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Morte suspeita por dengue e caso de Chikungunya

ÁGUA BOA – As autoridades sanitárias estão investigando uma morte suspeita de dengue. Trata-se de uma mulher que adoeceu na cidade e foi transferida para atendimento médico especializado em Goiânia, onde faleceu. O caso ocorreu há algumas semanas, mas ainda não há confirmação do fato. O resultado final dos exames sai nos próximos dias, segundo o enfermeiro Eberson Mateus. Ele também confirmou a investigação de um caso suspeito de chikungunya, um novo tipo de doença também transmitida pelo mesmo mosquito da dengue. Ele pediu que a população redobre a vigilância contra a dengue, evitando deixar locais com água parada. Na região, a dengue assusta em Canarana, Bom Jesus, Cocalinho, Ribeirão Cascalheira e em Querência. Nessas cidades, houve aumento perigoso no número de notificações por dengue.

–– o período de maior transmissão da Dengue já começou. A partir de agora, a população deve evitar os locais com água parada, para evitar os agravos de dengue e até casos de morte. A quantidade de casos de dengue nas 4 últimas semanas aumentou e já preocupa. Nesse ano, a dengue voltou com força. Já são perto de 90 casos notificados, com 53% dos casos já confirmados. O enfermeiro Eberson Mateus da Secretaria Municipal de Saúde disse que só hoje, recebeu a notificação de 10 novos casos de dengue na cidade. No ano passado todo, tinham sido apenas 21 casos.

Reaberta temporada de caça ao mosquito aedes aegypti

Conheça a Chukungunya
Febre Chikungunya é uma doença parecida com a dengue, causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae. Seu modo de transmissão é pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado e, menos comumente, pelo mosquito Aedes albopictus.
Seus sintomas são semelhantes aos da dengue: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. Porém, a grande diferença da febre chikungunya está no seu acometimento das articulações: o vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local.
A febre chikungunya teve seu vírus isolado pela primeira vez em 1950, na Tanzânia. Ela recebeu esse nome pois chikungunya significa “aqueles que se dobram” no dialeto Makonde da Tanzânia, termo este usado para designar aqueles que sofriam com o mal. A doença, apesar de pouco letal, é muito limitante. O paciente tem dificuldade de movimentos e locomoção por causa das articulações inflamadas e doloridas, daí o “andar curvado”.
Os mosquitos transmitiam a doença para africanos abaixo do Saara, mas os surtos não ocorriam até junho de 2004. A partir desse ano, a febre chikungunya teve fortes manifestações no Quênia, e dali se espalhou pelas ilhas do Oceano Índico. Da primavera de 2004 ao verão de 2006, ocorreu um número estimado em 500 mil casos.
A epidemia propagou-se do Oceano Índico à Índia, onde grandes eventos emergiram em 2006. Uma vez introduzido, o CHIKV alastrou-se em 17 dos 28 estados da Índia e infectou mais de 1,39 milhão de pessoas antes do final do ano. O surto da Índia continuou em 2010 com novos casos aparecendo em áreas não envolvidas no início da fase epidêmica.
A febre chikugunya não é transmitida de pessoa para pessoa. O contágio se dá pelo mosquito que, após um período de sete dias contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus CHIKV durante toda a sua vida, transmitindo a doença para uma população que não possui anticorpos contra ele. Por isso, o objetivo é estar atento para bloquear a transmissão tão logo apareçam os primeiros casos.
O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de dois a 12 dias para a febre chikungunya se manifestar, sendo mais comum cinco a seis dias. (Inácio Roberto e Michele Soares)

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