Segunda onda da covid-19 pode interferir nas festas de fim de ano
Não é difícil encontrar alguém por aí que queira que 2020 termine, O ano da pandemia que minou a esperança de muitos e deteriorou os sentimentos de alguns, 2020 foi, de fato, avassalador para um número expressivo de pessoas no Brasil e no mundo, na verdade tem sido.
Mesmo com notícias otimistas sobre a eficácia de vacinas contra a covid-19, cresce a preocupação de cientistas com uma possível segunda onda da doença no Brasil e no mundo. O aumento do número de casos exigirá que o planejamento estratégico de combate ao coronavírus seja repensado e aplicado, tanto nos níveis governamentais quanto particulares. Confraternizações e viagens nesse período de festas de fim de ano devem ser revistas e as medidas de prevenção de contaminação devem continuar sendo prioridade.
Até agora, centenas de milhares de pessoas foram acometidas pela Covid-19, outras milhares morreram pela doença. A esperança, então, é de que as festas de fim ano como foi o Natal e por exemplo o Réveillon, amenizem as dores e recebam o novo ano, com esperança e muita expectativa para o novo ano que esta por vir. Mas os casos do novo coronavírus têm aumentado novamente. Os leitos estão sendo ocupados de novo.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) notificou, até a tarde desta segunda-feira (28), 177.293 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso, sendo registrados 4.468 mortes em decorrência do coronavírus no estado.
Foram notificadas 748 novas confirmações de casos de coronavírus no estado. Dos 177.293 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso, 4.793 estão em isolamento domiciliar e 167.368 estão recuperados.
Diante disso, algumas famílias resolveram se reunirem em casa, com apenas um pequeno número de pessoas, mas será que isso resolve?
Alguns fatores, levam os especialistas a acreditarem na possibilidade de uma nova expansão da covid-19, entre eles, o aumento do ritmo de contágio (Rt), que foi de 0,68, em 10 de dezembro, para 1,10 em 17 de dezembro, segundo balanço feito pelo monitoramento do Imperial College de Londres, no Reino Unido. Isso indica que, para cada grupo de cem pessoas contaminadas, o vírus pode ser transmitido para outros 110 indivíduos.
Outra recomendação é em relação aos planos de fim de ano. “Quem planeja festas e viagens com aglomerações precisa ficar muito atento com os próximos boletins epidemiológicos, porque há chances desses eventos serem cancelados, e provavelmente precisaremos dar alguns passos para trás em termos da flexibilização para conter o avanço da covid-19 e garantir que haja leitos nos hospitais para quem precisa”, indica o professor Álvaro Furtado Costa, infectologista do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina (FM) da USP