CUIABÁ – Repercutiu em Cuiabá um artigo escrito pelo jornalista Eduardo Gomes de Andrade, o mais antigo jornalista de Mato Grosso, sobre a visita do governador Pedro Taques a Água Boa no sábado. As críticas vieram após Eduardo Gomes fazer uma espécie de alerta sobre o uso da máquina pública para tentar se reeleger.

O jornalista Eduardo afirmou que “Taques cumpriu agendinha oficial em Água Boa, mas na verdade foi com (o deputado) Nininho, às custas do governo para fazer campanha extemporânea”. O assunto repercutiu de tal maneira que jornalistas defensores do governo chamaram o jornalista Eduardo gomes de fumador de maconha estragada. Cabe salientar que o jornalista Eduardo gomes é um dos poucos que publica os problemas da região Araguaia em Cuiabá, não importando quem está no governo.

Confira a matéria trancrita do site Muvuca Popular.

CUIABÁ - Em tempos de crise, manter contratados para ficarem atacando os críticos do governo no whatsapp não é o melhor meio de se comunicar, especialmente quando as pessoas são despreparadas e não medem consequências para rebaixar e desqualificar quem não fala bem do atual governo. Um desses episódios ocorreu neste final de semana, quando o decano do jornalismo mato-grossense e uma das vozes mais respeitadas da comunicação, o jornalista Eduardo Gomes, o Brigadeiro, foi chamado de maconheiro por uma puxa-saco oficial do governo. 

Aos 65 anos, 44 deles dedicados à imprensa mato-grossense, Gomes foi atacado por uma pessoa conhecida como Madona, que é mantida com uma boquinha do governo e de maneira irregular, já que não possui formação para ocupar o cargo, ela disse que Eduardo Gomes fuma maconha estragada, e viaja demais. Seu ataque foi motivado pelas críticas que o jornalista fez ao governo.

Também entrou no circuito de defesa do governador a militante virtual, também paga com recursos públicos, Marimax Comazze, ou MariZap. Mais comedida ela fez apenas uma observação. “Agora o governador não pode mais trabalhar? Ele não pode mais exercer a função de governador ????”. Mas não deixou de chamar as críticas do Brigadeiro de "Torpe"

As críticas vieram após Eduardo Gomes fazer uma espécie de alerta sobre o uso da máquina pública para tentar se reeleger.  “Taques cumpriu agendinha oficial em Água Boa, mas na verdade foi lá, com (o deputado) Nininho, às custas do governo pra fazer campanha extemporânea”, disse o jornalista

O brigadeiro também acusou o governador de ter oferecido benesses públicas para o prefeito de Água Boa, Mauro Rosa, para que ele tomasse a AMM e ‘implodisse’ o PSD no estado. “A mídia social tem que mostrar esse tipo de atuação e cobrar fiscalização ao MP Eleitoral. Com MT em crise esse tipo de conduta torna-se ainda mais grave”, alertou. Mauro Rosa é vice-presidente da AMM e também filiado ao PSD. E o movimento tem o objetivo rasteiro de anular a voz do presidente da entidade, Neurilan Fraga, que tem feito críticas ao governo.

Em resposta ao ataque, o decano do jornalismo mato-grossense, deixou uma mensagem no mesmo grupo onde foi atacado. “Amigos que saíram em minha defesa, obrigado. Minha gratidão ao Rodrigo pela denominação deste grupo, o que me deixa honrado. Depois de algumas décadas escrevendo em MT (...). Não guardo mágoas, pois a vida é a arte do perdão. Sempre fui modesto repórter e até ousei publicar livros. Não tenho filiação partidária, não assessoro político, sempre declarei meu voto, inclusive quando o anulo. Estou em três grupos com discreta participação e espero continuar assim. Sou grato aos que leram incontáveis reportagens que fiz, que se debruçaram sobre mais de 11 mil editoriais e artigos de minha autoria, que folhearam meus livros. Deixemos esse espaço democrático para outros temas. Viva a vida!”

Em tempo: Mesmo após várias baixarias praticadas pelos ditos 'fiscais de whatsapp', o Ministério Público ainda não se manifestou sobre o desvio de função e até mesmo a denúncia de que tais servidores sequer batem ponto em suas respctivas repartições, ou a própria regularidade de suas contratações, se há alguma relevância para o interesse público. (Site Muvuca Popular)

VEJAM RESPOSTA DO JORNALISTA EDUARDO GOMES DE ANDRADE

Meu caro Muvuca, seria deprimente pra mim, ao final da carreira no jornalismo, debater com as figuras que me atacaram no grupo de WhatsApp do nosso amigo Rodrigo Rodrigues, que generosamente ele batizou de "O Brigadeiro", numa homenagem que confesso não ser merecedor. Creio que não se faz necessário dizer que não sou usuário de maconha ou de qualquer outra droga. A afirmação da referida figura somente me atingiria se ela ao invés de atacar me defendesse. O ataque contra mim não significa nada. O grave é a situação de Mato Grosso, abençoada terra onde chegamos ao chafurdar da relação (de difícil comprovação legal, mas muito real) entre o dono do poder e os porcos que se lançam vorazes contra os que mostram ou tentam mostrar a realidade dos fatos. O comentário que resultou no ataque suíno será comprovado pelo tempo, o verdadeiro senhor da verdade. Espero em breve, aqui nesta democrática página mostrar a seriedade do que escrevi. Não percamos mais espaço com essa agressão. Há muito pra se mostrar. Precisamos passar a limpo o crime contra a humanidade que é o sucateamento da saúde pública. Precisamos saber o desfecho do esquema Seduc. Precisamos saber o que ora motiva a Operação Bereré. Precisamos saber a verdade sobre o aumento da receita e a frustração da transferência do duodécimo e dos repasses aos municípios. Precisamos saber o que se escondeu por trás da contratação de uma empresa de segurança para o Detran, a valor elevado, sem licitação, para vigiar uma área que abriga um batalhão da PM e uma delegacia de Polícia Civil. O tempo passa para todos. Amanhã, quando os donos dos porcos não mais estiverem no poder para alimentá-los, eles se voltarão contra outros - e quem sabe até mesmo contra seus contratantes de agora. De espírito desarmado, longe de buscar a vitimização, sem me preocupar com essa gente. Toco a vida que é dom de Deus e como tal tem que ser em paz. Perdoando e pedindo perdão. A vida é assim. (Eduardo Gomes Andrade)