CUIABÁ - O Fórum Agro MT enviou na última semana ofício ao governador, Mauro Mendes e à secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti solicitando a suspensão do sistema do Cadastro Ambiental Rural (CAR Digital 2.0). O documento enviado identifica uma série de problemas técnicos e de funcionamento do sistema recentemente implantado que afetam diretamente os produtores rurais do estado.
No mês de junho o Fórum Agro MT e a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA-MT) já haviam realizado reunião com a participação de produtores rurais e técnicos da área que apontou à secretária adjunta de Gestão Ambiental, Luciane Bertinatto vários problemas apresentados pelo sistema.
Dentre os apontamentos indicados via ofício, o Fórum Agro MT relatou falhas como a validação de áreas sem observar o disposto no Art. 67 da Lei 12.651/2012, que trata de áreas de até 4 módulos fiscais que não necessitam de recomposição de Área de Reserva Legal (ARL), o sistema não possui um comando para informar se a área foi aberta antes do ano 2000, divergência entre bases de dados de Uso Consolidado de Referência e a base de Referência de Uso Consolidado do CAR 2.0, e o prazo insuficiente de 90 dias, prorrogável por 90 dias, para os laudos de hidrografia, que necessitam de dados tanto do período chuvoso quanto do período de seca.
O presidente do Fórum Agro MT, Nelson Piccoli reconhece a importância do sistema do CAR Digital 2.0, porém ressalta que a ferramenta só deveria ter sido colocada em funcionamento após estar funcionando com 100% de eficácia. “Sabemos que a intenção é modernizar e dar celeridade nas questões de validação do CAR, porém não é viável colocar um sistema em operação sem estar 100%. Isso trouxe dor de cabeça e preocupação aos produtores, por isso solicitamos a suspensão do sistema e que volte a análise de como era antes, até que o 2.0 esteja reformulado”, pontuou.
Entre outros pedidos, a entidade solicitou que o sistema não seja aplicado às propriedades de Boa Esperança do Norte até que os problemas de cadastramento nacional do município sejam resolvidos. Seja realizada uma alteração no sistema para permitir a correção de informações relativas às áreas e a possibilidade de não aceitar o documento apresentado. Também solicitou que seja incluído um termo de responsabilidade no parecer da Sema-MT sobre a validação do CAR, informando que os dados foram obtidos segundo a análise do sistema sobre a área validada e a ampliação do prazo para a retificação ou contestação da análise digital.
O presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain, relembrou o trabalho do setor produtivo para contribuir com o desenvolvimento do sistema e reforçou o compromisso da entidade em defender os interesses dos produtores.
“Desde o início, buscamos auxiliar para que o CAR 2.0 funcionasse de forma adequada, sem gerar prejuízos ou transtornos aos produtores rurais. Infelizmente, isso não ocorreu. Por isso, consideramos que a suspensão do sistema é, neste momento, a medida mais sensata. Vamos continuar atuando como ponte entre o produtor rural e o poder público, defendendo soluções que garantam a regularização ambiental, mas que também respeitem o desenvolvimento sustentável e a produtividade no campo”, afirmou.
Texto: Assessoria Fórum Agro (ASCOM)
Atualizada 08 Julho 25
CUIABÁ - O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea) realizou 2.061 fiscalizações no primeiro mês do vazio sanitário da soja. Os dados são referentes ao período entre 8 de junho e 6 de julho de 2025. No vazio sanitário da soja os produtores ficam proibidos, por 90 dias, de plantar ou manter plantas vivas de soja em qualquer fase de desenvolvimento. Neste ano, o período termina em 6 de setembro.
Somente no mês de junho, entre os dias 08 a 25, foram aplicados 12 autos de infração, com 1.643 Unidades Padrão Fiscal (UPFs) de multas aplicadas, pela Coordenadoria de Defesa Sanitária Vegetal (CDSV), por meio da equipe de fiscalização de campo, formada por fiscais e agentes fiscais.
Segundo o diretor técnico do Indea, Renan Tomazele, todos os autos de infração aplicados se devem ao fato do sojicultor não cumprir a obrigação de manter a propriedade livre de planta viva de soja durante a vigência do vazio sanitário.
“Esse período de 90 dias de proibição é justamente para proteger o cultivo da próxima safra. Se o produtor não toma o devido cuidado, pode colocar a sua produção em risco, pois a presença do fungo no período do vazio sanitário proporciona o surgimento da ferrugem mais cedo na próxima safra, consequentemente aumentando os níveis de severidade comprometendo a produtividade”, acrescenta o engenheiro agrônomo.
O fungo Phakopsora pachyrhizi causa perdas na lavoura, uma vez que leva ao amarelecimento precoce das folhas e sua queda prematura, impedindo a plena formação dos grãos.
O Indea realiza rotineiramente coleta de amostras de folhas de soja para verificação da presença do fungo causador da ferrugem. No mês de junho foram analisadas 60 amostras pelo ‘Núcleo Laboratório de Sanidade Vegetal do Indea (NLSV), em Cuiabá, sendo que 22 apresentaram resultado positivo para ferrugem asiática da soja.
Safra 2024/2025
Foram cadastradas na safra 2024/2025, 16.299 unidades de produção de soja, o que representa uma área de 11,3 milhões hectares.
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Indea alerta para vazio sanitário da soja em Mato Grosso
ÁGUA BOA - O Indea alerta para o vazio sanitário da soja em Mato Grosso.
No período de 8 de junho a 6 de setembro é proibido plantar soja. Também fica proibida a existência de plantas de soja guaxa nas lavouras, para evitar a disseminação da ferrugem asiática.
Produtores rurais devem fiscalizar as lavouras e eliminar as plantas que nascem espontaneamente.
A medida vale para lavouras, beira de estrada e área de domínio das propriedades.
Quem descumprir a medida estará sujeito à multa.
Atualizada 04 Julho 2025ÁGUA BOA - A sexta-feira é dedicada ao encontro técnico sobre plano safra e bovinocultura de leite.
Cleice Rocha, assessora da Sicredi Araxingu explanou detalhes do plano safra que disponibiliza recursos aos produtores rurais e agricultores familiares.
Matheus Thoma da Associação de Médicos Veterinários e Zootecnistas destacou a importância do conhecimento para melhorar a rentabilidade dos produtores.
Otacílio Gonçalves ressaltou eu mais uma vez a prefeitura é parceira de iniciativas em prol da agricultura familiar.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Gilmar Celestino dos Santos, lembra que os agricultores familiares só terão garantia de renda com melhorias e inovações.
Veja reportagem:
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Encontro técnico sobre clima e sucessão familiar - veja reportagem
Atualizada 02 Julho 25ÁGUA BOA - Acontece agora no Sindicato Rural, Encontro Técnico da 32ª Expovale.
Em pauta, duas palestras de suma importância: sucessão familiar no agro e clima para a próxima safra.
Dayane Figueiredo da Climatempo informa que as chuvas da próxima temporada podem começar cedo, porém, com intervalos maiores em outubro e novembro.
Isso exigirá mais atenção por parte do produtor rural.
Já o palestrante Daniel Wolf abordou a sucessão familiar como segredo para continuação do agronegócio.
Ele ressalta que o agronegócio precisa de profissionalização, mas também paixão.
José Otávio Vicentin da Associação dos Agrônomos ressalta os parceiros do evento.
O presidente da Expovale, Dr. Diego Montechi afirmou que está tudo pronto para o evento.
Veja reportagem:
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Encontro Técnico na 32ª Expovale - veja reportagem
Atualizada 30 junho 2025ÁGUA BOA – Começa nesta quarta-feira, 02 de julho, o Encontro Técnico durante a 32ª Expovale. Serão três dias de muito conhecimento, troca de experiências e novidades do agronegócio.
A médica veterinária Daniele Magioni Schäfer apresenta detalhes do evento que reunirá veterinários, zootecnistas, agrônomos, produtores rurais e pessoas ligadas ao agronegócio.
A vice-presidente da Expovale informa a programação:
🗓02/07 – Quarta-feira - Local: Sindicato Rural de Água Boa – MT
Palestras técnicas sobre a Sucessão familiar no Agro; Previsão Climática para a safra 2025/2026.
🗓 04/07 – Sexta-feira - Local: Parque de Exposições de Água Boa – MT (Pavilhão de Bovinos de Leite)
Palestras técnicas voltadas para a Bovinocultura de Leite
🗓 05/07 – Sábado - Local: Parque de Exposições de Água Boa – MT (Pavilhão de Bovinos de Corte)
Palestras técnicas voltadas para a Bovinocultura de Corte e temas relevantes para o campo. A Entrada é gratuita e as vagas são limitadas.
Link para inscrição: https://docs.google.com/forms/d/1w9J_0yjzxbYc6wT1T4yKdtpiJzeV7d0kH-Sfdm6q26k/viewform
VEJA VÍDEO -
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Encontro Técnico na 32ª Expovale - veja a programaçãoÁGUA BOA – Encontro Técnico durante a 32ª Expovale. Serão três dias de muito conhecimento, troca de experiências e novidades do agronegócio.
Confira a programação:
🗓02/07 – Quarta-feira - Local: Sindicato Rural de Água Boa – MT
Palestras técnicas sobre a Sucessão familiar no Agro; Previsão Climática para a safra 2025/2026.
🗓 04/07 – Sexta-feira - Local: Parque de Exposições de Água Boa – MT (Pavilhão de Bovinos de Leite)
Palestras técnicas voltadas para a Bovinocultura de Leite
🗓 05/07 – Sábado - Local: Parque de Exposições de Água Boa – MT (Pavilhão de Bovinos de Corte)
Palestras técnicas voltadas para a Bovinocultura de Corte e temas relevantes para o campo.
Atualização técnica, networking e fortalecimento do setor agropecuário você encontra na 32ª Expovale!
A Entrada é gratuita e as vagas são limitadas.
CUIABÁ - Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) expressa preocupação com o Plano Safra 2025/26 anunciado nesta terça-feira (01.07) pelo Governo Federal. Com juros próximos da taxa Selic atual, o crédito rural se torna praticamente inacessível para a maioria dos produtores, sobretudo em um momento de elevado endividamento no campo.
Embora o volume total anunciado seja de R$ 516,2 bilhões, parte significativa dos recursos R$ 185 bilhões será captada via Cédulas de Produto Rural (CPR) lastreadas em Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), instrumentos privados que não possuem taxas controladas. Ao excluir essa parcela, o volume de recursos disponível sofre uma redução nominal de 17,3%.
Na prática, os valores controlados, montante com juros prefixados, cresceram 5% em relação ao plano anterior, o que representa um decréscimo de 0,32% em termos reais, quando ajustado pela inflação acumulada nos últimos 12 meses. Além disso, parte desses recursos já está comprometida com financiamentos da safra anterior.
Os R$ 69,1 bilhões destinados ao Pronamp mantêm juros diferenciados, mas não corrigem as perdas inflacionárias. No setor agropecuário, os investimentos controlados de R$ 79,93 bilhões também apresentaram crescimento nominal insuficiente, enquanto os R$ 21,6 bilhões de recursos livres foram reduzidos em 31% e continuam sujeitos a garantias mais onerosas.
“Na prática, temos menos dinheiro disponível para contratar”, alerta o presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber, ao destacar que os aumentos marginais não compensam a corrosão do poder de compra dos produtores.
“Considerando que no último Plano Safra apenas 70% do valor anunciado chegou efetivamente ao produtor e que a linha de custeio empresarial na qual a maioria se enquadra, teve a taxa elevada de 12% para 14%, fica evidente a queda gradativa na sua eficiência”, ressaltou o diretor administrativo da Aprosoja MT, Diego Bertuol.
O novo Plano anuncia, também a taxa de 10% ao ano para o Pronamp e entre 8,5% e 14% para demais operações de custeio e investimento, dependendo do porte e finalidade do financiamento. Para muitos pequenos e médios produtores, essas taxas tornam o acesso ao crédito inviável, especialmente quando boa parte do orçamento precisa ser destinada à quitação de dívidas anteriores.
Além disso, o crédito de custeio agrícola agora exige cumprimento das recomendações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), instrumento recorrentemente defasado em relação à prática agrícola.
A Aprosoja MT havia sugerido, com base em estudos do déficit de armazenagem, ampliar o orçamento do Programa de Construção de Armazéns (PCA) para R$ 9 bilhões, com condições facilitadas para pequenos e médios produtores. No entanto, o governo destinou apenas R$ 3,7 bilhões para estruturas de até 12 mil toneladas, com taxa de 8,5% ao ano, e R$ 4,5 bilhões para estruturas maiores, com juros de 10%.
Sob a ótica da sustentabilidade, a entidade havia solicitado o incentivo no rebate e de 1 ponto percentual nas taxas de juros para produtores que participam de programas de melhoria contínua reconhecidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Contudo, o governo concedeu apenas 0,5%, sem promover na prática, iniciativas sustentáveis como tanto têm propalado.
"Alguns parâmetros anunciados soam inexequíveis diante do cenário econômico. O governo precisa revisar seus gastos crescentes. O ajuste fiscal é essencial para que as ferramentas monetárias funcionem a favor da produção de alimentos, o que há poucos dias parecia preocupar o executivo”, afirma Lucas Costa Beber.
A Aprosoja MT reforça que, afora das peças publicitárias, o Plano Safra 2025/26 não trouxe avanços significativos e que o excesso de regulamentação prejudicará a efetividade da política pública. A entidade continuará atuando em defesa da política agrícola nacional, concreta e exequível, nos termos da Constituição Federal para que os recursos efetivamente cheguem às propriedades e para que o produtor rural tenha acesso a crédito com condições justas.
veja vídeo:
CUIABÁ - Foi aprovado nesta quarta-feira (25/06), em segunda votação na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o Projeto de Lei nº 975/2025, de autoria do deputado estadual Gilberto Cattani, que revoga o artigo 27 da Lei nº 12.717/2024 e elimina a taxa sobre o uso de sistemas de irrigação no estado. A proposta agora segue para sanção do governador.
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) acompanhou de perto todo o processo, atendendo aos anseios dos produtores rurais e atuando de forma proativa junto aos parlamentares. A entidade levou dados, informações técnicas e argumentos consistentes que demonstraram a necessidade da revogação da cobrança, considerada injusta e prejudicial ao setor produtivo.
O artigo 27 da lei instituiu uma taxa de irrigação que, em alguns casos, ultrapassava R$ 60 por hectare. A medida causou grande preocupação entre os produtores, que já enfrentam elevados custos de produção e precisam investir continuamente em tecnologias para aumentar a eficiência e a sustentabilidade da atividade agrícola.
Para o deputado Gilberto Cattani, a proposta aprovada corrige um erro da legislação anterior. Segundo ele, a cobrança estabelecida por meio da Lei nº 12.717/2024 se mostrou inadequada e comprometeu a viabilidade de muitos projetos de irrigação no estado. A revogação representa um alívio para os produtores e reforça o compromisso do legislativo estadual com o desenvolvimento do agronegócio.
A Famato reforça que continuará vigilante e atuante em defesa dos interesses do setor rural, promovendo o diálogo entre o campo e as instituições públicas e contribuindo para a construção de políticas que garantam segurança jurídica, competitividade e sustentabilidade à agropecuária de Mato Grosso.
Texto: Vania Costa / Ascom Famato (Ascom)