MT apresentou acréscimo nos últimos meses, reflexo dos escoamentos da soja no estado. Mas, quando analisada a rota de Sorriso a Santos até a terceira semana de mai/23, o preço do frete apresentou um recuo de 6,94% ante ao mesmo período de abr/23 e fechou na média de R$ 446,57/t. No entanto, devido à queda no preço do milho nos últimos meses, a relação entre o frete Sorriso a Santos e o preço do milho base Sorriso no mesmo período ficou em 59,03%, o que representa uma alta de 3,14 p.p. ante a abr/23.
Ainda, quando comparado com o ano passado essa diferença é de 23,53 p.p. Para as próximas semanas, com o avanço da colheita do milho, a tendência é que a demanda por veículos de carga aumente e o preço do cereal diminua por causa da maior oferta, o que pode aumentar ainda mais a relação entre frete/milho.
QUEDA: o preço do milho disponível em MT fechou a semana com recuo de 7,53% ante a semana passada, motivado pelo início da colheita e pelas boas perspectivas da safra.
AUMENTO: devido às incertezas quanto à regularidade de chuvas no cinturão do milho nos EUA o preço do grão na CME-Group apresentou alta semanal de 3,02%.
VALORIZAÇÃO: no mercado brasileiro o preço do milho na B3 aumentou 1,39% em comparação com a semana passada e ficou em R$ 56,15/sc.
Aumento na margem bruta das usinas de etanol de milho em Mato Grosso.
Durante o mês de abril, a média da margem bruta de processamento (MBP) das usinas de etanol de milho em MT foi de R$ 725,02/t, o que representou um avanço de 31,27% quando comparado com a média do mês anterior. Mesmo com a desvalorização mensal dos subprodutos como o biocombustível, DDG e óleo, o aumento da margem foi motivado pela queda no preço mensal comercializado do milho no estado (safra 22/23) que ficou na média de R$ 49,17/sc em abr/23.
Ainda, vale destacar que essa margem bruta é a maior desde jun/22, mas o maior patamar foi em nov/22 (início da comercialização 22/23). Por fim, com a intensificação da colheita do milho no estado (jun/jul) e a perspectiva de uma produção recorde, é esperado que o preço do cereal continue se desvalorizando, o que pode contribuir ainda mais para a margem positiva das usinas de etanol e o aumento dos investimentos no estado.
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Atualizada dia 16 maio 23
CUIABÁ - De acordo com o relatório divulgado pelo USDA na última sexta-feira (12/05), estima-se que a área colhida de milho nos Estados Unidos na safra 23/24 seja de 34,03 milhões de hectares, o que representa um incremento de 6,19% quando comparada com a safra anterior. A expectativa é de que a produtividade média fique em 189,87 sacas/ha, 4,73% superior à safra passada.
Dessa forma, é esperada uma produção total de 387,75 milhões de toneladas, uma alta de 11,18% ante a safra 22/23. Essa maior produção foi motivada, principalmente, pelas perspectivas positivas quanto às condições climáticas no país, que estão permitindo o avanço da semeadura dentro da média histórica. Por fim, com essas estimativas divulgadas, o preço do contrato jul/24 na CME-Group reduziu 0,73% no comparativo diário
DESVALORIZAÇÃO: seguindo o cenário das últimas semanas, o preço na B3 apresentou queda de 5,56% na semana e ficou em R$ 59,49/sc.
ALTA: devido à valorização no prêmio portuário-Santos, a paridade de exportação – jul/23 subiu 0,89% na última semana e fechou em R$ 47,10 /sc.
RETRAÇÃO: o preço na CME-Group recuou 0,37% no comparativo semanal, puxado principalmente, pela maior produção da safra 22/23 divulgado pelo USDA no dia 12/05.
Vendas de exportações de milho dos EUA reduzem na safra 22/23 ante a safra 21/22.
De acordo com os dados do USDA, até a primeira semana de mai/23, o país negociou apenas 27,59 mi de t no acumulado da safra (set – ago), o que representa um recuo de 35,01% ante o mesmo período da safra passada. Essas menores negociações americanas se deram devido à menor participação da China nas compras. Para se ter uma ideia, o país asiático reduziu em 36,77% o share na safra 22/23 ante a temporada passada. Além do recuo nas compras, o país chegou a cancelar mais de 500 mil t de milho nas últimas semanas, que ainda não foram contabilizadas no relatório.
Dessa forma, o mercado aguarda que essa demanda chinesa se volte para o Brasil, uma vez que para os próximos meses a colheita de milho no país deve se intensificar. Por fim, com as notícias de cancelamentos das compras pelo país asiático, os prêmios portuários voltaram a exibir campo positivo após intensas quedas no mês de abr/23.
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Atualizada dia 09 mai 23
CUIABÁ - A Secex divulgou na última sexta-feira (05/05) os dados de exportação de milho, o relatório apontou uma queda de 64,85% dos escoamentos brasileiros em abr/23 ante a mar/23, totalizando 469,26 mil t. Em Mato Grosso, as exportações do cereal foram de 117,93 mil t, recuo de 48,08% ante ao mês passado e 29,08% quando comparado com o mesmo período do ano passado. Vale destacar que é comum nessa época do ano os escoamentos diminuírem, uma vez que reduz o volume de milho disponível e o mercado se volta para as exportações da soja.
No entanto, quando analisado o acumulado da safra 21/22 (jul. – jun.), o estado exportou 25,44 mi de t até abr/23, isso representa um aumento de 61,19% ante a safra 20/21. Por fim, essa divulgação de abr/23. reforça a estimativa de O&D do Imea que o estado deverá escoar 26,54 mi de t para a temporada 21/22.
RECUO: devido à projeção de uma maior oferta no Brasil para a temporada 22/23, o indicador Cepea caiu 6,55% ante a semana passada e ficou cotado em R$ 63,89/sc.
QUEDA: com a perspectiva de uma maior produção da safra 22/23 no estado, o preço disponível do milho apresentou retração de 2,50% na semana, e fechou em R$ 48,82/sc.
VALORIZAÇÃO: o preço na CME-Group na última semana, exibiu um aumento de 0,63% e finalizou em US$ 6,45/bu .
No dia 08/05, o Imea divulgou os dados atualizados da comercialização de milho em Mato Grosso para o mês de abr/23.
Para a safra 22/23, as negociações chegaram a 38,65% do total esperado da produção, isso representa um avanço de 4,91 p.p. no comparativo mensal. Esse incremento está atrelado ao interesse de alguns produtores em comercializar a sua safra, uma vez que as negociações estão atrasadas ante aos últimos anos e a colheita está se aproximando, o que eleva a preocupação com a armazenagem.
Assim, o preço médio em abr/23 fechou em R$ 49,17/sc. Para a temporada 23/24, as negociações continuam avançando de forma tímida, 0,55 p.p. em abr/23 ante a mar/23. Esse menor interesse na comercialização da safra futura está atrelado ao recuo dos preços, além da preocupação dos produtores estar voltada para os negócios da safra 22/23. Desta forma, a safra 23/24 fechou o mês com 3,06% do total da produção negociada a um preço médio de R$ 41,68/sc.
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Atualizada dia 25 abr 23
CUIABÁ - O preço do milho na B3 apresentou recuo de 13,23% na média do comparativo de abr. 23 ante a mar. 23 (até o dia 20), pautado, principalmente, por conta das boas perspectivas para a 2° safra no país, além do atraso na comercialização do cereal. Em MT, o cenário é parecido com o nacional, o preço disponível já recuou 8,99% e ficou cotado na média de R$ 53,52/sc no mesmo comparativo mensal. Para se ter uma ideia, o preço do cereal em MT chegou a patamares de setembro de 2020.
Dessa forma, um ponto de atenção para os próximos meses é que a média dos produtores ainda têm 66,26% da sua safra 22/23 (até mar/23) para ser comercializada, e com a queda expressiva nas cotações do milho, tanto disponível quanto futuro, e o cenário ainda incerto quanto ao resultado da produtividade, o que será um ponto de atenção em relação a margem de rentabilidade do produtor para esse ciclo.
CEPEA: seguindo o cenário de desvalorização da bolsa brasileira, o preço Cepea-Campinas recuou 5,81% na última semana e fechou em R$ 73,14/sc.
ALTA: a CME–Group contrato corrente apresentou acréscimo de 2,16% no comparativo semanal e com isso fechou a semana cotada a US$ 6,70/bu.
AUMENTO: a paridade do contrato julho/23 apresentou uma alta de 0,07% ante a semana passada, devido à valorização na CME-Group e do dólar.
Com a perspectiva de uma safra recorde de grãos em Mato Grosso, a capacidade de armazenagem volta a ser um ponto de atenção.
Segundo os dados da Conab, a capacidade de armazenagem de grãos para a safra 22/23 está em 44,78 milhões de toneladas, aumento de 8,80% ante o ciclo 21/22. Apesar dessa alta, a produção de soja e milho nesta safra cresceu 7,15% quando comparada com a safra passada, ficando em 90,73 mi de t. Em função disso, o déficit de armazenagem está projetado em 64,09 milhões de toneladas, considerando a recomendação da FAO¹.
Ainda, vale destacar que a comercialização do milho e da soja desta temporada está atrasada em 20,78 p.p. e 8,01 p.p. ante a safra passada, respectivamente, o que pode indicar um volume maior de grãos estocados. Dessa forma, o cenário reforça a dificuldade de armazenagem dos produtores mato-grossenses, algo que já é comum na colheita do milho, no entanto, para a safra 22/23 a perspectiva é que o volume seja ainda maior.
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Atualizada dia 18 abr 23
CUIABÁ - O relatório de O&D mundial do milho da safra 22/23, divulgado pelo USDA na última semana, apontou novamente redução na produção mundial, em -0,26% ante a divulgação de mar/23, ficando em 1,14 bi de t. Essa retração foi impactada pela diminuição da perspectiva da produção da Argentina, de 7,50%, ante o mês passado. O País, que vem passando por dificuldades em relação às condições climáticas, já reduziu em 32,73% a sua produção desde a primeira estimativa, ficando agora em 37,00 mi de t para a safra 22/23.
Além disso, as exportações do país também foram reajustadas em -10,71% e -27,33% ante a estimativa passada e em relação à temporada 21/22, respectivamente. Por fim, para os próximos meses o mercado mundial começa a voltar as atenções para a safra dos EUA 23/24, devido as perspectivas positivas até o momento das condições climáticas no país.
QUEDA EXPRESSIVA: a paridade de exportação jul/23 apresentou retração de 6,05% na última semana, refletindo a queda do dólar e ficou cotada a R$ 54,13/sc.
BOLSA BRASILEIRA: no comparativo semanal a B3 apresentou recuo de 5,90% ante a semana passada, devido às perspectivas positivas em relação a 22/23.
PRESSIONADO: a cotação da moeda norteamericana fechou a semana com desvalorização de 2,05% ante a semana passada, cotada a R$ 4,99/U$$.
Secex divulga atualização dos dados de exportações de milho para o mês de mar/23.
O Brasil já escoou um total de 46,67 mi de t da safra 21/22 (jul/22 até mar/23), um incremento de 130,24% em relação ao mesmo período da temporada passada. Esse avanço é em decorrência da quebra produtiva na safra 20/21 do Brasil, aliada a constante alta na demanda mundial, devido à menor produção de grandes produtores. No que tange aos países importadores, os principais são o Japão, o Irã e a Espanha, com um volume de 6,42, 5,78 e 4,78 mi de t, respectivamente.
No que se refere aos estados exportadores, Mato Grosso lidera o ranking do país, até mar/23 o estado escoou um total de 25,27 mi de t, acréscimo de 61,87% ante a safra 21/22, reflexo do aumento da demanda e da produção na temporada 21/22 ante a 20/21. Por fim, conforme a série histórica, a tendência é que para os próximos meses o volume exportado reduza, devido à menor disponibilidade do produto no mercado nacional.
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Atualizada dia 04 abr 23
CUIABÁ - O USDA divulgou na última sexta-feira, 31/03, a intenção de área plantada nos Estados Unidos para a safra 23/24, com aumento de 3,85% ante a safra 22/23, e totalizou em 37,22 milhões de hectares. Esse incremento está atrelado a melhor perspectiva nas condições climáticas do país para a próxima temporada. Vale destacar que, com a melhor intenção de área semeada, a estimativa de produção do país deverá ser maior, o que pode influenciar no aumento da oferta mundial de milho.
Desta forma, após a divulgação do relatório do USDA na última sexta, as cotações na CME-Group exibiram variações ao longo do dia, fechou o contrato dez/23 com queda de 0,09% quando comparado com o dia anterior. Esse cenário se deu por conta que o mercado aguardava uma estimativa de área menor que a divulgada pelo Departamento
MILHO MT: o preço do milho matogrossense fechou a semana em R$ 56,19/sc, com desvalorização de 2,73% no comparativo semanal
B3 RECUA: a bolsa brasileira apresentou recuo de 3,19% ante a semana passada, pautado pela pressão da colheita e problemas com os escoamentos nos portos.
DÓLAR DESVALORIZA: a moeda norteamericana apresentou queda de 2,13% no comparativo semanal, devido à tensão sobre o regime de inflação e diferencial bancário dos EUA.
Imea divulgou os dados do Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária em MT.
De acordo com o Instituto, em 2023 o VBP agropecuário aumentou 8,43% ante a 2022 e totalizou R$ 219,25 bilhões. Desse total, o milho exibiu uma alta de 5,38%, comparado com o ano passado, ficando estimado em R$ 46,74 bilhões. Essa alta foi pautada pelas valorizações nos preços do cereal em decorrência da menor oferta mundial, devido à quebra de safra na Argentina, Ucrânia e EUA na safra 22/23.
Além disso, há elevada demanda pelo milho de MT nos mercados interno e externo. Outro ponto a ser destacado, que é aguardada uma produção recorde no estado de 46,41 milhões de toneladas para a safra 22/23. Por fim, mesmo com o cenário positivo até o momento, é importante pautar que as previsões da safra ainda estão em aberto, e o comportamento climático nos próximos meses, aliado as cotações do milho, serão fatores essenciais para a definição das projeções de faturamento do cereal.
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Atualizada dia 28 mar 23
CUIABÁ - A cotação média do contrato corrente do milho, de acordo com a bolsa brasileira (B3), fechou na média (20/03 a 24/03) de R$ 84,57/sc, redução de 1,72% no comparativo semanal. Esse movimento é em função da entrada do milho verão no Brasil e a necessidade do produtor em negociar o cereal para liberar espaço nos armazéns, somado a menor demanda pelo milho brasileiro.
No que tange ao preço disponível em Mato Grosso, o indicador Imea apresentou decréscimo de 1,50% na última semana, e fechou na média de R$ 57,77/sc. Esse cenário de queda refletiu no mercado brasileiro e vem sendo pautado pela menor demanda de milho no estado, além do recuo (-0,44%) na cotação do dólar corrente. Assim, os pontos que devem continuar impactando as cotações do milho são: a entrada da safra norte-americana e perspectiva da safra e exportações brasileiras.
AUMENTO EM CHICAGO: devido à alta nas exportações de milho norte-americano para a China, a CME-Group contrato corrente exibiu alta de 0,82% no comparativo semanal.
CEPEA EM QUEDA: devido à queda na demanda e na exportação do milho brasileiro, cepea apresentou queda de 1,30% ante a semana anterior.
PLANTIO DO MILHO: a semeadura em MT da safra 22/23 atingiu 99,06% do total das áreas, apresentando um avanço semanal de 1,12 p.p. até o dia 24/03.
Custo de produção modal do milho alta tecnologia da safra 23/24 exibe novo reajuste.
De acordo com os dados do Imea, o custeio da cultura apresentou uma leve alta de 0,17% ante o mês de jan/23 e ficou em R$ 3.363,14/ha. Por mais que em fev/23 tenha havido uma retração no custo com defensivos em 1,58%, o custeio do cereal ficou maior devido à valorização nas despesas com fertilizantes em 0,89% em fev/23.
Apesar de ter apresentado um pequeno reajuste positivo, é importante destacar que os adubos são responsáveis por 49,86% do custeio, contra 21,11% dos defensivos. No que se refere ao COE, o aumento foi de 0,39% em fev/23 ante a jan/23 e ficou estimado em R$ 4.575,99/ha. Essa alta está atrelada ao reajuste no custeio, além da valorização de 3,29% e 1,25% nos custos com arrendamento e pós-produção, respectivamente. Por fim, para que o produtor consiga cobrir seu COE da safra 23/24 é necessário que negocie o seu milho a pelo menos R$ 43,88/sc.
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Atualizada dia 21 mar 23
CUIABÁ - De acordo com a divulgação da Conab, a 6° estimativa da safra 22/23 do milho total no Brasil trouxe reajuste na produtividade e consequentemente, na produção brasileira, estimada em 124,67 milhões de toneladas, aumento de 0,75% no comparativo mensal. Esse movimento de alta foi puxado, principalmente, pelo aumento na produção do Paraná. Em fase de colheita, o estado vem se destacando com a qualidade do grão e condições das lavouras, apesar do La Niña.
Por outro lado, o Rio Grande do Sul, estado vizinho, que vem sofrendo com as condições climáticas desde o início da safra, novamente alterou a sua produção final do cereal, ficando em 4,12 milhões de toneladas, uma queda de 4,32% em comparação com o mês passado. Vale destacar que, apesar do reajuste entre estimativas, a expectativa é que a safra brasileira 22-23 produza 10,21% a mais que a safra 21-22.
DÓLAR: devido à crise em alguns bancos comerciais, que elevou a demanda por ativos de maior segurança, a moeda norteamericana exibiu alta de 1,61% na semana.
B3 RECUA: o preço do cereal na bolsa brasileira apresentou recuo de 0,51% no comparativo semanal e fechou em R$ 86,05/sc.
PARIDADE EM ALTA: em decorrência da alta nas cotações do dólar futuro, a paridade jul/23 valorizou 1,67% em relação à semana passada e ficou cotada a R$ 62,62/sc.
Imea atualiza os dados de plantio do milho para a safra 22-23.
Na última sexta-feira, 17/03, a semeadura do cereal atingiu 97,94% do total das áreas, avanço semanal de 1,50 p.p. Apesar do progresso, os trabalhos à campo continuam atrasados quando comparado com a safra passada, no entanto essa diferença chegou a ser acima de 20,00 p.p. no início do plantio em decorrência do retardo na colheita da soja. Cabe destacar, que por todo o período de semeadura no estado a safra 22-23 ficou atrás da evolução da safra 21-22, mas fechou com cerca de 80,00% das suas áreas dentro da janela considerada ideal (28/02).
Assim, por se tratar de uma cultura que demanda um alto volume hídrico, as condições das lavouras para os próximos meses serão fatores decisivos para o resultado dos rendimentos da safra. Por fim, segundo o TempoCampo, para os próximos 30 dias é aguardado um acumulado de chuva na maior parte do estado entre 150 e 200 mm.
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Atualizada dia 14 mar 23
CUIABÁ - Os dados divulgados pela Secex apontaram que o montante exportado de milho em MT até fev/23 foi de 3,78 mi de t, alta de 61,06% ante ao mesmo período de 2022. Esse incremento foi puxado, pela crescente demanda de milho mundial e pela menor oferta de importantes players, o que impulsionou as compras do cereal e a abertura de novos mercados, como foi o caso da China.
Apesar de ter iniciado recentemente as compras do milho mato-grossense, o país asiático foi responsável por 1,05 mi t do total escoado de MT (27,91%). Por fim, com as incertezas da extensão do acordo entre a Rússia e a Ucrânia para a retomada das exportações de grãos ucranianos, somado a quebra de safra na Argentina, a redução nas perspectivas de escoamentos dos EUA e a demanda crescente dos principais países importadores do cereal, é esperado que os embarques no próximo mês continuem superior ao observado no mesmo período de 2022.
IMEA RECUA: refletindo a retração no preço em Chicago, a cotação do milho em Mato Grosso exibiu decréscimo de 1,71% no comparativo semanal.
CHICAGO EM QUEDA: com a divulgação dos dados de O&D mundial pelo USDA, a CMEGroup apresentou declínio de 1,01% no comparativo ante a semana passada.
SEMEADURA AVANÇA: o milho da safra 22- 23 em MT avançou 7,08 p.p. na última semana e finalizou até o dia 10/03 em 96,44% do total da área esperada para a temporada.
Relatório de comercialização é divulgado pelo Imea e as negociações do milho avançam em MT.
Segundo o Instituto, para a safra 22-23 o avanço foi de 4,87 p.p. em fev/23 ante a jan/23 e chegou a 30,04% do total esperado da produção.
Esse incremento se deu devido ao otimismo em relação a produção, uma vez que cerca de 80,00% das lavouras em MT foram semeadas dentro da janela “ideal”. No que tange ao preço negociado, com a queda na CME-Group, o recuo em MT foi de 3,07% ante o mês passado e ficou em R$ 59,02/sc.
Já para a safra 23-24, foram observadas as primeiras negociações do milho, com 1,78% do total esperado para a safra e um atraso de 4,73 p.p. em relação ao mesmo período da safra 22-23. Essa demora nas negociações está atrelada ao atraso na comercialização dos insumos, visto que as primeiras vendas são realizadas em forma de barter, e já é observado um atraso das comercializações no estado. Por fim, o preço médio mensal ficou em R$ 48,82/sc.
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Atualizada 07 mar 23
CUIABÁ - O preço do milho contrato corrente na bolsa de Chicago apresentou um recuo significativo de 4,11% no comparativo da semana passada e finalizou cotado a ¢ US$ 635,81/bu. Os fatores que motivaram essa queda foram: a divulgação do relatório Outlook do USDA da semana anterior, que manteve a cotação do cereal pressionada na segunda-feira, devido à expectativa de aumento na produção dos Estados Unidos na safra 23/24.
Além disso, as perspectivas positivas em relação a um possível acordo que permite as exportações de grãos da Ucrânia pelo Mar Negro no dia 28/03, impactou de maneira negativa o mercado do cereal. Por outro lado, apesar da retração nos preços na bolsa, as cotações em Mato Grosso apresentaram movimento contrário, motivado pelo período da entressafra, o que fletiu em aumento de 1,63% no comparativo semanal, ficando cotado a R$ 59,65/sc.
TRABALHOS A CAMPO: a semeadura em MT da safra 22/23 avançou 16,70 p.p. na semana, ante a passada, totalizando 89,36% da área esperada para safra até o dia 03/03.
B3 RECUA: devido as quedas expressivas em Chicago na semana, o milho na B3 apresentou decréscimo de 1,38% no comparativo semanal.
DÓLAR EM ALTA: Devido ao receio dos investidores em que a inflação dos EUA se manterá elevada, o dólar aumentou 0,77% na semana, ante a passada.
Segundo o Imea, a demanda do milho para as safras 21-22 e 22-23 em MT foi reajustada.
O relatório divulgado em mar/23 apontou que as exportações para a temporada 21-22 devem chegar a 27,09 mi de t, alta de 0,71% ante a fev/23. Esse incremento está sendo puxado pela menor oferta de cereal no mercado mundial, o que tem favorecido os escoamentos até jan/23 e as expectativas para os próximos meses.
No que tange ao consumo Mato Grosso, o reajuste foi de 1,62% em mar/23 ante ao mês passado, pautado pela menor demanda por parte das usinas de etanol, que revisarão as suas perspectivas de consumo para esmagamento. No que se refere a safra 22-23, é aguardado que as exportações continuem aquecidas, em vista da redução na expectativa da produção mundial, sobretudo pela quebra produtiva dos Estados Unidos. Já o consumo MT apresentou uma redução de 1,06% ante ao relatório de fev/23. Por fim, o estoque final está sendo estimado em 0,41 mi de toneladas.
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Atualizada dia 14 fev 23
CUIABÁ - A 5° estimativa da safra 22/23 de milho total no Brasil, divulgada na última quinta-feira (08/02) pela Conab, trouxe reajustes na produção do país, ficando em 123,74 milhões de toneladas, queda de 1,05% em relação ao relatório de jan/23. Os estados que mais apresentaram recuo em comparação ao relatório anterior foram o Rio Grande do Sul (RS) e o Paraná (PR), com 8,02% e 6,99%, ficando em 4,31 e 17,79 milhões de toneladas, respectivamente.
Essa retração na produção do cereal é pautada pelas baixas precipitações durante o ciclo da cultura no sul do Brasil, que afetou a produtividade do milho. Vale destacar que apesar da redução entre as estimativas, ainda é esperado que a produção brasileira fique 9,38% ou 10,61 milhões de toneladas a mais quando comparado com a safra 21/22.
INDICADOR IMEA: o preço do milho no estado de Mato Grosso fechou a semana cotado a R$ 60,49/sc, com uma retração de 2,44% ante a semana passada.
DÓLAR: a moeda-norte americana fechou a semana com valorização de 2,41%, após tensão sobre o regime de inflação e crítica sobre a taxa de juros do Brasil.
SEMEADURA: a semeadura do milho em Mato Grosso avançou 17,68 p.p no comparativo semanal, atingindo 34,09% da área total estimada para o ciclo 22/23.
Na segunda-feira (13/02), o Imea divulgou o acompanhamento da comercialização do milho em MT referente ao mês de jan-23.
Desse modo, a safra 21/22 apresentou aumento de 3,17 p.p., ante a dez/22 e finalizou o mês com 94,92% da produção já negociada. Esse avanço mensal foi reflexo do movimento de alguns produtores que estão dando vazão ao cereal armazenado para comportar a produção de soja que está sendo colhida no estado. No que se refere à safra 22/23, 25,17% da produção estimada já foi comercializada, o que representa um avanço de 2,11 p.p., se comparado ao mês passado.
Assim como ressaltado em jan/23, essas menores vendas vêm ocorrendo devido à cautela do produtor em negociar grandes volumes antes do resultado da safra, atrelada as incertezas quanto aos preços no mercado. Por fim, os preços médios comercializados em jan/23 para as safras 21/22 e 22/23 ficaram em R$ 63,21/sc e R$ 60,89/saca, respectivamente. Confira aqui o relatório completo.
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Atualizada dia 24 jan 23
CUIABÁ - O custo de produção do milho alta tecnologia para a safra 22-23 em MT foi consolidado pelo Imea. Os principais indicadores, como o COE, COT e o CT ficaram mais caros para o produtor nesta safra ante a safra 21-22. Para se ter uma ideia, as despesas com o custeio, que influencia diretamente no COE, apresentaram alta de 39,52% se comparadas com a safra anterior.
Ainda, quando analisados separadamente os indicadores de custeio, o custo com fertilizantes chegou a aumentar 56,25%, operações mecanizadas, 47,76%, e corretivo de solo, 39,37%. Essa elevação está atrelada à constante alta nos preços dos insumos no último ano-safra. Prova disso é que o preço médio da ureia em MT chegou a valorizar 42,50%, o diesel, 45,13%, e o calcário dolomítico, 43,92%, no período de jan. a dez. de 2022, ante o mesmo período do ano de 2021. Assim, diante dessas variações, o custo total do milho em MT para a safra 22-23 ficou em R$ 5.610,78/ha.
CHICAGO EM ALTA: com a intensificação das vendas semanais de exportação dos Estados Unidos, a CME Group apresentou alta de 2,58% no comparativo semanal.
CEPEA CAI: devido a menor demanda no mercado interno brasileiro, o preço Cepea apresentou uma queda de 1,45% ante a semana anterior.
PARIDADE EM ALTA: a paridade exportação fechou a semana cotado a R$ 60,96/sc, uma alta de 1,92%, se comparado a semana anterior
Mato Grosso já acumula volume recorde de exportação para a safra 2021/22 no período de jul.22 a dez.22
Com isso, o estado já possui 21,54 milhões de toneladas enviadas ao exterior. Esse maior volume de exportação (32,66%) ante a safra 20-21 está atrelado à produção recorde, além da maior demanda pelo cereal devido à conjuntura do mercado mundial. Isso porque, MT foi favorecido, nos últimos meses, pelo início das importações por parte da China no mês de nov./22, uma vez que devido a guerra na Ucrânia, que reduziu as exportações, o país asiático passou a procurar novos mercados para diminuir a dependência dos EUA.
Desse modo, a China já representa 3,16% do volume exportado por MT no período da safra. Assim, é esperado que as importações, principalmente, por parte do país asiático, se mantenham fortes. Diante disso, o relatório de O&D do Imea, estima que Mato Grosso exporte um volume total de 26,90 mi t na safra 21/22.
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Atualizada dia 06 dez 22
CUIABÁ - Na sexta-feira (2/12), a Secex divulgou os dados de exportações do milho produzido em MT para o mês de nov-22. O montante exportado até o momento na safra 2021/22 (jul-22 a nov-22) que somado corresponde a 17,53 milhões de t, alta de 67,55% ante ao mesmo período da safra passada, caracterizando um recorde histórico no comparativo. Esse movimento foi pautado pela crescente demanda de milho mundial e menor oferta, o que impulsionou as compras de milho e a abertura de novos mercados.
Desse modo, com o aumento das exportações matogrossenses e os altos patamares de preços internacionais, a receita das exportações apresentou aumento de 132,43% no mesmo período analisado e totalizou US$ 4,78 bilhões. Por fim, é esperado que os embarques no próximo mês continuem aquecidos e segundo os dados do Imea, estima-se que até o final da safra 2021/22 sejam exportados 26,90 milhões de t.
DÓLAR: com as perspectivas da moderação do aperto monetário pelo Banco Central americano, o dólar recuou 1,52% no comparativo semanal.
PARIDADE JUL-23: pressionada pela desvalorização do real frente ao dólar na última semana, a paridade encerrou a semana com queda de 3,37%.
MILHO MT: devido à menor demanda pelo milho local e maior liquidez do cereal para a exportação, o preço médio no estado recuo 1,54% na última semana.
Adiantamento da semeadura da soja em relação as safras anteriores deve beneficiar o plantio do milho em Mato Grosso para safra 2022/23.
Com a finalização da semeadura da soja no estado na última sexta-feira (2/12), que terminou adiantada no comparativo com as últimas cinco safras, o Imea projetou que 98,80% da área de milho tem potencial de ser semeada na janela ideal (última semana de fevereiro). Dois fatores contribuem para essa estimativa, o primeiro é a maior adoção de ciclos de cultivares mais precoces por parte dos produtores e o segundo, o aumento do parque de máquinas nos últimos anos.
Por outro lado, é importante ressaltar que a estimativa não leva em consideração o fator climático, que pode influenciar no andamento da colheita da soja (excesso de chuvas), e consequentemente, na semeadura do cereal. Exemplo disso, temos a safra passada que apresentou velocidade recorde no plantio da soja, no entanto, o percentual de áreas semeadas do milho na janela ideal foi de 82,74%
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Atualizada dia 29 nov 22
CUIABÁ - Durante nov-22, até a última sexta-feira (25/11), a cotação da paridade de exportação do milho para o contrato jul-23 em Mato Grosso apresentou um recuo mensal de 2,46%, e ficou cotado a um preço médio de R$ 70,40/sc no período. Esse movimento foi pautado pela queda na cotação de 2,81% no contrato jul-23 na bolsa de Chicago no período analisado, que ficou estimado em US$ 6,67/bu.
O cenário de maior oferta de milho no mercado americano, dada a revisão das estimativas de Oferta e Demanda do cereal no país, pressionou os preços na bolsa estadunidense. Contudo, cabe ressaltar que o cenário de oferta mundial de milho ainda é incerto, devido às condições de clima seco na Argentina e no Sul do Brasil, que vem afetando as estimativas quanto à oferta, o que pode vir a estimular os preços do contrato futuro em Chicago e, eventualmente, a paridade de exportação da safra futura do milho mato-grossense
MILHO CHICAGO: o contrato corrente do cereal fechou a semana com queda de 0,43% ante a semana passada e ficou cotado a US$ 6,62/bu no período.
B3: devido ao aumento da demanda de milho para o período, o mercado na B3 fechou a semana com alta de 3,32% no comparativo semanal e cotado a R$ 89,69/sc.
DÓLAR: o dólar fechou a semana com recuo de 0,63% diante das declarações do FED sobre a taxa de juros americana e as incertezas quanto a PEC da Transição no Brasil.
Brasil inicia as exportações do milho para a China após acordo entre os países.
O milho brasileiro já começou a ser embarcado para o país asiático durante a última semana, o que deve intensificar as exportações brasileiras na safra 2021/22. Vale destacar a importância dessa nova fase comercial, visto que a China é o maior comprador mundial de milho e estima importar 18,0 milhões de toneladas do cereal na safra 2022/23.
O início do acordo acontece em um momento crucial para a China, uma vez que ela é uma grande importadora do milho ucraniano e que vem sendo afetado pela guerra que acontece no país. Em relação aos principais exportadores de milho para a China, 78,56% são enviados pelos Estados Unidos e 19,84% têm como origem a Ucrânia. Logo, com a abertura de um grande mercado consumidor para o milho brasileiro, a demanda pelo cereal matogrossense deve ser beneficiada, uma vez que o estado correspondeu a 55,59% do total exportado pelo Brasil até out-22 na atual safra.
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Atualizada 22 nov 22
CUIABA - No mês de out.22, o custo de produção do milho para o ciclo 2022/23 em Mato Grosso apresentou uma retração, ante o mês anterior. O custeio da lavoura registrou redução de 0,31% no comparativo mensal, e ficou estimado em R$ 3.355,76/ha. Esse movimento ocorreu devido a menor demanda por fertilizantes no mercado internacional, que impactou nas cotações desses produtos no estado.
Vale destacar que apesar da redução dos preços dos fertilizantes e do favorecimento das relações de troca (barter) para o produtor, a comercialização do adubo para a próxima safra do cereal se encontra atrasada em 8,20 p.p., ante o ciclo 2021/22, com 74,96% do total negociado. Por fim, uma parcela de produtores seguem aguardando melhores oportunidades de negócio para travar seus custos, contudo, com aproximação do início da semeadura do milho, a tendência é que essas negociações se intensifiquem nos próximos meses.
PARIDADE JUL 23: devido à alta do prêmio portuário em Santos e do dólar, a paridade jul.23 encerrou a semana com adição de 4,43%, ficando cotada a R$ 70,25/sc.
DÓLAR: refletindo as preocupações em relação à condução da política fiscal no próximo ano, o dólar teve uma alta de 2,87% no comparativo semanal.
MILHO JUL/23: a prorrogação do acordo do Mar Negro aumentou a pressão sobre os preços, fazendo o milho futuro encerrar a semana com queda de 0,80%.
Falta de chuva dificulta o avanço da semeadura do milho primeira safra para o ciclo 2022/23.
Até sábado (12/11), 53,90% da área de milho estimada foi semeada no Brasil, segundo os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), um avanço de 10,90 p.p. no comparativo com a semana anterior. Já em relação ao mesmo período da safra passada, o percentual indica um atraso de 9,10 p.p. Esse cenário está atrelado à redução nos volumes de chuva que ocorrem nas principais regiões que cultivam o milho primeira safra no Brasil, como a Sul e Sudeste, nas quais os produtores aguardam maiores volumes de chuvas para intensificar a semeadura do cereal.
Contudo, para o próximo mês, são esperados volumes diários de chuva abaixo da média histórica em grande parte das regiões, segundo as estimativas da NOAA, o que pode vir a prejudicar a produtividade, e por consequência, a produção estimada de milho primeira safra no Brasil para o ciclo 2022/23.
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Atualizada 16 nov 22
CUIABÁ - Com o avanço da colheita norte-americana do cereal, que se encontra em 93,00% até a última segunda-feira (14/11), o USDA pode mensurar melhor os impactos da redução nas chuvas sobre a produtividade média do cereal para a safra 2022/23 nos Estado Unidos. Desse modo, o relatório de novembro do Departamento trouxe uma revisão no que tange ao rendimento do milho, que passou de 179,82 sc/ha no mês de outubro para 180,25 sc/ha na última estimativa.
Dado a isso, houve um aumento na projeção de produção em 880 mil toneladas (t), totalizando 353,84 milhões de t. Por fim, a demanda doméstica foi reajustada positivamente em 0,25% (635 mil t) e os estoques finais, em 0,83% (247 mil t), no período analisado. Esse cenário de maior oferta de milho no mercado veio a impactar os preços correntes na bolsa de Chicago, que fechou a semana cotado a US$ 6,64/bu, recuo de 3,43% ante a semana passada.
PARIDADE JUL 23: pressionada pelo recuo nas cotações do milho futuro em Chicago, a paridade apresentou queda semanal de 0,33% e ficou cotada a R$ 67,27/sc.
DÓLAR: a moeda valorizou 2,01% na última semana e ficou cotada a R$ 5,25/US$. Esse movimento é reflexo das incertezas políticas pós-eleições no Brasil.
B3 CORRENTE: o milho em Campinas encerrou a semana com queda de 0,96%, cotado a R$ 85,54/sc, acompanhando o movimento de recuo em Chicago.
Mato Grosso aumenta as suas exportações de milho e o Arco Norte ganha destaque na safra 2021/22, segundo a Secex.
No acumulado da janela de exportação (jul.22-out.22), MT já enviou para outros países 14,03 milhões de t, 64,55% a mais se comparado com o mesmo período da safra passada.
O incremento é reflexo da queda na produtividade da temporada 2020/21, a produção recorde e o aumento da demanda pelo cereal. No que tange às rotas de escoamento do estado para os portos do país, a participação do Arco Norte sobre o volume exportado de milho no período apresentou um incremento de 6,46 p.p. e totalizou 54,12%. Já a segunda rota, o Arco Sul, teve uma participação de 45,88%, ante a 52,24% no ciclo passado. Esse movimento se justifica pelo aumento da produção na região norte de MT, próxima ao Arco Norte, e investimentos em logística nos portos e rodovias, que tornaram o arco mais atrativo para o escoamento.
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Atualizada dia 25 out 22
CUIABÁ - Até segunda-feira (24/10) a colheita do milho nos Estados Unidos chegou a 61% das áreas semeadas na safra 22/23, representando um avanço de 14 p.p. em relação a semana passada. Esse ritimo está atrelado as condições de seca nas região que vem auxiliando os trabalhos a campo. Contudo, para o cenário de escoamento dos grãos no país, as condições climaticas vem impactando no escoamento da pordução, tendo em vista a redução no nível do Rio Mississipi, principal meio de escoamento do Meio-Oeste americano.
No que tange às exportações do milho norte-americano, do dia 06/10 até 13/10, o embarque acumulado na semana foi de 829,75 mil toneladas (t), uma queda de 60,91% em relação ao mesmo período de 2021. Com isso, ao analisar o acumulado das exportações para a safra 22/23, até o momento, os envios de milho ao exterior estão 1,24 milhão de t abaixo se comparado com o mesmo período da safra passada.
INDICADOR IMEA: a cotação do milho matogrossense recuou 1,66% na semana e ficou precificado em R$ 63,38/sc. A queda seguiu a cotação do cereal na bolsa de Chicago.
CEPEA: o preço do milho em Campinas apresentou alta semanal de 1,39% devido ao aquecimento na exportação brasileiras e menor oferta mundial.
DÓLAR CORRENTE: a moeda recuou 0,52% na última semana e ficou cotada a R$ 5,26/US$ devido às especulações do mercado em torno da eleição brasileira.
Exportações do milho brasileira para a União Europeia (UE) apresentam elevação expressiva para a safra 21/22.
As exportações já acumulam 5,22 milhões de t entres os meses de jan.22 a set.22. Esse volume representa um aumento de 93,51% no comparativo com o mesmo período da safra passada e já superaram em 2,52 milhões de t o montante importado pela UE na temporada 20/21. Esse incremento tem ocorrido, principalmente, devido ao corte na oferta da Ucrânia, principal fornecedor de milho do bloco econômico, que teve os embarques do cereal prejudicados pela guerra.
Além disso, a Comissão Europeia estima uma redução da produção do milho europeu para a safra 22/23 em 23,35% frente à safra passada, em decorrência de problemas climáticos que os países vem enfrentando. Assim, com a menor oferta do cereal europeu, em conjunto com o cenário de menores embarques da Ucrânia, é esperado que a demanda pelo cereal brasileiro continue aquecida para a temporada
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Atualizada 18 out 22
CUIABÁ - Com o avanço da colheita do milho nos EUA, que já atinge 45% das áreas semeadas do país, o relatório de oferta e demanda do USDA para a temporada 2022/23 trouxe novas estimativas quanto à produção e o destino do cereal estadunidense. Assim, a previsão do Departamento é de que a produção do milho será -0,35%, passando para 352,95 milhões de toneladas (t). A justificativa segue pelo fato de que a região Corn Belt enfrentou condições climáticas adversas que vieram a impactar negativamente as lavouras.
No que se refere a demanda, as exportações caíram 5,49% no mesmo comparativo, reflexo da menor produção e problemas logisticos dado o baixo nível de água do rio Mississippi, que tem retardado as entregas de barcaças de grãos. Por fim, com uma relação de oferta mais apertada no cenário mundial e redução nas exportações por parte dos EUA, é possível que a demanda pelo cereal brasileiro siga aquecida.
CHICAGO: o cereal na CBOT apresentou alta semanal de 1,92%, influenciada pelas perspectivas quanto ao relatório de Oferta e Demanda dos EUA.
CEPEA: o preço do milho em Campinas apresentou alta de 0,94% na semana e cotação média de R$ 84,06/sc.
DÓLAR: a moeda norte-americana fechou a semana com leve alta de 1,34%, após o Banco Central americano divulgar uma inflação maior que o esperado inicialmente
Demanda aquecida pelo milho pauta aumento na Oferta e Demanda da primeira estimativa para a safra 2022/23 em Mato Grosso.
Com a expectativa de aumento na área e produtividade do cereal, estima-se ampliação da oferta mato-grossense em 4,34% em relação a temporada anterior, sendo previsto 45,76 milhões de t. Já pela ótica da demanda, o destaque ficou com as exportações, que se estima ter uma participação de 62,20% na temporada, o que corresponde a 28,32 milhões de t, pautada pela menor oferta mundial e demanda aquecida, que podem favorecer a procura pelo cereal em MT.
Já o consumo mato-grossense estima-se ter 27,92% de participação (12,71 milhões de t), dado a entrada de novas usinas de etanol de milho no estado. Já o consumo interestadual, se projeta uma participação de 9,88% sobre a demanda total, isto é, 4,50 milhões de t. Por fim, com a ampla produção, espera-se estoques finais mais elevados, estimados em 0,25 milhão de t. Para acessar o relatório completo, clique aqui.
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Atualizada 11 out 22
CUIABÁ - Durante o último mês de set.22, as vendas do milho em Mato Grosso atingiram 78,48% das 43,84 milhões de toneladas da produção estimada para a safra 2021/22, o que representa um avanço mensal de 4,82 p.p. Os melhores patamares de preços observados no estado no último mês, a necessidade de escoar a produção recorde e a maior demanda do cereal para a exportação no período em decorrência da guerra na Ucrânia, estimularam o produtor de MT a travar novos negócios.
Contudo, apesar do bom avanço, as vendas da atual safra se encontram 10,73 p.p. atrasadas em relação ao mesmo período da safra passada. No que tange aos preços, a média comercializada em set.22 foi de R$ 66,03/sc no estado, o que representa um aumento de 3,50% em relação ao mês anterior, reflexo do incremento de 7,48% na cotação do contrato corrente do milho em Chicago e a valorização do real frente ao dólar. Para ler o relatório, acesse.
CHICAGO: a cotação do cereal na CBOT apresentou alta de 1,65% na última semana. Esse movimento foi devido à aversão ao risco dado o aumento da inflação americana.
INDICADOR IMEA: o preço do milho no estado caiu 1,30% em relação à semana passada, influenciado pela desvalorização do real ante ao dólar, ficando cotado a R$ 64,77/sc.
B3 CORRENTE: a cotação do milho na B3 fechou a semana com queda de 2,88%. Essa contração ocorreu devido à menor demanda para exportação durante o período.
Demanda mundial aquecida pelo milho pauta aumento nas exportações do cereal de Mato Grosso no mês de set.22
Os dados divulgados pela Secex essa semana indicaram um volume exportado de 2,77 milhões de toneladas (t) de milho de Mato Grosso durante o mês de set.22, aumento de 38,06% ante a set.21.
Com isso, o volume acumulado até o momento da temporada (jul. a set.) foi de 10,41 milhões de toneladas, 45,38% a mais em relação ao mesmo período de 2021. Os principais países que pautaram esse aumento na demanda externa pelo cereal matogrossense, foram o Irã, a Espanha, a Colômbia e o Egito, com 14,99%, 12,47%, 10,17% e 8,30% de participação, respectivamente. Para se ter ideia, a Colômbia demandou 1,05 milhão de t, alta de 124,35%, e subiu de 4º para 3º maior demandante, já o Egito importou 864,38 mil t, adição de 108,96%, passando de 5º para 4º colocado. Quem perdeu espaço nos envios foi o Japão, que apesar da alta de 1,68%, passou de 3º para 5º colocado.
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Atualizada dia 04 out 2022
CUIABÁ - Em reflexo dos conflitos entre a Rússia e a Ucrânia, a produção de milho na Ucrânia é estimada em 31,50 milhões de t para a safra 22/23, volume 26,00% menor se comparada à safra 21/22, segundo o USDA. Já as exportações estão projetadas em 13,00 milhões de t, 50,00% menor se comparado ao da safra passada (26 milhões de t). Em jul.22, o acordo firmado entre a Rússia e a Ucrânia veio a ruduzir os impactos na exportação de milho ucraniano em função da guerra que ocorre na região, abrindo o corredor logístico marítimo dos portos do sul do país.
Contudo, as recentes declarações do presidente russo vêm causando incertezas quanto ao acordo firmado, uma vez que escoamento de grãos a partir do Mar Negro pode vir a ser prejudicado com as novas falas do líder russo. Por fim, as novas tensões podem impactar a oferta mundial do grão que já está abaixo da safra 21/22, que pode vir a impulsionar as exportações brasileiras.
MILHO CHICAGO: as cotações do milho no mercado internacional fecharam a semana com queda de 2,03%, devido à aversão ao risco pelos agentes de mercado.
MILHO MT: o preço do milho em MT avançou 2,29%, em relação a semana anterior ficando cotado a R$ 65,62/sc, em função da demanda para às exportação.
DÓLAR: a moeda ficou cotada a R$ 5,39/US$, alta de 3,97% no comparativo semanal. O avanço é pautado no aumento das tensões entre a Ucrânia e a Rússia.
Segundo a Conab, a semeadura do milho primeira safra 22/23 no Brasil se encontra em 19,30% das áreas cultivadas até a segunda-feira (26/09), avanço semanal de 6,50 p.p.
O início dos trabalhos se deu somente na região Sul do país e a produção aguardada para a região apresentou aumento de 53,34% em relação à safra 21/22, ficando estimada em 12,33 milhões de toneladas (t), o que representa 42,55% da produção total para o milho primeira safra brasileira. Diante desse cenário, os olhares se voltam para as condições climáticas na região, que segundo o NOAA, é esperado um volume de chuva significativo para as próximas semanas.
Esse quadro, pode auxiliar no desenvolvimento inicial das lavouras. Com isso, a expectativa da Conab é de que o Brasil colha 28,98 milhões de t., na primeira safra, volume 16,02% acima do observado na safra 21/22. Cenário que também está auxiliando na perspectiva de redução das importações brasileiras em 400 mil t. para o próximo ciclo.
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Atualizada 27 set 22
CUIABÁ - Durante a primeira quinzena de set.22, a margem bruta de processamento (MBP) das usinas de etanol de milho em Mato Grosso apresentou recuo expressivo de 37,16% no comparativo com a média de ago.22 e totalizou R$ 321,42/t. Dentre os fatores para o resultado da menor margem registrada desde o início da safra 2022/23 (abril-março), foi o recuo nas cotações do etanol hidratado, que exibiu redução de 21,52% na primeira quinzena de set.22 ante a ago.22, e ficou a uma média de R$ 2,02/l (sem imposto) em Mato Grosso.
A justificativa pela queda nos preços do biocombustível está atrelada ao início da colheita da cana-de-açúcar em Mato Grosso, além do recuo nos preços da gasolina - seu principal concorrente. Ainda, a desvalorização dos coprodutos do biocombustível no estado, DDG e óleo de milho, auxiliaram na redução da MBP estadual.
MILHO CME: o preço da saca de milho na CME Group fechou a semana com queda de 1,84% e ficou cotada a US$ 6,84/bu, justificada pelo avanço da colheita no EUA.
B3: no mercado nacional, a cotação do milho fechou com alta de 5,06% e fechou a semana em R$ 89,38/sc, devido o aumento da demanda para exportação.
DÓLAR: a moeda americana fechou a semana com desvalorização de 0,07%, com o aumento da taxa de juros no Brasil, uma tentativa do governo de desestimular o consumo.
Momento é de expectativa quanto à colheita do milho nos EUA.
Na segunda-feira (26/09) o USDA divulgou o segundo reporte da colheita do milho nos EUA. Até o último domingo (25/09), o país já apresentava 12% das áreas colhidas, 5 p.p. a mais em relação à semana passada, contudo, 5 p.p. de atraso se comparado com a safra passada. Dentre os principais estados está o Iowa que possui 5% da área colhida, seguido do Illinois com 6% e Nebraska com 13%.
Por outro lado, é importante frisar que parte das áreas do cereal ainda se encontra na fase de formação do dente (92%), e outra parte se encontra em fase de maturação fisiológica (última etapa de desenvolvimento do milho) com 58% das áreas neste estádio. Desse modo, o mercado segue atento em relação às condições climáticas nos EUA para as próximas semanas, uma vez que há previsão de chuva para as regiões produtoras do país, que poderá vir a prejudicar o ritmo da colheita.
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Atualizada dia 20 set 22
CUIABÁ - Segundo os dados da União da Indústria da Cana de Açúcar e Bioenergia (Unica), a produção de etanol a base de milho na safra 2022/23 na região centro-sul, já atingiu 1,07 milhão de litros (l), sendo 70,16% de etanol hidratado e 29,84% do etanol anidro, até o momento. Contudo, cabe ressaltar que o consumo de etanol hidratado no país até o mês de jul.22 se encontrava 15,65 p.p. abaixo do comparado com o mesmo período do ano passado.
Assim, na medida em que a competitividade do biocombustível está abaixo da gasolina em quase todos os estados do país, exceto em MT e SP, pode vir a incentivar o aumento da produção do etanol anidro. Por fim, o total produzido de etanol a base de milho já representa 23,78% do total estimado para toda a safra de biocombustível, na qual a Unem projeta uma produção de 4,50 milhões de litros para o Brasil, aumento de 31,20% em relação à safra passada.
MILHO MT: o milho mato-grossense avançou 1,06% na semana e fechou cotado a R$ 65,58/sc, seguindo a alta demanda para exportações do cereal.
B3: a cotação do milho na B3 apresentou avanço semanal de 0,95% e ficou em R$ 85,07/sc, devido a expectativa do mercado por maior oferta de milho.
DÓLAR EM QUEDA: a moeda americana recuou 0,15% se comparado com a semana passada, devido às perspectivas de uma desaceleração na economia dos EUA.
Produção dos EUA de milho para a safra 2022/23 é reduzida pelo USDA em sua última estimativa.
Segundo o relatório de Oferta e Demanda (O&D) divulgado pelo WASDE/USDA na segunda-feira (12/09), a produção estimada do país norteamericano apresentou recuo de 2,89% em relação ao último relatório, totalizando 354,19 milhões de toneladas (t).
Esse movimento já era esperado pelos agentes de mercado, uma vez que o USDA vem reduzindo semanalmente a qualidade das lavouras consideradas “boas e excelentes” que se encontram em 52% segundo o último relatório do Departamento, 7,00 p.p. menor que o mesmo período da safra passada. O resultado se deve as condições climáticas desfavoráveis, que afetou grande parte do “cinturão do milho” durante o período de desenvolvimento do cereal. Por fim, a relação estoque/consumo mundial reduziu em 0,36 p.p., dado a pressão da menor oferta do cereal no mercado mundial que, por sua vez, já vinha sendo reduzida nos últimos relatórios.
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Atualizada dia 13 set 22
CUIABÁ - O Imea divulgou nesta segunda-feira (12/09), os dados da comercialização de milho até o mês de agosto para a safra 2021/22 em MT. Assim, a temporada apresentou um volume comercializado de 73,65% do cereal, avanço de 5,77 p.p. no comparativo mensal. O incremento se deu, principalmente, pela valorização nos prêmios dos portos brasileiros e nas cotações do milho em Chicago, sobretudo, na última semana do mês, que contrabalancearam a queda do dólar no mesmo período.
Além da necessidade em escoar a produção recém-colhida, o que incentivou o produtor a travar negócios. Assim, o preço médio comercializado foi de R$ 63,78/sc, 4,15% a mais que a média do último mês. Contudo, apesar de o avanço ter ganho ritmo no último mês, a comercialização está 13,04 p.p. atrasada em relação à safra passada no mesmo período. Para ler os relatórios completos de comercialização das safras 21/22 e 22/23, acesse.
MILHO EM ALTA: o milho apresentou uma leve alta de 1,06%, devido à expectativa do mercado quanto ao relatório de oferta e demanda global divulgados pelo USDA.
B3 EM QUEDA: apesar da leve recuperação nos preços após o feriado nacional, o mercado fechou com queda de 1,24% e ficou cotado a R$ 84,26/sc.
DÓLAR: o dólar apresentou alta semanal de 1,25% devido a aversão ao risco por parte dos investidores que buscam EUA como um mercado mais seguro para os seus ativos.
Com ampla produção e demanda externa aquecida do milho, o cenário vem favorecendo as exportações mato-grossenses para a safra 2021/22.
As exportações de milho de MT segundo a Secex, exibiram um volume de 4,19 milhões de toneladas (t) somente em ago.22, incremento de 24,02% se comparado com o mesmo período da safra passada. O movimento de alta foi ligado ao aumento da produção do milho no estado para a safra 2021/22 (43,84 milhões de t) e demanda externa aquecida.
Com o aumento dos embarques e a valorização do preço médio exportado, que nesse período ficou 56,28% acima da média das últimas cinco safras (US$265,71 /t), outro fator de destaque foi a receita gerada pelos embarques, de 1,12 bilhão de dólares no mesmo período. Assim, diante do cenário favorável para as exportações do cereal, o Imea espera que Mato Grosso envie para outros países 23,89 milhões de t no acumulado da safra 21/22, ampliação de 44,49% frente a safra passada.
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Atualizada 30 ago 22
CUIABÁ - A cotação do milho corrente na bolsa de Chicago apresentou alta de 6,08% em relação à semana passada e ficou a uma média de US$ 6,57/bu. Esse movimento é reflexo da piora das condições nas lavouras americanas que estão sendo reportadas pelo USDA e outros agentes de mercado, devido aos baixos volumes de chuvas observados durante o desenvolvimento do cereal no Corn Belt.
Os reportes feitos pelo Pro Farmer Crop Tour 2022 corroboram para esse contexto, uma vez que as estimativas de produção da expedição (349,48 milhões de toneldas (t)), mensurada através de análises apartir do milho coletado, indicam valor menor que a estimada pelo USDA (364,72 milhões de t) para a safra 2022/23 do cereal. Desse modo, as cotações na CME Group vieram a refletir nos preços do milho em Mato Grosso, que fecharam a semana em R$ 64,52/sc, incremento de 2,63% se comparado com a última semana.
PRÊMIO: o prêmio do milho para set.22 em Santos teve um recuo de 5,34% na semana, devido a menor oferta de contratos de venda no período.
BASE: A base MT - CME apresentou alta de 16,02%, uma vez que as cotações em MT aumentaram em menor intensidade devido a queda do dólar e dos prêmios nos portos.
DÓLAR: o dólar exibiu um recuo de 1,08% na semana em consequência da especulação de uma possível desaceleração na economia americana.
Conab divulga primeira estimativa para a safra 2022/23 de milho no país.
A nova perspectiva foi divulgada nesta última quarta-feira (24/08) pela Companhia, com incrementos na área e produtividade para a safra futura, que compreende a 1ª, 2ª e 3ª safras do país. O relatório trouxe aumento de 2,5% na área destinada ao milho se comparado com a safra atual, totalizando 22,16 milhões de hectares.
Esse cenário de aumento é pautado pela manutenção dos altos patamares dos preços estimados para o próximo ano, sustentados pela crescente demanda e estoques finais apertados para a atual safra, segundo a Conab.
Em relação à produtividade, a média para a próxima safra é estimada em 94,53 sc/ha, incremento de 6,2% ante a safra 2021/22. Em consequência, a produção brasileira ficou projetada em 125,50 milhões de toneladas, 9,4% a mais que na safra atual. Desse modo, a produção indica uma safra recorde do cereal a ser plantada no Brasil, superando a safra 2021/22.
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Atualizada dia 23 ago 22
CUIABÁ - Segundo a Secex, as exportações brasileiras de milho tiveram alta nos primeiros dez dias úteis de ago.22 e já totalizam 2,24 milhões de toneladas (t). Conforme a maior quantidade de milho disponível no mercado físico devido a colheita, a partir de agosto até janeiro do ano seguinte, historicamente este período se destaca com os maiores volumes exportados do cereal de segunda safra no Brasil. Desse modo, o valor já representa 74,60% dos 4,34 milhões de t exportadas durante todo o mês de agosto do ano passado.
O aumento é reflexo da produção recorde estimada para a segunda safra do milho no país, de 80,88 milhões de t segundo a Conab. Com isso, a média de embarques diários nos portos brasileiros nos dez primeiros dias úteis de agosto foi de 323,6 mil t, contra 197,0 mil t em agosto do ano passado. Por fim, se os embarques continuarem neste ritmo, é estimado um volume recorde de exportações de milho para agosto.
CHICAGO EM QUEDA: os preços do milho na bolsa de Chicago tiveram queda de 0,51%, ocasionada pelo enfraquecimento do preço do petróleo e clima nos EUA.
PARIDADE: a paridade de exportação jul/23 apresentou queda de 2,15% na última semana devido a redução nas cotações dos prêmios nos portos no país para o período.
DÓLAR: o dólar operou em alta de 0,57% durante a semana, devido ao temor por parte dos investidores após o FED defender o aumento da taxa de juros.
Qualidade das lavouras de milho dos EUA contiuam em queda.
Segundo o relatório divulgado pelo NASS/USDA nesta segunda-feira (22/08), até o último domingo, 55% das lavouras apresentaram condições boas e excelentes nesta safra, o que indicou uma queda de 8,25 p.p. no comparativo com o mês passado.
O corte significativo na qualidade das lavouras foi condicionado por fatores climáticos, devido aos menores volumes de chuva e altas temperaturas nas regiões produtoras. No comparativo entre as safras, a soma das áreas em condições boas e excelentes estão 5 p.p. menores no mesmo período da safra passada. Desse modo, conforme divulgado pelo Departamento na última semana, em função do cenário negativo no país, os números de produção foram revisados para baixo. Por fim, se a tendência de recuo na qualidade das áreas estadunidenses persistir, pode ser um ponto de atenção quanto a revisão dos próximos relatórios de oferta e demanda.
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Atualizada dia 16 ago 22
CUIABÁ - Na última sexta-feira (12/08), a colheita do milho em Mato Grosso alcançou 99,97% da área plantada nesta safra 2021/22 do cereal, o que representa uma redução no avanço semanal, que foi de apenas 0,24 p.p., na medida em que a colheita se aproxima da sua finalização. No que tange à produtividade, a média colhida da última semana no estado foi de 80,29 sc/ha, ou seja, 7,29 sc/ha a menos que na semana anterior, pautada pelo avanço dos trabalhos sobre os últimos talhões nas regiões que foram mais afetadas pela seca.
Outros pontos a serem citados foram os registros atípicos de chuva que aconteceram nesta semana e, também, a previsão de chuva para a próxima semana (18/08), que variam de 2 mm a 10 mm, segundo o TempoCampo, em algumas regiões do estado, uma vez que o cenário pode vir a impactar a qualidade do cereal que está sendo armazenado a céu aberto, conforme relatado pelos informantes do instituto.
MILHO EM MT: na última semana, o Indicador Imea apresentou alta de 3,21% e fechou cotado a R$ 62,82/sc. O movimento acompanhou a alta na CME do cereal no período.
FUTURO DO MILHO: a paridade para jul/23 apresentou alta na última semana de 2,59% em função da reação positiva do mercado quanto ao relatório de O&D do USDA.
DÓLAR: A inflação divulgada nesta semana pelo FED, ficou abaixo do esperado pelo mercado. Desse modo, houve uma queda de 2,23% na cotação da moeda americana.
Relatório de Oferta e Demanda de milho nos EUA segue as expectativas do mercado.
O USDA reajustou negativamente as estimativas quanto à produção em 3,72 milhões de toneladas (t), totalizando 364,73 milhões de t. No mesmo movimento, houve ajuste na projeção de exportação (-635 mil t), consumo doméstico (-508 mil t) e estoques finais (-2,07 milhões de t). O reajuste veio em função da queda na qualidade das lavouras americanas, pautado pelas anomalias climáticas durante o desenvolvimento do cereal nos EUA.
Apesar das notícias negativas vindas do Mar Negro sobre os embarques de grãos nos portos da Ucrânia que ocorreram na semana, as expectativas quanto a redução das estimativas de O&D da safra 2022/23 de milho, divulgado pelo USDA, pautaram o aumento das cotações do cereal na bolsa americana. Desse modo, o milho corrente em Chicago na semana ficou cotado a US$ 6,23/bu e apresentou alta de 3,73% em comparação com a semana anterior.
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Atualizada dia 9 ago 22
CUIABÁ - Em julho, a comercialização da safra 2021/22 de milho em Mato Grosso avançou 4,63 p.p. ante o mês anterior e totalizou 68,20% comercializados da produção estimada para a temporada. Esse avanço se deu em função do maior volume de milho no mercado físico, devido à colheita avançada do cereal, em relação a safra passada, no último mês no estado e a necessidade de dar vazão ao milho devido à falta de armazéns, uma vez que Mato Grosso possui um grande déficit de armazenagem de grãos.
Desse modo, apesar de a comercialização ter evoluído um pouco mais que o observado no mês de jun.22, as vendas do cereal continuam atrasadas em 15.00 p.p. no comparativo com o mesmo período da safra 2020/21. No que tange aos preços, a média comercializada no estado em jun.22 foi de R$ 61,48/sc, 5,33% a menos que no mês anterior, puxado principalmente pela maior oferta do cereal e a queda nas cotações do milho corrente na CME Group em jul.22.
PREÇO EM MT: em função da demanda crescente para exportações no período, o preço do milho disponível em Mato Grosso apresentou alta de 0,56% na última semana.
CHICAGO: devido à retomada das exportações ucranianas de grãos pelo Mar Negro, as cotações em Chicago recuaram 0,61% na última semana e fecharam a US$ 5,98/bu.
DÓLAR: o reajuste da taxa de juros anunciada pelo BC na última semana estimulou o regresso de recursos estrangeiros no país, acarretando a queda de 0,10% da moeda.
Queda nas exportações do milho estadunidense para a safra 2021/22, segundo o USDA. No mês de jul.22, as exportações de milho dos EUA apresentaram um dos menores volumes para a safra 21/22, de apenas 3,91 milhões de t, o que representa uma queda dos embarques de 21% ante ao mês anterior. Com isso, o acumulado dos embarques da safra americana (set a ago) somam, até o momento, apenas 56,41 milhões de t, 9,18% a menos em relação à safra passada.
Essa redução é reflexo da realocação da demanda externa para a produção de etanol no país, bem como a menor demanda para a China, devido ao lockdown da Covid-19 em jul.22. Tudo isso tem trazido incertezas ao mercado, se o país vai conseguir atingir a previsão de total de embarques do USDA, de 62,23 milhões de t para a safra 21/22. Tendo em vista que, para isso, será necessário exportar semanalmente até o final de ago.22, 1,45 milhão de t, volume que não é observado desde o mês de maio e 45,61% acima da média exportada do último mês.
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Atualizada 02 ago 22
CUIABÁ - Dia 01/08, o Imea divulgou a 11ª estimativa da safra 2021/22 de milho em Mato Grosso. O relatório manteve as estimativas de área em 6,39 milhões de t, volume 9,43% maior que o da safra passada, pautado pelo aumento na demanda externa e pelas usinas de etanol de milho no estado. Com 97,95% das áreas colhidas, o Instituto manteve a projeção em 102,10 sc/ha, diante do cenário reportado pelos informantes.
Cabe ressaltar, que nem todas as regiões foram afetadas com intensidade pela seca, uma vez que regiões como médio-norte tiveram um maior percentual semeado na janela ideal, favorecendo o desenvolvimento do cereal. Desse modo, para o próximo mês, o Instituto vai reavaliar justamente com os agentes de mercado e produtores de milho, quanto a consolidação do rendimento do cereal no estado. Por último, sem alteração nas estimativas, a produção se manteve em 39,16 milhões de t, 20,24% a mais que a safra passada.
ALTA NA B3: devido a maior demanda para exportações e ao avanço nas cotações dos prêmio, o preço do milho corrente na bolsa brasileira apresentou acréscimo de 1,76%.
DIFERENÇA DE BASE: com o aumento nas cotações do cereal na CME Group e a alta no mercado estadual, o diferencial de base apresentou queda de 10,02%.
DÓLAR: com o aumento da taxa de juros americana, o dólar se tornou mais atrativo para o investidor. Desse modo, a moeda americana recuou 3,58% na última semana.
Colheita do milho argentino avança, mas continua atrasada em relação à safra passada.
Dados do último relatório semanal divulgado pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) afirmam que o percentual colhido no país chegou a 74,20% até o dia 27/07, o que representa um avanço semanal de 7,00 p.p. da área estimada.
Contudo, apesar do bom avanço, a colheita ainda se encontra com 7,20 p.p. de atraso em relação ao mesmo período da safra passada, pautado pelo aumento no volume de chuvas e umidade nas regiões produtoras da Argentina. Desse modo, a BCBA manteve a projeção da produtividade em 117 sc/ha na média nacional e produção de 49 milhões de t para a temporada.
Por fim, com o avanço da colheita na Argentina e no Brasil, que se encontra, com 59,60% colhido até o dia 23 de julho, na média dos nove principais estados produtores do país (Conab), a entrada da ampla produção do cereal sul-americano para a temporada atual vem impulsionando a disponibilidade da oferta mundial do milho.
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Atualizada dia 26 jul 22
CUIABÁ - As cotações do milho corrente em Chicago apresentaram queda na semana passada e ficou cotado na média de US$ 5,88/bu, recuo de 3,24% no comparativo com a semana anterior. Isso se deve as perspectivas de uma recessão global impulsionada pela alta da inflação, principalmente, nos EUA e na UE que estão em níveis recordes.
Somado aos fatores macroeconômicos, as previsões climáticas nos EUA indicam clima propício para o bom desenvolvimento do cereal na região do Corn Belt, que poderá proporcionar produtividade superior ao esperado. Contudo, mesmo com a queda do milho em Chicago, houve uma alta de 0,18% em Mato Grosso, cotado a R$ 59,90/sc na média da semana passada. Essa conjuntura ocorreu devido à alta no dólar e nos prêmios portuários, que reduziram os impactos causados pela queda nas cotações do milho na bolsa americana.
ALTA EM MT: devido à alta nas cotações dos prêmios e o aumento do dólar na última semana, as cotações do milho corrente na bolsa brasileira apresentaram acréscimo de 2,80%.
MT-CME: com o recuo nas cotações do milho na CME Group e somado a alta no mercado estadual, o diferencial de base apresentou queda de 16,01% na semana passada.
DÓLAR: com perspectiva do aumento dos juros nos EUA, o dólar se tornou mais atrativo ao investidor em relação ao real, que proporcionou alta de 0,74% na moeda dos EUA.
Colheita segue em ritmo acelerado no estado e tem avanço acima da média dos últimos 5 anos.
A colheita do milho chegou a 94,06% da área estimada em Mato Grosso até a última sexta-feira (22/07), o valor é 21,26 p.p. superior ao que foi observado no mesmo período a safra passada.
Com isso, o avanço semanal da safra 2021/22 foi acima da média das últimas cinco safras, contudo, vem reduzindo o ritmo na medida que os trabalhos a campo chegam perto do fim, como mostra o gráfico. Desse modo, a colheita avançada, somado a produção recorde de grãos para a safra 21/22 e atrasos nas comercializações de soja e milho no estado, são fatores que estão contribuindo para acentuar os problemas com o déficit de armazenagem em Mato Grosso. Nesse sentido, a falta de armazén no estado vem contribuindo para o despejo a céu aberto nos pátios dos armazéns, expondo o cereal às variações climáticas, que pode vir a prejudicar a qualidade do milho matogrossense.
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Atualizada dia 19 jul 22
CUIABÁ - O custo de produção do milho de alta tecnologia no estado, finalizou o mês de junho estimado em R$ 4.497,82/ha, em um comparativo com o custo final da safra anterior, é possível notar um aumento de 24,80%. Esse encarecimento se deve, principalmente, aos maiores preços do KCl, MAP e Ureia, que receberam um incremento de 53,61%, 28,94% e 28,66%, respectivamente, no mesmo período.
Esse cenário aconteceu em função das incertezas de abastecimento desses produtos em decorrência da crise energética chinesa no final de 2021, que reduziu a produção desses insumos no país. Como também, os conflitos entre a Rússia e a Ucrânia que dificultou o escoamento dos fertilizantes russos. Sendo assim, neste cenário, para que o produtor consiga comprar uma tonelada de MAP, KCl e Ureia, é necessário que ele dispenda de 107,90/sc, 105,39/sc e 80,52/sc, respectivamente
MILHO MT SOBE: Com o aumento do dólar, as cotações do milho em Mato Grosso receberam uma alta de 2,03%, finalizando a semana com o preço médio de R$ 59,69/sc.
COLHEITA AVANÇA: Na última semana, a colheita de milho no estado avançou 10,88 p.p. em relação a semana anterior e atingiu até a última sexta-feira, 85,29% da área colhida.
DÓLAR SOBE: pressão inflacionária nos EUA impactaram na menor disponibilidade de dólar no mercado brasileiro. Desse forma, o dólar valorizou 0,74% na última semana.
Queda na produção pautam reajuste na relação de oferta e demanda de milho em Mato Grosso para a safra 2021/22 (jul.22 a jun.23).
Segundo o relatório dilvulgado pelo Imea, a oferta do cereal para a temporada é projetada em 39,18 milhões de toneladas (t), redução de 3,43% em relação ao último relatório, pautado pela escassez hidrica no estado nos meses de abril e maio. Assim, a demanda foi reajustada para 39,16 milhões de t, 8,64% a menos que a última estimativa.
Desse modo, o consumo interno foi projetado em 11,92 milhões de t, queda de 0,09% frente a estimativa anterior, motivado pela maior participação do DDG no mercado de ração animal. A expectativa de maior oferta do cereal para outros estados produtores no mercado brasileiro, impactou na redução do consumo interetadual em 2,05%, que ficou estimado em 3,35 milhões de t. No que tange as exportações, devido a menor oferta no estado, é esperado que o MT envie ao exterior 23,89 milhões de t, 5,19% abaixo da projeção passada. Para ler o relatório na íntegra, acesse aqui.
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Atualizada dia 12 jul 22
CUIABÁ - As exportações de milho em Mato Grosso exibiram um volume de 456,55 mil toneladas somente no mês de junho deste ano. Neste cenário, o estado enviou ao exterior 36,06% a mais do cereal que no mês anterior e 410,04% a mais que no mesmo período da safra passada. Isso se deu pela antecipação da colheita que começou no mês de maio na maior parte das regiões do estado e segue a mais antecipada em relação às últimas cinco safras, desde o começo dos trabalhos de campo.
Sendo assim, os agentes conseguiram antecipar os embarques do cereal que haviam sido comercializados antecipadamente. Por fim, com o fechamento do ano safra 20/21 (jul-jun), no acumulado, foram enviados 16,53 milhões de toneladas ao exterior, valor 26,36% menor que o registrado na safra anterior. O principal motivo da queda está relacionado com a quebra produtiva que ocorreu na temporada passada, dado aos atrasos na semeadura em MT, em que grande parte das áreas de milho foram plantadas fora da janela ideal.
MILHO MT RECUA: a maior disponibilidade do milho em MT provocou recuo nos preços. O preço médio do cereal ficou cotado a R$ 58,50/sc na última semana.
CME CAI: com maior oferta de milho que estimado inícialmente para a safra de milho nos EUA, segundo os dados do USDA, as cotações caíram 0,32% em Chicago na última semana.
DÓLAR SOBE: receio por uma futura recessão global leva investidores a demandar mais a moeda americana, causando uma valorização de 2,36% em relação ao real.
Com lentidão nas vendas, volume comercializado de milho para a safra 21/22 em Mato Grosso atingiu 63,57% da produção estimada. Os dados do relatório de comercialização de milho, divulgado pelo Imea nesta segunda-feira (11/07), indicam que as vendas da safra atual avançaram apenas 2,56 p.p. em relação ao último mês, menor valor observado nos últimos três meses.
A lentidão foi pautada pela cautela por parte dos produtores, que aguardam um maior percentual colhido para terem melhor percepção em relação ao rendimento do milho, que foi prejudicado pela escassez hídrica em algumas regiões do estado nos meses de abril e maio. Outro fator foi a queda nas cotações do milho disponível no último mês na bolsa de Chicago em 3,87%, que corroborou para o recuo nas cotações do estado, assim como a entrada de oferta com a chegada da colheita. Assim, com relação ao preço médio comercializado no estado, no último mês foi de R$ 65,75/sc, queda de 5,60% ante o mês anterior.
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Atualizada dia 05 jul 22
Segundo o 10º relatório da safra de milho em Mato Grosso realizado pelo Imea, as estimativas de área e produtividade para a safra 2021/22 se mantiveram inalteradas em relação ao último relatório, tendo em vista as poucas alterações reportadas quanto ao panorama das lavouras no estado. Desse modo, a área se manteve estimada em 6,39 milhões de hectares, valor 9,43% superior ao observado na safra passada.
Até a última sexta-feira (01/07), cerca de 55,50% das área de milho em MT foram colhidas e diante dos rendimentos reportados pelos informantes, o instituto manteve a previsão de produtividade do cereal em 102,10 sc/ha na média do estado. Para o mês de julho, quando um maior percentual das áreas atingidas pela escassez hídrica nos meses de abril e maio for colhido, o Imea deve reavaliar os dados da safra. Por fim, sem alterações nos números, a expectativa quanto à produção permaneceu em 39,16 milhões de hectares, 20,24% a mais que na temporada passada.
QUEDA: com a maior disponibilidade de milho no mercado interno devido ao avanço da colheita, a cotação do milho disponível em MT apresentou queda de 4,34% na última semana.
B3 CORRENTE: acompanhando o mercado externo e com o avanço da colheita do cereal no país, as cotações do milho na bolsa brasileira recuaram 3,84% na última semana.
DÓLAR EM ALTA: com temores de uma recessão global e aumento da taxa de juros americana, o dólar ficou cotado a R$ 5,26/US$ na última semana, alta de 0,96%.
Relatório do USDA prevê aumento na área plantada de milho em relação a primeira estimativa para a safra 2022/23 nos EUA.
Na primeira estimativa de área plantada realizada em mar.22 pelo USDA, o departamento previa que seriam semeados 36,22 milhões de hectares do cereal para a safra 2022/23, número 3,68% menor em relação ao ano anterior, dado as previsões de clima mais seco no país. Assim, com os atrasos na semeadura do cereal, que ocorreram em grande parte do período dos trabalhos a campo em virtude do clima adverso, a nova estimativa do USDA manteve a previsão de menor área plantada para essa temporada.
Porém, trouxe uma revisão positiva em relação a primeira estimativa em 0,47%, agora estimado em 36,39 milhões de hectares. Por fim, a divulgação da correção impactou a bolsa de Chicago na última semana, que recuou 1,00% nas cotações do milho no contrato corrente no comparativo semanal, com a perspectiva de maior oferta do cereal no mercado.
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Atualizada dia 28 jun 22
CUIABÁ - A colheita do milho em Mato Grosso atingiu 35,70% da área prevista até a sexta-feira (24/06), o que representa um avanço semanal de 10,13 p.p. em relação à semana passada. Os trabalhos na região norte foram mais intensos e registraram 14,35 p.p. a mais que no último relatório, seguida da médionorte, com 12,94 p.p. e noroeste, com 10,12 p.p.
Desse modo, até o momento, as regiões com o maior percentual colhido são a médio-norte, norte e nordeste, com 45,47%, 39,49% e 36,83%, respectivamente. Contudo, há relatos de falta de armazéns disponíveis em alguns municípios, forçando o despejo do milho colhido a céu aberto, o que é um ponto de atenção quanto a qualidade do cereal, dado a exposição às variações climáticas. Por fim, a colheita do cereal no estado segue adiantada em relação à série histórica do Instituto para o período e está 25,99 p.p. adiantada se comparado com à temporada passada, reflexo do adiantamento da colheita da soja e semeadura do milho no estado,
QUEDA: com a maior oferta de milho no mercado em função da colheita, o preço do milho disponível em MT apresentou queda de 6,86% na última semana.
BASE MT-CME: mesmo com o avanço da cotação do milho na CME, a alta do dólar continuou distanciando os preços do cereal no estado em relação a Chicago.
DÓLAR EM ALTA: devido às preocupações com políticas monetárias mais rígidas e a crescente alta da inflação nos EUA, a moeda americana teve alta de 1,35% na última semana.
Apesar do atraso no plantio do milho norteamericano para a safra 2022/23, as condições das lavouras estão melhores que o observado na safra passada, para o período.
Segundo o relatório de acompanhamento de safra dos EUA divulgado pelo USDA na segunda-feira (27/06), o percentual emergido do grão nos EUA, já se encontra em 100%. Em relação às condições das lavouras, mesmo com os atrasos em grande parte do período da semeadura de milho no país, o percentual de áreas consideradas boas ou excelentes está em 67%, recuo de 3 p.p. em relação a sema passada.
Quando comparado com o mesmo período da safra passada, a soma das lavouras nessas condições era de 64%. Contudo, a revisão negativa na semana passada quanto a situação das lavouras nos EUA impactaram na alta das cotações na CME Group na segunda-feira. Assim, os relatórios do USDA quanto a situação das lavouras devem continuar sendo um indicador importante no curto prazo para as movimentações na bolsa
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Atualizada dia 21 jun 2022
CUIABÁ - O custeio mensal da safra 22/23 ficou em R$ 3.585,06/ha no mês de maio em Mato Grosso, o que representa uma leve queda mensal de 0,38%, contudo, valorização de 12,84% frente à safra 2021/22. Essa alta se deve a forte influência do acréscimo nos preços dos macronutrientes, uma vez que durante esse período, o KCl , MAP e a ureia tiveram um avanço de 43,79%, 43,38% e 41,36%, respectivamente, em suas cotações.
Isso se deve, principalmente, à crise energética chinesa no fim de 2021, o que desfalcou a oferta de fertilizantes no mercado, bem como ao estopim dos conflitos entre a Rússia e a Ucrânia, que vem dificultando o escoamento desses produtos para exportação e impactando diretamente na oferta mundial. Sendo assim, com o preço ponderado do milho em maio da safra 22/23 em R$ 65,23/sc, a relação de troca do MAP ficou em 95,70 sc/t, KCl em 85,39 sc/t e ureia em 71,16 sc/t, alta de 27,47%, 66,92% e 20,92%, respectivamente, se comparado com a safrapassada do cereal.
MILHO MT VALORIZA: Com Chicago e o dólar em alta, o preço do milho em MT acompanhou o mercado na última semana, com alta de 2,93%.
BASE MT-CME AUMENTA: Mesmo com o avanço nas cotações da CME, a alta do dólar distanciou os preços do cereal no estado em relação a Chicago.
DÓLAR SOBE: Com o FED rajustando a taxa de juros americana, o valor do dólar cresceu 4,38% diante do real na semana passada e finalizou o período cotado a R$ 5,14/US$.
Valor do frete de grãos via transporte rodoviário em Mato Grosso tem grande alta no último ano.
Com o avanço da colheita no estado, a demanda por veículos de carga tende a crescer nesse período. Contudo, apesar do crescimento sazonal esperado nos preços do frete durante a colheita, outros fatores, como o preço do barril do petróleo, vêm impulsionando ainda mais os fretes. Para se ter ideia, o preço do barril Brent em Nova York e do Diesel S10 no estado, tiveram alta de 71,36% e 50,25%, respectivamente, entre os meses de jun.22 e jun.21.
Em consequência, para fins de comparação, a média de preço do frete na primeira quinzena de jun.22, de Sorriso à Santos, via transporte rodoviário, foi de R$ 27,17 /sc. No mesmo período do ano passado o preço era de R$ 19,95/sc, aumento de 13,04%. Por fim, a relação de troca frete/milho vem crescendo no estado e a rota de Sorriso para Santos em jun.22 teve uma relação de 39,03%, 11,07 p.p. acima do observado mesmo período do ano passado.
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Atualizada dia 14 jun 2022
CUIABÁ - Até a sexta-feira (10/06), Mato Grosso colheu 16,22% da área estimada para a safra 21/22 de milho, avanço de 10,24 p.p. ante a semana passada e um adiantamento de 14,29 p.p. se comparado com o mesmo período da safra anterior. A região médio-norte lidera a colheita com 17,95%, seguida da noroeste, com 16,75%, e a sudeste, com 16,61%.
Assim, o ritmo adiantado dos trabalhos é influenciado pela antecipação da semeadura e colheita da soja em algumas regiões, que veio a beneficiar o adiantamento do plantio do milho em relação às safras anteriores. Cabe destacar que, por ora, as precipitações observadas em alguns municípios produtores não vieram a prejudicar o avanço da colheita e a qualidade do milho.
Apesar dos cenários positivos de produtividade nas áreas já colhidas, algumas regiões, como a centro-sul e a oeste, tiveram parte das áreas semeadas fora da janela ideal e estresse hídrico nos meses de abril e maio, que pode vir a impactar na produtividade das lavouras conforme o avanço da colheita.
ACRÉSCIMO: As cotações do milho na bolsa brasileira (B3) tiverem alta de 0,83% e ficou cotado a R$ 88,57/sc no comparativo semanal.
ALTA: Com perspectivas de redução na área plantada de milho nos Estados Unidos, segundo o USDA, as cotações do cereal na CME Group ficaram em US$ 7,62/bu na última semana.
INCREMENTO: Com o aumento da inflação americana, o mercado especula acréscimo na taxa de juros. Desse modo, o dólar apresentou alta de 2,43% na última semana.
Comercialização da safra 2021/22 de milho em Mato Grosso segue a passos curtos em maio. Segundo o Imea, as vendas da safra 2021/22 atingiram 61,01% da produção esperada, avanço de 3,14 p.p. em relação ao relatório anterior, entretanto, 10,97 p.p. abaixo do observado nas últimas cinco safras.
As regiões que mais apresentam atraso são a sudeste, noroeste e centro-sul, com 56,96%, 57,21% e 59,75%, respectivamente. O cenário é resultado das incertezas quanto à produtividade do cereal em função do estresse hídrico que as regiões produtoras do estado enfrentaram nos meses de abril e maio.
Outro fator são as incertezas por parte dos produtores em comercializar grandes volumes antecipadamente, dado que na safra anterior os preços apresentaram valorização significativa no segundo semestre. Em relação ao preço médio comercializado, ficou em R$ 69,66/sc no estado, queda mensal de 3,98%. Esse movimento foi pautado pela entrada da oferta de milho no mercado com o avanço da colheita.
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CUIABÁ – Na primeira semana de junho, as cotações do milho na bolsa de Chicago (contrato corrente) exibiram queda, encerrando o período com uma média de US$ 7,43/bushel. Assim, o cenário na CME Group responde à pressão de maior oferta do milho no mercado com o avanço da colheita na América do Sul. Outro fator baixista foi a expectativa do governo russo em permitir o escoamento de grãos ucranianos pelos portos do país via Mar Negro na última semana, o que agitou o mercado com a possibilidade de maior oferta do cereal.
Desse modo, com as quedas nas cotações da bolsa norte-americana e o avanço da colheita em Mato Grosso, que se encontra em 5,98% (03/06) na área estimada, o preço do milho disponível no estado terminou a última semana com recuo de 4,11%, ficando cotado a uma média de R$ 66,91/sc.
Assim, com o movimento de queda na bolsa de Chicago e a entrada de oferta de milho no mercado mato-grossense, os preços no estado podem continuar sendo pressionados no disponível.
RECUO: Devido ao avanço da colheita do milho de segunda safra no país, a cotação do cereal na bolsa brasileira (B3) apresentou recuo de 3,56% se comparado com a semana passada.
RITMO AVANÇADO: Até a última sexta-feira, a colheita do milho no estado atingiu 5,98% da área estimada para essa safra.
Porém, no Médio Araguaia, a colheita está só começando em Água Boa, Canarana, Nova Xavantina, Ribeirão Cascalheira e Cocalinho. (IMEA/Inácio Roberto)
Atualizada dia 10 dez 24
CUIABÁ - Em nov/24, Mato Grosso exportou 71,72 mil toneladas em equivalente carcaça (TEC) de proteína bovina, queda de 10,17% ante out/24 (Secex). Apesar do recuo mensal, o volume é o segundo maior já registrado para a série histórica e o maior para o mês de novembro. Com isso, no acumulado de janeiro a novembro, as exportações de carne bovina em 2024 já acumulam 700,52 mil TECs, com Mato Grosso atingindo um novo recorde de volume exportado na mesma parcial.
Esse cenário é reflexo da alta demanda por parte de outros países além da China, como os Emirados Árabes e Estados Unidos, que têm ampliado consideravelmente seus volumes de compra. Para se ter ideia, em 2024, o volume importado por esses dois países foi 2,11 e 1,49 vezes maior, respectivamente, quando comparado aos registros de 2023.
RECUO: com a demanda local retraída, o boi gordo a prazo em Mato Grosso apresentou baixa semanal de 4,33% e ficou cotado em média a R$ 308,88/arroba.
CAIU: na última semana, o boi magro de 12@ acompanhou o ritmo de queda do boi gordo e exibiu recuo semanal de 1,43%, cotado em média a R$ 345,00/@.
DIMINUIU: com a menor demanda interna, a carcaça casada do boi no estado apresentou desvalorização semanal de 2,43% e ficou precificada a R$ 22,73/kg.
Volume de bovinos abatidos cai 6,10% em nov/24
Depois de sete meses consecutivos com abates de bovinos superiores a 600 mil cabeças, em nov/24, volume no estado recuou para 588,93 mil, redução de 6,10% em relação ao mês anterior (Indea). Os principais responsáveis por essa diminuição foram os machos, cujo número de animais enviados para as indústrias foram 12,64% inferior ao de out/24, somando 351,91 mil bovinos, o menor nível desde jun/24. Já as fêmeas somaram 237,02 mil cabeças no período.
Apesar da redução mensal, quando analisado o acumulado de 2024 (de janeiro a novembro), o total de bovinos enviados para o gancho atingiu 6,84 milhões de cabeças, estabelecendo um novo recorde histórico. Esse valor representa acrescimo de 672,80 mil animais em relação ao consolidado de 2023, que detinha o recorde anterior, que era de 6,16 milhões de bovinos.
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Atualizada dia 26 nov 24
CUIABÁ - Em set/24, marcou-se o início do movimento de alta nos preços do boi gordo na maior parte dos estados brasileiros. Assim, na parcial nov/24 (até 22/11), o preço do boi gordo matogrossense ficou na média de R$ 305,61/@ (valor a prazo e livre de Funrural, Imea), o que representou alta de 13,70% no comparativo mensal. Já a arroba paulista a prazo ficou cotada a R$ 337,04/@ (Cepea), acréscimo de 10,90% no mesmo período.
A maior valorização em Mato Grosso em relação a São Paulo resultou no encurtamento do diferencial de base entre os estados, que ficou na média de -9,33%, queda de 2,24 p.p. ante out/24. Essa valorização do boi gordo nas praças se deve à demanda aquecida, tanto interna quanto internacional, pela proteína bovina. Para ilustrar, o Brasil atingiu um novo recorde no volume exportado, totalizando 2,86 milhões toneladas equivalentes carcaça (acumulado de jan/24 até out/24).
VALORIZOU: com a demanda aquecida em Mato Grosso, o boi gordo a prazo exibiu alta semanal de 1,31% e ficou cotado em média a R$ 314,97/arroba.
ALTA: em Mato Grosso, a maior demanda pela bezerra de 6@ incentivou uma valorização semanal de 3,00% e ficou cotada em média a R$ 10,30/kg.
INCREMENTO: o boi magro acompanhou o movimento de alta do boi gordo no estado e ficou cotado em média a R$ 348,50/@, com uma leve alta de 0,14%.
Carcaça casada do boi atingiu o maior preço da série histórica
Em nov/24 (até 22/11), a arroba do boi gordo já acumulou valorização de 39,67% ante set/24 (mês que iniciou o movimento de alta do indicador). Esse aumento foi impulsionado pela demanda aquecida pela proteína vermelha, tanto interna quanto externa, que superou a oferta de animais. Dessa maneira, com o bom escoamento da carne bovina em Mato Grosso, as indústrias conseguiram repassar a alta do custo da aquisição do boi gordo para o atacado.
Assim, em nov/24, a carcaça casada valorizou 32,41% no mesmo comparativo e atingiu o maior valor do indicador na série histórica, cotado a R$ 22,64/kg. A maior alta do boi gordo em relação ao atacado encurtou a diferença entre o valor de venda da carcaça casada e a arroba do boi gordo, que ficou em 9,99% no período. Por fim, a tendência para o próximo mês é que a demanda pela proteína vermelha continue aquecida em função das festividades do final de ano e do maior poder aquisitivo da população, fatores que aumentam o consumo de carne.
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Atualizada dia 12 nov 24
CUIABÁ - Em out/24, foram enviadas 627,18 mil cabeças bovinas para abate em Mato Grosso (Indea). Apesar do recuo de 3,07% no comparativo mensal, o número total de abates de janeiro a outubro de 2024 alcançou novo recorde, superando o volume total de bovinos abatidos em 2023, com 6,24 milhões de cabeças até o momento. Esse movimento de alta foi incentivado pelo maior número de machos abatidos durante o período.
Em out/24, o volume de machos abatidos foi o segundo maior de toda a série histórica, com total de 402,81 mil cabeças, e participação de 64,23% no volume geral. Esse cenário foi reflexo da alta quantidade de machos nos confinamentos, que resultou na maior oferta estadual, mas não impactou nos preços do boi gordo em virtude da demanda aquecida pela proteína vermelha.
INCREMENTO: com a maior demanda pelo gado gordo em Mato Grosso, o boi gordo a prazo exibiu alta semanal de 1,78% e ficou cotado em média a R$ 307,27/arroba.
ENCURTOU: as escalas de abate em Mato Grosso mantiveram-se reduzidas na última semana e ficaram na média de 6,79 dias úteis, com queda semanal de 10,36%.
ALTA: com a forte demanda estadual, o preço da carcaça casada do boi apresentou incremento semanal de 4,96% e ficou cotada a R$ 22,57/kg.
Em out/24, as exportações de carne bovina matogrossense atingiram novos recordes
Nesse período, Mato Grosso exportou o maior volume mensal já registrado na história do estado, com 79,83 mil toneladas equivalente carcaça (TEC) enviadas para o exterior (Secex). Assim, quando analisado o acumulado de jan/24 até out/24, já foram exportadas 628,84 mil TEC. Com isso, o estado superou o recorde anterior de 605,35 mil TEC, alcançado em 2022. No entanto, apesar do volume recorde, quando comparada a receita de 2022 com a de 2024 é possível observar uma redução de 20,60%.
A retração é resultado do menor preço médio da tonelada, que ficou em US$ 3.468,20/t na parcial de 2024. Ainda, a China continua sendo a principal compradora da carne bovina de MT, com participação de 42,20% neste ano. Em seguida, Emirados Árabes (9,92%) e o Egito (5,02%) no mesmo período. Além disso, esse cenário de maior demanda pela proteína mato-grossense, tem superado a alta oferta de animais no estado, sendo um fator positivo para os preços do boi gordo no estado.
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Atualizada dia 29 out 24
CUIABÁ - Na parcial de out/24 (até 25/10), o boi gordo em MT ficou precificado a R$ 262,87/@ (Imea), com alta de 20,71% no comparativo mensal, enquanto em SP foi a R$ 300,62/@ (Cepea), incremento de 16,71% no mesmo período (ambas as cotações a prazo e livre de Funrural). Desse modo, o diferencial de base entre Mato Grosso e São Paulo ficou em -12,57%, retração de 2,90 p.p. ante set/24.
Essa redução no indicador foi reflexo da maior valorização da arroba mato-grossense em relação à arroba paulista. Para ilustrar, embora a média estadual tenha ficado em R$ 293,40/@ na última semana de out/24 (21/10 a 25/10), em regiões como a Centro-Sul, a cotação atingiu os R$ 300,87/@. Ademais, dada a expectativa de menor oferta de gado pronto para o abate, é esperado que os preços se mantenham firmes nas próximas semanas em MT.
VALORIZOU: na última semana, o boi gordo a prazo ficou cotado em média a R$ 293,40/@, alta de 6,81% no comparativo semanal, reflexo da menor oferta e maior demanda no estado.
RECUO: apesar da queda semanal de 0,80% da carcaça casada do boi, os preços seguiram acima do praticado nos últimos meses e fecharam na média de R$ 20,67/kg.
INCREMENTO: a cotação do boi magro de 12@ exibiu acréscimo de 4,49% ante a semana anterior e ficou em média a R$ 310,02/@ em Mato Grosso.{
O movimento de alta nos preços do boi gordo continua?
Em set/24, a cotação do boi gordo iniciou a valorização e quebrou a barreira de resistência em que se encontrava. Assim, em out/24 a alta no indicador se intensificou, com ganho de R$ 60,47/@ em relação ao mesmo período de out/23. Com isso, em 25/10 o indicador encerrou o dia rompendo a barreira dos R$ 300,00/@ em algumas praças do estado. Desse modo, o boi mato-grossense apresentou uma valorização mais intensa do que em SP, visto que a arroba paulista teve ganho de R$ 59,37/@ no mesmo comparativo e a média mensal (até 25/10) foi de R$ 299,77/@.
Ainda, em alguns momentos o preço do mercado físico foi maior que as cotações no mercado futuro. Contudo, os contratos de novembro/24 e dezembro/24 apresentaram valorização de 13,49% e 11,85%, respectivamente, no último mês. Por fim, um ponto de atenção no médio prazo é na oferta do gado de pasto e de fêmeas não emprenhadas da estação de monta, que pode influenciar os preços do boi.
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Atualizada dia 15 out 24
CUIABÁ - Em set/24 as exportações de carne bovina mato-grossense mantiveram-se em altos patamares. Foram exportadas 66,84 mil toneladas em equivalente carcaça (TEC), alta de 1,70% ante o mês passado. Esse foi o 4º maior volume já registrado na série histórica, e recorde para setembro, impulsionado pela forte demanda de países como a China, Estados Unidos e Filipinas, que juntos somaram 59,96% do total exportado em set/24.
Além disso, no acumulado de jan/24 a set/24, as exportações somaram 549,00 mil TECs, incremento de 26,16% ante o mesmo período do ano anterior. Com as exportações mantendo o mesmo ritmo dos embarques mensais nos últimos três meses, 2024 se encaminha para superar 650 mil TECs embarcadas. A alta demanda internacional, durante este ano, exerceu um papel importante na sustentação dos preços da proteína ao longo da cadeia produtiva.
VALORIZAÇÃO: o boi gordo a prazo em Mato Grosso ficou cotado em média a R$ 257,58/@, com incremento de 10,04%, ganhando praticamente R$ 14,29/@ ao longo da semana.
ALTA: Na última semana, após atingir a maior cotação desde jan/23 (R$280,32/@), o boi magro (12@) continua com tendência de alta, reflexo da alta nos preços do boi gordo.
INCREMENTO: o preço da carcaça casada do boi registrou acréscimo semanal de 5,45% e, ficou cotado a R$ 19,33/kg, incentivado pela valorização da arroba e maior demanda.
Alto volume de animais abatidos impulsiona o VBP da pecuária em 16,58%
Conforme a 4ª projeção do Imea, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de MT para 2024 da pecuária (bovinocultura de corte, aves, suínos e leite) está projetado em R$ 33,26 bilhões, alta de 16,58% em relação a 2023. O principal responsável pelo avanço na produção do setor é a bovinocultura de corte (cadeia com maior participação no VBP da pecuária, 83,24% de toda a receita gerada) que está estimado em R$ 27,69 bilhões, acréscimo de 17,53% ante 2023.
Esse aumento foi proporcionado pela crescente produção de carne bovina, resultado do elevado volume de animais abatidos no estado. Para ilustrar, os abates de janeiro/24 a setembro/24 já somaram 5,62 milhões de cabeças, ao passo que a média para o período é de 3,76 milhões de animais. Desse modo, em 2024, o estado pode superar o volume de 6,16 milhões de cabeças abatidas, o que justifica o recorde estimado para o VBP da bovinocultura de corte neste ano.
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Atualizada dia 01 out 24
CUIABÁ - Segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM-IBGE), o rebanho bovino brasileiro foi de 238,63 milhões de cabeças em 2023, aumento de 1,61% ante 2022. Esse crescimento nacional foi impulsionado, principalmente, pelos estados do Paraná, Bahia e Maranhão, cujos rebanhos aumentaram em 822,73 mil, 764,47 mil e 700,48 mil cabeças, respectivamente, em comparação com 2022. Mato Grosso manteve o maior contingente do país, apesar de uma redução de 252,31 mil cabeças (-0,74%) em relação a 2022, devido ao alto volume de animais enviados para abate no período, especialmente fêmeas, cujos envios foram 40,57% superiores ao ano anterior.
Entre os municípios, São Félix do Xingu (Pará), apesar da retração de 2,80% em relação a 2022, mais uma vez liderou o ranking municipal de efetivo bovino, com um total de 2,45 milhões de cabeças. De Mato Grosso, apenas Cáceres esteve entre os cinco maiores municípios do Brasil, ocupando a 4ª posição, com 1,40 milhão de cabeças – equivalente a 4,12% do rebanho do estado.
ALTA: com a menor oferta de fêmeas no estado, o preço da vaca gorda à vista em Mato Grosso ficou em R$ 206,23/@, com alta de 1,55% em relação à última semana.
VALORIZOU: a maior demanda pela proteína vermelha proporcionou aumento de 1,12% no comparativo semanal do preço do dianteiro com osso do boi, sendo cotado a R$ 15,07/kg.
INCREMENTO: a cotação do bezerro de 7@ permaneceu no mesmo ritmo de valorização da última semana e exibiu alta de 0,77%, sendo cotado em média a R$ 9,27/kg.
Em setembro, o boi gordo registrou o maior preço
A arroba ficou precificada a R$ 215,73 (até 27/09), com ganho de R$ 10,01/@ ante ago/24, sendo a maior cotação que o boi atingiu nesse ano (janeiro a setembro). Tal cenário, foi resultado da menor participação de vacas no abates totais, aliado a boa demanda interna e externa pela proteína. Além disso, o preço de set/24 foi 16,24% maior que a cotação de set/23, a qual atingiu o “fundo do poço” dos últimos anos, visto que foi o menor patamar de preço desde jun/19.
Ainda, mesmo com a maior valorização do boi em set/24, os preços nos meses anteriores praticamente vinham andando de lado, visto que a média de ganhos mensais entre janeiro e setembro ficou em R$ 3,25/@, sendo esse um cenário típico de anos de transição do ciclo pecuário. Por fim, apesar dos abates totais ainda estarem em altos patamares, a redução na participação de vacas tem sido um fator positivo para os preços do boi no estado, tanto que os preços no mercado futuro apontam para valorizações no 4º trim./24.
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Atualizada dia 17 set 24
CUIABÁ - Segundo o IBGE, Mato Grosso produziu 949,58 mil toneladas de carne bovina no 1º semestre/24, maior volume de proteína vermelha alcançado pelo estado em um semestre, exibindo alta de 26,54% ante o 1º semestre/23. Esse cenário de aumento na produção é resultado do elevado número de bovinos abatidos, principalmente, vacas e novilhas.
Durante o 1º semestre/24, foram encaminhadas 3,54 milhões de cabeças para as indústrias, recorde no volume de animais abatidos para o período. Assim, a participação de fêmeas no 1º semestre/24 apresentou alta de 5,46 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado, com participação média de 52,14%. No entanto, a maior participação de fêmeas nos abates, as quais possuem um menor ganho de carcaça, resultou em queda de 1,08% no rendimento de carcaça em relação ao período anterior e a média no estado ficou em 17,87 @/cabeça.
VALORIZAÇÃO: com a menor oferta de fêmeas no estado, a cotação da vaca gorda a prazo apresentou incremento de 1,60% no comparativo semanal e ficou precificada a R$ 205,04/arroba;
INCREMENTO: na última semana, o dianteiro com osso da vaca ficou cotado a R$ 13,29/kg, alta de 2,42% ante a semana anterior, pautada pela maior demanda durante o período.
AUMENTOU: a cotação do bezerro de 12 meses (7@) em Mato Grosso apresentou valorização semanal de 0,77% e ficou em R$ 9,13/kg, devido a menor oferta no mercado.
Produção da proteína bovina no Brasil deve aumentar 3,65% ante 2023.
Estima-se que o Brasil atinja o recorde de 11,35 milhões de toneladas de carne bovina em 2024 (USDA), aumento de 3,65% em relação a 2023, que era de 10,95 milhões de toneladas. A projeção considera o alto volume de animais abatidos no país e uma demanda sólida pela proteína vermelha. Para ilustrar, espera-se que a exportação brasileira alcance 3,30 milhões de toneladas de carne bovina enviadas para o exterior, sendo o maior volume já estimado para o país e mantendo o Brasil como o maior exportador global da proteína.
Em contrapartida, os EUA, como uns dos principais “players” na produção de carne, devem reduzir 1,17% ante 2023. Por outro lado, a Austrália tem uma perspectiva de alta na produção e na exportação de 11,06% e 14,74%, respectivamente, no mesmo comparativo, o que pode influenciar diretamente as exportações brasileiras, uma vez que o país é o segundo maior exportador mundial.
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Atualizada dia 20 ago 24
CUIABÁ - Na primeira quinzena de ago/24, o diferencial de base entre as cotações do boi em Mato Grosso e em São Paulo atingiu -12,22%, com variação de -0,92 p.p. em relação ao acumulado do mês de jul/24. O alongamento no indicador foi resultado da maior valorização da arroba em São Paulo em relação ao Mato Grosso. Desse modo, o preço do boi gordo a prazo em MT ficou cotado em média a R$ 206,71/@ na parcial de ago/24 (Imea), e exibiu alta de 0,74% em relação ao último mês.
Já em São Paulo, a valorização foi mais intensa, e ficou na média de R$ 235,49/@ (Cepea), com alta de 1,79% para o mesmo comparativo (ambas cotações a prazo e livre de impostos). É importante ressaltar que a perspectiva de alta no volume de gado confinado por ser um fator que contraponha a redução na oferta de gado de pasto, limitando a alta nos preços do boi gordo em Mato Grosso.
VALORIZAÇÃO: com a diminuição da oferta de fêmeas no estado, a cotação da vaca gorda à vista, exibiu alta no comparativo semanal de 0,30% e ficou precificada a R$ 188,55/arroba.
INCREMENTO: a cotação do bezerro de 12 meses exibiu valorização semanal de 1,17% e ficou cotado a R$ 9,05/kg. Vale ressaltar que esse é o maior valor precificado desde jul/23.
ALTA: em Mato Grosso, a maior oferta de machos durante o período incentivou o alongamento das escalas de abate no estado, ficando na média de 10,94 dias úteis.
Rrebanho confinado em 2024 pode ser 20,61% maior que em abr/24
Ao longo de 2024, é esperado que sejam confinados 874,31 mil animais no estado, aumento de 20,61% ante o volume de abr/24 e avanço de 57,48% quando comparado ao consolidado de 2023. Vale destacar que a maior parte do rebanho confinado está concentrado em confinamentos de grande porte, com 67,86% do volume total. Já os custos com a atividade se mantiveram praticamente estáveis quando comparados aos do 1º levantamento deste ano, com redução de R$ 0,47/@ no comparativo.
Assim, a média da diária confinada em jul/24 foi de R$ 11,75/@. Outro destaque foi a alta na adoção aos mecanismos de proteção de preços pelos confinadores, que atingiu o maior percentual de todos os levantamentos realizados pelo Imea, com o total de 49,26% dos entrevistados. Isso se deve às incertezas deste ano, devido à transição do ciclo pecuário, o que evidencia uma maior cautela por parte dos pecuaristas, diante da necessidade de reduzir os riscos do mercado.
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Atualizada dia 06 ago 24
CUIABÁ - Desde maio/24, o preço do bezerro tem apresentado resistência em Mato Grosso, sendo cotado em torno de R$ 9,00/kg desde então. Ao longo do ano, essa categoria apresentou recuperação de 5,89% (comparando o preço de 01/08 com a média de jan/24). Essa alta na reposição contrasta com a redução de 1,06% nos preços do boi gordo no mesmo comparativo.
O aumento nos preços de reposição frente aos do gado gordo resultou no alongamento do ágio do bezerro em Mato Grosso, que fechou julho/24 com média de 30,77%, ante o ágio de 23,00% de jan/24. Com isso, a tendência é que o ágio da reposição continue em busca de maiores patamares no longo prazo, tendo em vista que a oferta de bezerros este ano pode estar menor, uma vez que a desmama deste ano é oriunda da estação de monta de 2022, período em que se iniciou o movimento de abate de matrizes.
VALORIZOU: com a maior procura pela categoria para o 2º giro de confinamento em MT, o boi magro (12@) encerrou a última semana com média de R$ 228,05/@, alta de 1,36%.
LATERALIZADO: o boi gordo à prazo apresentou ajuste semanal de +0,16%, e foi cotado a R$ 209,21/@. A menor oferta de fêmeas contribuiu com o ajuste positivo no indicador.
QUEDA: com a menor demanda na segunda quinzena do mês, a carcaça casada do boi recuou 0,86% no último comparativo semanal, precificada a R$ 15,30/kg.
Preços da vaca gorda invertem movimento de queda e indicam sinal de transição do ciclo pecuário em MT
Mesmo com os abates de fêmeas atingindo máximas históricas, a intensidade da desvalorização nos preços da vaca gorda ao longo de 2024 tem reduzido. Na última semana (30ª), a vaca gorda à vista foi cotada a R$ 187,71/@, ganho de R$ 0,48/@ em relação ao preço médio da segunda semana do ano. Em 2023, no mesmo comparativo, a arroba da vaca gorda havia desvalorizado R$ 58,07.
Quando comparada a média do indicador na 30ª semana de 2024 com a mesma semana de 2023, o indicador apresentou ganho de 3,07%. Essa foi a maior (e praticamente a única) valorização anual para uma semana desde o início de 2022, quando os preços da vaca gorda começaram o movimento de queda. Esse movimento reflete que a oferta de fêmeas já começa a recuar, não suprindo a demanda, o que deve se intensificar ao longo dos próximos meses, com a aproximação da estação de monta.
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Atualizada dia 23 jul 24
CUIABÁ - O projeto ACAPA-MT¹ divulgou o relatório dos custos de produção agropecuária em MT referente ao 2º trimestre/24. O custeio dos três sistemas (cria, recria/engorda e ciclo completo) não apresentou ajustes significativos no comparativo trimestral. Para o sistema de cria, o preço médio foi de R$ 105,16/@ vendida, o que representou redução de R$ 0,59/@ ante o 1º trimestre/24.
Por outro lado, os custeios de recria/engorda e ciclo completo exibiram acréscimo de R$ 1,92/@ e R$ 0,28/@, respectivamente, no comparativo trimestral e totalizaram R$ 161,15/@ e R$ 116,78/@, na mesma ordem. Essa lateralização no custo se deve à estabilidade nos preços dos componentes do custeio, que praticamente não tiveram alteração no 2º trimestre/24. Por fim, com o período de seca no estado, os custos com núcleo e insumos para pastagens podem apresentar aumento para o próximo trimestre, uma vez que o diesel e a gasolina estão com tendência de alta
INCREMENTO: com a menor oferta de fêmeas nas indústrias, a vaca gorda à vista teve aumento de 1,84% na última semana, e foi cotada a R$ 185,89/arroba.
ACRÉSCIMO: na última semana, o bezerro de ano (7@) foi cotado a R$ 8,90/kg, alta de 1,59% no comparativo semanal, o que pode ser resultado de uma desmama com menor oferta.
MENOS DIAS: as escalas de abates em Mato Grosso reduziram e ficaram na média de 11,30 dias úteis, com ajuste de -2,08% ante a semana passada.
Relação de troca entre boi e milho ficou em 5,51 sc/@, diferença de 0,55/sc da média dos últimos 5 anos
A arroba do boi mato-grossense seguiu estável na parcial de jul/24 (até 19/07), sendo negociada a R$ 202,96/@, com ajuste de +0,32% no comparativo mensal. Em contrapartida, no mesmo período, o preço da saca do milho apresentou queda de 0,95% e ficou cotado a R$ 36,84/sc. Esse movimento favoreceu a relação de troca entre o boi e o milho, que registrou aumento de 1,28% ante jun/24, e ficou em 5,51 sc/@ na parcial deste mês.
Logo, o pecuarista deve ficar atento aos preços do milho, uma vez que em julho é período de seca no estado e, consequentemente, acaba impactando na disponibilidade e no vigor do pasto. Por fim, a tendência no curto prazo é que, com o avanço da colheita do milho, o preço do insumo tende a apresentar uma redução, mediante a alta disponibilidade de grãos nas indústrias, podendo ser uma oportunidade para o pecuarista na relação de troca.
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Atualizada dia 16 jul 24
CUIABÁ - Ainda como resultado da grande oferta de reposição, o ágio do bezerro de 7@ em Mato Grosso iniciou um movimento de queda no segundo semestre do ano passado, oscilando entre 20% e 25% ao longo dos meses. No entanto, essa tendência mudou com a entrada dos animais da desmama de 2024, e a partir de junho/24 a arroba do bezerro de ano iniciou um movimento de alta.
Atualmente, na parcial de julho/24 (até 12/07), o ágio do bezerro de 7@ está em 30,04%. Isso se deve à maior valorização do bezerro em relação ao boi gordo. Ao comparar a média da parcial de julho/24 com a média de janeiro/24, observa-se que o boi gordo no estado apresentou uma queda de 1,79%, enquanto o bezerro registrou um aumento de 3,84%. Esse movimento indica que a oferta de bezerros na desmama desse ano pode estar menor, refletindo o movimento do abate de matrizes que iniciou em 2022.
AUMENTOU: após semanas de lateralização, a arroba da vaca gorda refletiu a menor oferta de fêmeas nas indústrias e no dia 12/07 registrou ganho de R$ 4,56/@ ante a cotação do dia 08/07.
QUEDA: em Mato Grosso, o boi magro de 12 arrobas apresentou queda, e encerrou a semana cotado a R$ 225,01/@, redução de 0,57% na última semana.
MAIS DIAS: com a alta oferta de animais nas indústrias, as escalas de abates apresentaram alongamento, e ficaram na média de 11,54 dias úteis no estado.
Atratividade de exportação da carne bovina para a China tem reduzido nos últimos anos
Apesar de ainda se manter “isolada” na liderança das compras da carne bovina mato-grossense, com o aumento da demanda de outros países, a participação chinesa nas exportações do estado tem reduzido ao longo dos últimos anos. Além disso, a relação de troca entre uma tonelada exportada e arroba do boi gordo também tem recuado.
O Índice de Atratividade das Exportações para a China (indicador que mensura quantas arrobas de boi gordo seriam compradas com a exportação de 1 tonelada de carne bovina), também vem recuando. No 1º semestre/22 a relação de troca ficou em 91,68 @/tonelada exportada, ao passo que no 1º semestre/24 o indicador ficou em 80,42 @/tonelada. Os Emirados Árabes Unidos, por outro lado, vêm aumentando a participação nas exportações de Mato Grosso, e a relação de troca do país saiu de 65,25 arrobas por tonelada em 2022 para 88,38 @/tonelada, aumento de 35,45%.
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Atualizada dia 25 jun 24
CUIABÁ - O preço da arroba brasileira do boi gordo foi o menor dentre os principais países produtores de carne bovina, resultado, principalmente, da alta oferta de animais nas indústrias do país. Assim, em jun/24 (até 21/06), o boi gordo esteve a US$ 37,76/@ em Mato Grosso e US$ 40,91/@ em São Paulo (retração de 7,42% e 7,48% ante mai/24, respectivamente). Já na Argentina e no Paraguai, o indicador ficou em US$ 44,36/@ e US$ 46,20/@, na mesma ordem.
Por outro lado, a arroba americana teve a maior precificação, sendo comercializada a US$ 112,02/@ no mesmo período, o que representou alta de 1,45% no comparativo mensal. Essa valorização se deve à redução na produção da proteína bovina nos EUA, uma vez que o país passa por recuo no rebanho. Por fim, a menor cotação do boi gordo no Brasil perante os principais países pode favorecer a arroba brasileira no âmbito externo.
ANDOU DE LADO: na última semana, a arroba do boi gordo esteve estável em Mato Grosso, sem alteração no comparativo semanal, assim fechou na média de R$ 202,22/arroba;
AUMENTOU: o boi magro de 12 arrobas apresentou valorização de 1,35% no comparativo semanal, sendo negociado a R$ 225,00/@ no estado.
MAIS DIAS: as escalas de abates nas indústrias mato-grossenses mantiveram-se alongadas, com média de 11,20 dias úteis, o que representou alta de 2,65% ante a última semana.
Boi gordo apresentou estabilidade nos preços nos últimos 20 dias
As cotações da @ bovina na parcial de jun/24 “andaram de lado” e praticamente não se alteraram ao longo desse mês. Nesse período, o preço do boi gordo ficou na casa dos R$ 202,00/@, com ajustes diários de centavos ao longo do mês. Assim, o boi de MT foi comercializado na média de R$ 202,29/@ (até 21/06). Essa estabilidade nos preços foi resultado do intenso ritmo das exportações de carne, que sobressaiu à elevada oferta de gado nas indústrias e “sustentou” os preços do gado gordo.
Tamanha foi a oferta no período que as escalas se mantiveram alongadas ao longo de jun/24, e ficaram na média de 10,97 dias, sendo 58,07% acima da média dos últimos 5 anos para o período, que é de 6,94 dias. Por fim, mediante o cenário de escalas alongadas, a tendência é que os preços se mantenham “lateralizados” até o final de junho. No entanto, cabe ressaltar que na última semana os agentes do mercado futuro parecem ter apontado uma tendência de alta nos preços para o final do ano.
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Atualizada dia 20 jun 24
CUIABÁ - Em mai/24, Mato Grosso enviou 68,31 mil Toneladas em Equivalente Carcaça (TEC) de carne bovina para o exterior (Secex). Embora tenha apresentado queda de 0,35% ante abr/24, o volume ainda é 73,66% superior à média de maio dos últimos cinco anos. A China manteve o posto de principal importadora, com 24,54 mil TEC adquiridas (35,93% das exportações totais de MT), queda de 21,39% em relação a abr/24.
Vale destacar que Chile, Egito, EUA, Líbia, Rússia e Turquia, juntos, acumularam aumento de 7,66 mil TEC no volume importado em mai/24 ante a abr/24, compensando assim a menor compra pelo mercado chinês. O aumento na participação de outros países nas exportações de Mato Grosso tem encaminhado para uma menor dependência da China nas vendas da proteína vermelha pelo estado. Por fim, o cenário de demanda externa aquecida pode contribuir com a sustentação nos preços do boi gordo.
LATERALIZAÇÃO: a cotação do boi gordo andou de lado na última semana, ajuste semanal de -0,11%, e ficou na média de R$ 202,22/@ nos últimos 5 dias.
DESVALORIZOU: o boi magro acompanhou a retração nos preços do boi gordo, com redução de 0,76% no comparativo semanal, e fechou em R$ 222,00/@.
MAIS DIAS: após o encurtamento na última semana, as escalas voltaram a se alongar, com aumento de 1,03% no comparativo semanal, fechando a semana em 10,91 dias.
Produção de carne bovina e volume de animais abatidos em MT registram recorde
No 1º trim/24, o estado produziu 457,11 mil toneladas de carne bovina (IBGE), sendo o trimestre em que mais se produziu proteína vermelha na série histórica. O volume é 12,66 mil toneladas superior quando comparado ao 4º trim/23. Esse aumento na produção foi reflexo do elevado abate de bovinos em MT.
Assim, foram encaminhadas 1,70 milhão de cabeças para a linha de abate no 1º trim/24, maior volume de animais abatidos na história. No entanto, apesar do acréscimo no volume de abates e na produção da proteína, a maior participação de fêmeas resultou no menor rendimento de carcaça. Assim, a participação de fêmeas no 1º trim/24 foi de 52,41%, valor acima da média histórica, que é de 41,60% para o período. Desse modo, o rendimento médio de carcaça ficou em 267,82 kg/animal, redução de 5,05% no mesmo comparativo. Por fim, a tendência para o 2º trim/24 é que a produção de carne bovina se mantenha em alto patamar, visto que os abates continuam elevados.
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Atualizada dia 11 jun 24
CUIABÁ - Como esperado, a boiada do pasto “preencheu” as escalas frigoríficas e, mais uma vez, os abates registraram recorde em MT. Ao todo, foram abatidas 627,49 mil cabeças ao longo de mai/24, maior volume de animais enviados para o “gancho” em um mês no estado. No entanto, o que fugiu do “padrão” do período foi o volume de fêmeas abatidas.
Os pecuaristas reduziram o ímpeto de abater fêmeas e, pela primeira vez desde 2018, o volume de fêmeas abatidas em maio foi menor que em abril, com -6,03% fêmeas nas indústrias ante abr/24. Assim, a participação de fêmeas nos abates também recuou, e caiu para 51,49%, saindo do patamar de >55,00% dos últimos três meses. Apesar do volume abatido ainda estar elevado, esses dados mostram uma possível “redução” na intensidade dos abates de fêmeas. A tendência no curto prazo é de uma redução gradual na participação das fêmeas nos abates.
CAIU: após duas semanas de desvalorização, a arroba do boi gordo apresentou sustentação, com queda de -0,11% no comparativo semanal, cotada a R$ 202,45/@.
AUMENTOU: o bezerro de 7@s (sobreano) foi cotado a R$ 8,99/kg na última semana, alta de 0,32%, reflexo da maior procura pela categoria no estado.
MENOS DIAS: mesmo com queda de 4,68% na semana passada, as escalas permanecem alongadas, fechando a média semanal em 10,80 dias úteis no estado.
A intensidade da queda nos preços do boi gordo tem perdido a força
Mesmo com a valorização de 1,18% no comparativo mensal, a arroba do boi gordo acumulou queda de R$ 12,06/@ ao longo da última quinzena de mai/24. Apesar do movimento de baixa e do recorde nos abates, alguns indicadores já sinalizam a transição do ciclo pecuário. Um deles é a variação anual nos preços do boi gordo, ou seja, como os preços atuais estão em relação a 12 meses atrás.
A variação anual de mai/24 foi de -8,34% (ante mai/23). Com isso, a desvalorização anual do boi gordo na parcial de 2024 (média de janeiro a maio), ficou em -14,11%, ao passo que em 2023 (considerando os mesmos meses), o indicador ficou em -19,20%. Isso significa dizer que, apesar de ainda estar em queda, a pressão baixista sobre os preços do boi gordo tem perdido a força. Vale ressaltar que esta é uma análise pensando no longo prazo, e que, no curto prazo, a oferta ainda pode pressionar os preços do boi gordo.
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Atualizada dia 04 jun 24
CUIABÁ - Em mai/24 o boi gordo apresentou alta de 1,18% no comparativo mensal e foi comercializado em média a R$ 209,35/@ em Mato Grosso. No entanto, apesar da valorização no fechamento mensal, a arroba do boi gordo apresentou queda nas últimas semanas de mai/24. O indicador atingiu a máxima do mês em 09/05/2024, cotado a R$ 214,17/@, e encerrou o último dia de mai/24 (31) precificado em R$ 202,12/@, desvalorização de R$12,06/@ .
Já a carne bovina no atacado encerrou o último mês com desvalorização de 0,48%, com a carcaça casada bovina cotada a R$ 15,71/kg em mai/24. Essa retração se deve à alta disponibilidade da proteína vermelha nas indústrias, tendo em vista que os abates estão acima da média histórica. Por fim, no curto prazo, com a perspectiva de que os abates se mantenham elevados, o ritmo da demanda externa é um dos fatores que podem amenizar a pressão de baixa nos preços exercida pela oferta.
CAIU: com a alta oferta de animais nas indústrias, o preço boi gordo apresentou queda de 2,14% no comparativo semanal e foi comercializado a R$ 202,68/@.
AUMENTOU: o após a redução nos preços de reposição na semana anterior, o bezerro de 7@s apresentou alta de 1,23% na última semana e foi cotado a R$ 8,96/kg.
MAIS DIAS: com a demanda interna aquém do esperado e a elevada disponibilidade de bovinos para o gancho, a escala de abate se mantém elevada e fechou em 11,33 dias úteis no estado.
Produção da proteína bovina no Brasil deve aumentar 2,37% ante 2023
Conforme o USDA, a produção de carne bovina brasileira deverá alcançar 11,21 milhões de toneladas em 2024. O volume representa aumento de 2,37% em relação a 2023, que era de 10,95 milhões de toneladas. A projeção considera o elevado volume de animais abatidos no país e uma demanda sólida pela proteína vermelha. O Brasil deve embarcar 2,93 milhões de toneladas de carne bovina, alta de 1,14% no comparativo anual, o que representaria 26,14% de toda a produção brasileira em 2024.
Além disso, a redução no volume de carne produzida pelos EUA de 1,86% ante 2023, pode favorecer o Brasil no mercado exterior. No entanto, a expectativa de alta no volume exportado da carne australiana de 9,15% no mesmo comparativo, pode competir diretamente com o Brasil. No que tange ao consumo doméstico brasileiro, o departamento estimou aumento de 2,74% ante 2023, com volume de 8,33 milhões de toneladas.
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Atualizada dia 14 maio 24
CUIABÁ - Em abr/24, Mato Grosso exportou 74,99 mil toneladas em equivalente carcaça (Secex), maior volume já observado na história, 32,97% superior ao registrado em mar/24. Ainda, a China continuou como a principal compradora, com 29,79 mil TEC, valor mais alto dos últimos 5 meses. Em seguida, os Emirados Árabes, com 13,72 mil TEC, e ganhando destaque, as Filipinas, que aumentaram suas importações em 55,11% ante a mar/24, totalizando 4,13 mil TEC, no período.
Com isso, os países asiáticos têm apresentado forte força nas compras da carne mato-grossense. Outro destaque foi a participação da União Europeia nas exportações do estado, com o total de 4,17 mil TEC no último mês. Por fim, uma vez mantido o padrão de aumento no volume de proteína embarcada no 2º semestre, principalmente para a China, as exportações tendem a se manter elevadas.
ALTA: apesar das escalas de abates longas no estado, o boi gordo à vista apresentou acréscimo de 1,14% ante a última semana e foi cotada a R$ 213,25/@.
ACRÉSCIMO: o bezerro de 7 @s apresentou alta de 4,76% na última semana e foi cotado a R$ 1.888,99/cab, reflexo da maior procura pela categoria no estado.
MAIS DIAS: a escala de abate em Mato Grosso aumentou 9,46% na última semana e ficou na média de 10,18 dias úteis, devido à alta disponibilidade de animais.
Mato Grosso atinge novo recorde no volume de bovinos abatidos
Nesse sentido, em abr/24 foram abatidas 619,68 mil cabeças, maior volume já registrado no estado (Indea-MT), com 230,74 mil animais a mais em relação à média histórica de abates em abril. Ainda, as fêmeas foram as principais propulsoras desse crescimento, com participação de 55,49% sobre o abate total em abr/24, totalizando 343,83 mil animais abatidos no último mês - recorde no volume de fêmeas.
Com isso, o total de bovinos enviados para o gancho no acumulado de jan/24 a abr/24 alcançou 2,39 milhões de cabeças (com 54,21% de fêmeas), 32,62% superior em relação ao mesmo período de 2023. Essa foi a maior quantidade de gado abatido para o período na história, sendo 49,17% acima da média histórica, que é de 1,60 milhão de bovinos. Por fim, cabe ressaltar que o ajuste na lotação das pastagens que ocorre em maio, pode resultar no aumento sazonal da disponibilidade de animais nas indústrias, podendo manter os abates em altos patamares.
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Atualizada dia 23 abr 24
CUIABÁ - O maior volume de chuvas em abril em Mato Grosso pode melhorar a condição das pastagens e aumentar a retenção de animais nas propriedades no curto prazo.
Segundo o Aproclima, o volume de precipitação em abr/24 (até 18/04) no estado foi de 139,73 mm, sendo praticamente igual ao precipitado em todo o mês de abr/23. Desse modo, a maior incidência de chuvas neste período, provocada pelo El Niño (fenômeno responsável por alterações nos padrões climáticos), pode resultar na recuperação das pastagens do estado.
Esse movimento pode aumentar a capacidade de retenção dos animais nas propriedades, fazendo com que o pecuarista segure a boiada terminada por mais tempo no pasto. Uma vez confirmado esse cenário, os preços do boi gordo tendem a apresentar maior sustentação no estado, mediante a menor oferta de gado nas indústrias.
No entanto, a tendência é que o volume abatido entre maio e junho ainda aumente, mesmo que a melhora nas pastagens possa prorrogar o envio do gado para o “gancho”.
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Atualizada dia 09 abr 24
CUIABÁ - Segundo os dados da Secex, em mar/24, MT enviou 51,94 mil TEC para o exterior, aumento de 25,78% em comparação com o mesmo período de 2023. Em relação ao 1º trimestre de 2024, foram embarcados 154,68 mil TEC, sendo esse o maior volume para o período da série histórica. Entretanto, o preço médio pago pela tonelada exportada no 1º trim/24 reduziu 5,16% ante o 1º trim/23, e 17,06% comparado ao patamar de 2022.
Além disso, a China seguiu como principal compradora da carne bovina de MT, com participação de 43,19% no volume exportado (redução de 3,10 p.p. ante o 1º trim/23). Ainda, mesmo com o recuo no preço médio da tonelada exportada, o intenso ritmo dos embarques da proteína vermelha ao longo dos primeiros meses de 2024 sustentou os preços do boi gordo no estado, que poderiam ser ainda menores no período, devido ao alto volume de animais abatidos em Mato Grosso.
AUMENTOU: com a diminuição das escalas de abate, a arroba do boi gordo à vista apresentou alta de 0,69% na última semana, e foi cotada a R$ 205,23/@.
ALTA: com a maior procura pela carne vermelha no estado, a ponta de agulha do boi foi cotada a R$ 13,33/kg, acréscimo de 1,27% no comparativo semanal.
MENOS DIAS: as escalas de abates reduziram 4,12% no comparativo semanal e ficaram em 8,93 dias úteis, proporcionado pela maior demanda interna, típica do início de mês.
Influenciado pelo patamar recorde da presença de fêmeas nas indústrias, 2024 fecha o 1º trimestre com maior volume nos abates para o período.
Ao todo, foram abatidos 1,76 milhão de bovinos no 1º trim/24 em Mato Grosso (Indea-MT). O valor é 30,88% superior ao do 1º tri/23 e o maior volume já registrado para o período, sendo 43,15% acima da média histórica, que é de 1,22 milhão de cabeças. As fêmeas foram as principais propulsoras desse crescimento, com 951,15 mil cabeças abatidas no período, aumento de 44,56% no comparativo anual.
Ainda, as fêmeas em idade reprodutiva, ou > 24 meses, representaram 76,32% do total de fêmeas abatidas no 1º trim/24, resultado do abate das fêmeas não emprenhadas na estação de monta. Por fim, a perspectiva para o 2º trim/24 é de redução na participação de fêmeas nos abates do estado, visto que historicamente foram apenas 6 vezes, em 21 anos, que a participação de fêmeas nos abates totais no 2º trim superaram o 1º trim (mesmo com o aumento sazonal nos abates em maio, em função do ajuste na lotação das pastagens).
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Atualizada dia 26 mar 24
CUIABÁ - O diferencial de base MT-SP alcançou a média de -12,91% na 3ª semana de mar/24 (até 22/03), valor que é 0,70 p.p. superior à média do mesmo período de fev/24. Durante esse período, o preço da arroba do boi gordo a prazo em MT reduziu 1,58% ante fev/24, assim, foi cotado a R$ 204,68/@ (Imea), enquanto em SP apresentou queda de 2,37% no mesmo comparativo, e o preço a prazo foi cotado a R$ 235,04/@ (Cepea), ambos livres de Funrural.
Apesar da desaceleração do mercado de bovinos em ambas as regiões devido ao aumento no número de abates, a praça mato-grossense se manteve constante nos últimos meses. Dessa maneira, o diferencial de base vem caminhando para fechar mar/24 com encurtamento ante fev/24. Com isso, o diferencial entre as praças tem apresentado encurtamento em relação ao ano passado, uma vez que a média do indicador em 2023 foi de -15,31%.
ESTABILIDADE: devido à baixa demanda interna por carne bovina no estado, a cotação da arroba do boi gordo permaneceu estável, com ajuste de -0,24% no comparativo semanal.
QUEDA: na última semana, a carcaça casada do boi foi cotada a R$ 15,30/kg em Mato Grosso, redução de 1,29% ante a semana passada, devido à diminuição da procura interna por carne bovina.
REDUZIU: as escalas de abates diminuíram 1,97% no comparativo semanal, totalizando 9,45 dias úteis, porém os frigoríficos ainda operam com as escalas confortáveis.
Alta disponibilidade de DDG nas indústrias mato-grossenses proporcionou queda de 30,71%, ante 2023
Com a aproximação do 1º giro de confinamento no estado, parte dos produtores começa a se planejar com a compra dos insumos. Esse é um ponto importante do planejamento, uma vez que o dispêndio com a suplementação dos animais é um dos fatores que mais pesam no custo de produção do confinamento. Nesse contexto, o DDG (32,00% de Proteína Bruta), importante fonte proteica na dieta de bovinos confinados, foi cotado a R$ 925,00/t em mar/24 (até 21/03).
Logo, o preço do ponto de proteína (P.P.) ficou em R$ 28,91/P.P, o que representou queda de 30,71%, ante o mesmo período de 2023, influenciado, também, pela baixa demanda dos confinadores. Assim, a RT ficou em 0,22 t/@. Por fim, com a tendência de maior processamento de milho para produção de etanol, esperam-se preços ainda mais atrativos para o DDG, o que pode ser uma oportunidade para os confinadores.
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Atualizada dia 12 mar 24
CUIABÁ - O volume de carne bovina exportada por Mato Grosso em fev/24 foi de 55,19 mil toneladas equivalente carcaça (TEC), recorde na série histórica para o mês de fevereiro, segundo a Secex. O montante representou aumento de 28,84% no comparativo anual (em relação a fev/23), já no comparativo mensal, o acréscimo foi de 16,11% (ante jan/24).
A média diária de envios da proteína para o mercado externo foi de 2,62 mil TEC/dia, maior embarque por dia dos últimos 24 anos. Já a receita gerada pelas exportações foi de US$ 193,13 milhões, avanço de 18,97% ante jan/24. Ademais, a China continua sendo a principal compradora da carne bovina matogrossense, com participação de 45,84%. No entanto, os Emirados Árabes Unidos têm aumentado o volume negociado, e em fevereiro/24 foi responsável por 15,56%, maior percentual desde dez/18.
REDUZIU: a cotação do boi gordo em Mato Grosso diminuiu 0,44% na última semana, e ficou na média de R$ 203,17/@, devido à elevada oferta de bovinos no estado.
DESVALORIZOU: influenciado pelo mercado do boi gordo em queda, o boi magro desvalorizou 2,41% ante a última semana, e foi cotado a R$ 2.662,79/cab no estado.
DECAIU: a arroba da vaca gorda à vista reduziu 0,81% no comparativo semanal e foi cotada a R$ 182,96/@, motivado pela maior presença das fêmeas nas plantas frigoríficas.
Em fev/24, os abates de fêmeas em Mato Grosso atingiram o maior número já registrado em toda a série histórica.
Em fev/24 foram abatidas 579,52 mil cabeças bovinas com origem em MT. Ainda, a participação de fêmeas sobre o total de bovinos abatidos foi de 56,08% em fev/24, maior percentual para o período. Dessa forma, ao todo, foram abatidas 324,99 mil fêmeas mato-grossenses no último mês. O intenso envio de fêmeas para o gancho tem elevado os abates de Mato Grosso a um patamar bem acima da média dos últimos 10 anos.
A maior participação dos bovinos dessa categoria é sazonalmente maior no 1º semestre do ano, no entanto, os meses de março costumam apresentar o maior volume de vacas e novilhas no gancho. Esse movimento acontece por se tratar do envio de matrizes não emprenhadas na estação de monta para abate. Sendo assim, a depender do ritmo das exportações neste mês, o excesso da oferta pode ser um fator baixista para os preços da @.
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Atualizada dia 05 mar 24
CUIABÁ - Segundo os dados da Secex, durante a parcial de fev/24 (até 23/02), foram embarcadas 143,47 mil toneladas de proteína bovina in natura do Brasil. Desse modo, as exportações aumentaram 13,52% em relação ao total de fev/23, com US$ 651,34 milhões gerados a partir dessas negociações, acréscimo de 6,16% em comparação ao acumulado do mesmo período do ano passado.
A média diária de envios de carne para o mercado externo em fev/24 foi de 9,56 mil toneladas/dia, aumento de 36,22% em comparação com o mesmo período do último ano, que foi de 7,02 mil toneladas/dia. Sendo assim, é possível notar que a demanda externa continua em altos patamares, e, dessa forma, apesar do recuo no preço médio da tonelada exportada, o volume de proteína embarcada em fev/24 poderá superar o recorde de fev/22, dessa forma, tornando-se o maior volume para fevereiro.
QUEDA: diante da grande oferta de bovinos nas indústrias, a cotação do boi gordo em Mato Grosso reduziu 0,90% em relação à semana anterior, e ficou na média de R$ 204,06/arroba.
CAIU: resultado do aumento do envio de fêmeas para abate pelos pecuaristas, a vaca gorda à vista registrou queda de 1,63% ante a última semana, e fechou na média de R$ 184,45/@ no estado.
INCERTEZA: na B3, as cotações da arroba com vencimento para mai/24 caíram 2,44% em relação à semana anterior, estabelecendo-se na média de R$ 224,82/arroba.
Intenso abate de fêmeas resultou no menor nível de fêmeas em idade reprodutiva, podendo impactar a oferta de bezerros no longo prazo
Segundo o Indea, o rebanho de bovinos de Mato Grosso em 2023 foi de 34,10 milhões de animais. O intenso abate de vacas e novilhas nos últimos anos resultou na redução de 6,05% no volume de matrizes disponíveis (fêmeas em idade reprodutiva, ou > 24 meses). Com isso, a participação de fêmeas em idade reprodutiva no rebanho total de fêmeas atingiu o menor patamar da história, e ficou em 62,88% em 2023.
Além disso, outro fator que demonstra o desestímulo dos criadores é a redução nos protocolos de inseminação artificial. Segundo a Asbia, a comercialização de doses de sêmen destinadas à pecuária de corte em 2023 foi 5,40% menor que em 2022 – queda pelo segundo ano consecutivo. Por fim, considerando que a pecuária é uma atividade plurianual, a redução no volume de matrizes poderá impactar a oferta de bezerros desmamados a partir do ano que vem.
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Atualizada dia 27 fev 24
CUIABÁ - A arroba do boi gordo seguiu lateralizada em Mato Grosso, na parcial de fev/24 (até 23/02), e foi negociada em média a R$ 207,23 (ajuste de +0,30% ante jan/24). Por outro lado, o preço do milho no estado retraiu, e ficou cotado a R$ 38,35/sc no mesmo período, redução de 5,77% quando comparado a jan/24. Esse movimento favoreceu a relação de troca boi/milho, que registrou acréscimo de 0,33 sc/@ em relação ao mês anterior, e ficou em 5,40 sc/@ na parcial deste mês. Do mesmo modo, o farelo de soja também seguiu com tendência de queda, e reduziu 5,19% ante o último mês. Dessa forma, a relação de troca entre o boi gordo e o farelo ficou em 0,12 t/@ na parcial de fev/24. Essa melhora na relação de troca aumenta o poder de compra do pecuarista, o que é um ponto de atenção, principalmente, para os confinadores e semiconfinadores.
DIMINUIU: o preço da arroba do boi gordo reduziu 0,74% em relação à semana anterior, cotado na média de R$ 205,91/@, devido ao menor escoamento de proteína bovina no estado
REDUZIU: com a demanda interna em ritmo lento, a cotação da carcaça casada do boi diminuiu 2,06% em relação à semana anterior, e ficou com média de R$ 15,83/kg.
ENCURTOU: apesar do recuo de 2,18% nas escalas de abates pelas indústrias do estado, elas permanecem confortáveis e encerraram a última semana com um total de 10,76 dias úteis.
Mesmo com recuo na cotação da arroba paulista, Mato Grosso continua com a menor arroba em dólar.
A pressão baixista na arroba marcou algumas praças pecuárias do Brasil, reflexo da maior oferta de animais nas indústrias. Assim, o preço do boi gordo em SP reduziu 5,42% ante jan/24 e ficou em US$ 48,05/@ (até 23/02), enquanto a arroba em MT recuou 0,68% no mesmo comparativo e foi negociada a US$ 41,76 na parcial de fev/24. Ainda, a Argentina e o Uruguai registraram queda de 14,56% e 3,19% ante jan/24, respectivamente, e fecharam em US$ 46,09/@ e US$ 51,98/@, na mesma ordem. Já os EUA têm passado por uma forte redução na oferta, a perspectiva é que atinjam o menor rebanho bovino da história, o que tem favorecido as cotações do boi gordo no país. Assim, em fev/24, o indicador fechou a US$ 105,58/@. Dessa forma, o recuo na produção de carne nos EUA e a alta na cotação pode se tornar uma oportunidade para o Brasil no âmbito externo.
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Atualizada dia 14 fev 24
CUIABÁ - Os embarques de carne bovina de MT em jan/24 mantiveram-se aquecidos, com 47,54 mil Toneladas Equivalente Carcaça enviadas para o mercado externo. Esse foi o 2º maior volume para um mês de janeiro da história, com redução de 0,41% ante o recorde de jan/23. Apesar de continuar na liderança das compras do estado, a China vem reduzindo o apetite, e o volume negociado em jan/24 foi 27,25% menor que no mesmo período do último ano.
O recuo foi motivado, principalmente, pela recuperação no plantel suíno chinês, bem como pela dessaceleração na economia do país. Por outro lado, MT caminha para a redução na dependência chinesa, com o aumento na demanda de outros países. Assim, o volume de carne embarcado para os Emirados Árabes Unidos em jan/24, por exemplo, foi 5,76 vezes maior que em jan/23, de modo que o grupo passou a ser o 2º maior comprador da proteína do estado.
LADO A LADO: após o grande volume de carne negociado no último mês no estado, os preços pago pela @ do boi gordo continuam lateralizados, com ajuste semanal de 0,27%
ALTA: as cotações do boi magro seguiram a estabilidade do mercado do boi gordo, e o animal de 12@ foi cotado a R$ 2.739,57/cabeça na última semana em Mato Grosso.
DIMINUIU: após o alongamento de janeiro/24, as escalas de abate reduziram 1,74% na última semana, e fecharam na média de 10,70 dias no estado.
Mais uma vez, impulsionados pela presença de fêmeas nas indústrias, os abates bovinos registram recorde em Mato Grosso.
Nesse sentido, em janeiro/24 o volume total de bovinos enviados para as indústrias atingiu 615,13 mil cabeças, quantidade 19,40% maior em comparação com dezembro/23, segundo dados do Indea. Essa foi a maior quantidade de gado abatido em um mês desde 2003. O recorde foi sustentado pela maior presença de fêmeas nas indústrias – as quais tiveram participação de 50,15% sobre o total abatido em Mato Grosso. Cabe ressaltar que acréscimos mensais acima de 18,00% no volume de animais abatidos, no comparativo de janeiro ante a dezembro, foram vistos apenas seis vezes nos últimos 22 anos. O aumento nos abates foi influenciado pela perda na qualidade das pastagens do estado, que fez com que os pecuaristas intensificassem o envio dos animais mais pesados para as indústrias no período analisado.
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Atualizada dia 30 jan 24
CUIABÁ - Segundo dados da Secex, na parcial de janeiro/24 (até a 4ª semana), foram negociadas 168,10 mil toneladas de proteína bovina in natura produzidas no Brasil, e a receita gerada por esse volume embarcado foi de US$ 757,88 milhões. O montante de carne enviado para o mercado externo diariamente na parcial de janeiro/24 foi de 8,84 mil toneladas/dia, aumento de 21,51% em relação à média de janeiro/23, quando foram embarcadas 7,28 mil toneladas/dia.
Apesar de o volume exportado na parcial deste mês já ter superado os envios totais de janeiro/23, o preço médio pago pela tonelada ao longo das 4 primeiras semanas de 2024 foi de US$ 4.508,50/t, 6,91% menor no comparativo anual. Com isso, percebe-se que a demanda externa pela proteína bovina continua em ritmo aquecido e, a depender do comportamento dos envios dos últimos dias do mês atual, pode encerrar com recorde para um mês de janeiro.
ACRÉSCIMO: a arroba do boi gordo à vista se manteve lateralizada na última semana, com ajuste de 0,34%, e foi cotada a R$ 207,63/@ no estado.
MENOS DIAS: as escalas de abates em Mato Grosso reduziram 1,81% no comparativo semanal, e fecharam a semana com média de 11,03 dias úteis.
REDUZIU: a carcaça casada do boi reduziu 0,82% ante a última semana, com cotação média de R$ 16,17/kg, reflexo da menor demanda interna pela proteína em Mato Grosso.
Em Mato Grosso, o equivalente físico é o maior na série histórica para o mês de janeiro
A margem do Equivalente Físico (EF), que considera a diferença entre o valor de venda da carne com osso no atacado e a arroba do boi gordo, atingiu, em jan/24, a média de 3,60% (até 26/01). A média histórica do indicador para o mês de janeiro, no entanto, é de -4,54%, ou seja, o indicador está 8,14 p.p. acima da média para o período. Vale o destaque para a 1ª semana de jan/24, quando a margem foi de 4,56%, sendo a maior média semanal em um mês de janeiro na série histórica do Imea.
Esse aumento na margem da indústria foi ocasionado pelo “descolamento” entre o valor de compra do boi gordo e a venda da carne no atacado, uma vez que a arroba do boi segue patinando, sem ganhos significativos. Em resumo, considerando o comportamento do indicador, para as próximas semanas a tendência é que, ou a arroba do boi gordo valorize ou o atacado apresente redução nas cotações.
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Atualizada dia 16 jan 24
CUIABÁ - Conforme os dados da Secex, em 2023, MT enviou o segundo maior volume de carne bovina para o exterior, com 589,19 mil Toneladas Equivalente Carcaça (TEC) embarcadas, redução de 2,67% ante o recorde de 2022. A receita, por sua vez, alcançou US$ 2,11 bilhões, sendo 23,00% menor que no ano anterior. Essa redução foi proporcionada pelo menor valor pago pela tonelada da proteína, que fechou 2023 na média de US$ 3.590,00, 20,88% menor no comparativo anual.
Ademais, a China, mesmo se mantendo como a principal compradora da carne do estado, reduziu a participação em 10,21 p.p. ante a 2022 e em 2023 foi responsável por 53,91% das exportações de MT. Por outro lado, Egito e Emirados Árabes aumentaram o volume negociado em 8,39% e 61,39%, na mesma ordem, e representaram 5,90% e 5,10% das embarcações, ocupando o 2º e o 3º lugar, com 34,61 e 30,11 mil TEC compradas, respectivamente.
ACRÉSCIMO: a arroba do boi gordo permaneceu lateralizada, com média de R$ 205,21/@, incremento de 0,49% na última semana, devido o mercado ainda estagnado no início do ano.
LATERALIZADO: a cotação da carcaça casada do boi foi ajustada em -0,10% na última semana, e fechou na média de R$ 16,33/kg, resultado da baixa procura pela proteína.
REDUZIU: as escalas de abate em Mato Grosso reduziram 5,56% no comparativo semanal , e encerraram a semana com a média de 11,20 dias úteis.
Para um ano, o avanço nos abates de fêmeas resulta na maior produção de carne bovina em MT.
Em 2023, Mato Grosso abateu o maior volume de bovinos da série histórica do estado, com 6,16 milhões de bovinos enviados para as indústrias, aumento de 23,53% em relação ao volume abatido em 2022. Esse movimento foi resultado do expressivo aumento no envio de fêmeas para abate, que foi 40,57% maior em relação ao observado em 2022. Dessa forma, a participação de fêmeas nos abates ficou em 45,53% no último ano – acima da média histórica, que é de 41,98%.
Esse movimento resultou no maior volume de proteína bovina produzido pelo estado. Com a perspectiva de transição do ciclo pecuário em 2024, a oferta tende a permanecer elevada, no entanto, não superando o recorde visto em 2023. Ademais, a recuperação nos preços de reposição reflete nas margens da cria, principal fator que determina a intensidade do abate de fêmeas, sendo um dos pontos de atenção para o próximo ano.
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Atualizada dia 12 dez 23
CUIABÁ - Segundo os dados da Secex, em nov/23 foram negociadas 49,54 mil toneladas equivalente carcaça (TEC) de Mato Grosso, redução de 12,90% no comparativo mensal. No último mês, o valor médio da tonelada exportada de proteína bovina foi de US$ 3.460,50/t, queda de 12,48% em relação à média de nov/22. Esse cenário foi motivado pela China, que foi responsável por 51,81% do volume de carne exportado por MT em nov/23, e reduziu 24,33% nas importações de Mato Grosso ante o último mês. Um dos fatores que explica o menor volume de compras pelos chineses é que eles podem já ter abastecido os estoques para o feriado do Ano Novo Chinês, no qual é visto um maior consumo de carne. Contudo, 2023 se caminha para fechar como o segundo melhor ano para o volume exportado, mesmo com a redução no preço médio da tonelada.
BAIXA: a arroba da vaca gorda à vista foi cotada a R$ 186,21/@ no estado, recuo de 0,20% ante a última semana, motivado pelo alongamento das escalas de abates.
ALTA: reflexo da maior demanda por reposição em Mato Grosso, o preço do boi magro valorizou 0,96% no comparativo semanal e foi cotado a R$ 2.781,57/cab.
ALONGOU: na última semana as indústrias estiveram com suas escalas confortáveis em Mato Grosso, com média de 10,86 dias, acréscimo de 4,42% no comparativo semanal.
Segundo o Indea, em nov/23, os abates de fêmeas em Mato Grosso aumentaram 8,27% no comparativo mensal. O volume total de bovinos abatidos em Mato Grosso aumentou 0,71% ante a out/23 e ao todo somou 556,79 mil bovinos enviados para o “gancho” em nov/23. Conforme os dados do Indea, este valor é 27,84% maior que observado no mesmo período de 2022, sendo recorde na série histórica para um mês de novembro. Desse modo, o volume de machos abatidos em novembro deste ano foi de 329,81 mil animais. A participação de fêmeas ficou em 40,76%, retornando aos patamares de ago/23, totalizando 226,97 mil cabeças abatidas. Apesar da menor oferta de animais nas indústrias, as fêmeas preencheram as escalas de abate, o que proporcionou aumento de 8,27% no comparativo mensal. Por fim, 2023 pode terminar com o maior volume de animais abatidos em MT, resultando em recorde na produção de carne.
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Atualizada dia 05 dez 23
CUIABÁ - A grande oferta de animais de reposição ao longo de 2023, resultou em intensa pressão baixista nas cotações dessa categoria. Desse modo, o preço do bezerro de 12 meses fechou a R$ 1.788,82/cab em nov/23, redução de 31,54% quando comparado com o mesmo período de 2022. Já o boi gordo encerrou o último mês cotado a R$ 203,33/@, desvalorização de 15,75% em relação a nov/22.
Nesse sentindo, mediante a maior desvalorização do bezerro frente ao boi gordo, a relação de troca entre um boi gordo (18@) e o bezerro (7@) saiu de 1,66 cab/cab em nov/22 para 2,05 cab/cab em nov/23, aumento de 23,17% no poder de compra do pecuarista invernista. Mesmo com essa melhora no indicador, é importante ressaltar que a reposição já tem apresentado sinais de recuperação nos últimos meses, o que resulta no estreitamento da relação de troca.
LATERALIZADO: a arroba da vaca à vista se manteve estável na última semana, com ajuste de +0,23% e esteve na média de R$ 186,59/@ no estado.
ALTA: reflexo do maior consumo de carne bovina em Mato Grosso, o traseiro com osso da vaca valorizou 1,70% no comparativo semanal e foi cotado a R$ 17,46/kg.
MAIS DIAS: com os feriados de final de ano se aproximando, as indústrias estiveram com suas escalas alongadas, na média de 10,40 dias, com acréscimo de 8,90% ante a semana anterior.
Expansão populacional da Índia pode aumentar a demanda de carne pelo país.
Segundo a ONU, a população da Índia deve chegar a 1,50 bilhão de habitantes em 2030, mantendo-se o país mais populoso do mundo. Economicamente, o país está na 5ª posição mundial com previsão de crescimento de 4,20% no PIB em 2024, segundo a Fundação Monetária Internacional (FMI). Conforme o USDA, o consumo total de carne pela Índia em 2022 foi de 2,87 milhões de toneladas, aumento de 2,75% em relação a 2021, resultando em consumo médio de 2,01 kg/hab/ano.
Ainda, desde 2001, o consumo total de carne bovina pelo país asiático apresentou crescimento médio de 4,36% ao ano. Sendo assim, com essa média, o consumo indiano de carne pode chegar a 3,87 milhões de toneladas, com consumo médio de 2,59 kg/hab/ano. Considerando que o Brasil é um grande exportador de óleos vegetais e açúcar para a Índia, o crescimento populacional índiano pode, no longo prazo, expandir a relação comercial com o Brasil.
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Atualizada dia 21 nov 23
CUIABÁ - O Imea realizou o último levantamento das intenções de confinamento de 2023, e a perspectiva é que entre os 115 informantes, dos quais 75,65% realizaram a atividade ao longo de 2023, confinem 555,18 mil cabeças, redução de 21,17% ante ao consolidado de 2022. Ainda, o preço
do boi gordo se manteve como a principal preocupação entre os confinadores, visto a desvalorização na cotação do boi gordo ao longo do ano, que afetou a margem da atividade.
Esse cenário de alta volatilidade no mercado pecuário refletiu em uma mudança na forma de comercialização do gado confinado. Nesse sentido, o percentual de confinadores que adotaram algum mecanismo de proteção de preços aumentou, e foi o maior desde o início do acompanhamento feito pelo Imea. Assim, no último levantamento de 2023, 44,49% dos entrevistados realizaram travamento de preços, sendo os contratos a termo e B3.
ALTA: a cotação da vaca gorda à vista aumentou 0,60%, e ficou em R$ 186,04/@ na última semana, resultado da menor oferta dessa categoria nas
indústrias.
ALONGOU: na última semana, as escalas de abate aumentaram 9,46% em Mato Grosso, chegando a 9,14 dias, reflexo da oferta de animais confinados no estado.
BAIXA: o preço da arroba do boi à vista em Mato Grosso, obteve ajuste negativo de 0,11% no comparativo semanal e foi cotado em R$ 202,92/@.
Ritmo de abates em 2023 reduziu a ociosidade frigorífica.
Em out/23, as indústrias frigoríficas de Mato Grosso abateram 533,32 mil cabeças bovinas (excluindo os animais originários de Mato Grosso destinados ao abate em outros estados), representando aumento de 1,48% em comparação com set/23. Marcando mais um recorde mensal, com o maior número de bovinos abatidos para um mês de outubro na história. Considerando os abates realizados de segunda a sexta, a média diária de abates em out/23 foi de 25.397 cabeças. Com isso, a média de abates diários em 2023 (de janeiro a outubro) é de 23.617 cabeças, ao passo que em out/22 a média foi de 19.193 cabeças. Desse modo, a utilização da capacidade frigorífica total do estado está em um dos maiores patamares da história, e em out/23, o indicador ficou na média de 68,03%, 18,20 p.p. acima da média de out/22 que era 49,83%.
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Atualizada dia 14 nov 23
CUIABÁ - Segundo a Secex, as exportações de carne bovina de MT, em out/23, aumentaram 2,67% no comparativo mensal, sendo negociadas 56,84 mil toneladas em equivalente carcaça (TEC) no período. Ainda, a China se manteve como o principal destino da carne exportada pelo estado, com volume de compra em 33,91 mil TEC no último mês. Ademais, o Iraque tem se destacado nas importações da carne mato-grossense, tendo importado em 2023 (até outubro) um volume 10,71 vezes maior que no mesmo período de 2022. Para se ter ideia, no acumulado de 2023 (de janeiro a outubro) o país adquiriu 400,56 mil TEC, ao passo que no mesmo período de 2022 a
quantidade foi de 37,41 mil toneladas em equivalente carcaça. Com isso, após passar por um 2022 com significativo recuo na demanda, o Iraque retorna aos patamares de compra que eram vistos em 2021.
ALTA: a maior procura pelo boi magro no estado resultou num acréscimo de 1,26% nas cotações dessa categoria, que fechou a última semana cotado a R$ 2.740,89/cab.
ALONGOU: os bovinos terminados em confinamento ainda estão no mercado, mantendo as escalas de abate alongadas, que fecharam a última semana com 8,35 dias.
ENCURTOU: como a demanda pela carne bovina ainda se mantém em ritmo lento, a cotação da carcaça bovina no atacado reduziu 1,56% no comparativo semanal, cotada a R$ 15,75/kg.
Queda no preço do bezerro influencia no abate de fêmeas. Em out/23 foram abatidas 552,85 mil cabeças bovinas com origem em MT. O volume de fêmeas vem reduzindo desde jun/23 no comparativo mensal, e em out/23 foram abatidas 209,64 mil cabeças. No mesmo período o bezerro (12 m) esteve cotado a R$ 1.708,67/cab. Essa redução nos abates de fêmeas é um movimento sazonal, uma vez que o volume de fêmeas enviadas para o gancho é menor no 2º semestre.
Dito isso, o abate de fêmeas em 2023 ainda está muito acima da média. Assim, em out/21, fase de alta do ciclo pecuário, o bezerro foi cotado a R$ 2.969,63/cab, com 102,14 mil fêmeas abatidas. Esse movimento acontece porque a relação entre os preços do bezerro e o abate de fêmeas possui correlação considerável (R²=-0,61), o que significa que, quanto menor o preço, maior será o volume de fêmeas abatidas, o que explica a grande oferta de fêmeas presente nas indústrias frigoríficas do estado.
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Atualizada dia 31 out 23
CUIABÁ - A cotação da arroba do boi gordo, em Mato Grosso, aumentou 12,71% ante a set/23 e ficou cotada a R$ 201,19 (parcial até 27/10). Essa atual conjuntura de valorização no preço da arroba foi influenciada pela menor oferta dos animais terminados, uma vez que o 2º giro de confinamento foi bem aquém do esperado. Desde 2020 a arroba do boi gordo não apresentava valorização no comparativo entre outubro e setembro, e em out/22 o preço médio foi 3,85% menor ante a set/22.
No início da 2ª quinzena de out/23, foi cotado a R$ 204,10/@, e seguiu até o final do mês com viés lateralizado. Apesar de ter saído da casa dos R$ 170,00/@, observada em set/23, ainda não apresentou “força” para novos impulsos. Esse movimento de incerteza nos preços é um ponto de atenção, principalmente, para os confinadores, uma vez que este é o período de programação das atividades do 3º giro de confinamento no estado.
ACRÉSCIMO: o preço do boi magro em Mato Grosso valorizou 2,93% na última semana e foi cotado a R$ 2.693,93/cab, devido à maior procura pela categoria.
DIMINUIU: com o enfraquecimento da demanda no estado, a cotação da carcaça casada do boi desvalorizou 0,99% no comparativo semanal, e ficou com média de R$ 15,88/kg.
MAIS DIAS: devido à menor demanda pela proteína bovina no estado, a escala de abate aumentou 5,45%, na semana passada, e fechou em 8,32 dias úteis.
Mercado futuro aponta lateralização para os preços do boi gordo nos próximos meses.
Depois de encerrarem set/23 cotados na casa dos R$ 230,00/@, os contratos do boi gordo no mercado futuro com vencimento para nov/23 e dez/23 registraram ganhos de R$ 10,00/@ ao longo de out/23. Dessa forma, o contrato com encerramento em nov/23 foi cotado na média de R$ 240,70/@ em out/23 (até 30/10), ganho de 3,88% no comparativo mensal. Do mesmo modo, o contrato de dez/23 foi cotado a R$ 241,85/@, ganho de 3,44% no mesmo comparativo.
No entanto, mesmo com os incrementos, os contratos se mantêm próximos, com diferença de R$ 1,15/@. Isso significa que os investidores da bolsa ainda apontam para um mercado lateralizado até o final do ano. Por fim, além da oferta do 3º giro de confinamento, os preços no mercado físico dependerão, principalmente, do comportamento da demanda pela proteína no mercado interno e externo.
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Atualizada dia 10 out 23
CUIABÁ - Segundo os dados da Secex, em set/23 MT exportou 55,26 mil TEC (toneladas equivalente carcaça), aumento de 4,63% no comparativo mensal. No entanto, cabe ressaltar que ainda é 10,52% menor que o volume exportado em set/22. Por sua vez, a receita gerada pelo envio da carne bovina ao mercado exterior aumentou 6,13% ante a ago/23 e fechou set/23 com valor total de US$ 191,66 milhões.
Ademais, a China continua sendo o principal comprador da proteína vermelha mato-grossense, seguida dos Emirados Árabes Unidos, com o total de 34,55 e 3,19 mil TEC, respectivamente, aumento de 17,76% e 59,27%, na mesma ordem, quando comparado a ago/23. Por fim, com a aproximação do Ano Novo Chinês, a China tende a aumentar o volume importado da proteína vermelha, uma vez que esse é um importante feriado para o país, que movimenta o consumo de carne.
AUMENTOU: o preço da arroba do boi em Mato Grosso valorizou 3,27% na última semana e foi cotada a R$ 195,76, devido à menor oferta de bovinos prontos para o abate.
ACRÉSCIMO: a cotação da vaca gorda à vista seguiu o mesmo cenário do boi gordo, com valorização de 2,08% no comparativo semanal e fechou com média de R$ 174,88/@.
DIMINUIU: na praça mato-grossense a escala de abate reduziu 14,32% na semana passada e fechou em 7,84 dias úteis, ocasionada pela baixa disponibilidade de gado.
Abate de bovinos em set/23 atinge recorde, mesmo com redução no comparativo mensal.
No acumulado de janeiro a setembro de 2023, MT registrou recorde no abate de bovinos, com 4,53 milhões de bovinos enviados para o “gancho”. Esse valor representa aumento de 22,16% em relação ao mesmo período de 2022, o que reforça a perspectiva de que 2023 seja o ano de maior abate e produção de carne bovina da história de Mato Grosso. Em set/23, mesmo com a queda mensal de 4,15% no total de bovinos abatidos, com 557,37 mil cabeças, o volume também representa recorde para o mês de setembro.
Quanto ao abate de fêmeas, como era esperado para o 2º semestre, sua participação diminuiu, chegando a 37,79% do total, com 210,61 mil cabeças enviadas para as indústrias. Para os próximos meses, o volume de bovinos enviados para o gancho dependerá, principalmente, do 3º giro de confinamento, uma vez que o 2º giro praticamente não aconteceu.
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Atualizada dia 19 set 23
CUIABÁ - Na 1ª quinzena de set/23 as escalas de abates dos frigoríficos em MT ficaram em 12,9 dias e atingiram o maior patamar para o período na série histórica do Imea. O indicador está 43,94% maior que no mesmo período de set/22. Esse cenário é resultado, principalmente, do baixo escoamento da carne para o mercado interno ante a grande oferta de bovinos.
Segundo o Indea, em ago/23 foram abatidas 581,51 mil cabeças de gado de MT, maior volume de abate mensal para o estado, o que justifica a queda no preço pago pela arroba do boi gordo vista nos últimos meses. Por fim, o volume de abate nos próximos meses dependerá do ritmo do envio dos animais confinados para a indústria, uma vez que a oferta de fêmeas é tipicamente menor no segundo semestre e muitas incertezas giram entre os pecuaristas quanto ao volume de bovinos a ser fechado no 3º giro do confinamento.
LADO A LADO: após sucessivas quedas a cotação do boi gordo ficou lateralizada e fechou a semana na média R$ 172,37/@, indicando sustentação nos preços.
DIMINUIU: na praça mato-grossense, a cotação do garrote de 18 meses fechou na média de R$ 2.032,86/cab, o que resultou em ajuste semanal de -0,19%.
AUMENTOU: com a demanda interna sinalizando melhora, o atacado sem osso valorizou 0,37% no comparativo semanal, com a média de R$ 26,07/kg.
Mato Grosso produz o maior volume de carne bovina da série histórica para o primeiro semestre.
Segundo o IBGE, o estado produziu 715,31 mil toneladas de proteína vermelha entre jan/23 e jun/23 — incremento de 15,29% no comparativo anual. Esse aumento na produção foi reflexo da intensificação nos envios de fêmeas para o abate, típica da fase de baixa do ciclo pecuário. Dessa forma, o volume de machos nos frigoríficos no 1º sem/23 avançou 10,68% ante o 1º sem/22, ao passo que o número de fêmeas abatidas foi 26,30% maior no mesmo comparativo.
Vale destacar que a participação de fêmeas jovens no “gancho” das indústrias tem sido cada vez maior, de maneira que no 1º sem/23 as novilhas foram responsáveis por 41,65% do total de fêmeas abatidas — maior percentual da série histórica. Em suma, o atual abate de ventres livres (fêmeas jovens) pode impactar a produção de bezerros, reduzindo a oferta desses animais no longo prazo.
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Atualizada dia 12 set 23
CUIABÁ - Segundo o Imea, a margem do equivalente físico, indicador que considera a receita gerada pelo frigorífico com a venda da carne com osso no atacado, atingiu na 1ª sem. de set/23 5,16% — maior margem desde nov/19. Esse cenário foi ocasionado pela maior desvalorização da cotação da matéria-prima ante o atacado, dado que o preço do boi gordo na 1ª sem. de set/23 já acumula queda de 29,93% ante a média de jan/23, ao passo que a desvalorização do EF foi de 19,30% no mesmo comparativo.
A recuperação do EF proporciona folga na margem das indústrias, que passaram por um período pressionado durante a fase de alta nas cotações. Para se ter ideia, em 2021 a margem média do EF foi de -12,13%, e se manteve negativa até o 1º sem/23, uma vez que a indústria não conseguiu repassar a alta do boi gordo para o atacado. O atual viés baixista sobre os preços do boi gordo tende a favorecer a margem das indústrias.
QUEDA: com o alongamento nas escalas de abate frente a baixa demanda interna, a cotação da vaca gorda à vista caiu 2,24% ante a semana passada, e fechou na média de R$ 156,03/@.
DESVALORIZOU: na última semana, o bezerro de 12 meses esteve cotado a R$ 1.587,61/cab, queda de 1,75% no comparativo semanal, devido à alta oferta de animais disponíveis no mercado.
ALONGOU: reflexo do fraco escoamento da proteína bovina, as escalas de abate em MT aumentaram 9,96% ante a semana anterior, com média de 13,25 dias.
Volume de bovinos abatidos em ago/23 foi o maior da série histórica e a presença de fêmeas nas indústrias começa a se reduzir
Segundo o Indea, em ago/23 foram abatidos 581,51 mil bovinos de MT, com destaque para o acréscimo de 21,76% no volume de machos enviados para a indústria no comparativo mensal. Esse incremento foi impulsionado pelo abate de animais mais jovens, uma vez que, ao todo, os machos de 13 a 24 meses totalizaram 129,89 mil cabeças no “gancho”, volume 70,21% maior que o observado em ago/22.
Cabe destacar que esse foi o maior volume mensal de bovinos machos abatidos nessa faixa etária, o que reforça os resultados da maior eficiência produtiva em MT. Ainda, como sazonalmente acontece no 2º semestre no estado, a participação de fêmeas nas indústrias recuou, e o volume de fêmeas abatidas em ago/23 foi 2,53% menor no comparativo mensal. Por fim, os animais engordados em confinamento tendem a aumentar a oferta nos abates nos próximos meses.
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Atualizada dia 29 ago 23
CUIABÁ - As cotações do boi gordo têm sido fortemente pressionadas ao longo de 2023. Assim, a arroba do boi, que foi cotada pelo Imea na média de R$ 246,40/@ em jan/23, caiu para R$ 196,48/@ em ago/23 (parcial até 25/08), o que representou retração de 20,26% nesse comparativo, sendo a maior desvalorização para o período na série histórica.
Esse cenário de forte pressão sobre os preços em Mato Grosso está sendo ocasionado pela oferta de animais disponíveis para abate, que tem suprido a necessidade das indústrias e gerado excedente, o que proporciona o alongamento as escalas de abate. Ademais, a demanda interna pela proteína bovina ainda se mantém aquém do esperado e não está sendo capaz de suprir o volume de carne disponível nos estoques dos frigoríficos, refletindo também em pressão negativa nos demais elos da cadeia (atacado e varejo).
REDUZIU: a carcaça casada do boi caiu 2,32% no comparativo semanal e fechou a última semana em R$ 14,84/kg, reflexo da baixa demanda interna pela proteína.
DIMINUIU: o boi magro refletiu a pressão baixista sobre os preços do boi gordo e registrou queda de 4,15% na última semana, com cotação média de R$ 2.437,71/cab.
EM QUEDA: na última semana a vaca parida foi cotada a R$ 2.823,57/cab., o que representou retração de 5,27% no comparativo semanal, devido à fraca demanda pela categoria.
Com a grande oferta, as cotações do bezerro de ano retornam para os patamares de 2020.
O bezerro de ano (7@) vem sendo pressionado ao longo de 2023 e está na média de R$ 1.800,53/cab. em ago/23 (até o dia 25/08), o que representa queda de 20,89% quando comparado ao preço médio de jan/23. Essa é a maior desvalorização já registrada para o período (agosto ante a janeiro). Assim, o preço do bezerro retorna aos patamares de 2020, no qual a média de ago/20 foi de R$ 1.883,87/cab (nominal). Essa retração da reposição pressiona a margem da cria e faz com que grande parte dos pecuaristas intensifique o envio de matrizes para o abate para gerar caixa.
Desse modo, o acumulado de abates de fêmeas entre jan/23 e jul/23 chegou a 1,69 milhão de cabeças, volume 34,98% maior que o do mesmo período de 2022. Por fim, mesmo com a típica redução nos abates de fêmeas durante o 2º semestre, o envio de matrizes para a indústria tende a se manter alongado até que a cria apresente margens melhores.
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Atualizada dia 15 ago 23
CUIABÁ - As escalas de abate em Mato Grosso, seguiram o ritmo de alongamento visto no mês anterior e fechou as duas primeiras semanas de ago/23 em 11,07 dias, (aumento de 12,50% quando comparado com a 2ª quinzena de jul/23). Desse modo, até o momento, é o maior registro parcial para agosto da série histórica, sendo 26,51% mais longo que o do mesmo período de 2022.
Esse fator em conjunto com a demanda enfraquecida, pressionaram as cotações do boi gordo, resultando no menor preço pago pela @ (R$ 205,10/@) para o período desde 2020. Para se ter ideia, esse valor é 26,27% inferior ao preço praticado na primeira quinzena de agosto de 2022. Dito isso, a melhora sazonal nas cotações do boi gordo no 2º semestre pode ser mais tardia este ano, como foi em 2017, quando os preços reagiram apenas na segunda quinzena de agosto.
REDUZIU: com alongamento das escalas na praça mato-grossense, a vaca gorda à vista desvalorizou 2,88% ante a semana passada e foi cotada na média de R$ 176,87/@.
EM QUEDA: na última semana o dianteiro com osso da vaca foi cotado a R$ 12,08/kg em Mato Grosso, ainda pressionado pelo baixo consumo da população.
DESVALORIZOU: a carcaça casada do boi recuou 3,04% no comparativo semanal e registrou média de R$ 15,49/kg, devido à demanda interna enfraquecida.
MT registrou recuo, no abate de bovinos fêmeas, no comparativo mensal, totalizando 245,67 mil
Os abates de bovinos, em MT, aumentaram 1,31% ante a jun/23 e ao todo somaram 526,59 mil animais na linha de “gancho” em jul/23. Esse incremento foi influenciado, principalmente, pela maior presença de machos nas indústrias (avanço de 11,44% no comparativo mensal), que foi impulsionado pelo maior abate de machos de 24 a 36 meses. Desse modo, o volume de fêmeas abatidas em jul/23 fechou em 245,64 mil cabeças e foi 8,23% menor que no mês anterior, e pela primeira vez em cinco meses a participação de fêmeas esteve abaixo de 50,00%, e encerrou o mês em 46,65%.
Por fim, com a maior participação de machos frente ao recuo nos envios de fêmeas para abate, o 2º semestre do ano sinaliza a possível inversão do movimento, dado que antes era visto de intenso abate de “vacas vazias” para agora, maior presença de machos de confinamento.
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Atualizada dia 04 jul 23
CUIABÁ - O Imea divulgou a 3ª estimativa para o Valor Bruto da Produção (VPB) no estado de Mato Grosso, que fechou em R$ 202,31 bilhões, redução de 7,72% quando comparado com os valores divulgados na 2ª estimativa. Desse modo, o setor da pecuária composto pelas cadeias da bovinocultura de corte, aves, suínos e leite representou 15,85% do VBP, com total de R$ 32,05 bilhões, valor 3,58% menor que o divulgado na 2ª estimativa.
Essa redução na receita gerada pelo setor foi puxada principalmente pelo VBP da bovinocultura de corte, que foi 5,64% menor no mesmo comparativo e fechou em R$ 26,21 bilhões. Isso aconteceu por que apesar do aumento no número de bovinos abatidos em 2023, a maior oferta desses animais resultou em pressão baixista sob o valor de venda do boi gordo, em função da fase de baixa do ciclo pecuário.
AUMENTOU: devido a menor oferta de animais terminados a cotação da vaca gorda na última semana em Mato Grosso, teve um acréscimo de 1,72% e ficou com a média de R$ 181,01/@.
QUEDA: o preço da vaca parida reduziu 4,97% ante a última semana, sendo cotada a R$ 3.500,13/cab. ocasionado pela alta oferta de fêmeas somado a baixa demanda.
DESVALORIZOU: no atacado o traseiro da vaca foi cotado a R$ 16,09/kg o que significou uma desvalorização de 1,61% quando comparado a semana anterior.
Após período de intensa desvalorização, a arroba do boi gordo sinaliza recuperação no mercado futuro
Na última quinzena de jun/23 a arroba do boi nos contratos com vencimento futuro na BM&F passou por ajuste positivo, dando alívio para o viés baixista observado nos últimos meses. Deste modo, os contratos com vencimento em jul/23, ago/23 e set/23 fecharam a última quinzena de jun/23 (do dia 19 a 30) na média de R$ 262,10/@, R$ 262,16/@ e R$ 261,47/@, respectivamente, saindo da faixa de R$ 251,00/@ que era vista na primeira quinzena do mês (até o dia 16).
O movimento de alta também foi visto no mercado físico, que após a atingir a mínima de R$ 205,17/@ em 09/06 (menor valor nominal desde 24/08/20 no indicador Imea), o boi gordo encerrou o dia 30/06 cotado a R$ 212,18/@. Esse cenário é resultado, principalmente da restrição na oferta de bovinos terminados com o início da estiagem, que pode favorecer as cotações do boi gordo no mercado físico no 2º semestre.
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Atualizada dia 20 jun 23
CUIABÁ - A relação de troca boi/milho segue com tendência favorável ao pecuarista e avançou 0,89 sc/@ em jun.23 ante a mai.23 (considerando do dia 1 a 16 de cada mês), ficando em 5,78 sacas de milho por arroba de boi gordo na parcial deste mês. O que justificou esse cenário, apesar da queda no valor de venda do boi gordo, é que a desvalorização nos preços do milho disponível foi ainda maior.
Nesse sentido, o boi gordo passou de R$ 233,90/@ na 1ª quinzena de mai.23 para R$ 206,68/@ em jun.23 (recuo de 11,56%), ao passo que o preço do milho disponível reduziu 25,18% no mesmo comparativo e esteve cotado a R$ 35,79/sc em jun.23. Por fim, a estimativa do Imea aponta uma grande produção do cereal para a safra 22/23 em Mato Grosso, que somada ao déficit de armazenagem do estado pode continuar pressionando os preços do milho e melhorar a relação de troca do pecuarista.
SUSTENTAÇÃO: após sucessivas desvalorizações, o boi gordo apresentou sustentação no comparativo semanal e ficou cotado a R$ 182,17/@.
REDUZIU: na contramão do boi, a vaca gorda registrou queda de 1,81% no comparativo semanal, com cotação média de R$ 178,88/@ em Mato Grosso.
DIMINUIU: a arroba do boi gordo no contrato corrente da B3 apresentou ajuste negativo de 0,86% ante a semana anterior e ficou na média de R$ 245,69/@
O volume acumulado das exportações de carne bovina em toneladas em equivalente de carcaça dos primeiros 5 meses de 2023 registrou recorde na série histórica de MT.
Mesmo com a restrição nas compras chinesas durante o período do embargo em função do caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina, o volume total de carne exportado por Mato Grosso no acumulado de jan.23 a mai.23 foi de 245,96 mil toneladas em equivalente de carcaça e superou em 1,49% o volume enviado para o mercado externo no mesmo período do último ano, quando foram enviadas 242,34 mil TEC².
A China continuou sendo o maior importador da proteína bovina mato-grossense, apesar de ter reduzido o share nas exportações do estado e saiu de 49,67% em 2022 para 45,04% em 2023. Por outro lado, o Egito (segundo maior comprador da carne do estado), aumentou suas compras em 35,90% no mesmo comparativo e aumentou sua participação em 2,51 p.p. em 2023 ante a 2022.
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Atualizada dia 06 jun 23
CUIABÁ - Segundo os dados do Imea, o valor de venda do bezerro de ano registrou desvalorização de 28,99% em mai.23 ante a mai.21 (vale ressaltar que 2021 foi o ano com as maiores cotações) influenciado principalmente pelo excesso de animais no mercado em função da intensa retenção de matrizes. Do mesmo modo, a arroba do boi gordo, que também esteve sob a pressão da entrada de fêmeas na linha de abate em 2023, apresentou retração de 22,65% no mesmo comparativo.
Nesse sentido, mediante a maior desvalorização dos bezerros frente ao boi gordo, a relação de troca entre essas categorias avançou 8,98% em mai.23 ante a mai.21 e ficou em 1,82 cab./cab. ao passo que estava em 1,67 cab./cab. respectivamente (bezerros de 12 meses por boi gordo de 18 @). Apesar da baixa atratividade dos preços do boi gordo, a relação de troca favorece o poder de compra do invernista.
EM QUEDA: na última semana a vaca gorda desvalorizou 5,11% no comparativo semanal em MT, com média de R$ 191,65/@, devido ao maior volume de fêmeas enviadas ao abate.
SOB PRESSÃO: a carcaça casada da vaca esteve sob pressão nos preços e caiu -2,19% em relação à última semana, cotada a R$ 14,81/kg, devido ao aumento de vacas nas indústrias.
DESVALORIZAÇÃO: o preço do boi gordo na B3 foi 4,18% ante a semana anterior e fechou em R$ 245,90/@, com o início da entressafra de capim que ocasiona maior oferta de animais.
O aumento na oferta de animais somado à fase de baixa do ciclo pecuário resultou no pior maio da história.
Os dias mais curtos e a menor luminosidade reduzem o vigor das pastagens e a capacidade de suporte das fazendas. Com isso, aumentou-se a disponibilidade de animais terminados no mercado e na linha de abate das indústrias, refletindo no alongamento da escala de abate em MT, que fechou mai.23 com a média de 9,74 dias – maior resultado da série histórica do Imea para o período.
Esse cenário contribuiu com a pressão baixista sobre os preços e refletiu na maior queda mensal para o mês de maio na cotação do boi gordo, cuja retração foi de 7,17% ante a abr.23 e passou de R$ 246,05/@ para R$ 228,41/@. No mesmo período de 2021 (pico da fase de alta do ciclo pecuário), a escala de abate foi de 5,05 dias e o boi gordo era cotado a R$ 295,29/@. Essa conjuntura tende a se manter no curto prazo devido à maior oferta de bovinos no início da entressafra.
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Atualizada dia 30 maio 23
CUIABÁ - A arroba do boi gordo segue pressionada em Mato Grosso, em função do aumento na oferta de animais. Nesse sentido, na parcial de mai.23 (até o dia 26) o indicador apresentou média de R$ 230,40/@ — redução de 6,36% ante a abr.23. Do mesmo modo, o preço do milho disponível em MT seguiu na mesma tendência e foi cotado a R$ 46,54/sc no mesmo período de mai.23, com retração de 11,45% no comparativo mensal.
Esse movimento favoreceu a relação de troca com insumos do pecuarista, que, apesar da desvalorização na @, avançou 6,21% ante o último mês e ficou em 4,97 sc/@. Com a perspectiva da superprodução de milho e soja frente ao déficit de armazenagem, os preços dos grãos tendem a ser menores no 2º sem.23, que, somados à valorização sazonal nos preços do boi gordo, podem favorecer a relação de troca do pecuarista, especialmente dos confinadores que intensificam a atividade no 2º semestre do ano.
EM QUEDA: Na última semana a relação de troca entre boi e bezerro passou por um reajuste negativo de 1,39% ante a semana anterior, onde foi registrado 1,80 cab/cab.
SOB PRESSÃO: O preço da vaca gorda esteve na média de R$ 201,96/@ na última semana, o que representou queda de 2,19% quando associado à semana anterior.
ALONGOU: A escala de abate em Mato Grosso refletiu a oferta de animais nas indústrias e apontou aumento de 7,78% ante a semana anterior, com média de 9,98 dias.
A elevada presença de fêmeas na linha de abate do mercado pecuário mato-grossense refletiu no maior deságio da arroba da vaca da década.
A diferença entre a arroba da vaca e do boi gordo na parcial de mai.23¹ está em -9,57% — em mar.23 atingiu a máxima deste ano e fechou o mês na média de -9,85%. Esses patamares não eram vistos desde 2013, quando o deságio anual da fêmea foi de -9,38% (cabe ressaltar que o deságio na série histórica está em -6,70%). Essa diferença é influenciada principalmente pela grande oferta de vacas, uma vez que em 2013 foi visto o maior volume de fêmeas nas indústrias no acumulado de jan. a abr. (1,04 milhão de cabeças).
Trazendo para os dias atuais, o total de fêmeas abatidas no mesmo período deste ano foi de 886,16 mil cabeças (desde 2013, apenas em 2019 foi visto volume superior, quando foram abatidas 910,10 mil fêmeas). Nesse sentido, o alto deságio para a @ da vaca gorda indica que ainda pode haver um grande volume de fêmeas nas indústrias do estado.
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Atualizada dia 16 maio 23
CUIABÁ - A oferta de animais terminados no mercado continua em alta em Mato Grosso e, apesar da redução de 4,20% nos abates realizados dentro do estado (com o total de 445,49 mil cabeças) em abr.23 ante a mar.23, a média de abates diários no último mês foi 51,33% maior que no mesmo período do ano passado. Nesse sentido, as indústrias operaram com menor ociosidade frigorífica, de modo que a utilização da capacidade frigorífica real no estado foi de 94,46% em abr.23 – valor 13,18 p.p. acima da média da utilização na série histórica.
As regiões centro-sul e sudeste do estado, que juntas somam 51,33% dos abates realizados, abateram 8.124 e 4.554 cabeças/dia, respectivamente. O aumento nos abates já era esperado, devido ao início da estiagem, e com o começo da entressafra de capim, a tendência é que o setor industrial continue operando com menor ociosidade no curto prazo.
EM QUEDA: a oferta de animais continuou e a arroba do boi gordo segue sob pressão, com recuo de 1,78% ante a última semana e fechou a semana na média de R$ 233,24.
SOB PRESSÃO: as fêmeas também apresentaram ajuste negativo de 2,13% no comparativo semanal e foram cotadas a R$ 210,99/@.
ALONGOU: as escalas de abate refletiram a elevada disponibilidade de animais para abate e alongaram 6,34% na última semana – o indicador ficou em 9,91 dias no estado.
China e menos dias úteis em abr.23 provocam queda nas exportações de MT, segundo a Secex.
Os envios de carne recuaram 25,59% em abr.23 ante a mar.23 em MT, com 34,56 mil TEC¹. Somado ao fato de menos 5 dias utéis em abr.23 ante ao mês anterior, a China também importou 42,45% a menos que em mar.23, com total de 9,8 mil TEC. O embargo chinês findou-se no final de mar.23, mas as atualizações de contratos e novas negociações foram lentas no início de abril, fato que limitou os envios diários. Por outro lado, países como Egito e Emirados Árabes Unidos apresentaram avanço de 13,78% e 99,95% no volume importado ante a mar.23, e somaram 5,57 e 3,21 mil TEC, na mesma ordem.
Em anos anteriores, o 1º quadrimestre era responsável por cerca de 30% do volume anual, contudo, os embarques de 2023 apresentaram recuo de 8,42% ante o mesmo período de 2022. Assim, se perdurar o cenário de queda nos envios, a redução no ritmo neste início de ano pode acarretar o fechamento anual inferior ao de 2022.
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Atualizada dia 09 mai 23
CUIABÁ - O boi gordo foi cotado a R$ 247,32/@ em Mato Grosso, em abr.23 (valor a prazo e livre de Funrural), com valorização de 2,17% ante a mar.23. A recuperação nos preços (após a desvalorização de mar.23) foi decorrente do fim do embargo pela China e da retenção dos animais no pasto – que restringiu a oferta de machos para abate. A decisão dos chineses também refletiu em ajuste positivo nas cotações de São Paulo, onde o aumento foi de 1,27% no comparativo mensal, de modo que o boi gordo foi cotado a R$ 288,71/@ no mesmo período.
A valorização mais intensa nas cotações de Mato Grosso frente à de São Paulo resultou no encurtamento de 0,76 p.p. no diferencial de base entre as praças MT-SP, dessa forma, o indicador fechou abr.23 com a média de 14,33% (+1,27 p.p. ante a abr.22). Os preços do boi gordo tendem a ser pressionados com maior intensidade em MT no 2º tri.23 com o aumento na oferta dos animais terminados a pasto.
SUFOCADO: com a entrada dos bois terminados a pasto no mercado, os preços do boi gordo reduziram 2,11% na última semana e foi cotado a R$ 237,39/@.
SOB PRESSÃO: a vaca gorda seguiu o ritmo dos machos e registrou desvalorização de 2,10% ante a semana passada, com preço médio de R$ 215,48/@ no estado.
LATERALIZOU: o bezerro de 12 meses, por sua vez, seguiu lateralizado, com leve ajuste positivo de 0,12% na última semana e registrou preço médio de R$ 2.250,00/cab.
A quantidade de abates diários em abr.23 no estado é a maior desde nov.19.
Ao todo, foram enviados 449,56 mil animais para o gancho e as fêmeas mantiveram-se na liderança do maior volume nas indústrias pelo 3º mês consecutivo e representaram 50,76% do total de animais destinados aos frigoríficos em abr.23. A redução no volume de abates no último mês foi resultado do menor número de dias úteis ante a mar.23 (menos cinco dias no comparativo mensal). Entretanto, em abr.23 o número de cabeças abatidas por dia aumentou 21,58% em relação a mar.23, com a média de 24,97 mil abates diários.
Esses números reforçam a perspectiva do incremento sazonal na oferta de bois que ocorre no estado no 2º trimestre. Desse modo, os preços do boi gordo tendem a se manter sob a pressão baixista no 2º tri.23, uma vez que na primeira semana de mai.23 a escala de abates no estado já é 22,74% maior que no mesmo período de 2022, dando sinais de um mercado bem ofertado.
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Atualizada dia 25 abr 23
CUIABÁ - De acordo com o Projeto Rentabilidade no Meio Rural (Senar/MT e Imea), no 1º tri. de 2023, o (COT) por arroba produzida da cria, recria-engorda e ciclo completo em MT foi de R$ 200,11, R$ 245,65 e R$ 236,28, respectivamente. Para o ciclo completo, o destaque dessa divulgação foi em relação ao aumento no custeio em relação a 2022, pautado pela mudança no perfil tecnológico do pecuarista modal do estado, que foi captado nas atualizações anuais do Imea.
Resultando na inclusão de despesas, que anteriormente não eram observadas para o perfil de um pecuarista modal, como concentrados na suplementação e a inclusão do custo com conservação de forragem. Já nos custos dos sistemas de cria e recria-engorda, o que sobressai foi a queda no valor com aquisição de animais (-36,55% e -22,67% no 1°tri.23 ante a média de 2022), em função da desvalorização dos animais de reposição em 2023 com a inversão do ciclo pecuário.
ESFRIOU: a arroba do boi gordo seguiu pressionada e registrou uma queda de 0,33% no comparativo semanal sendo cotada na média de R$ 246,75.
SINAL NEGATIVO: o preço da vaca gorda após uma semana de alta voltou a recuar e registrou ajuste negativo de 0,40%, com preço médio de R$ 223,27/@.
NO VERMELHO: a baixa liquidez nos negócios resultou em uma pressão negativa no mercado futuro e a arroba do boi gordo no contrato de mal/23 na B3 ficou na média de R$ 272,46/@.
Embargo nas exportações de carne bovina no mês de mar.23 refletiu em queda nas arrobas de Mato Grosso e São Paulo.
O boi gordo esteve cotado a US$ 46,17/@ em MT e US$ 54,20/@ em SP (queda de 1,51% e 1,24% ante a fev.23, na mesma ordem). O boi gordo também foi pressionado no mercado internacional, e na Argentina e no Paraguai e cotado a US$ 50,14/@ e US$ 51,38/@ (queda de 8,85% e 2,84% no comparativo mensal, respectivamente). Os Estados Unidos, por sua vez, seguiram na liderança com o maior valor pago por arroba e estiveram no movimento contrário dos demais países com uma valorização de 3,04% no comparativo mensal e preço médio de US$ 97,23/@.
O que justificou o movimento contrário da @ norte-americana foi a forte demanda interna somada à perspectiva de redução na produção de carne em 2023. A @ de MT foi a mais competitiva no período, porém o cenário de desaceleração da inflação no mercado mundial pode trazer maior competição entre os demais.
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Atualizad dia 18 abr 23
CUIABÁ - De acordo com o Imea, em mar.23 a utilização da capacidade total de abate dos frigoríficos em Mato Grosso apresentou um avanço de 3,66 p.p. ante fev.23 e o estado utilizou 54,47% da capacidade industrial. O aumento na utilização do setor esteve atrelado ao incremento no volume de animais abatidos dentro do estado, principalmente pelo avanço do envio de fêmeas para o gancho. Em números, foram abatidas 465,02 mil cabeças bovinas em Mato Grosso, o que representa um acréscimo de 16,91% em relação ao volume de fev.23.
Vale destacar que esse foi o maior volume observado para o mês de março na série histórica e reforça o cenário de intensificação nos abates esperada para 2023. Para o curto prazo, a maior disponibilidade de animais terminados advindos da terminação a pasto tende a resultar em maior oferta de bovinos na linha de abate, o que pode contribuir com a redução da ociosidade frigorífica do estado.
ESFRIOU: dado o final da 1ª quinzena do mês, o mercado do boi apresentou ajuste negativo de 0,13% no comparativo semanal e foi cotado a R$ 247,57/@ na praça mato-grossense.
SINAL POSITIVO: o preço da vaca gorda esteve estável na maioria das regiões do estado, contudo, puxado pela região oeste, subiu 0,40% ante a semana passada, com média de R$ 224,16/@.
ALONGOU: a escala de abate voltou a subir na praça mato-grossense com incremento de 4,79% no comparativo semanal. Desse modo, a média do estado esteve em 8 dias.
Mesmo com o embargo nos envios à China após o caso da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) no Brasil, Mato Grosso manteve o volume de embarques entre um dos maiores para o mês de março.
Segundo os dados divulgados pela Secex, o volume de carne bovina mato-grossense enviada para outros países em mar.23 somou 41,41 mil TEC* – redução de 3,50% ante a fev.23. Em receita, as exportações foram responsáveis por US$ 150,66 milhões – queda de 4,22% no comparativo mensal.
Mediante o exposto, é possível perceber que, apesar de a China ter reduzido em 28,89% o volume de importação da carne de Mato Grosso, as exportações mantiveram-se sustentadas pelos demais países. Para se ter ideia, o volume de carne produzido para exportação pelo estado em mar.23 esteve 10,44% acima da média observada para o período dos últimos cinco anos. Por fim, esse resultado do estado demonstra a importância em se diversificar os parceiros comerciais.
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Atualizada dia 04 abr 23
CUIABÁ - O ágio da arroba do bezerro sobre a arroba do boi gordo já registrou queda nos primeiros meses do ano. Após sair das máximas históricas atingidas nos anos de 2021 e 2022, quando o indicador estava na casa dos 46%, o ágio da arroba do bezerro de 12 meses e 7@ sobre a arroba do boi gordo (R$/@ bezerro/ R$/@ boi gordo) fechou mar.23 em 32,38%.
O recuo foi pautado, principalmente, pela desvalorização da arroba do bezerro que foi intensificada nos últimos meses, reflexo da maior produção desses animais nos anos 2020 e 2021. A região noroeste apresentou o menor ágio (25,31%), por ter maior intensidade da atividade de cria, ante as demais, e maior volume de bezerros no mercado. Uma vez mantida a perspectiva de baixa (ou, ao menos, ausência de intensas valorizações) nos preços do bezerro, o ágio tende a reduzir no estado. Dessa forma, é uma oportunidade para os invernistas e confinadores aumentarem seu plantel.
VALORIZOU: a arroba do boi apresentou valorização de 1,39% após a retomada das compras chinesas, no comparativo semanal, e esteve negociada a R$ 245,93.
CRESCENTE: ainda no cenário de boas condições de pastagens, a retenção de animais dentro da porteira refletiu na alta de 1,50% no preço
da vaca gorda, com média de R$ 221,17/@.
MENOS DIAS: dada a conjuntura de boas expectativas com a retomada da China e novas habilitações frigoríficas, houve retenção de gado, que refletiu na queda de 2,23% na escala de abate.
Estimativa do Valor Bruto da Produção (VPB) da pecuária sobe 7,89% em MT, em 2023.
Segundo o Imea, a 2ª estimativa do VPB total (agricultura e pecuária) para 2023 projetou incremento de 8,43% ante a 6ª estimativa.22, totalizando R$ 219,26 bilhões. No que tange à participação no valor total, a pecuária é responsável por gerar 15,16% do VBP estadual, com expectativa de somar R$ 33,25 bilhões neste ano. O incremento no setor é puxado pelas cadeias de bovinocultura de corte, aves e suínos, com estimativa de alta de 7,46%, 15,79% e 11,35% no valor bruto, respectivamente, ante a 2022.
Para a bovinocultura de corte – cadeia com maior participação no VBP da pecuária – é projetada valor de R$ 27,78 bilhões. Para 2023, diferentemente de 2022, não se esperam altos patamares no preço da arroba. Assim, cabe ressaltar que o incremento no VBP da bovinocultura de corte deverá ser reflexo do aumento no abate de bovinos no estado, principalmente, no volume de envios de fêmeas.
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Atualizada dia 28 mar 23
CUIABÁ - Após 28 dias de suspensão nas certificações de carne bovina para envio à China, a Administração Geral das Alfândegas da China (GACC) anunciou no dia 23 de mar.23 a retomada das compras do país asiático. Vale lembrar que o embargo ocorreu devido à confirmação do caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina atípica no Pará. Somada à notícia, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a GACC divulgaram também a reabilitação da planta frigorífica situada na cidade de Guarantã do Norte (MT) para voltar às exportações de seus produtos aos chineses.
Além disso, plantas nos estados de Rondônia, Espírito Santo e Paraná receberam habilitação para iniciar os envios da proteína bovina à China. O encerramento do embargo, somado às habilitações das indústrias, pode refletir na recuperação do preço da arroba, além da receita e do volume das exportações de carne bovina mato-grossenses para os próximos meses.
SUBIU: a arroba do boi apresentou valorização de 0,96% no comparativo semanal e esteve negociada na média de R$ 242,55 na praça matogrossense.
LADO A LADO: dada a melhora nas pastagens, a oferta de fêmeas não foi tão intensa na última semana. Assim, o preço da vaca gorda subiu 1,03% e fixou-se na média de R$ 217,91/@
VALORIZOU: O fim do embargo das exportações à China, somado a novas habilitações, refletiu na alta de 1,23% no contrato de mar/23 no comparativo semanal e esteve na média de R$ 288,65/arroba.
Chuvas previstas para abril.23 podem melhorar as condições das pastagens em Mato Grosso.
De acordo com as previsões do Tempocampo, é esperado um bom volume de precipitações em todo o estado de Mato Grosso nos próximos 30 dias (24/03 a 24/04), com destaque para as regiões próximas aos municípios de Aripuanã, Alta Floresta e a Baixada Cuiabana*, tendo estimativas de chuvas acima de 100 mm no acumulado dos próximos 30 dias. Já nas regiões próximas de Água Boa e Rondonópolis, a previsão de chuva acumulada ficou entre 25 e 75 mm no mesmo período.
O cenário de boas chuvas e, consequentemente, a recuperação das pastagens, proporcionam ao pecuarista maior capacidade de retenção do gado dentro da porteira à espera de melhores preços para a comercialização. Como reflexo dessa retenção, alguns frigoríficos no estado estão encontrando dificuldades para a compra de bovinos machos. Por outro lado, a oferta de fêmeas segue alta, contudo, em menor intensidade nas últimas semanas.
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Atualizada dia 21 mar 23
CUIABÁ - De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, a produção de carne bovina mato-grossense em 2022 registrou incremento de 2,04% ante a 2021. O volume produzido em set.22 foi 30,08% que o observado no mesmo período do ano anterior, quando ocorreu a confirmação dos dois casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina atípico no país.
O aumento na produção anual foi pautado pelo ritmo de alta nas exportações no ano passado e pelo aumento no número de abates do estado (+1,73% no mesmo comparativo) com o total de 4,69 milhões de bovinos abatidos.
Foi impulsionado principalmente pela intensificação no descarte de matrizes, que resultou em 1,85 milhão de fêmeas enviadas ao gancho (+9,41% em relação a 2021). Entretanto, como resultado da maior participação de fêmeas nos abates, o rendimento médio não apresentou grandes ajustes em 2022 e a média foi de 19,14@/animal – aumento de 0,30% no comparativo anual.
SUBIU: o bom volume de chuvas refletiu na recuperação das pastagens. Assim, com a maior retenção dos animais no pasto, a arroba do boi subiu 1,28% na semana e fixou-se em R$ 240,24.
AUMENTOU: puxada pelas regiões centro-sul e sudeste do estado, a arroba da vaca gorda subiu 0,70% ante a semana passada e esteve negociada na média de R$ 215,68.
DESVALORIZOU: diante das incertezas do mercado pecuário, os contratos de mar/23 recuaram 1,10% no comparativo semanal e estiveram na média de R$ 285,13/@ na B3.
Utilização frigorífica operacional¹ e real² avançaram, enquanto os abates bovinos caíram em fev.23 no comparativo mensal em Mato Grosso.
Esse movimento foi justificado pelo menor número de dias úteis que jan.23 (- 3 dias) e o embargo das exportações de carne bovina à China na última semana do mês. A paralisação temporária nos envios aos chineses impactou diretamente no número de plantas em operação, visto que algumas indústrias optaram por férias coletivas como forma de mitigar os efeitos do embargo nas atividades.
Assim, com menos frigoríficos operando no estado, o setor industrial trabalhou com menor ociosidade e a utilização frigorífica em operação¹ fixou-se em 62,26% em fev.23 (alta mensal de 6,28 p.p.). No mesmo ritmo, a utilização frigorífica real² apresentou aumento de 7,51 p.p. ante jan.23 e o indicador fixou-se em 93,25% em fev.23. No curto prazo, a ociosidade das indústrias dependerá da retomada das compras chinesas, uma vez que o país é o principal destino das exportações.
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Atualizada 14 mar 23
CUIABÁ - De acordo com os dados divulgado pela Secex, as exportações de carne bovina pelo Mato Grosso somaram 42,88 mil TEC em fev.23 – redução de 10,18% em relação a jan.23. A receita acompanhou o mesmo ritmo e reduziu 10,59% no comparativo mensal. A queda nos envios foi pautada especialmente pelo embargo das certificações da proteína para a China, ocorrido nas últimas semanas do mês.
Desse modo, o volume exportado para o país asiático em fev.23 foi 14,26% menor que o observado em jan.23. Entretanto, apesar da redução dos embarques totais no comparativo mensal, o volume ainda é 32,73% acima da média exportada no mês de fevereiro dos últimos 5 anos. Neste sentido, o mercado pecuário ainda segue aguardando a retomada das compras chinesas, cuja expectativa é de que ocorra ainda neste mês, segundo o ministro Carlos Fávaro, do Ministério da Agricultura e Pecuária.
SUBIU: com o início do mês, a arroba do boi apresentou valorização pontual de 0,84% ante a última semana de fev.23. Assim, o boi gordo esteve negociado na média de R$ 237,20/@.
EM QUEDA: o preço da vaca gorda seguiu pressionado e registrou queda de 0,59% no comparativo semanal, sendo cotada na média de R$ 214,18/@ em Mato Grosso.
REDUZIU: com a paralisação das certificações de proteína bovina à China, as escalas de abates encurtaram 10,43% e estiveram na média de 8,78 dias na praça mato-grossense.
Abate de machos recua, enquanto o de fêmeas avança em Mato Grosso em fev.23.
Segundo o Indea, o abate total de bovinos recuou 14,58% em fev.23 ante a jan.23, em números, foram 405,10 mil cabeças abatidas no estado. Por fevereiro deter de menos dias úteis que janeiro, a diminuição já era esperada, neste sentido os envios de machos caíram 29,35% - em função da recuperação das pastagens, contudo, os abates de fêmeas subiram 6,60% no comparativo mensal.
O incremento no abate total de fêmeas foi impulsionado pela maior oferta das de até 24 meses e mais de 36 meses, que cresceu 16,22% e 6,11% ante a jan.23, respectivamente. Dada a fase de baixa do ciclo, a participação das fêmeas no abate total vem crescendo gradualmente. Assim, em fev.23 a proporção de fêmeas no abate total fixou-se em 51,29%, alta de 10,19 p. p. ante a jan.23. Para mar.23, a participação das fêmeas tende a se manter em alta, já que o descarte da categoria é mais intenso no 1ºsemestre do ano.
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Atualizada 07 mar 23
CUIABÁ - A cotação da arroba do boi gordo mato-grossense caiu 1,89% em fev.23, enquanto a paulista valorizou 1,21% ante a jan.23, ambas, livres do Funrural, estiveram na média de R$ 243,21 e R$ 292,67, respectivamente. Em MT, as negociações seguiram pressionadas ao longo do mês, cenário intensificado na última semana após a confirmação pelo Mapa do caso da “vaca louca” no Pará.
Já no âmbito paulista, ainda que o caso atípico da doença tenha impactado fortemente nos preços no final do mês, SP teve cotações elevadas na primeira quinzena, fato que sustentou o fechamento mensal positivo. Desse modo, o diferencial de base entre SP-MT encerrou fev.23 em -16,90%, alongamento de 2,62 p.p. ante a jan.23. Assim, para mar.23, o comportamento do diferencial de base, dependerá da duração do período de embargo das exportações à China e do consumo da proteína bovina no mercado interno.
CAIU: reflexo da paralisação dos embarques da proteína bovina para a China, o boi gordo recuou 2,58% ante a semana passada e esteve negociado na média de R$ 235,22/@.
OFERTA: o volume de envio de fêmeas para o abate seguiu elevado em MT. Assim, a vaca gorda reduziu -3,35% ante a última semana e fixou-se em R$ 215,46/@.
NO VERMELHO: a confirmação do caso da “vaca louca” refletiu na desvalorização semanal de 0,34% no contrato de mar/23 da B3, que encerrou a semana na média de R$ 287,53/@.
No mês de fev.23, a escala de abate em MT atingiu o maior número para o período na série histórica, com 10,60 dias.
O indicador registrou um aumento de 2,19 dias em relação a fev.22, mas quando comparado a fev.21 (período de alta retenção de fêmeas), o alargamento já apresenta expressivos 6,43 dias. O cenário se deve ao grande número de animais disponíveis para abate na praça matogrossense, o que está refletindo em pressão baixista para as cotações da arroba.
Com isso, desde 2021, os preços vêm caindo de forma rigorosa e em fev.23 a situação foi intensificada pelo caso atípico de “vaca louca”, fechando na média de R$ 240,69/@ (-27,74% em relação a fev.21). Assim, esse panorama ressalta atenção quanto a pressão baixista sobre os preços da arroba, uma vez que a perspectivas é de que em 2023 em Mato Grosso, a oferta de animais para abate, principalmente as fêmeas, continue intensa.
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Atualizada dia 14 fev 23
CUIABÁ - O movimento de intensa retenção de fêmeas ocorrido nos anos de 2020 e 2021 (quando as cotações do boi gordo e do bezerro registravam os maiores valores da série histórica) resultou em uma saturação de animais no mercado em 2022. Segundo o Indea-MT, o incremento no abate total de bovinos em Mato Grosso foi de 8,21% em jan.23 ante a dez.22 e totalizou 474,24 mil cabeças no mês.
Com ênfase no envio de fêmeas com mais de 36 meses para abate - em números, foram 106,88 mil cabeças, o que representa um acréscimo de 31,73% em relação a dez.22. Diante disso, destacou-se as regiões nordeste e norte de Mato Grosso, que aumentaram o abate de vacas com mais de 36 meses em 82,12% e 42,56% ante a dez.22, respectivamente. Neste sentido, o descarte de matrizes tende a ser mais intenso no estado em 2023, em função da inversão do ciclo pecuário consolidada em 2022.
MAIS DIAS: diante da boa oferta de animais, a maioria das plantas frigoríficas não encontraram dificuldades em montar suas escala de abate, que fixaram-se na média de 10,96 dias.
RECUO: a vaca gorda passou por ajuste negativos de 0,37% ante a última semana e esteve negociada na média de R$ 225,93/@ na praça mato-grossense.
ALONGOU: o diferencial de base entre as praças de São Paulo e Mato Grosso aumentou 0,95 p.p no comparativo semanal e ficou na média de -17,36%.
Arroba em dólar apresenta queda em MT e SP, enquanto na Argentina e Paraguai registram alta em jan.23.
Em jan.23, a pressão baixista na arroba marcou as principais praças pecuárias do Brasil, reflexo da maior oferta de fêmeas, que acarretou o alongamento das escalas de abate no período. Assim, a arroba em dólar SP caiu 2,28% ante a dez.22 e fixou-se na média de US$ 54,55, enquanto a cotação em MT recuou 1,27% e foi negociada na média de US$ 47,38 em jan.23.
No cenário externo, destacou-se a Argentina, que registrou aumento de 4,90% na arroba em dólar ante dez.22, e fixou-se em US$ 43,05/@, reflexo das habilitações de 22 plantas frigoríficas para exportar carne bovina para o mercado mexicano. Diante do exposto, ainda que registrado o movimento de recuo nas cotações em dólar das arrobas do MT e SP, tal fato acarreta uma melhor competitividade dos preços brasileiros no âmbito externo, colocando-os entre os principais players do mercado.
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Atualizada dia 24 jan 23
CUIABÁ - Apesar do mercado bem ofertado de animais, o estado de São Paulo, por deter um elevado centro consumidor e ser o maior polo exportador de carne do país - principalmente para a China, registrou incremento de 4,50% no preço do boi gordo em 2022 ante a 2021. Contudo, em Mato Grosso ocorreu o movimento inverso, em que o preço médio da arroba apresentou queda de 3,91% no comparativo anual, reflexo da conjuntura de maior oferta de bovinos disponível e mercado interno que se manteve estagnado no período.
Essa diferença entre as praças, resultou no alongamento do diferencial de base, que fechou na média de -13.33% em 2022 – o que representa um aumento de 7,48 p.p. no comparativo anual. Dessa forma, em 2022 o boi gordo foi comercializado a R$ 278,12/@ e R$ 316,13/@ (valores livres de Funrural), nas praças mato-grossenses e paulistas, respectivamente.
RECUO: com o alongamento das escalas de abate no estado, a arroba do boi recuou 0,87% comparativo semanal e fixou-se na média de R$247,53/@.
DESCARTE: com um maior número de fêmeas sendo ofertadas para abate, o preço da vaca gorda caiu 1,17% ante a semana anterior e fechou na média de R$232,20/@.
QUEDA: com poucas negociações e muita oferta na praça MT, o preço do bezerro de ano caiu 3,82% ante a última semana e esteve negociado na média de R$ 2.249,99/cab.
USDA divulga novas estimativas para o mercado de carne em 2023
O mercado chinês foi o destaque do relatório, que estima-se importar 3,53 milhões de toneladas em equivalente de carcaça (TEC) em 2023 – volume 23,68% maior que os dados divulgados em out.22 e +2,17% em relação a 2022 – movimento impulsionado pela flexibilização da COVID-19, que pode aquecer mais o consumo de proteína bovina do país. Apesar da perspectiva de aumento de 3,16% ante a 2022 na produção de carne na China, a oferta ainda se mantém abaixo do consumo, o que tem favorecido o cenário de importações aquecidas.
Outro ponto importante do relatório foi a queda de 6,53% na produção estadunidense, reflexo da virada do ciclo pecuário no país. Esses fatores podem oferecer boas oportunidades para o excedente de carne bovina no Brasil para 2023, e também uma forma de aliviar a pressão baixista nas cotações do boi gordo no país.
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Atualizada dia 06 dez 22
CUIABÁ - Em out.22, foi observado um cenário de estagnação na demanda interna e grande oferta de animais terminados nas praças paulista e mato-grossense. Diante disso, a arroba em São Paulo foi pressionada em 2,51% ante a set.22 e registrou a média de US$ 56,59, enquanto a cotação em Mato Grosso decaiu de forma mais acentuada, cerca de 4,10%, no mesmo período.
No mercado externo, o movimento de desvalorização nas arrobas também foi observado nos principais players mundiais, como os Estados Unidos e Austrália. De modo geral, os EUA continuaram na liderança com maiores preços, tendo a menor queda observada no período (0,26% ante a set.22) e fecharam out.22 na média de US$ 84,47/@. O cenário de seca enfrentado pelo país, somado aos altos custos de produção, acarretou uma maior entrega de animais para abate e impactou nas cotações.
MELHORA NOS PREÇOS: com a diminuição da oferta de animais aptos ao abate e a demanda interna aquecida, a arroba do boi gordo valorizou 1,74% ante a semana passada.
ENCARECEU: as demandas aliadas à retenção de ofertas influenciaram positivamente nas cotações da vaca gorda, que aumentaram 1,26% no comparativo semanal.
ALARGOU: o diferencial de base entre Mato Grosso e São Paulo voltou a se alargar em 1,89 p.p. ante a semana passada e esteve na média de -15,10%.
Variações positivas nas cotações do boi gordo no mercado físico e mercado futuro.
Nas últimas semanas o mercado físico do boi gordo inverteu o cenário de queda constante nos preços, com a terceira semana consecutiva de valorização nas cotações. A arroba fechou a média semanal em R$ 251,00, um acréscimo de 1,47% em relação à semana anterior – maior variação semanal desde jul.22. Esse ajuste positivo no indicador ocorreu em decorrência da redução na oferta de animais terminados, fator que influenciou para a baixa nas escalas de abate dentro das indústrias, e do aumento na demanda pela proteína bovina.
No entanto, no fechamento mensal, o movimento de alta não foi suficiente para puxar o indicador final para cima. Ademais, os contratos futuros na bolsa de valores (B3), ainda que timidamente, têm apresentado ajustes positivos nos próximos meses, com destaque para abr.23, o qual está sendo negociado na média de R$ 275,10/arroba.
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Atualizada 29 nov 22
CUIABÁ - Em out.22 foi observado um recuo de 11,07% no abate total de fêmeas em MT ante a set.22, reflexo do menor volume abatido de fêmeas entre 24 e 36 meses (-11,07%) e acima de 36 meses (-19,14%). Em partes, este cenário foi influenciado pelo final do período seco, uma vez que os criadores tendem a reter as fêmeas para a temporada de estação de monta.
Segundo as previsões do TempoCampo, as precipitações para os próximos 30 dias devem se manter entre 200 e 300 mm em grande parte do estado, cenário positivo para os pecuaristas, já que boas precipitações dão suporte para renovação das pastagens. Dessa forma, espera-se maior capacidade de retenção do gado no pasto e, consequentemente, menor oferta de animais aptos ao abate, fatores que, somados à melhora no consumo de carne bovina, podem influenciar na valorização da arroba no último bimestre do ano.
VALORIZOU: com o reaquecimento da demanda interna neste final de ano, a arroba do boi gordo foi impulsionada em 1,19% ante a semana passada em Mato Grosso.
AUMENTOU: a cotação da vaca gorda seguiu o mesmo ritmo dos machos, com acréscimo de 0,87% no comparativo semanal. Assim, a arroba fechou na média de R$ 228,18.
MENOS DIAS: a menor oferta de animais terminados resultou no encurtamento das escalas de abate para 8,88 dias, recuo de 3,51% ante a semana anterior.
Baixa relação de troca entre insumos e boi gordo sinaliza alerta ao pecuarista.
No cenário atual de maior pressão no preço da arroba do boi gordo, a relação de troca com a saca de milho e o farelo de soja seguiu desfavorável para o pecuarista. Os indicadores do milho e farelo de soja com média parcial em nov.22 fixaram-se em 3,46 sc/@ e 0,10t/@, respectivamente, indicando queda de 0,10 p.p. e 0,07 p.p., na mesma ordem.
Diante da atual conjuntura, o pecuarista deve se atentar a essa baixa na relação de troca, em especial com o milho, visto que o insumo é a base energética da alimentação do rebanho, o que reforça a necessidade do planejamento da produção e posicionamento nas compras. Ademais, esperase no curto prazo uma possível queda nas cotações da oleaginosa devido a entrada de oferta na colheita da soja e necessidade de liberação de espaço para o armazenamento dos grãos.
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Atualizada 22 nov 22
CUIABÁ - Em out.22 o número de abates reduziu 12,14% ante a set.22, fato que influenciou diretamente na utilização real dos frigoríficos (levantada pelo Imea), que caiu 10,32 p.p. e ficou na média de 74,71%. As regiões oeste e noroeste foram as mais impactadas, com redução de 18,74 p.p. e 14,59 p.p, respectivamente, e fixaram-se na média de 65,96% e 58,58% no período, na mesma ordem.
Tal recuo na utilização frigorífica real do estado teve como pivô a menor oferta de animais terminados e a redução da demanda industrial. Este fator foi observado pelas escalas de abate que permaneceram altas, influenciadas pelo excedente de carne bovina nos frigoríficos causado pela demanda interna estagnada. Já para nov.22, a proximidade das festividades de final de ano e eventos esportivos prospectam aumento na demanda da população, o que deve impulsionar a utilização frigorífica no estado.
LEVE ASCENSÃO: diferente das semanas anteriores, a arroba do boi gordo apresentou leve aumento de 0,04%. Assim, a arroba fixou-se em R$ 239,60.
RITMO DE QUEDA: a cotação da vaca gorda seguiu sentido contrário ao boi gordo, com declínio de 0,27% em relação à semana passada e fechou na média de R$ 226,22/@.
NO VERDE: o mercado futuro acompanhou a valorização da arroba do boi gordo e resultou em um acréscimo de 0,51% ante semana passada.
Precificação da arroba do boi gordo preocupa confinadores em MT e aumenta negociações com mecanismos de travamento de preços.
O último levantamento das intenções de confinamento realizado pelo Imea registrou maior apreensão do pecuarista em relação à atividade no estado. A utilização da capacidade estática fechou out.22 com 65,72% e registrou queda pelo 3º ano consecutivo. A maior oferta de animais, influemciada pelo 2º giro do confinamento, preocupou o produtor em relação ao preço da arroba.
Ao mesmo tempo, a China reduziu o volume de compra afim de pressionar as precificações, o que trouxe impacto direto nas cotações por se tratar do maior demandante da proteína exportada. Este cenário incerto frente à oscilação do mercado aumentou a porcentagem de produtores que recorreram à operações de hedge, mecanismo de travamento de preços. Assim, o incremento foi de 12,68 p.p. em relação a 2021, e totalizou 31,11% entre operações de termo e B3.
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Atualizada 16 nov 22
CUIABÁ - As cotações médias da arroba do boi gordo nas praças mato-grossense e paulista foram fortemente pressionadas em out.22. As desvalorizações registradas foram de 3,80% e 2,23% respectivamente, ante a set.22 e os indicadores fixaram-se na média de R$ 251,57/@ e R$ 299,91/@, na mesma ordem, cotações livres de impostos.
Mesmo que MT tenha alcançado volumes recordes nas exportações em out.22, o cenário de demanda interna estagnada foi o fator balizador e que mais pressionou as cotações em ambas as praças, visto que a maior parcela da produção é destinada ao mercado interno. Diante disso, o diferencial de base MT-SP se alongou em 1,37 p.p. e fixou-se em -16,12% - percentual que não era observado desde mar.16. Para nov.22, espera-se que a demanda nas gôndolas seja impulsionada dado o maior poder aquisitivo do consumidor frente ao pagamento da 1ª parcela do 13º, somado aos eventos como a Copa do Mundo.
PATINANDO: com a demanda interna ainda enfraquecida e uma boa oferta de animais confinados, a arroba do boi reduziu 0,46% ante a semana passada e fixou-se em R$ 239,51.
MENOS POR @: seguindo o mercado dos machos, as negociações da vaca foram pressionadas em 0,97% no comparativo semanal e fechou na média de R$ 226,85/arroba.
RECUOU: como reflexo das paralisações rodoviárias e incertezas do mercado na semana passada, as escalas de abate recuaram 7,77% e o indicador fixou-se em 9,76 dias.
Em out.22 o abate de bovinos em MT recuou 11,63% ante a set.22, mas ainda esteve 3,60% acima ao do mesmo período do ano anterior.
Por causa do período atual de entressafra - momento em que é observada diminuição na oferta de animais terminados –, o abate total em Mato Grosso somou o equivalente a 400,31 mil cabeças em out.22, recuo de 11,63% quando comparado ao mês de set.22. A demanda interna estagnada influenciou para essa queda, uma vez que a dificuldade no escoamento da proteína para o varejo gerou excedentes nas indústrias.
Estas, por sua vez, optaram por limitar suas aquisições e realocarem suas escalas de abate. Entretanto, quando se observa o comparativo anual, o volume de animais abatidos aumentou 3,60% ante a out.21, cenário influemciado, principalmente, pela entrada das fêmeas ao mercado, movimento que não era observado no ano passado (já que a retenção estava elevada).
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Atualizada dia 25 out 22
CUIABÁ - Em MT, a utilização da capacidade frigorífica real (levantada mensalmente pelo Imea) registrou avanço de 3,21 p.p. em set.22 ante a ago.22 e fixou-se em 84,83%. Do mesmo modo, a utilização da capacidade operacional (que considera apenas os frigoríficos operantes do estado) também registrou incremento no mesmo comparativo, mas de 3,40 p.p., e ficou na média de 63,99% no período.
Essa menor ociosidade que ocorreu no interior das indústrias foi pautada, principalmente, pelo aumento no abate diário de bovinos na média de 7,10% devido a diminuição no número de dias úteis no estado ante o mês anterior. Por fim, com a demanda interna ainda estagnada e as exportações que até então seguiam trabalhando intensamente, mas começaram a sinalizar recuo na parcial de out.22, a procura por parte das indústrias tende a diminuir dado o menor escoamento, fator que pode aumentar a ociosidade industrial local.
ARROBA EM QUEDA: com a entrada da segunda quinzena do mês e as escalas de abate confortáveis, as cotações foram pressionadas em 0,98% ante a semana passada.
LADO A LADO: na mesma conjuntura do mercado dos machos, a arroba da vaca gorda decresceu 1,22% na última semana e fixou-se na média de R$ 238,91.
LEVE ALTA: com o aumento das chuvas e leve incremento na procura por animais de reposição, o preço do bezerro de ano valorizou 0,26% no comparativo semanal.
Com a atualização recente dos custos de produção realizada pelo Imea, houve incremento para os três sistemas no estado.
Os sistemas que apresentaram maiores variações positivas no 3º trim.22 ante o 2º trim.22 nos custos de produção total (COT) foram os de cria e ciclo completo, com 2,09% e 3,46%, respectivamente no período e fixaram-se na média de R$ 181,52/@ e R$ 154,67/@, na mesma ordem. Apesar de a queda no preço da saca do milho ter impactado no declínio dos preços dos concentrados em 1,60% ante o 2º trim.22, os custos com a suplementação em ambos os sistemas continuaram em alta, com média de R$ 46,80/@ para a cria e R$ 32,31/@ para o ciclo completo. Esse cenário foi puxado especialmente pelo custo com o sal mineral, o qual se valorizou em 2,64% no período analisado. Por fim, o sistema com a menor elevação foi o de recria-engorda, que aumentou em 0,12% no mesmo comparativo, na média de R$ 265,50/arroba.
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Atualizada 18 out 22
CUIABÁ - Novamente o diferencial de base MT-SP registrou um alargamento de 0,77 p.p no indicador médio da arroba do boi gordo e alcançou o percentual de 14,75% no mês de set.22. Assim como no mês passado, a queda mais intensa foi registrada no preço médio mato-grossense, que recuou 4,11% e ficou cotado na média de R$ 261,52/@, enquanto na praça paulista o indicador registrou queda de 3,25% e ficou na média de R$ 306,75/@ - ambas as cotações livres de impostos.
O escoamento mais elevado da carne bovina em São Paulo ante a estagnação da demanda interna em Mato Grosso foi o principal balizador para as desvalorizações dentro da porteira. É importante destacar que este movimento tende a se manter para out.22, visto que a oferta continua favorável, mas a demanda interna acena melhoras a partir de nov.22 com o recebimento do 13º, copa do mundo e festividades de final de ano.
CAIU: as escalas de abate ainda confortáveis na maioria dos frigoríficos de Mato Grosso mantiveram a pressão na arroba do boi gordo em 0,29% ante a semana passada.
DESACELEROU: a arroba da vaca gorda foi pressionada em 0,34% no comparativo semanal e o indicador ficou cotado na média de R$ 241,86/@ no estado.
VALORIZOU: a queda na arroba do boi gordo foi mais intensa do que a observada no bezerro de ano e isso resultou em uma relação de troca 0,15% maior do que a da semana passada.
Segundo o Indea, após quatro meses de altas consecutivas, o volume total de bovinos abatidos em Mato Grosso registrou queda no mês de set.22 e totalizou 453,00 mil cabeças.
A variação observada no indicador foi de -1,85% no comparativo com ago.22, cenário puxado pela retenção na oferta das fêmeas para a estação de monta (-18,52% no mesmo comparativo), enquanto o volume de machos registrou incremento de 7,94% no período. Quanto à distribuição do volume de abate nas macrorregiões do estado, a noroeste registrou a menor quantidade em volume (34,26 mil cabeças) e o maior percentual de queda, de 24,35% em set.22 ante a ago.22.
A região se destaca pelo predomínio do sistema de cria e, dessa forma, possui a maior parcela do rebanho de fêmeas. No entanto a região médio-norte registrou o maior avanço mensal, de 24,62%, devido à concentração de animais confinados ofertados, que totalizaram 56,83 mil cabeças.
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Atualizada 11 out 22
CUIABÁ - De acordo com a divulgação do Imea, a 4ª estimativa de 2022 do Valor Bruto de Produção Agropecuária de MT fechou em R$ 205,11 bilhões, incremento de 43,48% ante a 8ª estimativa de 2021. Desse resultado, a pecuária registrou 15,95% de participação, equivalente a R$ 32,72 bilhões – acréscimo de 5,28% no mesmo comparativo. Adentrando o setor da bovinocultura de corte, a representatividade foi de 13,35%, ou o mesmo que R$ 27,39 milhões – incremento de 6,98% ante a 2021.
Esse cenário foi pautado na inversão do ciclo pecuário, pois mais fêmeas foram ofertadas (+11,87%) e isso elevou o número total de bovinos abatidos em Mato Grosso, aumentando assim a produção de carne bovina no esta-do. No entanto, o baixo escoamento da proteína no mercado interno fez as cotações da arroba dentro da porteira registrarem queda, fator que limitou uma alta mais elevada do VBP.
DECLÍNIO: depois de várias semanas consecutivas de queda intensa no indicador da arroba do boi gordo, na última semana a variação foi de -0,43% no comparativo semanal.
LEVE QUEDA: a oferta mais tímida de fêmeas ao abate fez com que a arroba da vaca gorda registrasse recuo de apenas 0,30% ante a semana passada, sendo cotada a R$ 242,73.
B3 DESVALORIZADA: com a oferta de bovinos acima do esperado para o período, o contrato corrente da bolsa registrou queda de 1,76% no comparativo semanal.
China, somada a Hong Kong, continua liderando o ranking de maior importador de carne bovina mato-grossense, enquanto a Rússia cai para a décima colocação.
As compras de carne bovina do gigante asiático vieram a todo vapor e, no acumulado de janeiro a setembro de 2022, registraram um incremento de 27,57% ante o mesmo período do ano passado. Em volume, foram embarcadas 280,88 mil toneladas em equivalente carcaça de Mato Grosso ante a 220,17 mil TEC do mesmo período de 2021.
Países do Oriente Médio também aumentaram suas compras, como o Egito e os Emirados Árabes Unidos, com acréscimos de 122,48% e 108,69%, respectivamente, no período. Porém, a Rússia diminuiu suas compras em 11,20% no comparativo anual, cenário pautado pela barreira imposta nas compras de carnes oriundas de animais mais velhos (sendo liberada apenas em setembro deste ano).
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Atualizada dia 04 out 22
CUIABÁ - Com o início da primavera, as estimativas para o curto prazo (30 dias) já apontam para chuvas entre 100 e 150 mm na maior parte das regiões do estado, segundo a previsão do TempoCampo. No entanto, as regiões norte e noroeste se destacaram por registrar um acumulado mais elevado, de 200 a 300 mm, cenário favorável para os pecuaristas visto que o sistema de cria tem maior incidência na região e a seca vinha impactando na engorda dos animais de reposição.
De um modo geral, neste período de renovação das pastagens, os produtores começam a reter seus animais e isso tende a limitar a oferta no final do ano, sendo concentrada para animais confinados ou semiconfinados. Com isso, se a demanda interna se intensificar conforme as estimativas de mercado e a oferta for limitada, os preços da arroba tendem a apresentar incrementos no último bimestre do ano.
NO VERMELHO: a boa oferta de animais para o abate no estado pressionou as cotações em 1,62% ante a semana passada e a arroba do bovino macho ficou na média de R$ 255,26.
MENOR PREÇO: o mercado da vaca gorda acompanhou a movimentação da arroba do boi gordo e decaiu em 1,23% no comparativo semanal e fixou-se na média de R$ 243,46/arroba.
CENÁRIO DESFAVORÁVEL: o movimento de estagnação nas negociações do gado magro pressionou as cotações do bezerro de 12 meses, que ficou cotado a R$ 2.600,36/cabeça.
Arroba em dólar mato-grossense cai para a última colocação no mercado internacional e a australiana perde a primeira posição para os EUA após 28 meses na liderança.
Perante um cenário de maior quantidade de animais ofertados para o abate, aliado a uma recessão no poder aquisitivo do consumidor interno, a arroba mato-grossense decaiu em 1,05% em ago.22 ante a jul.22 e ficou na média de US$ 52,82/@, a menor cotação dentre os principais players de mercado.
No mesmo sentido, a arroba australiana também registrou queda, de 2,09% no indicador, e fechou na média de US$ 81,82/@. O principal fator esteve pautado no aumento do estoque de animais no país, somado aos receios sanitários diante dos casos de febre aftosa na Indonésia. Sendo assim, o país perdeu a liderança no mercado internacional para os Estados Unidos, que teve uma valorização de 1,62% e ficou na média de US$ 85,06/@ no mesmo período.
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Atualizada dia 27 set 22
CUIABÁ - Acompanhando o cenário de pressão na arroba do boi gordo, o mercado de reposição seguiu andando de lado nas últimas semanas. O bom volume ofertado de bezerros desmamados, aliado à baixa procura por parte dos recriadores, refletiu na desvalorização de 2,43% - considerando o acumulado dos dias 01/09 a 23/09 ante o mesmo período de ago.22. Dessa forma, a cotação média do indicador ficou em R$ 2.291,06/cab.
Do mesmo modo, com o atual cenário de virada do ciclo pecuário, tem sido observado um aumento na oferta das fêmeas no estado, movimento que refletiu no recuo de 4,76% no preço da vaca parida no mesmo comparativo, com as negociações na média de R$ 4.236,01/cab. Vale destacar que a elevada quantidade dessas categorias disponíveis no mercado tem sido reflexo da retenção das fêmeas nos dois últimos anos.
REDUZIU: com o contínuo cenário de boa oferta de bovinos e baixa demanda interna, a arroba do boi gordo foi novamente pressionada no estado e fixou-se na média de R$ 259,47.
DEPRECIOU: para as fêmeas, a queda no indicador foi de 0,61% no comparativo semanal e a arroba da vaca gorda registrou a média de R$ 246,48 no estado.
AUMENTOU: com as câmaras frias estocadas e a oferta satisfatória de bovinos no mercado interno, as escalas de abate dos frigoríficos resultaram na média de 9,00 dias em MT.
Segundo os dados do IBGE, o 1º sem.22 foi de aumento no abate de bovinos e na produção de carne tanto em nível nacional, como em Mato Grosso ante o 1º sem.21.
Com a divulgação dos dados do IBGE referentes ao 2º trim.22, em nível nacional o abate de bovinos somou 7,36 milhões de cabeças, com uma produção total de 1,94 milhão de toneladas no país. Para Mato Grosso, os resultados foram de 1,11 milhão de cabeças, enquanto a produção foi de 31,06 mil toneladas.
Quando se analisa o acumulado do semestre, os resultados foram de acréscimo de 2,07% na produção e 1,72% no abate ante o 1º sem.21, somando 62,04 mil toneladas e 2,23 milhões de cabeças. Esses resultados positivos para os dois indicadores foi reflexo da mudança no ciclo pecuário, que ocorre não só em nível estadual, como nacional. As fêmeas seguem sendo mais ofertadas e esse movimento tende a se intensificar no próximo ano
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Atualizada 20 set 22
CUIABÁ - A arroba do boi gordo mato-grossense recuou 5,28% em ago.22 ante a jul.22 e ficou cotada na média de R$ 272,74 (precificação a prazo e livre de Funrural). Já na praça paulista, a queda foi menos intensa, de 3,27% no mesmo comparativo e o indicador fixou-se na média de R$ 317,05/@ - cotação também livre de impostos. Esse movimento de desvalorização nos preços, contrário ao que foi observado no mesmo período do ano passado, esteve pautado na oferta elevada de bovinos aptos para o abate, enquanto a demanda interna esteve estagnada e limitou o escoamento da carne, principalmente em Mato Grosso (contrário a São Paulo, que é um grande polo consumidor). Diante disso, o diferencial de base entre os estados se alargou para -13,98%, terceiro maior resultado em 2022, e ficou 1,83 p.p. à frente do resultado obtido em jul.22.
QUEDA: a arroba do boi gordo seguiu com leve queda de 0,18% ante a semana passada e registrou a média de R$ 262,45. Esse cenário foi reflexo da boa oferta e fraca demanda interna.
LADO A LADO: a arroba da vaca gorda apresentou desvalorização de 0,26% no comparativo semanal e fechou a semana na média de R$ 247,99 no estado.
CAIU: os contratos com vencimento para out.22 sofreram reajuste negativo de 0,89% ante a semana passada e, com isso, foram negociados na média de R$ 308,62/@ em MT.
MT abateu 454,67 mil cabeças de bovinos em ago.22, contudo, a utilização frigorífica real, operacional e total recuaram no estado. Em ago.22, a utilização real (informada pelos frigoríficos) registrou recuo de 3,04 p.p ante a jul.22 e o indicador fechou em 82,67%. Mesmo com o alto volume de abates no estado, o maior número de dias úteis ante o mês passado fez com que houvesse uma maior distribuição dos lotes de bovinos.
Nesta linha, a utilização total (registrada pelo MAPA e Indea) também recuou, mas cerca de 2,00 p.p no período e ficou em 51,18%. Já a utilização operacional foi a que apresentou uma maior redução, de 8,94 p.p. ante jul.22, e fechou na média de 60,60% - resultado puxado pela região noroeste devido ao fechamento de uma planta frigorífica. De modo geral, para o set.22, espera-se menor oferta de animais terminados diante da seca e, com isso, os abates totais tendem a diminuir, influenciando na ociosidade industrial de MT.
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Atualizada 13 set 22
CUIABÁ - Segundo os dados divulgados pelo Indea-MT referentes a ago.22, o volume total de bovinos abatidos no estado totalizou 461,50 mil cabeças, queda de 0,14% ante a jul.22, mas incremento de 2,71% no comparativo anual. Quanto à variação nas macrorregiões do estado, foi observado um movimento de queda no abate, especialmente nas regiões norte (-17,38%) e noroeste (-6,40) no comparativo mensal – onde o sistema de cria tem maior destaque.
Já ao analisar as categorias, foi possível observar aumento na quantidade de machos abatidos, que totalizou 290,74 mil cabeças no período (+5,72% ante o mês passado). Esse resultado foi puxado especialmente pelos animais com menos de 24 meses (padrão China), que registrou aumento de 39,98% no mesmo comparativo. Por fim, para as fêmeas, houve queda de 8,74% no volume total ante a jul.22 e somou 170,80 mil cabeças abatidas
NOVA QUEDA: a arroba do boi gordo foi pressionada em 0,48% ante a semana passada e fixou-se na média de R$ 262,93 em MT, cenário pautado no baixo escoamento da carne.
REFLEXO DO BOI: de maneira análoga, a arroba da vaca gorda registrou decréscimo de 0,52% no comparativo semanal e ficou na média de R$ 248,65 no estado.
BÔNUS PARA O CRIADOR: diante da maior desvalorização na arroba do boi terminado, a relação de troca entre boi/bezerro aumentou para 1,81 p.p. ante a semana anterior.
Segundo a Secex, em ago.22 as exportações de carne bovina em equivalente carcaça alcançaram patamares recordes em MT.
O escoamento de carne para o exterior seguiu aquecido e registrou incrementos de 20,03% e 33,60% no Brasil e MT ante a jul.22, respectivamente.
Em números, foram embarcadas 278,80 mil toneladas em equivalente carcaça (TEC) brasileiras, e os embarques mato-grossenses somaram 62,15 mil TEC. A demanda internacional seguiu impulsionada pela China, que registrou alta de 30,11% ante a jul.22 e importou o total de 43,50 mil TEC do estado.
Somado a isso, países do Oriente Médio e da União Europeia ganhou espaço nas importações matogrossenses, com aumento de 41,92% e 41,23%, respectivamente, na quantidade importada no período. Quanto aos países que compõem a UE, a Itália importou 0,92 mil TEC (+12,50% ante a jul.22), reflexo do Ferragosto – principal feriado de verão no país e que acarretou no aumento do consumo da carne bovina.
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Atualizada 30 ago 22
CUIABÁ - Partindo de um cenário com demanda interna retraída, férias coletivas de plantas frigoríficas no estado e um aumento na oferta de animais para o abate mesmo no período de entressafra no decorrer de ago.22, as cotações físicas da arroba do boi gordo foram pressionadas no período em 4,42% ante o mês de jul.22 e ficaram na média de R$ 273,10.
Enquanto isso, a reposição em Mato Grosso apresentou elevadas ofertas e baixa demanda ao longo do mês e isso gerou uma queda nos preços do bezerro de ano em 2,13% ante o mês passado. Diante desse movimento nas cotações, o ágio boi/bezerro ficou em 28,11% (+1,72 p.p. ante a jul.22), sentido contrário ao cenário observado em ago.21, no qual o ágio esteve em 31,50% justificado pelos picos observados no preço da arroba do boi gordo, enquanto a reposição indicava queda.
DECLÍNIO: com o baixo escoamento da carne e as escalas alongadas, houve pressão na cotação média da arroba do boi gordo em 0,76% no comparativo semanal.
DESVALORIZOU: a cotação média da arroba da vaca gorda foi pressionada em 1,41% ante a semana passada e finalizou a semana a R$ 251,59.
MAIS DIAS: diante da demanda interna estagnada e oferta satisfatória de gado, as plantas frigoríficas do estado alongaram suas escalas de abate para a média de 8,96 dias.
O mercado físico do boi registrou queda em ago.22, mas a B3 apontou recuperação no mercado futuro a partir de set.22 em MT.
Em ago.22, o mercado físico do boi gordo mostrou-se adverso ante a ago.21, visto que no período a arroba registrou incrementos e fechou na média de R$ 300,80. Já para este ano a negociação ficou em R$ 273,10/@ no mês, recuo de 9,21% no comparativo anual. Porém, o mercado futuro aponta para valorizações no indicador e, contrário aos anos anteriores, em que o pico das cotações ocorrem em out.22, neste ano os contratos com vencimento para nov.22 e dez.22 são os que apresentaram maiores incrementos, justificados pela expectativa de melhora no consumo da carne bovina no mercado interno devido às festividades anuais, copa do mundo e eleições brasileiras. Além disso, espera-se também um escoamento externo mais aquecido para a China e países no Oriente Médio, como sazonalmente ocorre neste período.
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Atualizada dia 23 ago 22
CUIABÁ - Em jul.22, o abate total de bovinos em MT registrou alta de 4,36% ante a jun.22 e somou 455,02 mil cabeças. Nesse sentido, foi observado um incremento de 0,29 p.p. na utilização frigorífica real, a qual fechou na média de 86,25% no estado. O movimento de alta também foi registrado na utilização frigorífica operacional, que avançou 4,38 p.p. no comparativo mensal e fixou-se na média de 69,54% da utilização das plantas em atuação.
Mesmo com um maior número de unidades em operação, o cenário de avanço em ambas as utilizações foi reflexo do incremento mais intenso no abate total do estado. Para ago.22, espera-se um cenário altista na utilização da capacidade real das indústrias, pois a notícia de que uma planta exportadora foi embargada e outras três entraram em férias coletivas movimentou o mercado, o que pode acarretar em uma diminuição na ociosidade industrial no mês
DECAIU: na última semana, a arroba do boi gordo registrou uma desvalorização de 3,04% ante a semana passada. A pressão surgiu devido à paralisação das indústrias.
SEGUINDO O BOI: diante da atual conjuntura dos machos, o cenário alcançou as cotações da vaca gorda e fez com que a arroba registrasse a média de R$ 255,20 em MT.
INCERTO: as cotações da arroba na B3 com vencimento para ago.22, foram pressionadas em 0,42% ante a semana passada e ficaram na média de R$ 307,31.
Em jul.22, o Imea realizou o segundo levantamento das intenções de confinamento em Mato Grosso.
Cerca de 180 informantes foram entrevistados, o que representou 75,00% da amostra total. O resultado obtido foi 22,15% superior à estimativa realizada em abr.22 e somou 647.267 cabeças de bovinos confinados. A região sudeste apresentou um acréscimo de 167,54% no volume de animais confinados, enquanto a região com menor variação foi a médio-norte (17,44% ante a abr.22), e resultou em 133,30 mil cabeças.
De um modo geral, a conjuntura atual que influenciou na tomada de decisão do confinador esteve atrelada aos menores preços dos animais de reposição e aos custos com suplementação mais baixos, puxado pelo menor preço do milho. No entanto, o preço futuro da arroba tem sido um ponto de atenção, pois não tem registrado valorização que o mercado espera. Para mais informações, acesse o relatório completo aqui.
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Atualizada 16 ago 22
CUIABÁ - Em julho, a restrição na oferta de animais terminados em Mato Grosso e São Paulo, somada às exportações aquecidas no período, influenciou para uma valorização mensal de 1,99% e 4,22%, respectivamente, ante a jun.22. Nesse sentido, as arrobas fixaram-se na média de R$ 327,75 e R$ 287,94 na praça paulista e mato-grossense, nesta ordem, sendo ambas as cotações livres de Funrural.
Diante disso, no período houve um encurtamento de 1,87 p.p. no diferencial de base entre os estados ante o mês passado e o indicador fixou-se em -12,15%. Para ago.22, eram esperadas cotações elevadas para a arroba, visto que o período de entressafra limitaria a oferta (movimento sazonal no setor). No entanto, com a saída temporária das compras de alguns frigoríficos no estado e, com o embargo da China sobre uma indústria local, os preços começaram a apresentar quedas elevadas nas praças.
NO VERMELHO: as recentes notícias referentes à saída do mercado de algumas indústrias no estado pressionaram a arroba do boi gordo em 1,36% no comparativo semanal.
QUEDA NA ARROBA: esse movimento impactou também a cotação das fêmeas, que comparado à semana passada recuou 1,10% e fixou-se na média de R$ 261,19/arroba.
MERCADO PRESSIONADO: com a queda na arroba do boi gordo, somada à estagnação da demanda, o preço do bezerro de ano registrou recuo de 1,18% ante a semana passada.
Diferente do cenário observado no setor de grãos, as exportações de carne bovina ainda se concentram no arco sul com 99,28% de representatividade no acumulado de jan-jul.22.
A participação do arco norte no escoamento dos grãos neste período representou cerca de 1/3 dos embarques totais de soja e milho. No entanto, mesmo que desde o ano de 2010 a destinação pelo arco norte – que consiste em portos localizados em regiões acima do paralelo 16°– começou a ser uma realidade, o escoamento da carne bovina mato-grossense ainda se concentra no arco sul.
Para se ter ideia, o porto de Barcarena – PA foi responsável por transportar 2,29 mil toneladas em equivalente carcaça (Mil TEC) na parcial do ano, enquanto o porto de Santos embarcou um total de 228,53 mil TEC no mesmo período. Essa baixa participação tem como reflexo os problemas logísticos e de infraestrutura enfrentados, o qual limita o volume de carne bovina ao arco norte.
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Atualizada 9 ago 22
CUIABÁ - Em jul.22, as exportações mato-grossenses de carne bovina alcançaram o segundo maior volume de 2022, com 46,51 mil toneladas em equivalente carcaça (TEC) embarcadas. Esse ritmo continua sendo pautado pelas elevadas compras chinesas, que seguiram acima do patamar de 30,00 mil TEC no respectivo mês. Outro ponto importante de salientar: a maior participação das importações do Reino Unido, mercado que se ampliou desde o Brexit (saída do Reino Unido do Bloco Econômico da União Europeia).
Para se ter ideia, a partir desse momento as compras da carne mato-grossense se elevaram em 439,55% no comparativo de 2021 ante a 2020 – fatores como as mudanças nas taxas para produtos agrícolas influenciaram neste movimento. Já em 2022, apesar da leve queda de 0,83% no comparativo dos sete primeiros meses do ano, ante 2021, já se acumulam 1,83 mil TEC embarcadas
ARROBA EM BAIXA: a oferta de bovinos seguiu mais aquecida na última semana e, com isso, o indicador da arroba do boi gordo registrou queda de 0,45% ante a semana passada.
FÊMEAS EM QUEDA: no mesmo cenário dos machos, as fêmeas também seguiram com queda nas cotações e a arroba ficou na média de R$ 264,08.
ESCALAS LARGAS: diante desse incremento nos envios de animais terminados ao abate, as escalas se alongaram em 13,48% e ficaram na média de 8,84 dias.
O abate total de bovinos teve incremento em Mato Grosso. Movimentações externas influenciam este cenário.
Em jul.22, o abate total de bovinos foi 3,74% superior ao registrado em jun.22 e totalizou 462,17 mil cabeças de animais. Esse cenário foi influenciado pela maior oferta dos machos, que registrou incremento de 10,64% no mesmo comparativo, resultando em 275,02 mil cabeças. Em contrapartida, a oferta de fêmeas recuou 4,98% ante a jun.22.
Apesar da conjuntura atual de período de entressafra, ainda foram observados lotes de animais terminados a pasto sendo ofertados. Outro ponto de atenção se volta para a demanda externa aquecida, que impulsionou a oferta de bovinos mais jovens e semiconfinados, como é o caso dos machos de 4 a 12 meses, com aumento de mais de 600,00% em sua oferta, seguidos dos animais entre 12 e 24 meses e entre 24 e 36 meses, que registraram incremento de 9,77% e 13,56%, respectivamente, no mesmo comparativo.
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Atualizada 02 ago 22
CUIABÁ - No fechamento de jul.22, as cotações médias da arroba do boi e da vaca gorda registraram acréscimo de 4,73% e 5,04%, respectivamente, no comparativo com o mês passado. Com isso, os preços fixaram-se na média de R$ 286,97/@ e R$ 272,05/@, na mesma ordem.
Os principais fatores que influenciaram para este cenário estiveram atrelados à menor oferta de animais no decorrer do mês, por conta do período de entressafra, enquanto a demanda externa manteve-se em elevados patamares no mesmo período e a interna esteve mais aquecida na primeira quinzena. No entanto, é importante destacar que na última semana de jul.22 um movimento de maior oferta dos animais confinados no 1º giro começou a surtir efeito no mercado e influenciou nos preços, que somada à retração da demanda no final do mês, a arroba começou a ser pressionada em ambas as categorias.
ALONGOU: com o mercado bem ofertado, os frigoríficos não encontraram dificuldades na composição das escalas de abate, que ficaram na média de 7,79 dias na última semana.
RETRAIU: com a expectativa de aumento na oferta de bovinos em out.22, o mercado futuro apresentou recuo de 0,54% no comparativo com a última semana.
DESVALORIZOU: com uma oferta intensificada no mercado, o preço médio do bezerro de ano desvalorizou 1,11% ante a semana passada e ficou cotado na média de R$ 2.678,26/cab.
Recentemente, o Imea divulgou os dados dos custos de produção referentes ao 2° trim.22 para a pecuária de corte mato-grossense.
Dessa forma, os sistemas de cria e ciclo completo registaram aumento no custo operacional total (COT) de 6,22% e 6,30%, respectivamente, ante o 1º trim.22 e fixaram-se em R$ 177,81/@ e R$ 149,50/@, na mesma ordem. Esse cenário foi impulsionado pelos preços da suplementação animal, que variou +10,67% e +8,74%, respectivamente, no mesmo período, devido à valorização dos concentrados como o milho e farelo de soja.
Em contrapartida, apesar do cenário dos suprimentos apresentar alta de 14,86% – no mesmo comparativo –, o custo operacional total do sistema de recria e engorda diminuiu em 2,45% ante o 1º trim.22 (R$ 265,19/@), sendo puxado, especialmente, pela queda no custo com aquisição de animais (-10,38%). Esse recuo nos preços da reposição foi reflexo da elevada oferta que começou a surgir e impactou nas cotações.
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Atualizada dia 26 jul 22
CUIABÁ - Em jun.22, o mercado do boi gordo na praça mato-grossense reduziu 3,51% ante a mai.22 e registrou média de US$ 54,37/@. Apesar da valorização do dólar, que exibiu alta de 1,82% no mesmo comparativo e atingiu patamares de US$ 5,04, o aumento da oferta de animais terminados, tanto no sistema a pasto quanto no 1º giro de confinamento, promoveu o cenário de retração.
A pressão observada foi de alcance mundial, uma vez que os principais países exportadores também apresentaram recuo na média mensal, com destaque para a Argentina, que reduziu 7,05% nos seus preços frente a mai.22 e ficou cotada a média em US$ 60,15/@. Esta queda foi reflexo da menor movimentação agropecuária no país, visto que a greve dos caminhoneiros impactou no escoamento das produções agrícolas e pecuárias, estagnando os mercados interno e externo da nação
REDUÇÃO: oferta de boi continua em alta, uma vez que não há pastos para a retenção dos animais e, com isso, o preço da arroba caiu 1,17% ante a semana passada.
QUEDA: na mesma conjuntura do gado gordo, a vaca gorda tem sido oferecida em grande escala e teve declínio de 1,28% ante a semana passada, na média de R$ 270,71/arroba.
DESVALORIZOU: acompanhando o cenário de excedente na oferta, o mercado futuro exibiu decréscimo de 0,77% ante a semana passada e fechou na média de R$ 325,63/@.
Queda nas cotações da arroba faz o diferencial de base entre Mato Grosso e São Paulo diminuir 0,19 p.p de mai.22 para jun.22.
A quantidade de animais enviados para abate aumentou em junho devido ao cenário de estiagem, o que pressionou as cotações nas praças analisadas, que diminuíram 1,34% em Mato Grosso e 1,55% em São Paulo, ambas ante a mai.22, e ficaram cotadas na média de R$ 276,29/@ e R$ 321,34/@, respectivamente.
Com a dificuldade no escoamento da proteína à população devido ao baixo poder de compra, as indústrias operaram de maneira limitada nas compras e com escalas de abates mais longas, o que reforçou o movimento de recuo, especialmente em São Paulo. Diante do cenário de recuo nos preços praticados em jun.22, o diferencial ficou na média de -14,02%, indicando maior proximidade entre as cotações. Para jul.22, espera-se volatilidade nos preços devido a menor oferta de animais a pasto e entrada dos confinados.
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Atualizada 19 jul 22
CUIABÁ - De acordo com os dados de jun.22 divulgados pela Secex, a quantidade exportada em equivalente de carcaça aumentou 7,47% ante a mai.22 e totalizou 45,56 mil toneladas de carne bovina de Mato Grosso. Com o aquecimento da demanda externa pela proteína, a receita total registrou valorização de 15,16% em comparação com o mês anterior, o que gerou um valor de US$ 244,83 milhões.
Dentre os países importadores da carne matogrossense, a China e Hong Kong se mantiveram como os principais players e representaram juntos 75,14% do volume total exportado. O gigante asiático aumentou sua importação em 20,32% ante a mai.22 e adquiriu 34,23 mil t de carne, o que resultou numa receita de US$ 193,06 milhões. Esse valor representou 78,85% do capital total gerado pelas exportações mato-grossenses.
PRESSIONADO: devido à estiagem, a oferta de bovinos aumentou, o que gerou uma queda de 0,37% no preço da arroba do boi gordo, que ficou na média de R$ 289,06.
DIMINUIU: com o cenário análogo ao do boi gordo, a vaca gorda desvalorizou 0,44% ante a semana passada e apresentou média de R$ 274,23/@.
ESFRIOU: o mercado da reposição segue estagnado com uma grande quantidade de ofertas. Dessa forma, o preço do bezerro caiu 1,36% ante a semana passada.
Segundo o Indea-MT, o abate total de bovinos em MT apontou alta de 4,58% de mai.22 a jun.22 e totalizou 445,51 mil cabeças abatidas.
A conjuntura que corroborou com esse cenário esteve atrelada à maior oferta de animais machos, devido à liberação dos lotes finais de animais terminados a pasto, ao início do período de seca e à entressafra dos bovinos.
Sendo assim, o abate total de machos para o período apresentou aumento de 7,00% no comparativo mensal e registrou volume de 248,56 mil cabeças abatidas em jun.22. Observadas as regiões, a noroeste e médio-norte lideraram o abate de machos, com adição de 36,88% e 21,08% de mai.22 a jun.22, respectivamente.
No cenário das fêmeas, a região médio-norte foi a de maior influência, com alta de 42,43% para o mesmo período. No acumulado do 1º sem.22, o abate total de bovinos em MT apresentou alta de 5,22% ante o 1º sem.21, com adição de 116,05 mil cabeças, foi totalizado 2,34 milhões de cabeças abatidas em 2022.
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Atualizada 12 jul 22
CUIABÁ - Segundo o IBGE, no 1º trim.22 o abate de bovinos no país aumentou 5,88% (+128,52 mil cab.) ante o primeiro trimestre de 2021, cenário impulsionado pela quantidade de fêmeas abatidas, equivalente a 72,37 mil ton a mais do que no mesmo período no ano anterior. Diante da maior oferta de animais e intensa demanda externa, a produção brasileira de carne bovina registrou acréscimo de 6,46% no mesmo período.
Nessa mesma conjuntura, em Mato Grosso os abates aumentaram 7,55% (+26,23 mil cab.), ante o 1° tri.21, e isso intensificou a produção de carne em 7,84%, no mesmo comparativo, com o volume total de 95,76 mil kg produzidos. Vale destacar que o pico da produção ocorreu em janeiro (+116,40 mil kg), devido à elevada demanda chinesa no período. No entanto, nesse mesmo período a demanda interna permaneceu estagnada, devido aos altos patamares da proteína bovina no varejo.
AUMENTOU: a demanda mais aquecida de início de mês animou o setor e, com a oferta mais limitada no estado, a arroba do boi gordo registrou alta de 1,48% na última semana.
VALORIZOU: no mesmo movimento, o preço médio da arroba da vaca gorda registrou um leve incremento de 0,90% ante a semana passada e ficou cotada a R$ 275,45.
MAIS PRÓXIMO: com o incremento ocorrendo de forma menos intensa em MT ante o cenário de SP, o diferencial de base se alargou em 0,88 p.p. no comparativo semanal.
Segundo o Imea, o Valor Bruto de Produção (VBP) do boi representou 13,98% da participação agropecuária de Mato Grosso.
A terceira estimativa de 2022 do VBP de Mato Grosso estimou alta de 43,83% quando comparado à 7ª estimativa de 2021 e somou R$ 205,83 bilhões ao todo. A pecuária representou 16,59% do resultado, enquanto a agricultura correspondeu com 83,41%. No comparativo das cadeias, a pecuária de corte foi responsável por R$ 28,78 bi. de participação, resultado 0,56% inferior se comparado com a última estimativa (abr.22), cenário puxado pelos preços mais baixos dentro da porteira.
Ao analisar as perspectivas para 2022 ante a 2021, espera-se um incremento de 12,33% no VBP da pecuária de corte, com acumulo de R$ 28,78 bilhões. Essa alta baseia-se na maior produção de carne no estado devido ao atual momento do ciclo da bovinocultura, onde tem ocorrido uma maior oferta de animais para o abate, especialmente das fêmeas.
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Atualizada dia 05 jul 2022
CUIABÁ - A carne brasileira, com destaque para a mato-grossense, vem adquirindo maior visibilidade e competitividade no mercado externo, devido aos fatores relacionados à qualidade e questões sanitárias. Essa elevada demanda tem influenciado, inclusive, para o maior valor agregado do produto no mercado internacional, uma vez que o preço médio da carne comercializada no mercado externo foi 20,19% superior à precificação da carne bovina no mercado interno em mai.22.
Além do maior consumo mundial, a variação do câmbio também influenciou para essa conjuntura e o preço ficou na média de R$ 24,70/kg (+9,46% ante a abr.22). No entanto, no mercado interno o cenário foi de pressão na cotação média do atacado, devido à menor absorção do consumidor final frente aos preços elevados da proteína. Nesse sentido, o indicador ficou na média de R$ 19,71/kg, -3,67% em mai.22 ante a abr.22.
RETENÇÃO DE OFERTAS: o movimento de retenção de oferta se manteve no estado e isso resultou no aumento do preço da arroba do boi gordo em 2,96% ante a semana passada.
NO VERDE: o preço médio da vaca gorda registrou valorização de 3,03% no comparativo semanal. A oferta seguiu mais restrita que a dos machos em Mato Grosso.
MENOR DEMANDA: diante de um mercado de reposição pouco movimentado, o bezerro de ano desvalorizou 2,36% ante a semana passada, ficando em R$ 2.751,70/cab.
Segundo estimativas do USDA, em 2022 o Brasil será o segundo maior produtor e terceiro maior consumidor de carne bovina no mundo.
A produção de carne bovina mundial segue liderada pelos EUA, que em 2021 produziu 12,73 milhões de ton e estima-se para 2022 recuo de 0,81% na produção. Já para o Brasil, 2º no ranking, a estimativa é de aumento de 3,68% em 2022, somando 9,85 milhões de ton – reflexo este do incremento no volume de animais enviados ao abate, com destaque para as fêmeas.
Com relação ao consumo doméstico da proteína, o USDA projeta uma demanda para 2022 de 10,23 milhões de ton para a China, que se posiciona atrás apenas dos EUA, visto que o acumulado do ano até o momento já ultrapassa os resultados do ano passado. Esse resultado no consumo segue pautado no novo hábito do consumidor final para a proteína. Já o Brasil e União Europeia, terceiro e quarto colocado, o USDA estima um consumo de 7,31 milhões de ton e 6,45 milhões, na ordem.
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Atualizada dia 28 jun 2022
Como sazonalmente ocorre no período de entressafra, o produtor busca por suplementar seus animais diante da menor disponibilidade de pastagens no estado. Dentre os insumos mais procurados, estão: o milho e o farelo de soja. No entanto, com a pressão na cotação do dólar no último mês, o preço médio do farelo de soja foi desvalorizado em 5,02% em mai.22 ante a abr.22.
Nesse mesmo período a arroba do boi gordo desvalorizou em 4,45% em Mato Grosso. Com isso, a relação de troca aumentou para 120,00 kg/@ (+1,44%) – cenário propício para o pecuarista. No entanto, com relação ao milho, o momento de colheita fez o indicador ser pressionado em 3,83% no mesmo comparativo, sendo então necessários 3,94 sc/@, cenário que desestimulou pontualmente os atuantes da área para realizar maiores negociações na aquisição desse insumo.
REAGIU: na última semana o preço médio da arroba do boi gordo subiu de maneira mais intensa (+2,45%) ante a semana passada, devido à oferta que começou a se limitar no estado.
VALORIZOU: acompanhando o movimento do mercado dos animais machos, as fêmeas também valorizaram (+4,34%) no comparativo semanal, ficando cotadas a R$ 264,95 a arroba.
ENCURTOU: com o cenário contínuo de retração na oferta, os frigoríficos tiveram de encurtar suas escalas de abate em 2,60% ante a semana passada, ficando na média de 6,37 dias.
Para o 2º semestre de 2022, as expectativas são de preços mais estáveis para a arroba do boi gordo mato-grossense, segundo a B3.
Após um cenário de intensa pressão na arroba devido à maior oferta de bovinos em mai.22, o movimento das cotações tende a se inverter nos próximos meses com o período de entressafra.
De acordo com a B3, são esperadas leves valorizações nos preços até nov.22, quando se prevê o pico de R$ 303,29/@. Esse cenário se deve ao período final da entressafra do boi, em que se tem menores ofertas dos animais terminados.
Por outro lado, a partir de então o indicador tende a diminuir para R$303,11/@ em dez.22, movimento pautado no aumento da oferta, devido ao período das águas. Por fim, um ponto de atenção se dá pelo lado da demanda, uma vez que, além das festividades anuais de final de ano, as eleições e a copa do mundo tendem a influenciar para um incremento no consumo da proteína, fator que pode impulsionar o preço.
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Atualizada dia 21 jun 2022
CUIABÁ - O aumento de animais abatidos (+28,49%) em MT influenciou para a maior utilização da capacidade das instalações dos frigoríficos em mai.22. Para se ter ideia, a utilização real informada pelas indústrias registrou incremento de 15,62 p.p. ante o mês pas-sado e atuou com 88,82% da capacidade real no estado, resultado equivalente à média de 18,20 mil cabeças/dia.
No mesmo sentido, a utilização em operação aumentou 8,52 p.p. no mesmo comparativo, pois, apesar do maior número de dias úteis, o incremento elevado no abate e a exclusão de 12,34% das indústrias que ainda permaneceram paradas em mai.22 influenciaram para este movimento. Dessa forma, a utilização total ficou praticamente estável em 33,68 mil cabeças/dia. Para jun.22, ainda se espera elevada oferta de bovinos devido ao início da seca, e o retorno das compras de algumas indústrias tende a aumentar a competitividade no mercado.
SUBIU: com menos animais sendo ofertados e uma reação positiva da demanda interna nesta primeira quinzena, o preço médio da arroba do boi gordo subiu 1,31% no comparativo semanal.
INCREMENTO: o incremento na procura pela carne bovina influenciou também no preço médio da arroba da vaca gorda, a qual ficou cotada a R$ 253,92 em Mato Grosso.
MENOS DIAS: diante da retração na oferta de bovinos, a escala de abate apresentou um recuo de 3,25% ante a semana passada e ficou na média de 6,54 dias.
No comparativo de mai.22 ante a abr.22, o volume das exportações de carne bovina em equivalente carcaça retraiu 8,85% em MT. Em mai.22 foram embarcadas cerca de 42,39 mil toneladas de carne bovina, resultado 8,85% inferior ao volume observado no mês anterior, quando 46,51 mil toneladas foram exportadas. Ao analisar o faturamento, o recuo registrado foi de 3,72%, o que correspondeu com o total de US$ 212,60 milhões de dólares.
A China, somada a Hong Kong, continua sendo a principal importadora da proteína, uma vez que suas compras somaram em mai.22 um total de 28,40 mil toneladas embarcadas (resultado 5,90% inferior ao do mês anterior). No entanto, o que de fato pressionou as negociações foram os países do Oriente Médio, que no mesmo comparativo registraram uma redução de 28,05% nas aquisições mato-grossenses, com destaque para a Palestina, em que a queda registrada foi de 65,50% no mesmo comparativo mensal.
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Publicado em 14 jun 2022CUIABÁ - No acumulado de janeiro a maio, o volume total de bovinos encaminhados ao abate aumentou 4,56% ante o mesmo período de 2021. Dentre as macrorregiões do estado, a de maior destaque quanto à quantidade de animais foi a oeste, que totalizou 390,20 mil cabeças, e, em seguida, estiveram a sudeste e a norte, com o resultado de 309,98 e 302,61 mil animais abatidos, respectivamente.
Esse resultado foi influenciado pela maior parcela dos frigoríficos habilitados para a China se encontrarem nessas localidades, o que motivou o aumento do indicador. No entanto, quando se analisa a variação sobre o resultado do mesmo período de 2021, as regiões nordeste e centro-sul registraram maiores acréscimos ante as demais regiões (+18,37% e +7,74%, respectivamente).
O principal ponto balizador para esta conjuntura esteve associado à maior oferta de matrizes de descarte, que surgiram com mais intensidade principalmente no 1º trim.22.
QUEDA: na semana passada, a elevada oferta fez com que a arroba do boi gordo registrasse recuo de 0,51% no indicador médio ante a semana anterior.
DIMINUIU: no mesmo sentido, a cotação média da arroba da vaca gorda apresentou queda de 0,54% ante a semana passada e fixou-se em R$ 250,91.
ENTRESSAFRA: com o pico de entressafra estimado para out.22, o contrato futuro da arroba do boi gordo registrou acréscimo de 2,48% no comparativo semanal.
Em mai.22, Mato Grosso e São Paulo registraram desvalorização no preço médio da arroba do boi gordo, sendo de 4,74% e 3,47%, respectivamente, ante o mês anterior, e fixaram-se na média de R$ 280,04/@ e R$ 326,41/@ na mesma ordem (ambas as cotações livres de impostos). Com o inicio do período de entressafra, a disponibilidade de pasto tem diminuído e os produtores iniciaram um movimento mais intenso de oferta dos seus animais já aptos para o abate – cenário que influenciou na pressão observada nos preços do indicador. Porém, a estagnação da demanda interna foi mais intensa em Mato Grosso e esse baixo escoamento pressionou a arroba em MT de forma mais acentuada. Assim, no comparativo com o mês anterior houve uma expansão no diferencial de base de 1,14 p.p., e o resultado ficou na média de -14,21% entre as praças. (Ascom IMEA)
ÁGUA BOA - O Projeto da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Agricultura e Turismo, tem o objetivo de fomentar a diversificação produtiva das pequenas propriedades da agricultura familiar, neste caso, com a cultura do maracujá.
Estão sendo produzidas no viveiro municipal, centenas de mudas do maracujazeiro, que são distribuidas entre os pequenos produtores inscritos no programa da Prefeitura, junto com orientações sobre o cultivo dessa planta.
O Maracujá é uma fruta tropical, da planta do gênero passiflora, original da américa, rica em nutrientes como vitaminas A, C e do complexo B, além de minerais como cálcio, ferro, fósforo e sódio, amplamente conhecida pela propriedade calmante natural, controle da ansiedade e estimulante do sono.
Nesta quinta-feira (5/12) foram entregues 130 mudas de maracujá no sítio Nossa Senhora Aparecida, do proprietário Jardel Mollmann, no PA Jatobazinho, interior de Água Boa - MT.
Iniciada no segundo semestre de 2024, essa é a terceira propriedade a receber as mudas. A iniciativa ainda pretende contemplar 10 propriedades em sua primeira etapa. (Ascom)
CUIABÁ - Nesta quinta-feira (05.12), mais de 250 produtores da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) marcaram presença na Assembleia Geral. No encontro, ficou autorizada a diretoria iniciar uma nova rodada de ações estratégicas visando a extinção da Moratória da Soja. A decisão considera que, caso até janeiro de 2025 não ocorra uma alteração satisfatória na conduta das empresas signatárias, serão implementadas medidas mais incisivas em defesa dos produtores rurais.
A principal deliberação foi a elaboração de uma estratégia legislativa municipal para mobilizar prefeitos e vereadores dos municípios produtores de soja no Mato Grosso. O objetivo é aprovar leis municipais que proíbam a concessão de alvarás de funcionamento para empresas que desrespeitem o princípio da livre iniciativa dos produtores rurais locais.
“A Moratória da Soja tem se mostrado um instrumento que desrespeita a legislação brasileira e prejudica a competitividade dos nossos produtores. Não vamos aceitar que empresas atuem nos nossos municípios impondo regras externas que ignoram a realidade local. É hora de defender o Mato Grosso e a liberdade econômica do nosso setor,” afirmou o presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber.
A entidade reforçou que continuará monitorando as negociações envolvendo a Moratória da Soja, mas destacou que a estratégia legislativa municipal representa um passo essencial para proteger os produtores e garantir a soberania econômica dos municípios.
Outros projetos estratégicos discutidos na Assembleia Geral para 2025
A Assembleia ainda abordou temas estratégicos para as ações e projetos previstos para 2025, além da aprovação do núcleo de São José do Rio Claro, a atualização do Soja Legal. O presidente da Aprosoja MT destacou o crescimento e a representatividade da entidade, ressaltando que a força da associação vem dos produtores que participam ativamente e direcionam os rumos da entidade.
“Essa Assembleia é muito importante, porque o produtor vem participar e é onde ele se sente representado. Esse é um momento de poder cobrar, dando rumos à nossa entidade para que possamos planejar o ano que vem, já que é um ano delicado com a COP30 e outros desafios”, afirmou Lucas.
Ele também enfatizou a importância de prestar contas e apresentar as ações realizadas em 2024, além de expressar seu agradecimento pela presença dos produtores. “Acredito que é motivo de muito orgulho receber os produtores para a Assembleia Geral. Nós sabemos do esforço de cada um desses produtores em vir participar, muitas vezes de locais distantes e enfrentando alguns desafios na estrada. Isso demonstra a força da entidade e a união de todos os produtores, estando presentes aqui hoje”, acrescentou.
O vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier destacou que a Assembleia é o momento mais importante do ano para a associação, pois oferece aos produtores a oportunidade de acompanhar a aplicação dos recursos e contribuir com as decisões. “Neste ano, tivemos a participação massiva de produtores em nossos eventos de final de ano e isso é sinal de que a entidade está se fortalecendo, como já mostrou ao longo do ano”, comentou Bier.
Durante o evento, foram apresentados ainda os resultados de diversos programas da Aprosoja MT, como Agrosolidário, Futuro em Campo, Academia de Liderança, Guardião das Águas, dentre outros. Esses projetos reforçam a relevância das ações da entidade para o setor. O produtor de Lucas do Rio Verde e associado desde a fundação da Aprosoja MT, em 2005, Ivanor Cella, expressou ainda a satisfação com a aprovação do orçamento, outro tema abordado na Assembleia, e ressaltou a importância dos recursos para enfrentar os desafios do próximo ano.
“Sabemos que algumas áreas precisariam de mais recursos, mas o orçamento está bem estruturado e será usado de forma estratégica, principalmente na comunicação. Precisamos mostrar nossos trabalhos, especialmente em eventos como a COP30, para que o mundo compreenda nossas ações no campo”, declarou. A delegada de Campo Verde e associada da Aprosoja MT, Raquel Malvina Schenkel Fancelli, reforçou que a participação ativa dos associados é essencial para validar as ações da diretoria. “Precisamos garantir que o mundo entenda o que fazemos no campo, divulgando nossas atividades de forma clara e transparente”, completou. (Ascom)
CUIABÁ - O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT) preparou o quadro técnico de servidores que atuam na defesa sanitária vegetal da autarquia para evitar a entrada do fungo Ceratobasidium theobromae (Rhizoctonia theobromae), conhecido popularmente como vassoura-de-bruxa da mandioca.
Esta doença fitossanitária foi detectada em agosto deste ano pela primeira vez no Brasil, e está atualmente presente no território do Amapá. Lá tem causado prejuízos, principalmente para a comunidade indígena e integrantes da agricultura familiar, nas plantações de mandioca, ao deixar os ramos das plantas secos e deformados.
Em Mato Grosso, o Indea, para proteger o território desse fungo e outras pragas que aqui ainda não adentraram, realizou nos meses de outubro e novembro reuniões regionalizadas com a participação de fiscais e agentes fiscais em Água Boa.
“Nesses encontros foram apresentadas as características da doença para que durante as atividades de inspeção, realizadas nas fiscalizações volantes e de campo, sejam identificadas de pronto e adotadas medidas para a contenção da proliferação do fungo”, explica o diretor técnico do Indea, Renan Tomazele.
Além disso, ele acrescenta que a Instituição vai avançar no cadastramento de todas as propriedades produtoras e reforçar as fiscalizações do trânsito de mudas (ramas) e tubérculos nas regiões de divisa do Estado.
Para evitar a entrada vassoura-de-bruxa da mandioca, a população pode colaborar, da seguinte forma:
- não trazer mandioca ou mudas (ramas) oriundas do Estado do Amapá para Mato Grosso; comunicar ao Indea caso encontre sintomas suspeitos da doença, como amarelecimento das folhas, superbrotamento, enegrecimento dos vasos e morte das plantas.
O Indea está presente em 139 dos 142 municípios de Mato Grosso.
Características
A planta de mandioca atingida pelo fungo apresenta ramos secos e deformados, nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules. A infestação pode ocorrer por meio de material vegetal infectado, ferramentas de poda, além de possível movimentação de solo e água.
Produção
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso conta com 15 mil estabelecimentos comerciais plantando mandioca, produziu em 2023 mais de 265 mil toneladas e tem a cidade de Paranatinga como o maior produtor.
Famoso e muito temido pelos produtores rurais, os percevejos têm características que afetam diretamente sua ação nas lavouras. Presente em todas as regiões produtoras do país, os prejuízos com essa praga podem chegar até 30% do potencial produtivo, caso não seja controlada a tempo. Será que você conhece todas as curiosidades sobre os percevejos que podem ajudar na identificação e controle na sua propriedade? Vamos lá:
1. Eles mudam de cor!
O percevejo da soja pode mudar de cor ao longo da vida. Na fase jovem, são normalmente mais claros, mas, à medida que envelhecem, suas carapaças podem ficar esverdeadas ou marrons, tornando-se mais difíceis de detectar em meio às folhas.
2. Salto de crescimento
Os percevejos pertencem a ordem Hemiptera, grupo conhecido pelo desenvolvimento incompleto. Quando estão na fase jovem (ninfa), apresentam semelhança morfológica com os adultos, não possuindo a fase de pupa.
3. Eles gostam de calor!
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A espécie Euschistus heros, conhecida como percevejo-marrom, muito frequente na sojicultura, ocorre em toda América do Sul, especialmente em regiões com temperaturas mais elevadas, entre 22°C e 28°C.
4. Preferência por grãos cheios
Percevejos atacam diretamente as vagens da soja, perfurando-as para se alimentarem do líquido dos grãos em desenvolvimento. Eles preferem grãos mais cheios, o que significa que seus ataques costumam ser mais intensos na fase final do desenvolvimento das plantas.
5. Eles se escondem!
Para se proteger ou se desenvolver, o percevejo se esconde estrategicamente durante o ciclo. O que determina se eles ficarão escondidos ou não é o ambiente favorável ou desfavorável e, algumas vezes, até a temperatura do local.
6. 116 dias e 11 milímetros
O ciclo de vida de um percevejo tem, em média, 116 dias. Do momento da oviposição até chegar à fase adulta passam-se de 28 a 35 dias e, nessa idade o percevejo-marrom mede apenas 11 milímetros. No período de ataque, ele pode gerar perdas de até 30 kg/ha por percevejo/m².
6. Hibernação parcial
Quando a cultura da soja não está mais no campo, o percevejo-marrom utiliza outras plantas como hospedeiras, buscando refúgio até encontrar as condições ideais de sobrevivência. Além disso, tem a capacidade de permanecer em estado de hibernação parcial, desde a colheita da soja até a nova semeadura.
8. Ele é “bicudo”
Uma característica marcante do percevejo é a boca em formato de agulha, que é utilizada para “furar” e sugar o conteúdo das plantas. Esse hábito pode reduzir drasticamente a qualidade dos grãos e até inviabilizar a colheita.
9. Dano invisível
O grande problema com os percevejos é que, muitas vezes, o dano só é visível no momento da colheita. Eles podem murchar os grãos internamente, o que reduz o peso e a qualidade, sem que os danos externos sejam perceptíveis no início do ataque.
10. Simultâneo às lagartas
A infestação simultânea de percevejo-marrom e lagartas, como as diferentes espécies de Spodoptera, na sojicultura tem crescido nos últimos anos. Por isso, os produtores têm aumentado as misturas de defensivos nos tanques. Uma pesquisa divulgada pela FMC, empresa de ciências para agricultura, junto à Kynetec, revelou que, na safra 23/24, a área aplicada de defensivos em conjunto, para controle dessas pragas, aumentou 31% versus a safra passada e atinge, hoje, 27% dos modos de tratamento nessas plantações.
Para o controle efetivo do percevejo-marrom e das lagartas, o manejo com inseticidas inovadores é o mais indicado. Desenvolvido para o cenário brasileiro, o Premio® Star, da FMC, possui proteção para 50 alvos biológicos em mais de 50 culturas, sendo o único produto do mercado que oferece controle simultâneo contra as principais pragas da soja e do milho, como as lagartas e os percevejos.
O inseticida passou por uma fase de otimização para extrair o melhor efeito sinérgico dos ativos e sua combinação e a proporção exatas dos ingredientes conferem uma formulação diferenciada com altíssima performance para insetos mastigadores e sugadores na mesma aplicação.
“Além de evitar as misturas de tanque, o produto tem amplo espectro de controle, longo residual e tem como referência o lagarticida Rynaxypyr®, um potente inseticida para alta performance em lagartas e a Bifentrina, referência no controle de percevejos”, ressalta Fábio Lemos, gerente de culturas e portfólio da FMC.
Sobre a FMC
A FMC é uma empresa global de ciências agrícolas dedicada a ajudar os produtores a produzir alimentos, rações, fibras e combustível para uma população mundial em expansão, ao mesmo tempo em que se adapta a um ambiente em mudança. As soluções inovadoras de proteção de cultivos da FMC – incluindo produtos biológicos, nutrição de cultivos, agricultura digital e de precisão – permitem que produtores e profissionais de manejo abordem seus desafios mais difíceis economicamente, ao mesmo tempo em que protegem o meio ambiente. Com aproximadamente 5.800 funcionários em mais de 100 locais no mundo todo, a FMC está comprometida em descobrir novos ingredientes ativos de herbicidas, inseticidas e fungicidas, formulações de produtos e tecnologias pioneiras que são consistentemente melhores para o planeta. Acesse o site da FMC para saber mais e siga-nos no LinkedIn®.
FMC e o logotipo da FMC, assim como Premio® Star, são marcas comerciais da FMC Corporation ou afiliada. Produtos de uso agrícola. Consulte sempre um engenheiro agrônomo. Sempre leia o rótulo e siga todas as instruções, restrições e precauções de uso do produto. (AScom)
Cascudinho-da-soja pode causar prejuízos importantes na safra 2024/2025; saiba como combater e proteger a produção
Pragas, como o cascudinho-da-soja (Myochrous armatus), têm se tornado uma ameaça crescente para as plantações no Brasil, especialmente na região Centro-Oeste. De acordo com a Embrapa, em áreas infestadas, os produtores podem sofrer prejuízos de até 30% na produtividade da soja, uma perda de 8 a 10 sacas por hectare.
"O cascudinho-da-soja ataca as plantas no início do ciclo da cultura e pode causar danos nas plantações em todas as suas fases de desenvolvimento. Ainda como larva, a praga vive no solo e estraga as raízes das plantas. Quando adulto, costuma cortar a base do caule das plantas jovens para se alimentar, podendo causar grandes prejuízos aos produtores e afetar uma safra que pode ser recorde", explica Hudslon Huben, gerente de go-to-market (GTM) e field force effectiveness (FFE) da ORÍGEO.
Os maiores danos são causados já na fase adulta dos cascudinhos-da-soja, que se alimentam de plântulas, caule, hastes e pecíolos das plantas jovens. Quanto mais jovem forem as plantas, maiores são os danos causados. No entanto, o cascudinho também pode infestar plantas mais desenvolvidas, que murcham e secam.
"Os produtores devem sempre monitorar a soja, pois, uma infestação de cascudinhos pode inviabilizar o desenvolvimento da cultura, além do amarelecimento, murcha, tombamento e morte das plantas. Outro ponto importante é que uma infestação dessa praga é de difícil controle e quando coincide com uma estiagem, os problemas são agravados, resultando na morte das plantas ou no enfraquecimento do caule", alerta Huben.
Segundo o especialista da ORÍGEO, para que o manejo seja eficaz, é fundamental que os produtores rurais façam primeiro a identificação correta do cascudinho-da-soja, que pode ser complicada devido à sua semelhança com outra praga, o torrãozinho (Aracanthus mourei). "Por isso os produtores devem ter certeza de qual praga está afetando sua lavoura. O cascudinho-da-soja é um inseto cujas larvas são amareladas e vivem no solo. Já os adultos apresentam coloração preto-fosco com variações que podem ir do marrom ao acinzentado, dependendo do tipo de solo onde vivem", completa.
A recomendação da ORÍGEO, joint venture de Bunge e UPL, que fornece soluções sustentáveis e técnicas de gestão de ponta a ponta para agricultores, é de um manejo que envolva o monitoramento constante e a aplicação de produtos químicos e biológicos, como o inseticida Feroce, da UPL, que recebeu registro para combater o cascudinho e se destaca como uma das poucas soluções altamente eficazes no controle dessa praga.
"A formulação do Feroce combina duas das melhores moléculas disponíveis contra insetos sugadores, resultando em um produto de alta qualidade e desempenho superior. Para combater essa praga, é fundamental o uso de produtos registrados e eficazes, que ajudam a proteger as plantas jovens, garantindo uma colheita mais saudável e produtiva", finaliza Hudslon Huben.
Sobre a ORÍGEO
Fundada em 2022, ORÍGEO é uma joint venture de Bunge e UPL e está comprometida com o produtor e o seu legado na terra, oferecendo um conjunto de soluções sustentáveis e técnicas de gestão – antes e depois da porteira. A empresa fornece soluções de ponta a ponta para grandes agricultores de Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia e Tocantins, valendo-se do conhecimento de equipes técnicas altamente qualificadas, com foco em aumento de produtividade, rentabilidade e sustentabilidade. Para mais informações, acesse origeo.com (AScom)
O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Querência-MT convida todos os sócios em dia com suas obrigações sindicais para participar da Assembleia Geral Ordinária que ocorrerá na próxima sexta-feira, 22 de novembro de 2024.
O evento será realizado na sede do sindicato, situada na Rua Lauro Pedro Barth, nº 30, setor A, com a primeira convocação marcada para as 8h30, exigindo a presença de 30% dos associados. Caso não seja atingido o quórum necessário, uma segunda convocação será feita 30 minutos depois, com a deliberação acontecendo independentemente do número de sócios presentes.
A principal pauta será a previsão orçamentária para o exercício de 2025, além de assuntos gerais de interesse da categoria.
A produção de gergelim no Brasil cresceu mais de 100% na última safra, em comparação com a safra anterior. Nos últimos cinco anos, essa produção foi ainda mais expressiva – cerca de nove vezes mais grãos que as 41 mil toneladas colhidas na safra 2018/19. Para auxiliar os produtores que desejam investir no plantio desta cultura em ascensão no Brasil, a Embrapa disponibiliza um novo curso gratuito Cultivo de gergelim no Cerrado brasileiro na sua plataforma de capacitação on-line e-campo.
“Esta capacitação é voltada para agricultores do bioma Cerrado, técnicos e agentes da assistência técnica e extensão Rural (ATER) que ainda não estejam familiarizados com a cultura do gergelim ou que já tenham introduzido a cultura no seu sistema produtivo e buscam aprofundar e atualizar seus conhecimentos sobre essa cultura”, explica o supervisor do setor de Transferência de Tecnologia da Embrapa Algodão, José Carlos Aguiar, que coordenou a elaboração do curso.
Com carga horária de 32 horas, o curso é dividido em sete módulos, que abrangem os cenários nacional e mundial da produção do gergelim; fisiologia da planta; nutrição e adubação; manejo e conservação de água e solo; manejo cultural; e manejo e identificação das principais pragas, doenças e plantas daninhas no cultivo do gergelim.
Ao final da capacitação, espera-se que os participantes sejam capazes de identificar as principais etapas e cuidados no cultivo do gergelim do Cerrado brasileiro, englobando o reconhecimento das principais tecnologias para cultivo, das principais pragas e estratégias de controle, das etapas de colheita e beneficiamento pós-colheita.
O curso foi elaborado por profissionais da Embrapa, em parceria com a Universidade Federal de Lavras - UFLA-MG.
O crescimento do cultivo gergelim no País se deve tanto às novas oportunidades de mercado quanto ao fato de a cultura ser uma boa alternativa ao milho na segunda safra, após a cultura da soja. Como o gergelim necessita de menos água para completar seu ciclo, sua semeadura na região pode ser feita após o fim da janela ideal de semeadura do milho.
Mais informações:
ÁGUA BOA - A produção de Gergelim cresce na região. Produtores de Agua Boa, Canarana e Nova Xavantina estão apostando na cultura como ótima opção para a segunda safra.
ÁGUA BOA - Curso de Manejo Integrado de Pragas da soja e milho será promovido neste mês.
A iniciativa é do Senar e do Sindicato Rural.
O curso será durante todo o dia, de 25 a 28 de novembro, para apenas 10 alunos.
Interessados façam contato com o Sindicato Rural através do telefone WhatsApp 66.9.9959-5212