CUIABÁ - No período de um ano, o rebanho bovino de Mato Grosso teve aumento em 1,624 milhão de cabeças e agora totaliza 32.788.192 de cabeças. Este é um novo recorde para o estado de Mato Grosso, campeão na atividade pecuária no país. Levando em conta a estimativa populacional do IBGE para Mato Grosso em 2021, são 9 bois para cada habitante.
Conforme os dados do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), o rebanho cresceu 5,2% no Estado de novembro de 2021 em relação a novembro de 2020, e em praticamente todas as 14 regionais do Estado, com exceção da de Barra do Garças, onde houve um pequeno decréscimo de 0,6%. Ficaram com crescimento acima da média estadual as Regionais de Cáceres, Alta Floresta, Barra do Bugres, São Felix do Araguaia, Pontes e Lacerda e Juína, sendo esta última com maior incremento (10,4%).
Os 10 maiores municípios em número de rebanho concentram 25% ou um quarto de toda produção pecuária e um quinto dos estabelecimentos rurais de Mato Grosso. Ao todo Mato Grosso tem 108.315 propriedades que criam gado no Estado. Os destaques são Cáceres e Vila Bela da Santíssima Trindade, que juntos detêm mais de 2 milhões de cabeças.
Agua Boa tem mais de 320 mil cabeças de gado. Isso representa cerca de 1% do rebanho mato-grossense. (Ascom/Inácio Roberto)
ÁGUA BOA – A soja convencional ocupa uma boa área na região.
Segundo levantamento da rádio Interativa feita junto a armazéns, no município de Nova Xavantina são 2.300 hectares de soja convencional.
Água Boa conta com 3.800ha e Ribeirão Cascalheira com 2.050 hectares. Os municípios com maior área de soja não modificada geneticamente são Querência: 17.100 hectares e Gaúcha do Norte com 18 mil hectares.
Produtores de Canarana plantaram 3.200ha. No Xingu foram semeados cerca de 19 mil hectares com a soja convencional.
O prêmio pago a mais pela soja convencional pode chegar aos R$ 35,00 por saca.
CUIABÁ - Preocupada com a situação da cigarrinha-do-milho que tem atacado as lavouras, em Mato Grosso, a Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-MT), disponibilizou aos produtores rurais uma cartilha para informar e alertar sobre o manejo da praga e o enfezamento na plantação.
Conforme a Comissão de Defesa Agrícola da Aprosoja-MT, responsável pelo material técnico, o propósito da divulgação desse material é a busca de um manejo com maior eficiência para amenizar os prejuízos causados pela Cigarrinha-do-milho, praga que atinge a lavoura e pode causar a redução de crescimento e desenvolvimento da planta, entrenós curtos, defeito na formação de espigas, enfraquecimento dos colmos com favorecimento às infecções fúngicas que resultam em tombamento.
Entre as boas práticas apresentadas na cartilha estão a eliminação do milho voluntário (tiguera), a rotação de cultivos, evitando o plantio sucessivo de gramíneas e a não semeadura ao lado de lavouras com plantas adultas apresentando sintomas de enfezamentos.
A cartilha está disponível em formato PDF no site da Aprosoja.
Acompanhamento – A Aprosoja Mato Grosso, representante de mais de 7.500 produtores de milho no estado, convidou esta semana, representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Embrapa Milho e Sorgo, Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), e outras autoridades para visitarem as lavouras de milho safra e safrinha em Lucas do Rio Verde. As entidades conheceram a situação e se disponibilizaram para analisar e apresentar possíveis soluções para diminuir os danos causados pela cigarrinha-do-milho. (Ascom)
Um dos principais desafios do agricultor brasileiro na safra 2021/22 foi o de adequar o orçamento diante dos expressivos reajustes nos preços médios dos insumos. Os fertilizantes, especificamente, são os que mais estão impactando economicamente esta safra, com formulações chegando a 100% de aumento. Infelizmente, as previsões indicam que a safra 2022/2023 continuará sendo afetada pela alta desses produtos.
Uma das alternativas possíveis para o agricultor mitigar essa situação, pensando-se no equilíbrio financeiro sem prejuízos à produtividade, diz respeito a redução da adubação. A área de solos, nutrição e sistemas de produção da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), realiza há inúmeras safras pesquisas que demonstram que esse ajuste nem sempre desfavorece o solo e os resultados da lavoura, mas para isso há critérios a serem observados.
Felipe Bertol, mestre em Ciência do Solo e pesquisador de Solos & Sistemas de Produção da instituição, diz que o ponto de partida é ter uma assistência técnica de qualidade e basear todas as decisões no histórico de produtividade das culturas envolvidas no sistema produtivo da área, monitoramento dos teores dos nutrientes através de análise de solo de qualidade, aspectos físicos do solo (textura, densidade, infiltração de água) e boa distribuição de fertilizantes. “É preciso uma análise de solo e caracterização ambiental muito boa e, a partir daí, temos um mundo a explorar”, define.
Poupança de outras safras
Uma orientação genérica para a decisão de reduzir a adubação, segundo o pesquisador, é a lógica da poupança. “Se na safra passada o produtor fez o manejo da adubação com a perspectiva de produzir mais, mas em razão das condições climáticas ele produziu menos, então nesta safra é possível aproveitar o que não foi exportado ano passado. Mas tem que avaliar qual a dinâmica do nutriente a ser poupado, o papel dele na planta e as características do solo, e estando com sobras, a redução pode ser feita com tranquilidade, como é o caso de nutrientes como fósforo e potássio em solos de fertilidade construída”, explica Felipe.
Por outro lado, se o solo é frágil, com textura mais arenosa, é necessário ser ainda mais criterioso com a redução, mesmo que seja uma área com investimento na adubação em toda safra. “É possível reduzir sim, sobretudo em sistemas produtivos com acidez do solo corrigida, ciclagem de nutrientes através de plantas de cobertura na entressafra e boa cobertura vegetal ao longo do ano. Ou seja, é necessário ter maior critério para a redução da adubação, visto a fragilidade do sistema. Isto somente é possível com manejo do sistema bem feito, histórico de cultivos e amostragem de solo de qualidade”, destaca Bertol. Em todo o país, inclusive em Mato Grosso, a maioria das regiões agrícolas apresentam solos mistos a arenosos, muito comum em regiões de baixadas, próximos a rios e matas.
Impactos na safra seguinte
Se a poupança da adubação existe no solo, feita em safras anteriores quando os preços dos fertilizantes eram relativamente mais baixos, o agricultor também pode optar por reduzir a zero a adubação nas próximas safras, ou ainda fazer a manutenção apenas do que é exportado pela cultura em cada ciclo. No entanto, o pesquisador orienta que o monitoramento dos teores no solo e na planta é essencial, sendo essa uma opção e não uma prática contínua.
Ele acrescenta que o impacto na produtividade pode acontecer futuramente, caso o agricultor não invista no momento certo para elevar os nutrientes novamente. “Num ano como esse, em solos argilosos de alto teto produtivo, se o agricultor tem o histórico, se fez tudo certo, manteve os nutrientes em níveis altos, então possivelmente ele pode trabalhar com redução da adubação, sem impactar na produtividade, vai ter retorno econômico igual ao que já teve, perante a resposta da redução, claro. Mas, deve-se monitorar , não pode normalizar essa situação. E, futuramente, quando a situação econômica estabilizar, deve-se voltar a reinvestir na “poupança”, esclarece.
Respostas do solo
Para o agricultor ter clareza se reduz ou tira a adubação, a conta deve ser feita a partir dos níveis de fertilidade do solo, pondera Bertol. “Os níveis baixos, médios, altos e muito altos no solo determinam acurva de resposta e probabilidade de retorno. Um solo que apresenta nível baixo de fertilidade indica que a disponibilidade de nutriente para a planta é baixa, logo se ocorrer o aporte de nutriente via fertilização a probabilidade de resposta produtiva é alta,”, explica.
Já em solos com média e alta fertilidade, a probabilidade de resposta é menor, sendo a probabilidade de resposta baixa ou quase nula, respectivamente. “Nesses solos podemos retirar a adubação com tranquilidade, pois já há uma segurança com a questão de reposição. Agora, em solos da classe média para baixo, pode haver problemas”, alerta.
Fundação MT: Criada em 1993, a instituição tem um importante papel no desenvolvimento da agricultura, servindo de suporte ao meio agrícola na missão de dar vida aos resultados através do desenvolvimento de tecnologias aplicadas à agricultura. A sede está situada em Rondonópolis-MT, contando com três laboratórios e casas de vegetação, um centro de pesquisa local e outros seis Centros de Pesquisa Avançada (CAD) distribuídos pelo Estado nos municípios de Sorriso, Nova Mutum, Itiquira, Primavera do Leste e Serra da Petrovina. www.fundacaomt.com.br. (Ascom)
ÁGUA BOA – Um novo caso de raiva foi diagnosticado em bovino no município de Nova Nazaré. O alerta é do Escritório Regional do Indea. Trata-se de um bovino de uma propriedade na MT-326 estrada para Nova Nazaré.
Diante desse quadro, as propriedades próximas ficam alertadas de que devem vacinar seus animais contra a raiva e comunicar ao Indea. A descoberta de animais sintomáticos também deve ser feita com urgência ao Indea para fins de coleta de material e diagnóstico.
Os produtores rurais também podem comunicar ao Indea a descoberta de abrigos de morcegos hematófagos, que são os principais transmissores da raiva aos bovinos e equinos.
Atenção produtores: Na última etapa, quem vacinou contra a raiva e utilizou o módulo produtor para informar a vacina de Aftosa, não comunicou a vacina de raiva, pois não existe o campo para isso.
O produtor pode realizar a comunicação da vacina de raiva por e-mail, enviando a folha de classificação com o total de animais vacinados ou pode procurar o Indea local. (Ascom)