CUIABÁ - Uma eleição de deputado estadual (estão em jogo 24 vagas) não sai por menos de R$ 1,5 milhão. Mas, longe dos cálculos oficiais, há candidatos que "torram" até R$ 5 milhões na campanha. Em média, os gastos gerais daqueles que querem chegar à Assembleia ficam em torno de R$ 2,5 milhões. Nessas despesas, muito delas não contabilizadas - como justificaram algumas vozes do PT quando questionadas sobre caixa 2 de campanha -, estão inclusos material gráfico, contratação de cabos eleitorais, aluguel de veículos, combustível e hora/voo.
Os candidatos "leves", que têm serviço prestado, representam segmentos fortes e fazem trabalho contínuo, acabam gastando menos para assegurar vaga na Assembleia. Mesmo assim, superam a R$ 1 milhão. Outros, que se incluem como concorrentes "pesados", que estão ou não no cargo de deputado e acumulam desgaste por posições conflitantes e polêmicas, atuação pífia e mal conceituados, se vêem forçados a "investir" ao menos R$ 2 milhões para figurar na lista de possíveis eleitos. Existem ainda aqueles "novatos" que não são conhecidos, ou sejam, que surgem somente na época de campanha, o que exigem altos investimentos financeiros.
O curioso e intrigante é que, somados os 4 anos de mandato, cada deputado recebe bruto de salário R$ 1,2 milhão. O montante é inferior aos gastos de campanha. E, mesmo assim, ao menos 90 devem entram na disputa a estadual no pleito deste ano, embora sabendo da concorrência acirrada, da exigência de estrutura e de um bom caixa para obter êxito nas urnas, além do quociente eleitoral que deve ficar em 72 mil votos por partido e/ou coligação.
Dos 24 deputados, somente 6 não vão tentar a reeleição: José Riva (PSD), Alexandre Cesar (PT), João Malheiros (PR), Ezequiel da Fonseca (PP), Luciane Bezerra (PSB) e Luiz Marinho (PTB). Destes, Marinho terá o irmão Botelho na corrida pela vaga; Luciane, o esposo Oscar Bezerra; e Riva, a filha Janaína. Ezequiel concorrerá a deputado federal.
Romilson Dourado - Jornalista em Cuiabá
ÁGUA BOA – O Secretário Municipal de Administração enviou ofício à Câmara de Vereadores, solicitando a retirada de pauta do projeto que trata da contribuição para custeio da iluminação pública. No ofício, Luiz Omar Pichetti disse que o projeto precisa passar por novas avaliações em relação aos valores da taxa de iluminação pública. Acrescentou também que o projeto tinha sido enviado indevidamente. A possibilidade de aumento na taxa de iluminação pública para algumas faixas de consumidores causou revolta na população, conforme divulgamos anteriormente.
BRASÍLIA - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, rejeitou a proposta de redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Os senadores veem ainda a necessidade de discutir a revisão da norma legal que pune menores infratores no Brasil: o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) queria aplicar penas rígidas a adolescentes infratores envolvidos em crimes hediondos, como homicídio qualificado, extorsão mediante sequestro, e estupro. Agora, os menores seguirão livres para continuarem aprontando, já que a lei e o sistema carcerário são ineficientes para punir os menores infratores. Os senadores realmente não ouvem a voz das ruas. A população em todo país já se mostrou favorável à essa redução. Só as autoridades de alto escalão são contrárias, pois sabem que se houver a redução da maioridade penal, o país terá que construir muito mais prisões para abrigar a marginalidade. Ao mesmo tempo, o caminho inverso seria investir pesadamente em educação. São duas áreas que os governos não pensam em investir ou investem mal. Resultado: a educação padece e a criminlidade aumenta entre os menores.
ÁGUA BOA - O vice-governador do Estado foi convidado para estar em nossa cidade na noite de hoje, quinta-feira. Chico Daltro viria para participar do Fórum de implantação dos Conselhos Municipais das cidades de Mato Grosso. Ele, porém, foi chamado a Brasília para outros compromissos. Mesmo assim, o Fórum será desenvolvido a partir das 19hs, na Câmara de Vereadores.
ÁGUA BOA – O presidente da Câmara de Vereadores participa hoje do Repórter Interativo. José Ari Zandoná vai dizer que não concorda com aumentos exorbitantes na taxa de iluminação pública. Ari destaca que somente em uma faixa de consumidores de energia do setor industrial, o aumento da taxa proposta pelo Executivo atingiria mais de 300%, isso por que houve erro na tabela confeccionada pela lei de 2.003. O vereador do Democratas salientou também que é contra um aumento de 100%, como é o caso da proposta para algumas faixas de consumidores.
O presidente lembra que a matéria está tramitando na Câmara e por isso, pode receber emendas dos vereadores que não concordam com o projeto da prefeitura. Ari Zandoná disse que vai apresentar uma emenda propondo valores mais adequados à população. Ele destacou ainda que anualmente, as contas de luz já recebem reajuste e que a taxa de iluminação pública é cobrada em cima do valor da conta dos usuários. A entrevista completa com Ari Zandoná será apresentada daqui a pouco, às 12hs 30min. NÃO PERCA...