Estiagem castiga setor agropecuário
ÁGUA BOA - A expectativa do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) é de que as chuvas apenas se regularizem em meados do final de outubro, início de novembro.
O Presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Água Boa, Luiz Omar Pichetti, disse que apesar desta previsão , a intenção de plantio continua a mesma. Deverão ser cultivados cerca de 160 mil hectares no município. Não haverá redução nem incremento da área plantada, ante a última safra.
São esperadas chuvas para a próxima semana, porém de forma esparsa, o que não resolve o problema dos produtores. A seca prolongada que se estende desde a safra passada está atingindo seu auge. Córregos secando, rios reduzindo seu nível drásticamente, o volume de água está cada vez menor e as pastagens deterioradas.
A agricultura tem recebido todo enfoque diante do atual cenário de estiagem. No entanto, Pichetti disse que os danos causados à pecuária pela estiagem tendem a ser maiores em termos proporcionais, que os danos sofridos pela agricultura, até porque a pecuária não possui seguros. “Os animais vem perdendo peso de forma espantosa e preocupante, e em consequência disso os preços dos animais tem caído”, afirmou Pichetti.
Pichetti avalia a situação da pecuária como até mais preocupante que a situação da agricultura, e avalia que será necessário buscar um mecanismo que atenue as perdas ocasionadas diante deste quadro, que tende a se agravar.
Pichetti falou ainda sobre a expectativa em torno da resposta do Governo Federal a solicitação de reconhecimento de situação de emergência, emitida pelo município, a nível nacional. “Esse reconhecimento seria uma válvula de escape para buscar alternativas em relação as perdas no setor do agronegócio, uma vez que o município receberia um tratamento diferenciado em termos de acesso a crédito rural, prolongamento de dívidas dentre outras ações”, afirmou Pichetti. Lembrando que o município já teve a situação de emergência a nível estadual homologada.
Pichetti lembra que toda essa situação enfrentada pelos produtores e pecuaristas reflete na economia do município, do estado e até mesmo do país. A expectativa agora gira em torno das chuvas esperadas para novembro, para que esse quadro caótico seja revertido.