SES alerta sobre a importância do diagnóstico precoce no tratamento das hepatites virais

CUIABÁ - A Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) alerta a população sobre a importância do diagnóstico precoce no tratamento das hepatites virais; a infecção é uma inflamação do fígado. A descoberta tardia da doença causa fibrose avançada ou cirrose, que podem levar ao câncer ou necessidade de transplante do órgão.
Em Mato Grosso, as Unidades Básicas de Saúde e os Serviços de Assistência Especializada (SAE), geridos pelos municípios, são responsáveis pelo diagnóstico e tratamento das hepatites virais. Já os casos com maior gravidade são tratados no Centro de Referência de Média e Alta Complexidade (Cermac), unidade administrada pela SES.
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Alessandra Moraes, aproveita o Dia Mundial de Luta Contra Hepatites Virais, que é celebrado nesta sexta-feira (28.07), para alertar a população sobre as hepatites e seus sintomas.
“Existem cinco tipos de hepatites virais. Elas são evitáveis, tratáveis e, em alguns casos, até curáveis, mas, muitas vezes a falta de conscientização da população e de estrutura dos municípios em disponibilizarem o diagnóstico e tratamento adequado refletem no agravamento da doença”, avalia Alessandra.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C, mas existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D e E. 
Transmissão
As hepatites A e E são transmitidas principalmente pela via fecal-oral (contato de fezes com a boca), pelo consumo de água ou alimentos contaminados, ou até mesmo falta de higiene pessoal. O contágio da hepatite A ocorre, ainda, através de relação sexual sem uso de preservativo. Já a hepatite E pode ser transmitida também por ingestão de carne mal cozida ou produtos derivados de animais infectados.
Os tipos B, C e D do vírus são transmitidas por meio de sexo desprotegido ou compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que perfuram ou cortam, além de passar da mãe infectada para o filho durante a gestação, parto e/ou amamentação.
Nem toda hepatite é viral. Há também as hepatites causada pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.
“As hepatites, na maioria das vezes, são silenciosas, por isso a importância de fazer exames médicos com certa regularidade. Quando algum sintoma surge, ele aparece como cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras”, explica Alessandra.
A hepatite B e D não tem cura. As hepatites A, C e E são curáveis se diagnosticadas na fase inicial.
Prevenção
A prevenção contra as hepatites do tipo A e B ocorre por meio de vacina, que é disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) para pessoas a partir dos 12 meses. Quem se imuniza contra a B, já se previne contra a D.
Para os demais tipos de hepatites, a prevenção ocorre das seguintes formas: uso de preservativos em todas as relações sexuais; não compartilhamento de seringas, alicates, lâminas ou quaisquer instrumentos cortantes ou perfurantes; ingestão de água potável; higienização dos alimentos antes do consumo; higienização das mãos após ir ao banheiro; cozimento dos alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes; acompanhamento pré-natal e realização dos exames recomendados para mulher grávida.
O tratamento para as hepatites B, C e D está disponível nas Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDMs) e nos SAEs. Os casos curáveis são tratados com antivirais de ação direta (DAA). Já os casos sem cura recebem tratamento contínuo, visando reduzir o risco de progressão da doença e suas complicações, especificamente cirrose, câncer hepático e morte.
O teste para identificar as hepatites pode ser feito por meio de exame de sangue, sorológico ou testes rápidos, disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde. (Ascom)

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