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Criação de terra indígena em Rib. Cascalheira: prefeita D. Elza está revoltada

RIB. CASCALHEIRA - Por telefone agora à pouco, a prefeita D. Elza se disse preocupada e revoltada com a divulgação da notícia de que pode surgir uma terra indígena no município.

Ela afirmou que acompanhou as negociações anos atrás e achava que o assunto estava encerrado.

Porém, segundo a prefeita D. Elza, com essa notícia de agora, toda a comunidade fica chocada e revoltada.

D. Elza credita isso a interesses politiqueiros e ressalta que vai a Brasília em busca da verdade.

Ela destacou que alguns produtores rurais já desistiram de arrendar terras nos últimos dias. Isso causa impacto negativo no comércio.

D. Elza vai à Brasília em busca de explicações.  

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gilberto de paula e silvaRIB. CASCALHEIRA – O presidente do Sindicato Rural, Gilberto de Paula e Silva, ressaltou que já fez diversos contatos com Brasília e Cuiabá.

O objetivo é buscar informações detalhadas sobre a proposta de criação de uma terra indígena no município.

A preocupação dele é de que a criação de uma terra indígena pode atrapalhar o desenvolvimento do município, principalmente com relação à construção da BR-080.

Ele prefere não adiantar informações para não criar falsa expectativa.

 

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Atualizada dia 29 set 25 

 

casc cidade 2RIB. CASCALHEIRA – Após a divulgação pela Rádio Interativa, de um projeto que visa criar uma terra indígena no município, o que deixa a população preocupada é a falta de manifestação dos líderes.

Enquanto forças ocultas trabalham às escondidas para implantar mais uma terra indígena, a população não nota ações por parte dos líderes que elegeu.

Anos atrás, uma localidade inteira desapareceu na região de Alto Boa Vista. Milhares de pessoas foram desalojadas para dar lugar à terra indígena Marãiwatsédé. Muitos posseiros moravam há 30 anos no lugar, mas perderam tudo da noite para o dia.

O questionamento que alguns moradores de Ribeirão Cascalheira fazem é esse: onde estão as lideranças para defender o povo? Nossa reportagem fez contato com as principais lideranças do município, que até agora não deram retorno.

Se a comunidade deixar para a última hora, nem voz terá para tentar defender seus próprios interesses.

Dias atrás o presidente da Aprosoja Mato grosso, Lucas Costa Beber, manifestou preocupação com o tema. Segundo ele, agora é a hora de debater o assunto. No futuro, quando houver ordem de despejo dos moradores, será tarde demais.

Detalhes abaixo. 

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Atualizada 19 set 2025

CUIABÁ
- O presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, se manifesta à pedido da Rádio Interativa, sobre o projeto que estuda a demarcação de uma nova terra indígena no município de Ribeirão Cascalheira.

Lucas contextualiza que existe em Mato grosso, uma tentativa de expansão de áreas indígenas, aumentando a preocupação de entidades e associações.

A preocupação dele é saber se os critérios estabelecidos em lei estão sendo seguidos, mediante o respeito ao que está estabelecido.

Criar uma terra indígena em Ribeirão Cascalheira causou surpresa na comunidade.

Veja vídeo:


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MPF abre procedimento para acompanhar possível demarcação da Aldeia Tsõreprè em Ribeirão Cascalheira

RIBEIRÃO CASCALHEIRA (MT) —
O Ministério Público Federal instaurou procedimento administrativo para fiscalizar as etapas que podem levar à demarcação da área conhecida como Aldeia Tsõreprè, tradicionalmente ocupada pelo povo A’uwe-Xavante. O acompanhamento inclui a verificação de providências da Funai, como a qualificação técnica da área, as consultas comunitárias e, se for o caso, a instauração do processo demarcatório. A medida foi divulgada em 12 de setembro de 2025 pelo MPF e republicada por observatórios socioambientais.

Segundo ofício citado pelo MPF, a Funai confirmou que a reivindicação Xavante está formalmente registrada e inserida na agenda de consultas, reconhecendo a relevância histórica, cultural e arqueológica de Tsõreprè. O sítio é apontado por pesquisadores como um centro geopolítico e cultural de referência para a nação Xavante no Rio das Mortes.

O entorno de Tsõreprè fica a cerca de 15 quilômetros ao norte do limite da Terra Indígena Pimentel Barbosa, próxima à Serra do Roncador. Em bases oficiais do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Tsõreprè consta como bem arqueológico cadastrado em Ribeirão Cascalheira, ligado a séculos de ocupação indígena.

Organizações e veículos especializados lembram que o território histórico pode ser afetado pelas obras da BR-080, projetada para ligar Brasília (DF) a Ribeirão Cascalheira (MT). Reportagens e notas públicas desde 2022 registram a atenção do MPF sobre potenciais impactos da rodovia em sítios Xavante na região.

Com o procedimento aberto, o MPF pretende monitorar a atuação da Funai e o cumprimento de prazos e etapas. Próximos passos incluem a realização das consultas às comunidades e a continuidade dos estudos técnicos; eventual decisão sobre demarcação caberá ao órgão indigenista, nos termos da legislação vigente.

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