ÁGUA BOA - O sindicato Rural promoverá hoje, o 9º Encontro de Produtoras Rurais.
Será às 18h 30min no Sindicato Rural.
Em pauta o tema da palestra 'A Importância da Comunicação Assertiva nas Relações interpessoais'.
Acrimat, Famato, Senar e Aprosoja apoiam o evento.
A antecipação da dessecação das lavouras de soja é uma prática usada por produtores para homogeneizar as plantas, para fugir de períodos chuvosos na colheita ou mesmo para antecipar a semeadura da segunda safra. Uma pesquisa realizada pela Embrapa em Mato Grosso avaliou a dessecação em diferentes momentos da cultura e mostrou que a operação fora do período recomendado reduz a massa dos grãos e a quantidade de óleo.
De acordo com a pesquisa realizada no campo experimental da Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT), a dessecação no início da formação e enchimento dos grãos (estádio fenológico R5.5, leia abaixo) representou uma massa de mil grãos entre 26% e 19% menor do que a massa de mil grãos de uma lavoura dessecada no início da maturação (R7.1 e R7.3) nas duas cultivares avaliadas. Extrapolando os dados para uma lavoura com produtividade média de 60 sacas por hectare (ha), essa diferença representa redução de produção entre 15 e 11 sacas por hectare.
O que são os estádios da soja?
As fases de crescimento e reprodução das plantas de soja são divididas em estádios fenológicos. Na fase vegetativa os estádios são classificados em V1, V2 e V3, conforme o número de folhas e/ou trifólios.
A partir da abertura da primeira flor, é iniciada a fase reprodutiva, com divisão das fases da planta entre os estádios R1 e R9, que é a maturação plena, com todas as vagens com coloração madura.
As perdas de massa podem ocorrer também com a dessecação feita após o estádio R7 ou com a colheita sem dessecação, em R9. Nesses casos os valores são menores, com 4% a 6% de redução, o que representaria duas a três sacas a menos por hectare em um cenário de produtividade média de 60 sacas/ha. A pesquisa encontrou, no entanto, uma situação de colheita em R9 cuja massa de mil grãos foi estatisticamente igual ao resultado da lavoura dessecada em R7.
Antecipação reduziu teor de óleo
Outra característica avaliada foi o teor dos constituintes dos grãos. A diferença mais significativa se deu na quantidade de óleo, com relação direta entre a antecipação da dessecação e o menor teor de óleo.
“Uma inferência que fizemos desse trabalho é que o óleo parece ser o último constituinte a ser sintetizado na soja. Nas parcelas dessecadas nos primeiros estádios estudados, a quantidade de óleo foi mais baixa, devido à interrupção do processo fotossintético pela planta. Parece não ter havido tempo para a planta sintetizar todo o óleo”, sugere a pesquisadora da Embrapa Sílvia Campos.
Os dados mostraram que a amostra dessecada em R5.5 teve teores de óleo de 21,86% em uma cultivar IPRO analisada e de 22,24% em uma cultivar convencional. Nos estádios R7, o teor de óleo ficou entre 25,67% e 24,26%, na cultivar convencional, e entre 23,62% e 23,94%, na cultivar transgênica.
A pesquisa também avaliou as avarias nos grãos colhidos nas lavouras com diferentes pontos de dessecação. Os dados demonstraram menor presença de grãos verdes conforme o avanço nos estádios de maturação. As amostras analisadas tiveram baixo índice de grãos ardidos ou mofados. Já a quantidade de quebrados teve aumento não linear, mas que pôde ser verificado conforme o avanço no tempo de dessecação.
A pesquisadora ressalta, no entanto, que esses critérios podem estar associados às condições climáticas no período entre dessecação e colheita e também à regulagem de máquinas.
“A antecipação da dessecação pode aumentar o teor de grãos verdes. Eles por si só podem não ser um problema, mas, se somados aos ardidos, quebrados e mofados, podem levar a descontos na hora da entrega no armazém”, alerta Campos.
Outra análise feita para avaliar a qualidade dos grãos foi a condutividade elétrica da solução de exsudatos. O teste é feito mergulhando amostras de soja por 24 horas na água, tempo em que são liberadas substâncias conhecidas como exsudatos. Maior presença de exsudatos na solução é confirmada pela maior condutividade elétrica e indica redução na qualidade dos grãos. Nesse teste, a soja dessecada entre R6 e R7.3 obteve os melhores desempenhos.
Dessecação como estratégia
A dessecação da lavoura de soja não é uma operação obrigatória, mas é adotada por quase todos os agricultores de Mato Grosso. De acordo com o pesquisador da Embrapa Soja Edison Ramos Jr., o tamanho das áreas colhidas e a estratégia de produção das fazendas justificam o uso da dessecação.
Um dos fatores relevantes, explica, é evitar problemas com plantas daninhas na colheita. Com a queda das folhas da soja no fim do ciclo, aumenta a incidência de luz no solo, possibilitando o crescimento de plantas que podem atrapalhar a colheita.
Outro ponto é a homogeneização da lavoura, para que a colheita seja feita. “Nem sempre a cultura chega à maturidade de colheita no mesmo período. Tem sempre plantas mais verdes e com folhas. Isso ocorre por diversos motivos. Germinação não homogênea, problema de semente, cultivar, diferença de fertilidade do solo”, observa.
O escalonamento da colheita é outro fato de grande relevância, sobretudo considerando que o uso de cultivares mais precoces resulta na colheita no período de maior concentração de chuvas em Mato Grosso, que são os meses de janeiro e fevereiro.
“A dessecação permite o escalonamento para colheita da área toda. O produtor verifica a previsão do tempo e a disponibilidade de maquinário e planeja a dessecação. Dessecando você tem a certeza de que dali a cinco, sete dias você pode entrar com máquina para colher”, comenta Ramos Jr.
Há ainda o uso da dessecação como forma de reduzir o ciclo da soja, possibilitando antecipar a colheita e, consequentemente, antecipar a semeadura da cultura de segunda safra.
O pesquisador lembra que, embora a pesquisa tenha indicado uma redução pequena na produtividade nas condições avaliadas, quando a dessecação é feita com a planta muito verde, o tempo para que a lavoura esteja pronta para ser colhida é maior do que quando a operação é feita no momento recomendado.
“Dessecando na época correta, em cinco dias já se pode colher. Com a planta verde demora mais de dez dias, a não ser que se use uma dose maior do herbicida. Se seguir as recomendações, dessecar com a soja madurando, é mais prático e resolve o problema do produtor”, avalia o pesquisador.
Autores da pesquisa
Os resultados dessa pesquisa foram divulgados em um Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento com título de “Épocas de dessecação influenciam na qualidade de grãos e do óleo de soja”. A publicação tem como autores, além dos pesquisadores da Embrapa Sílvia Campos Botelho e Edison Ramos Júnior, o professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Fernando Mendes Botelho e o engenheiro agrícola e ambiental Pedro Alexandre Schopf. Os experimentos foram parte da dissertação de mestrado de Pedro Schopf. (Ascom)
Produção de máquinas agrícolas na fábrica da John Deere em Horizontina será suspensa temporariamente
HORIZONTINA - Após dois episódios recentes com um alto número de demissões, a produção de máquinas agrícolas na fábrica da John Deere em Horizontina, no noroeste gaúcho, será suspensa por dois meses. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Horizontina e Região, Jorge Luís Ramos, está sendo negociado um lay off, que prevê a suspensão dos contratos de trabalho dos funcionários durante esse período.
O acordo em negociação tem como objetivo evitar a demissão de 300 funcionários, embora ainda precise ser aprovado em assembleia pelos trabalhadores. Atualmente, a unidade emprega cerca de 1.700 pessoas.
A John Deere, por meio de nota, confirmou a negociação com o sindicato, mencionando que busca uma "solução mais adequada para ajustar a taxa diária de produção em sua fábrica". No entanto, a empresa não detalhou a suspensão da produção nem dos contratos de trabalho.
A baixa procura por novos equipamentos, aliada a baixa da soja devido as adversidades climáticas enfrentadas nesta safra 2023/2024 tem prejudicado o mercado do agronegócio como um todo.
Com informações de HZH
Por Anderson Nenning
QUERÊNCIA - Nesta Sexta Feira dia (09) produtores de Querência e região participaram do "Dia de Campo em Querência", dedicado ao cultivo de videira. O evento ofereceu palestras, demonstrações práticas e visitas à zona experimental, onde os participantes aprenderam sobre técnicas de plantio, manejo e colheita adaptadas à região. Além de promover a troca de conhecimento, o evento estimulou a colaboração entre os produtores, fortalecendo a comunidade agrícola local.
============================================================================================
Dia de Campo em Querência oferece conhecimento sobre cultivo de Videira - veja vídeo Imagens - Notícias Interativa
QUERÊNCIA - Nesta sexta-feira, dia 9 de fevereiro, a partir das 14:00, ocorrerá um dia de campo no campo experimental do município, voltado para produtores interessados no cultivo de Videira. O evento será ministrado pelo professor Luiz Vezaro e abordará diversos aspectos relacionados à cultura da Videira, popularmente conhecida como uva.
O objetivo do dia de campo é proporcionar conhecimento aos produtores e técnicos interessados no cultivo de Videira, abordando temas como implantação da cultura, desenvolvimento, condução do vinhedo, manejo de doenças e pragas, adubação e variedades de uva.
O programa teve início em 2019, com o campo experimental, e desde então vem crescendo, com produtores adquirindo mudas para o plantio. Em 2021, foi realizado o primeiro dia de campo, e em 2023 houve um aumento significativo no plantio, com a participação de novos produtores.
Diante do crescente interesse dos produtores e do aumento no plantio de Videira, a Secretaria de Agricultura Municipal de Querência viu a necessidade de promover eventos como esse, visando oferecer assistência técnica, incentivar o debate entre os produtores e compartilhar experiências sobre o cultivo da Videira.
O evento é parte dos projetos desenvolvidos pela Secretaria de Agricultura, que atua em diversas áreas, incluindo pecuária, silvicultura, questões ambientais e produção agrícola. Este dia de campo será dedicado exclusivamente ao cultivo de Videira, proporcionando aos participantes uma oportunidade única de adquirir conhecimentos e trocar experiências sobre essa cultura.
QUERÊNCIA - O Sindicato Rural de Querência sediou discussões sobre os desafios enfrentados pelos produtores locais, durante a manhã desta quarta-feira, durante o evento café da manhã para produtores rurais. Temas como o andamento da colheita da soja e os impactos das condições climáticas foram abordados. Estima-se que 20% da área de soja já tenha sido colhida, mas há preocupação com possíveis quebras na safra, que podem chegar a 20%. Quanto ao milho safrinha, a área plantada é estimada em 25-30% menor que no ano anterior. A logística e o fornecimento de insumos também são desafios. Há expectativa de superação com colaboração do setor.
Mais detalhes na matéria com o presidente do Sindicato Rural Gilmar Wentz: