Ministro anuncia usina termelétrica no Araguaia
BRASÍLIA – O Ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, autorizou nesta quarta-feira, 08.04, a instalação de uma usina termelétrica no Norte Araguaia. A decisão foi tomada durante audiência em Brasília, com a presença dos senadores Blairo Maggi e Wellington Fagundes, o secretário de Desenvolvimento Regional Eduardo Moura e 18 Prefeitos do Araguaia. Em médio prazo, a unidade garantirá o reforço na oferta de energia, equilibrando o sistema e amenizando as recorrentes interrupções no fornecimento elétrico. O aval é resultado de uma série de debates travados nos últimos meses entre a classe política e produtores que cobram melhorias no abastecimento, e representantes da Energisa e Eletronorte.
O próximo passo será a definição dos critérios para abertura de leilão à iniciativa privada. Mesmo com a injeção de capital privado, a térmica levará ainda cerca de um ano e meio para entrar em funcionamento. A expectativa é pela geração de aproximadamente 20 megawatts, suficiente para garantir a estabilidade do sistema. Técnicos da Energisa alertam que o equilíbrio será temporário, uma vez que estará diretamente relacionado a ampliação do consumo na região, que tem no crescimento do agronegócio seu principal consumidor. Estudos de viabilidade irão apontar o local mais adequado para instalação da unidade, que poderá ser em Vila Rica ou Querência. Eduardo Braga se comprometeu em acelerar as obras de duplicação da rede de distribuição partindo de Ribeirãozinho chegando até Água Boa, cuja entrada em operação está prevista para 2017. A ANEEL também busca viabilizar a implantação de uma linha de transmissão de Paranatinga até Canarana. Em será realizado um novo leilão para sondagem de interessados na rede. A meta é de que a implantação seja finalizada até 2019. Outro importante investimento é a instalação de um compensador sincro-dinâmico no município de Confresa.
O equipamento no valor de R$ 63 milhões garantirá a estabilização do sistema, evitando oscilações. Sua instalação ainda levará cerca de um ano e meio. O Araguaia possui hoje uma demanda reprimida de 30 megawatts. O presidente da Associação dos Municípios do Araguaia e prefeito de Confresa, Gaspar Lazari, entregou ao ministro um estudo técnico com mais de 500 páginas demonstrando os gargalos da região no tocante ao abastecimento elétrico. Participaram da audiência no Ministério de Minas e Energia os prefeitos de São Felix do Araguaia José Antônio de Almeida “o Baú”, de Alto Boa Vista Leuzipe Domingues, de Canabrava do Norte Valdez Viana, de Porto Alegre do Norte Emival Gomes, de Querência Gilmar Wentz, de Santa Cruz do Xingu Marcos Sá, de Luciara Fausto Azambuja, de Gaúcha do Norte Nilson Aléssio, de Serra Nova Dourada Edson Ogatha, de Bom Jesus do Araguaia Joel Ferreira, de Novo Santo Antônio Eduardo Penno, o prefeito de Água Boa Mauro Rosa, de Ribeirão Cascalheira Reynaldo Diniz, e Gercino Rosa de Nova Xavantina. (Assessoria)