ÁGUA BOA – Segue neste mês de novembro, a campanha de vacinação contra a febre aftosa no rebanho.
Trata-se da última etapa de vacina contra a Febre Aftosa.
Foram anos de trabalho por parte do órgão de defesa, produtores, Sindicatos Rurais e imprensa.
Todos contribuíram para essa importante conquista, que veio somente coroar o status de Mato Grosso como o detentor do maior rebanho bovino do Estado.
A partir de dezembro, o rebanho de Mato Grosso será considerado livre de febre aftosa sem vacinação.
Porém, todos os bovinos e bubalinos de mamando a caducando devem ser vacinados pela última vez contra a doença.
Atualizada 27 out 2022 ÁGUA BOA – O Instituto da Carne de Mato Grosso (Imac) promoverá hoje palestra em Água Boa. Será a partir das 19h na Su Eventos - Av. Coopercana, Chácara 44 no Bairro Guarujá Expansão.
Para falar sobre esse importante tema, Bruno de Jesus Andrade, Zootecnista e diretor do Imac concede entrevista.
Ele afirma que o pecuarista precisa informações sobre como promover sua reinserção no mercado da carne.
Também será proferida palestra sobre a conjuntura do mercado do boi.
Veja vídeo -
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Atualizada 15 out 2022ÁGUA BOA - O Imac preparou um evento ao pecuarista da região.
A reunião técnica será sobre o Programa de Reinserção e Monitoramento - PREM.
Trata-se de ferramenta que vai ajudar produtores rurais bloqueados para o comércio de animais, a retornarem ao mercado da carne.
A palestra também vai destacar a produção de bovinos a pasto no período da seca, mercado do boi gordo e o programa de reinserção e monitoraqmento do Imac.
O evento será às 19h do dia 27 de outubro na Su Eventos - Av. Coopercana, Chácara 44 no Bairro Guarujá Expansão.
CUIABÁ - Inicia em 1º novembro a segunda etapa da vacinação contra a febre aftosa em Mato Grosso. A campanha é obrigatória em bovinos e bubalinos de todas as idades, exceto aqueles pertencentes às propriedades localizadas no baixo Pantanal mato-grossense. A vacinação segue até 30 de novembro.
Após a imunização, a vacinação deve ser comunicada ao Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), via módulo do produtor no site do órgão, até o dia 10 de dezembro.
A vacinação é obrigatória em quase todo o estado de Mato Grosso, à exceção do município de Rondolândia e algumas propriedades dos municípios de Colniza, Aripuanã, Juína e Comodoro. Esses municípios já são reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como “zona livre de febre aftosa sem vacinação”. Portanto, não devem imunizar o rebanho.
Suspensão da vacinação – Após essa segunda etapa de vacinação, Mato Grosso e outros cinco estados, além de do Distrito Federal, não deverão mais imunizar o rebanho bovino e bubalino contra a febre aftosa.
A vacinação será suspensa por decisão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), como parte do projeto de ampliação de zonas livres de febre aftosa no Brasil a partir de 2023.
O diretor-técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi, ressalta a responsabilidade de cada pecuarista para garantir a continuidade do status de estado livre da febre aftosa (que Mato Grosso possui há 26 anos, mas com vacinação).
“Este será um mês emblemático, pois provavelmente será a última vacinação que Mato Grosso irá realizar contra a febre aftosa. Seguindo o Plano Nacional de Controle e Erradicação Contra a Febre Aftosa (PNEFA), Mato Grosso vai suspender a vacinação e almejar o título de livre da febre aftosa sem vacinação. Por isso é fundamental que todos os pecuaristas façam a sua parte”, ressaltou.
Hoje, o Estado possui o maior rebanho bovino do Brasil, com 32 milhões de cabeças de gado, e é referência em sanidade animal. (Ascom)
CUIABÁ - Avaliando a última safra de soja, especialmente em Mato Grosso e no Centro- Oeste, foi evidente o aumento na incidência de nematoides nas lavouras. O alerta é da pesquisadora e nematologista da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), Tânia Santos, que ressalta que é preciso ficar de olho no manejo para o ciclo 2022/23.
Para orientar e sanar dúvidas, principalmente sobre o momento certo de identificação desses patógenos, a instituição realiza hoje, terça-feira, 25, a partir das 19h de MT, a live gratuita “É Hora de Cuidar”, com participação de Tânia e da também pesquisadora e doutora em fitopatologia, Rosangela Silva.
Uma das temáticas do evento é o monitoramento e o momento certo de coleta para a avaliação dos nematoides. Esse assunto é apontado pela especialista Tânia como fundamental para o sucesso do manejo. “O ideal é monitorar sempre os sintomas na parte aérea da cultura, geralmente, observamos manchas em reboleiras, onde as plantas ficam pequenas e amareladas, e onde as folhas afetadas, às vezes, apresentam manchas cloróticas ou necroses entre as nervuras, caracterizando a folha ‘carijó’”, relata.
Ainda pode ocorrer de muitas vezes não haver redução no tamanho das plantas, mas no florescimento, de acordo com ela, pode acontecer o abortamento de vagens e amadurecimento prematuro. “Comumente esses sintomas não são tão evidentes, por isso é importante fazer a análise nematológica, para identificar o tipo de nematoide e a população presente”, reforça.
Fazer a coleta de solo e raízes, sempre que identificar ou observar algum sintoma, ou ainda quando houver queda de produtividade na safra anterior, são outras recomendações de Tânia. Ela destaca ainda que é preciso enviar a um laboratório de confiança para análise. “O momento certo de coletar essas amostras é no início da floração da cultura da soja até a maturação. Esse é o período ideal, porque o nematoide completa de dois a três ciclos nas raízes da planta”, sinaliza a profissional.
Vilões de várias safras
O problema com os nematoides em Mato Grosso tem aumentado nos últimos anos, e a preocupação maior é com: Meloidogyne javanica, Meloidogyne incognita e Heterodera glycines, e não menos importante o nematoide das lesões, (Pratylenchus brachyurus), frequentemente encontrado nas amostras de solo e raízes. Entretanto, ainda temos o Rotylenchulus reniformis, que pode não ocasionar perda na soja, porém, na cultura subsequente, como é o caso do algodão, e ainda perdas mais expressivas.
O aumento da população desses patógenos não ocorre só no Estado, mas também na região Centro-Oeste do País, que segundo a pesquisadora da Fundação MT se deve ao monocultivo (soja/milho ou soja/algodão), e a utilização de cultivares de soja suscetíveis ao longo das safras.
Como realizar a amostragem para diagnose de nematoides
Para que os resultados estejam de acordo com a realidade da fazenda, é necessário realizar a coleta de amostras para a diagnose da maneira mais correta possível e no tempo certo. Para a coleta de solo e raízes é recomendado que estas sejam feitas no início da floração da cultura, aproximadamente aos 40 ou 60 dias após a emergência. “Também indicamos coletar essas amostras, sempre que possível, na bordadura da reboleira, ou seja, proveniente da rizosfera. No caso de raízes, atenção especial às radicelas, que devem ser coletadas de preferência no ciclo anterior a um novo plantio”, explica a pesquisadora.
Ao fazer a coleta, utilizar ferramentas corretas, tais como enxadas, enxadões e pás. Sempre identificar a embalagem que for colocar esse material, sendo esta de plástico para não perder as características iniciais da amostra. “Durante a amostragem, deve-se caminhar em ‘zigue-zague’, abrindo o solo em forma de V. Coletar as plantas que mostrem os sintomas moderados, evitando aquelas com muitos sintomas ou que estejam muito depauperadas. Nas reboleiras, amostrar na periferia dela”, salienta a especialista.
Outra orientação importante é coletar na profundidade de 0 a 25 ou 30 cm. “Com destaque para obter 10 sub amostras a fim de formar uma amostra composta e aí desta homogeneizar bem e enviar para o laboratório ao menos 1kg de solo e 20 gramas de raízes, devidamente embalada e identificada de acordo com a área amostrada”, completa Tânia.
É preciso mudar
Os danos causados pelos nematoides na soja são muito significativos, especialmente no Cerrado brasileiro como um todo, onde existem condições favoráveis ao desenvolvimento e multiplicação deles. Para a pesquisadora, falta ao produtor aprender a conviver com esses patógenos, pois uma vez presentes na área é impossível erradicá-los. “Por isso é tão importante fazer a correta diagnose da espécie que está na lavoura, aliada ao uso de ferramentas de manejo comprovadamente eficientes, baseadas em resultados de pesquisa, assim é possível melhorar a situação”, diz.
Várias ferramentas de manejo estão disponíveis no mercado, com diferentes graus de eficiência, dependendo do trabalho adotado pela fazenda. “Podemos apontar as cultivares resistentes, rotação de culturas, utilização de nematicidas químicos e/ou biológicos e ainda culturas de cobertura para introdução de matéria orgânica no sistema. Cabe ao produtor analisar a relação custo/benefício de cada ferramenta e escolher o que mais se adequa à sua lavoura”, finaliza a pesquisadora.
Saiba mais
Estas e outras informações você poderá acompanhar hoje à noite durante o encontro online e gratuito da Fundação MT. Lembrando que é a partir das 19h de MT. Na ocasião, uma equipe de pesquisadores estará reunida para repassar o melhor direcionamento sobre os cuidados pós-plantio. As inscrições podem ser realizadas pelo site: https://bit.ly/3SHfAzI.
Fundação MT: Criada em 1993, a instituição tem um importante papel no desenvolvimento da agricultura, servindo de suporte ao meio agrícola na missão de prover informação técnica, imparcial e confiável que oriente a tomada de decisão do produtor. A sede está situada em Rondonópolis-MT, contando com três laboratórios e casas de vegetação, seis Centros de Aprendizagem e Difusão (CAD) distribuídos pelo Estado nos municípios de Sapezal, Sorriso, Nova Mutum, Itiquira, Primavera do Leste com ponto de apoio em Campo Verde e Serra da Petrovina em Pedra Preta. Para mais informações acesse www.fundacaomt.com.br e baixe o aplicativo da instituição. (Ascom)
Começou, neste mês de outubro, a colheita do pequi em Ribeirão Cascalheira (900 km a nordeste de Cuiabá) e dura até dezembro. A expectativa dos produtores rurais é colher 250 toneladas do fruto e arrecadar em torno de R$ 600 mil em dois meses. Compradores de Cuiabá, Goiânia e Distrito Federal, entre outros, já se instalaram na cidade para a compra do fruto. O município é considerado o maior produtor do Médio Araguaia, com aproximadamente 280 hectares cultivados, dos quais 150 com árvores nativas e 130 plantadas.
Segundo o técnico agropecuário da Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural), Carlos Alberto Quintino, alguns produtores estão cultivando novas mudas para serem utilizadas no reflorestamento de áreas degradadas, reforma de pastagem e na recuperação de Áreas de Proteção Permanente (APP). “O pequi é parte da economia municipal. Neste período, tanto a cidade quanto o campo ficam movimentados”, descreve Quintino.
Uma árvore de pequi produz, após o quinto ano de plantio, em média dois mil frutos por colheita. O técnico da Empaer destaca que o pequi (Caryocar brasiliense) é um produto extrativista e uma alternativa econômica para muitos agricultores familiares da região. Ele diz que, especialmente neste ano, o fruto está mais carnudo e de ótima qualidade, podendo proporcionar lucro e renda para os produtores.
O produtor rural Lázaro Vieira, da comunidade Gengibre, possui uma área de 70 hectares de pequi nativo e 30 hectares com o plantio de 1.300 árvores. Nesta safra, pretende colher em torno de 2 mil caixas o equivalente a 60 mil quilos ao preço de R$ 35,00 por caixa de 30 quilos. “Esta propriedade é de meu pai e vendo pequi há mais de 10 anos. Se tivesse mais de 10 mil caixas, venderia tudo. No futuro, pretendo vender o pequi embalado à vácuo e pronto para ser utilizado na cozinha”, enfatiza Lázaro.
Segundo ele, no município o fruto é considerado muito bom, carnudo, grande e com uma coloração amarelada forte e saborosa. O maior número de caixas vem da colheita do pequi nativo e o produtor espera, para os próximos anos, colher em grande quantidade na área plantada há mais de oito anos.
“No primeiro ano de colheita, apenas 50 árvores produziram e somente 20, no ano passado. Acredito que nos próximos anos teremos uma boa quantidade de pequi a ser colhido” explica Lázaro.
O casal de produtores rurais, Sérgio Golffer e Ronilda Maria de Araújo Golffer possuem uma propriedade de 29 hectares, distante 25 km do município, e começam a colher após este dia 15 de outubro. No ano passado, colheram 3 mil caixas e este ano parece que vão colher um pouco menos. “Nos últimos 12 anos, a venda do pequi tem gerado recursos e, somente com o dinheiro recebido com sua venda, conseguimos comprar um barracão, casa e outras coisas,”, explica Ronilda.
Na propriedade estão plantadas 800 mudas de pequi, que estão produzindo desde o ano passado. A produtora comenta que o período da safra do pequi é muito aguardado pelos moradores, movimentando a economia da região, com sua colheita gerando emprego. Sérgio Golffer tem um cuidado especial com o cultivo, fazendo a limpeza de todos os pequizeiros. Ele explica que nos primeiros anos retirava em média até 600 caixas por safra. Com a limpeza e poda rasteira das árvores, no segundo ano colheu em torno de 1.100 caixas. “Essa limpeza proporcionou o aumento da produtividade e os produtores vizinhos também estão utilizando esta técnica”, conclui.Com informações de Secretaria de Agricultura de Rib. Cascalheira e Rosana Persona (Empaer-MT) e fotos de Empaer-MT