ÁGUA BOA - Um levantamento feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) identificou os 100 municípios mais ricos do Brasil no agronegócio. A análise foi feita em cima dos dados da produção agrícola municipal, referentes a 2020, levando em conta duas variáveis: valor da produção das lavouras e o Produto Interno Bruto das cidades.
Ainda de acordo com a análise feita pelo MAPA, as 100 cidades listadas geraram uma produção de R$ 151,2 bilhões em 2020, o que corresponde a 32% do total do país.
"O destaque desses municípios se dá pelo elevado valor da produção agropecuária e pelo valor do PIB municipal. Principalmente em Mato Grosso, a agropecuária tem participação relevante no PIB do estado, estimada em 21,36%", explica a nota técnica do ministério.
Soja, algodão e milho são as principais culturas responsáveis pelo desempenho das cidades mais ricas do Brasil. Na análise feita pelo Ministério da Agricultura, isso se dá pelos elevados níveis de tecnologia e de produtividade.
"Do valor da produção obtido pelo município de Sorriso em 2020, 52% foi obtido pela soja e 35% pelo milho. São Desidério (BA), segundo maior produtor de algodão herbáceo, teve 38,3 % de seu faturamento proveniente desse produto. O município de Sapezal, maior produtor de algodão herbáceo do país, teve 35,5 % de seu faturamento vindo da soja, e 54,4 % do algodão herbáceo", explica a pasta.
Água Boa aparece com um valor de produção de R$ 828.565,00 e um PIB de R$ 1.079.838,00 na lista das 100 cidades mais ricas do Brasil. (Ascom)
ÁGUA BOA – Nossa reportagem fez pesquisa junto a alguns armazéns graneleiros para saber o destino da soja produzida no município.
O repórter Rafael Piasecki conversou com Talyson Garcia que gerencia um armazém. Ele afirmou que a soja adquirida dos produtores é revendida para outros armazéns ou para outros clientes.
A capacidade de estocagem é de 193 mil toneladas (3,2 milhões de sacas de soja).
Alguns armazéns informaram que a soja produzida em Água Boa tem como destino os portos de São Simão/GO, Santos/SP, Tubarão/SC, Paranaguá/PR, e para fábricas de esmagamento em Goiás, Paraná e Mato Grosso.
Outros armazéns informaram que a soja de Água Boa vai para exportação. Os principais países importadores são a Rússia e a China.
A reportagem é de Inácio Roberto, Rafael Piasecki e imagens e edição de Ivair Alves.
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CUIABÁ - O abate de bovinos fêmeas no estado, segundo dados do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA), apresentou um aumento de 14,58% em fevereiro, comparado ao mês anterior. Ao todo, em Mato Grosso, foram abatidas mais de 405 mil cabeças de gado em fevereiro.
O incremento no abate total de fêmeas foi impulsionado pela maior oferta dos animais com até 24 meses, que cresceu 16,22% e com 36 meses que subiu 6,11% comparado com janeiro deste ano. Dada a fase de baixa do ciclo, a participação das fêmeas no abate total vem crescendo gradualmente.
Para o Diretor Técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (ACRIMAT), Francisco Manzi, esse tipo de processo não é exclusivo do Brasil e tem grande relevância para o mercado pecuário. “Passamos da fase de retenção da fêmea e agora, com esse aumento de abate em fevereiro e nos próximos meses, a tendência é a melhora no valor do bezerro. Com a volatilidade dos custos e a baixa do bezerro, quem mais sente é o criador”, explica Manzi.
O que é o ciclo pecuário?
Em anos de preços em baixa e a margem do produtor pressionada, em que o bezerro está desvalorizado, acontece a fase do ciclo em que a necessidade de manter as fêmeas na propriedade é menor, com isso, usa o abate de fêmeas, que majoritariamente servem à reprodução, como tentativa de manter o seu caixa.
“Diferente de outras culturas no agro, o boi não é igual grãos que todo ano tem safra. A demora na produção até o abate dura em média de 24 a 36 meses, com isso o processo de aumento produtivo hoje, será sentido nos próximos três ou quatro anos”, frisa o diretor técnico da Acrimat. (Reportagem Augusto Camacho - Assessoria de comunicação ACRIMAT)
CUIABÁ - O presidente do Sistema Famato Vilmondes Tomain e representantes das entidades do setor produtivo rural de Mato Grosso participaram de uma reunião de trabalho, no dia 10 de março, com a Casa Civil e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT).
Na ocasião foram apresentadas a plataforma do Mapa do CAR e questões relacionadas às áreas consolidadas no Estado. A discussão sobre o serviço Mapa do CAR já acontece com o setor produtivo, desde 2021, e agora o governo pretende unificar a ferramenta com a tecnologia de georreferenciamento com imagens de satélite das áreas consolidadas, o que consequentemente vai dar agilidade na validação dos Cadastros Ambientais Rurais (CAR).
Para o presidente Vilmondes Tomain, um dos maiores desafios que o proprietário de imóvel rural encontra hoje em dia é estar com toda a documentação relacionada a sua propriedade de maneira regular devido a burocracias e a morosidade nas apreciações. Atualmente 74 mil cadastros do CAR estão na base da Sema aguardando análise.
“Nós produtores queremos trabalhar na legalidade, entretanto é sabido que vários sistemas do Estado apresentam muitas inconsistências e, por isso, os produtores ficam impedidos de exercerem suas atividades por equívocos e intempestividades dos órgãos competentes, o que tornam a vida dos proprietários de áreas rurais cada vez mais complicada, disse Tomain.
A secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti garantiu ao setor que a demanda é uma prioridade do governo. “É uma meta prioritária do Estado, pois entendemos a importância dessa matéria para a economia e a política pública ambiental de Mato Grosso. Esse é o nosso desafio diário e, para isso, contamos com a parceria do setor produtivo”, disse Mauren.
Por meio de imagens de satélite de alta resolução a plataforma desenvolvida pela SCCON – Tecnologia Geoespacial e Mapeamento via Satélite, deve atender as demandas de análises e conferência de áreas de uso consolidado, ou seja, desmatadas antes de 2008, referentes ao marco regulatório do CAR.
O secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho confirmou a importância da plataforma e reforçou que a base de georreferenciamento com imagens de satélite de alta resolução será utilizada pelo proprietário de imóvel rural (profissional contratado pelo produtor) e por quem analisa o CAR.
O objetivo é que as imagens dos acervos da ferramenta sejam utilizadas pelo sistema Mapa do CAR, já utilizado pelos técnicos da Sema há pouco mais de uma não.
“A nossa expectativa é que a unificação das ferramentas venha realmente para somar e contribuir com a regularização ambiental das propriedades e/ou posses rurais e que não se torne mais uma limitação nas inscrições e análises dos CAR, já que sem o CAR o produtor fica impedido de acessar créditos rurais, contratar financiamentos e, entre outros”, disse Tomain.
O consultor do Instituto Ação Verde, Vicente Falcão, ao apresentar o sistema Mapa do CAR, destacou que a ferramenta vai resolver os conflitos de interpretação sobre a área ser consolidada ou não. "Além de trazer a qualidade ao profissional, ainda tem a nitidez da imagem das áreas esclarecendo os pontos importantes para a análise do CAR".
O sistema Mapa do CAR foi criado em 2021, é uma iniciativa do Instituto Ação Verde, com patrocínio da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-MT), Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem), Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac).
CAR - O Cadastro Ambiental Rural é um registro público eletrônico nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.
A inscrição do imóvel rural no CAR é realizada por meio de sistema eletrônico e deverá ser feita junto ao órgão estadual competente, na Unidade da Federação (UF) em que se localiza o imóvel rural.
Do Sistema Famato também participaram os gestores Tatiana Monteiro (Ambiental) e Rodrigo Bressane (Jurídico) e o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cleiton Gauer. (Ascom Famato)
ÁGUA BOA - A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Agricultura e Turismo, por meio da gestão da Agricultura Familiar, vêm trabalhando no corte de silagem para o pequeno produtor do interior de Água Boa.
Um dos beneficiados pelo trabalho foi José Olivino, produtor familiar do P.A. Santa Maria.
O programa faz o empréstimo de trator, carretiha e implemento da Prefeitura para cerca de 30 famílias rurais da cadeia produtiva do leite no município.
Segundo o Secretário Municipal Adjunto de Agricultura, Otacílio Barbosa, o equipamento da Prefeitura também é destinado para o atendimento do pequeno produtor em geral.
Além deste, outros projetos e programas de auxílio ao desenvolvimento da Agricultura Familiar são desenvolviedos pela Secretaria Municipal. (Ascom)