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Aprosoja e Movimento Pró-Logística discutem viabilidade de hidrovia em Cáceres

Edeon Vaz FerreiraA possibilidade de escoar parte da soja produzida na região Oeste de Mato Grosso pelo rio Paraguai, no município de Cáceres (234 km de Cuiabá), foi tema de debate entre a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), o Movimento Pró-Logística, a Assembleia Legislativa, a prefeitura, a Marinha e a iniciativa privada na última sexta-feira (26), na Câmara Municipal de Cáceres.

O debate e uma visita à Estação de Transbordo de Cargas (ETC) de Cáceres atendem demanda apresentada pelo deputado estadual Adriano Silva (PSB) e teve como principal foco entender se, de fato, é viável reativar o local. Com uma estrutura praticamente pronta, a ETC está concedida à empresa Hidronave South American Logistics e exportou grãos pela última vez em 2009.

Para o diretor executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, a hidrovia é viável, porém é preciso haver debate sobre o preço do frete para que ela se torne atrativa.

“A hidrovia está basicamente pronta. Existem alguns pequenos problemas ao longo do rio, como dragagem, derrocamentos, tomada de água de cidades e pontes para que se tenha uma navegação franca, de grande porte. A viabilidade dela passa pelo valor cobrado pelo frete. Para conseguirmos potencializar essa hidrovia, será necessário que o frete seja menor. Se nós tivermos valores competitivos, que estimulem as trades a usarem esse modal, fantástico, está feito o negócio. Agora, se permanecerem valores altos, não viabilizará a hidrovia”, explica.

De acordo com o representante da empresa a qual a ETC está concedida, Marcel Chaim, caso um valor de frete seja firmado, é possível iniciar a exportação pelo local em no Endrigo Dalcinmáximo 30 dias. A capacidade inicial seria de 50 mil toneladas para o primeiro ano.

O presidente da Aprosoja, Endrigo Dalcin, destaca a estrutura já existente na ETC de Cáceres como ponto positivo para que o local seja reaberto, porém lembra que é preciso ir com calma.

“Não imaginava que já existia uma estrutura funcional como a que vi, precisando apenas de algumas atualizações. O que precisamos é aguardar decretos legislativos sobre a hidrovia e o EVTEA (Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental), que deve sair em maio, e mostrará as principais intervenções necessárias para melhorar a navegação do rio. Essa hidrovia é uma das três em potencial que Mato Grosso tem e que a Aprosoja vai se empenhar para que saia do papel”.

Além da Hidrovia Paraguai, as outras duas hidrovias citadas por Dalcin são a do Rio das Mortes, Araguaia, Tocantins, na região Leste de Mato Grosso, e do Teles-Pires, Arinos, Juruena, Tapajós, na região Norte.

Novo encontro - Após as discussões na Câmara Municipal, ficou definido pelos presentes um segundo encontro, no mês de março, desta vez com a presença das trades para discutir a viabilidade da Hidrovia do Paraguai.

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