Zandoná denuncia possíveis irregularidades na UCMMAT
ÁGUA BOA – O presidente da Câmara de Vereadores de Água Boa faz graves denúncias de mau gerenciamento nas contas da UCMMAT – União das Câmaras Municipais de MT. José Ari Zandoná, como vice-presidente da União, assumiu a entidade por ocasião do afastamento da titular, Ismaili Donassan, que vai pleitear vaga nas eleições desse ano. Quando assumiu em abril, Ari Zandoná fez uma busca nas contas e descobriu algumas irregularidades, como a emissão de cheque pela ex-presidente mesmo depois que ela entregou o cargo. Zandoná também citou como possíveis irregularidades, o pagamento de diárias para Ismaili depois que ela se afastou da presidência, contratação de assessoria jurídica sem processo licitatório e pagamento de despesas sem comprovação de documentos. Ele também disse que a UCMMAT arrecada de R$ 35 mil a R$ 40 mil mensais das Câmaras de Vereadores do estado, e R$ 30 mil de convênio com a AMM – Associação dos Municípios de MT, fechando em R$ 70 mil arrecadados por mês. As despesas giram em torno de R$ 45 mil, o que daria uma sobra mensal em caixa, para realizar cursos de aperfeiçoamento aos parlamentares e outras atividades. Porém, segundo Ari Zandoná, a UCMMAT tinha uma dívida estimada de R$ 69 mil em abril desse ano. Ele também denunciou o pagamento de despesas sem saldo suficiente, ocasionando devolução de cheques sem fundos, o que é considerado gravíssimo na função pública, sem falar na contabilidade totalmente desestruturada da entidade. Ele afirmou ainda que só num encontro de vereadores, havia uma dívida de R$ 14 mil em coffee break. Diante desse quadro, José Ari fez uma reunião com a presidente licenciada da entidade, pedindo que ela renunciasse ao cargo para que fosse feito um pente fino. Com a recusa de Ismaili, Ari então renunciou ao cargo. Ele é vereador por sete mandatos em Água Boa e nunca teve denúncia de qualquer irregularidade. Para não deixar o caso parado, Zandoná já protocolou no Tribunal do Contas do Estado, pedido para investigar a UCMMAT. Disse que vai procurar também a Defensoria de Patrimônio Público para que também investigue o caso. Ele não admite que um órgão que deveria dar o exemplo para as Câmaras de Vereadores, possa estar envolvido em tamanha irregularidade.