Lavouras 90% colhidas com perdas médias de 30%
ÁGUA BOA – A colheita de soja avança para seu afinal em Água Boa, restando em torno de 10% da área a ser colhida. Os danos causados pelo fenômeno “El ninõ” foram significativos, avisou o presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos do município. Além do atraso no plantio, motivado pela falta de umidade no solo, o período da safra caracterizou-se por chuvas escassas e mal distribuídas, fato que associado às altas temperaturas, impactou de forma direta o desenvolvimento das lavouras.
Luiz Omar Pichetti disse que com isso o desempenho das lavouras foi muito diferenciado, com danos variando entre elevados, médios e baixos. Em função disso fica difícil prever o montante da queda de produtividade. Dados iniciais indicam para perdas na ordem de 25% a 30% em comparação com a safra do ano passado.
As colheitas ocorridas em março, caracterizaram-se pela redução no tamanho e no peso dos grãos, interferindo negativamente na produtividade; A Embrapa, a pedido da Aprosoja, emitiu um relatório da safra em Mato Grosso que aponta as condições climáticas como a causa principal do baixo rendimento das lavouras. Esclarecendo ainda que “as condições adversas coincidiram com a fase de desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos, resultando no baixo desenvolvimento, abortamento de flores e formação de vagens vazias ou chochas”.
O comportamento atual do clima continua extremamente preocupante causando danos irreversíveis à cultura do arroz, em sua maioria na fase reprodutiva (emborrachamento, floração e enchimento de grãos). Segundo Pichetti, o clima também prejudica a cultura do milho; Como consequência, muitos produtores rurais amargarão prejuízos e terão dificuldades para saldar débitos junto aos bancos e às empresas financiadoras", diz a nota da Associação dos Engenheiros Agrônomos.