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Artigo: um deputado para chamar de 'Seu'

dep ponte 1Hoje são 24 deputados, mas um representa verdadeiramente o Araguaia. 24 horas por dia. Sete dias por semana. São 24 projetos que representam as muitas regiões na Assembleia de Mato Grosso.
Em emendas parlamentares durante seu mandato, Dr. Eugênio destinou 100% dos recursos para os municípios do Araguaia.
Lembrando que no primeiro ano o legislador não tem acesso a esses recursos, que são injetados sempre pelo orçamento do ano anterior.
Hoje, o Araguaia encontra um gabinete na Assembleia que pode chamar de seu. Fantástico. Inédito.
Afinal, uma região só é verdadeiramente representada quando tiver agentes seus junto ao poder central. Isso acontece pela primeira vez para o Médio Araguaia.
Em momentos de crise é que se reconhece quem de verdade está ao seu lado. Diversas foram as bandeiras de luta do deputado Dr. Eugênio desde que ele assumiu a cadeira no Legislativo. A primeira, sem dúvida, foi a conclusão da ponte sobre o Rio das Mortes na rodovia do Calcário (MT-326). Em seguida, veio a pandemia da Covid-19.
Dr. Eugênio sendo médico, e reconhecendo as limitações do Araguaia, conseguiu garantir recursos para a saúde e atendimento no mínimo, digno, para quem foi acometido pela pandemia.
Mas a jornada nunca será sem percalços. Desde 2.020, havia o risco do Zoneamento Socioeconômico e Ambiental. Dr. Eugênio criou a Comissão Parlamentar para discutir o Zoneamento. Promoveu inúmeras audiências públicas para discutir em tema, sem deixar de dar atenção às demais áreas carentes do Araguaia.
O zoneamento deixou sequelas: as áreas úmidas. A princípio, o governo tentou fazer valer a vontade via Decreto, rejeitado pelo Ministério Público Estadual em ação ajuizada na Justiça.
Agora, outro longo caminho terá que ser percorrido pelo Araguaia. Sempre capitaneado pelo agora, experiente Dr. Eugênio, cumprindo o segundo mandato. Já conhece ‘o caminho das pedras’. Sabe como e onde jogar com as poucas cartas que restaram nas mãos do povo do Araguaia.
A presença em massa do povo e das lideranças na Audiência Pública de quinta-feira (05/10) demonstra que está havendo um movimento suprapartidário em defesa do Araguaia. Fica claro que se as pessoas se ativerem somente a partido político, JAMAIS chegaremos a lugar algum. Ficou claro também que no ‘frigir dos ovos’, quem realmente defende os seus, só pode ser aquele que se identifica com nossos problemas e nossas potencialidades.
Por isso, o Araguaia precisa se abraçar. Unir cidades e microrregiões distintas para lutar pelos direitos. Ninguém mais fará isso, fora do Araguaia.
Precisamos do direito à propriedade reconhecido para acabar com a insegurança jurídica no campo. Quem pagou pela terra, tem escritura e sempre honrou com impostos, também quer o direito nato de utilizar a terra e produzir riquezas, pois já destina áreas específicas como de preservação permanente.
Ninguém constrói barracão, casa, alojamento de funcionários, currais, mangueirais e toda a estrutura de uma fazenda dentro da água. Isso soa ridículo.
Ninguém planta soja, feijão, girassol, gergelim e milho na água. São culturas que dependem de água, mas não sobrevivem se forem plantadas dentro da água.
Ninguém cria gado dentro da água. O rebanho seria acometido de várias doenças. Ninguém em sã consciência constrói pista particular para pouso de avião dentro da água. Ninguém abre uma mineradora de calcário se ela estiver submersa.
Ninguém constrói rodovias e ferrovias dentro da água. Nessas situações, o conselho seria utilizar algum tipo de embarcação.
Fica claro que toda essa estrutura exigida para atender às demandas do agronegócio só podem existir em terras que estão livres de enchentes pantaneiras. Claríssimo que o Araguaia não vive situação idêntica ao Pantanal de Mato Grosso.
Antes era o vale dos esquecidos. Passou a ser o vale da prosperidade. Mas em poucos dias, o Vale acaba na UTI respirando por aparelhos. De uma hora para a outra, passamos a ser o vale dos perseguidos...
Hoje, a região que produz há décadas fora da água precisa provar que possui outro bioma. Longo caminho pela frente, capitaneado pelo Dr. Eugênio de Paiva. Ele deve levar avante o diagnóstico da geografia e do bioma corretos como forma de empunhar a bandeira do progresso e do desenvolvimento do Araguaia. A última fronteira agrícola de Mato Grosso.
Jornalista Inácio Roberto - Grupo Interativa

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