Água Boa relembra desafios e sacrifícios dos pioneiros 50 anos após a colonização - por Arnaldo Lamb
ÁGUA BOA — A trajetória de colonização do município, que completa meio século, não foi marcada apenas por conquistas.
Houve também histórias difíceis, de famílias que, após darem sangue, suor e lágrimas na tentativa de realizar seus sonhos, acabaram desistindo e retornando à terra natal.
Entre as maiores batalhas enfrentadas estavam o desconhecido, a distância e a saudade dos que ficaram para trás.
O projeto inicial de produção agrícola apostava no plantio de arroz de sequeiro, cuja produtividade foi alta apenas nos primeiros anos. Com o desgaste inevitável do solo, e sem conhecimento técnico ou insumos adequados para corrigir a fertilidade, os resultados começaram a cair.
A própria semente de arroz e as demais ações necessárias na lavoura eram obtidas na base de tentativas e erros.
O maquinário disponível na época também representava um desafio. Muitos equipamentos chegaram rodando pelas precárias estradas que ligavam Barra do Garças a Água Boa, em um percurso de 240 quilômetros.
Mesmo diante das dificuldades, os pioneiros permaneceram firmes, carregando a saudade e a esperança. Hoje, a cidade relembra esses “guerreiros” para extrair lições — dos acertos e dos erros — e agradecer pelo legado construído.
Meio século depois, a história de perseverança continua a inspirar as novas gerações. (Escrito por Arnaldo 'Chico' Lamb)
Foto Aérea: Gerson Cevada (DJi mini ll)