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Sucessão polariza entre Pedro Taques e Maurício Tonhá

CUIABÁ – Política é a arte do imponderável; por isso é impossível prever inclusive o agora. Mesmo assim, é com a cautela que os prognósticos nessa área exigem, tudo aponta que a sucessão do governador Silval Barbosa (PMDB) no Palácio Paiaguas ficará polarizada entre o senador pedetista Pedro Taques e o ex-prefeito de Água Boa e empresário Maurício Tonhá (PR). Pedro Taques está em campanha ao governo desde o término da apuração da eleição ao Senado em 2010. O nome de Maurício Tonhá surge agora, com a desistência do senador e ex-governador Blairo Maggi de se candidatar novamente ao governo, após administrar Mato Grosso por sete anos (de janeiro de 2003 a março de 2010).

Maurição  Pedro Taques

O nome de Pedro Taques é consensual entre os partidos de oposição a Silval. Maurício Tonhá tem o aval de Blairo, mas sofrerá resistência partidária, porque o deputado federal e presidente regional do PR, Wellington Fagundes, tem antigo projeto de candidatura ao Senado e inclusive admite uma aliança com Pedro Taques, numa dobradinha com o senador candidato ao governo e, ele, na disputa pela única cadeira de senador. PSDB, DEM, PSB e PV estão numa coligação implícita com o PDT, que deverá ser mantida. Nesse cenário, o escolha natural pra vice-governador é o deputado federal tucano Nilson Leitão. Na composição da representação regional Pedro Taques (dir.) seria o nome de Cuiabá; Leitão representaria o interior e principalmente Sinop, onde foi vereador e prefeito por dois mandatos, e a quarta maior cidade mato-grossense.

Pedro Taques é satanizado por boa parte dos produtores rurais, por seu posicionamento sempre contrário ao uso comercial das hidrovias, ao modelo de sistema produtivo e sua intransigente defesa da expansão das áreas indígenas.

O Vale do Araguaia tem acanhada participação política em Mato Grosso, muito embora seus habitantes representem 20% do eleitorado estadual (mais ou menos o mesmo índice do eleitorado cuiabano). Daquela região surge o nome de Maurício Tonhá ao governo.

Mauríção foi prefeito de Água Boa em dois mandatos consecutivos e também exerceu mandato de vereador. É um dos líderes ruralistas mais conhecidos dos meios agropecuários brasileiros e considerado empresário de visão; seu grupo empresarial Estância Bahia promove o maior leilão bovino do mundo, o Megaleilão, realizado anualmente. A opção de Blairo por Maurício Tonhá somente se tornou conhecida na semana passada, mas o senador costurava sua candidatura há mais tempo. Não é segredo nos meios políticos que o ex-presidente do Dnit, Luiz Antônio Pagot é liderado por Blairo. E com a bênção de Blairo, Pagot se filiou ao PTB, o que deu motivação política àquele partido trabalhista. (Eduardo Gomes - Jornalista em Cuiabá www.mtaquionline.com.br)

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