Em um estado com um quarto do Valor Bruto de Produção (VBP) do Agro na pecuária, e que tem o maior rebanho do país, com mais de 29 milhões de cabeças, os cuidados com imunização resguardam não só a sanidade animal do rebanho, mas a economia também. Essas são as principais razões pelas quais o programa nacional de combate à brucelose tem apresentado resultados significativos em Mato Grosso. “Produzimos mais de 1,3 milhão de toneladas de carne bovina por ano, das quais exportamos mais de trezentas mil. Alimentar o Brasil e mais de 100 países do mundo com qualidade exige responsabilidade no controle sanitário para garantir também a credibilidade no nosso produto”, afirma Francisco Manzi, superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).
Em Mato Grosso, o Programa Estadual de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose (PECEBT) iniciou suas ações em 2003, desde então, a prevalência de brucelose no rebanho estadual caiu de 10,2% para 5,1%. O número é destaque de uma dissertação de mestrado, apresentada pela responsável pelo PECEBT, Dra. Janice Barddal, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O primeiro estudo, realizado em 2002, revelou que esse índice em Mato Grosso, era o maior do país. Com o alerta, a vacinação das fêmeas de 3 a 8 meses passou a ser obrigatória em 2003. Em 2005, o programa condicionou ainda, a emissão de Guias de Transporte Animal (GTA), à imunização do rebanho contra a doença. O novo estudo, aponta também a redução de focos – de 41,2% para 24,3%. “Nós tivemos uma queda bastante significativa da doença. Isso nos mostra que a vacinação é eficaz e o programa está atingindo seus objetivos. Porém esse é um status que ainda pode ser melhorado, já que os níveis de erradicação só se dão aos 2%. Temos que manter os trabalhos de imunização”, destacou Janice.
Para o gerente Institucional da Acrimat, o médico veterinário, Nilton Mesquita Junior, os números representam o comprometimento dos pecuaristas com sua produção. “A atenção com o calendário e com a qualidade na vacinação fazem parte da conscientização dos produtores. Em 2015 mais de 60% das propriedades aplicaram a vacina, alcançando 99,5% das bezerras. Esse processo de imunização exige planejamento, já que impacta diretamente na produtividade. Outro fator que auxiliou no controle dos índices foi o abate considerável de fêmeas nos últimos 10 anos, retirando as ‘positivas’ do rebanho”, afirma Nilton. Além das 26,5 milhões de bezerras vacinadas de 2003 a 2014, foram abatidas 28,9 milhões de fêmeas, segundo o estudo.
O estudo revelou ainda, o perfil das propriedades com fatores de risco. “As áreas de maior prevalência têm compartilhamento de pastagens - sobretudo das maternidades, pouco controle na entrada de novos reprodutores, que em geral são propriedades de gado de corte e mistas. O que mudou é que a pecuária leiteira, que antes era fonte de preocupação, agora apresentou evolução significativa no controle da brucelose”, ressalta Janice. Segundo a responsável pelo programa a conscientização é fundamental para manter a curva crescente dos resultados.
Para Nilton, o próximo passo é voltar os olhos para a execução dos procedimentos. “A Acrimat tem sido parceira do programa em todas as suas etapas. Os números são claros e apontam o que exatamente precisa ser trabalhado. Intensificar e fiscalizar a qualidade da vacinação, e a manutenção desse calendário é primordial para que Mato Grosso alcance os índices de erradicação”, disse Nilton que ainda reforça a obrigatoriedade da prescrição da vacina e supervisão feitas por um médico veterinário.
Com um Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) instituído pelo MAPA em 2000, a brucelose é uma doença bacteriana grave que acomete bovinos, suínos, equinos, caprinos, ovinos. Considerada zoonose, já que pode ser transmitida para humanos, em caso de incidência os animais devem ser enviados ao frigorífico para abate e a propriedade fica em quarentena, impactando também economicamente. O plano tem como objetivo baixar a prevalência e a incidência de casos de brucelose e de tuberculose bovina e bubalina, além de certificar um número significativo de propriedades que ofereçam ao consumidor produtos de baixo risco sanitário.
ÁGUA BOA – A colheita do milho está em andamento no município. A confirmação é do presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos. Luiz Omar Pichetti disse que alguns produtores tiveram quebra de até 70% nas lavouras.
Em alguns pontos do município onde choveu menos, os agricultores até tentaram colher o milho, mas desistiram, pela grande quebra.
Outros agricultores colocaram o gado dentro das plantações para aproveitar a palhada. Pichetti disse que nessa época, com preços em alta, os produtores estrão acelerando o pouco que ainda resta, depois da grande quebra em função da falta de chuvas.
CPI convoca ex-proprietária de frigorífico fechado em NX
CUIABÁ - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Frigoríficos fará amanhã (21) às 9h oitiva com Alessandra Orlandi Barbosa Machado, que, na época investigada pela comissão, era sócia da empresa IFC Internacional Food Company (SIF 2345) que teve uma planta frigorífica adquirida pela empresa Marfrig, logo depois, a planta foi fechada causando vários danos à economia de Nova Xavantina e do Vale do Araguaia.
A CPI pretende averiguar se a planta era viável economicamente e se houve algum incentivo fiscal para a implantação/construção do frigorífico na cidade.
Na semana passada (16.06) foi realizada uma reunião especial da CPI dos Frigoríficos no município. Foram ouvidos o prefeito de Nova Xavantina, João Batista Vaz da Silva; o ex-vice-prefeito de Barra do Garças, Irineu Pirani; os produtores rurais Eduardo Ribeiro da Silva e Anísio Junqueira Neto; o representante da empresa Marfrig, Ricardo Bueno Taufi Maluf; o representante da JBS, Marcelo Zanata Estevam; e o empresário Carlos José Sávio de Carvalho. O representante da Marfrig não conseguiu responder aos questionamentos, por isso a CPI aprovou pedido de convocação do diretor geral da empresa, Martin Secco Arias.
A CPI está apurando indícios de que o fechamento das plantas frigoríficas está prejudicando os pecuaristas, além de causar demissões. Nininho alertou que em Mato Grosso o preço da arroba do boi é muito desvalorizado em relação a outros estados. "Queremos o equilíbrio que seja benéfico aos produtores, frigoríficos e sociedade em geral, empregando mais pais de família e não causando desemprego, como está acontecendo agora”, afirmou.
Já o prefeito João Batista informou que o fechamento da planta frigorífica de Nova Xavantina causou desequilíbrio na economia local, gerou desemprego, queda na arrecadação tributária e fiscal. Ainda segundo o gestor municipal, o impacto negativo atingiu comerciantes, produtores e fornecedores de matéria-prima aos frigoríficos. (Ascom)
Depois do excelente resultado do leilão de cruzamento industrial de Água Boa, a Estância Bahia prepara a edição de Cuiabá com animais da mesma modalidade.
Leilão Virtual Mega Cruza e CRI Genética
Em oferta mais de cinco mil animais precoces e com grande capacidade de peso.
É o resultado do trabalho de importantes criatórios que acreditam na criação de animais desta modalidade que cresce de forma substancial em Mato Grosso.
Com a utilização da IATF- Inseminação Artificial em Tempo Fixo, a atividade ganhou força e o número de animais cresce cada vez mais atendendo os ciclos de produção.
Agropecuária Missões sempre presente nos leilões Estância Bahia, participa do Mega cruza Cuiabá, com uma oferta de animais ½ sangue nelore x Aberdeen Angus, com idade entre 8 e 12 meses, resultado do projeto pecuário que é desenvolvido nas unidades em Mato Grosso.
É importante salientar que ao utilizar um programa de cruzamento industrial, o produtor deve ter conhecimento da capacidade de combinação das raças envolvidas no projeto.
Para isso, é importante o acompanhamento técnico que irá adequar o sistema de manejo às necessidades dos animais envolvidos.
O Leilão de Cruzamento Industrial em Cuiabá tem o apoio da CRI- empresa especializada em produtos de melhoramento genético e inseminação e uma das principais incentivadoras da criação de animais de cruzamento em Mato grosso.
De acordo com Guilherme Tonhá, a expectativa de realização do Mega Cruza é de muito otimismo, levando se em conta a qualidade dos animais e o interesse dos produtores da região no investimento de animais de cruzamento.
“Acredito que o Mega Cruza Cuiabá, será sucesso,assim como, o que foi realizado em Água Boa. Estamos preparando um evento, a altura da pecuária da região e ofertando animais que o mercado exige”. Disse G. Tonhá
Serviço - Evento: Mega Cruza Cuiabá - Dia: 26 de Junho - Hora: 14:00 - Transmissão Canal Terra Viva
Cadastros e lances (66)3468-6600 ou (65)2121-6700 - www.estanciabahia.com.br
Leilão Marca JE. Animais de um dos melhores projetos de cria de Mato Grosso
Entre a produção grãos e criação de gado o objetivo é atingir o máximo de eficiência e produção e se transformar em referência na pecuária brasileira
Acompanhe dia 28 de junho, o Leilão da Marca JE-sinônimo de pecuária moderna e modelo de gestão. O leilão será na modalidade e terá uma oferta de seis mil animais.
O empresário José Francisco Brito Eusébio comanda atualmente um dos mais importantes projetos integração lavoura e pecuária de Mato Grosso.
As fazendas Tamanduá em Santo Afonso, São José em Pontes e Lacerda, e Urutau em Mirassol D’oeste compõe a marca JE.
Entre a produção grãos e criação de gado o objetivo é atingir o máximo de eficiência e produção.
O sistema de cria da marca JE caminha para se transformar em referência na pecuária brasileira.
Com a utilização de matrizes e touros de alto padrão genético o resultado é produzir bezerros de qualidade para ganho de peso.
As fêmeas permanecem nas fazendas e são integradas ao projeto de formação de um plantel de 60 mil vacas da marca JE.
E para o dia 28 de junho a Estância Bahia realiza o Leilão da Marca JE, com a oferta bezerros e garrotes de qualidade diferenciada do projeto pecuário que mais cresce em Mato de Grosso.
Serviço - Evento: Leilão Marca JE. Dia 28 de junho. Hora: 21h - Transmissão: Canal Terra Viva
Realização Estância Bahia Leilões - Cadastros e lances (66)3468-6600 - www.estanciabahia.com.br
Nelore JEM. A marca do reprodutor PO em Tocantins
O Nelore Jem trabalha na busca permanentemente da melhoraria da capacidade de seus produtos em transmitir precocidade, rusticidade, fertilidade e rendimento de carcaça, características essenciais para melhorar da rentabilidade dos rebanhos de seus clientes.
Próximo sábado, dia 25 de junho a Estância Bahia e a Fazenda São Geraldo promovem e realizam um dos mais esperados leilões da pecuária de Tocantins.
É o leilão da Marca Jem-do empresário José Eduardo Mota.
Há seis anos a marca JEM é uma das que mais evoluem na pecuária seletiva do Estado de Tocantins.
Trabalho que teve início por meio da utilização de uma base genética forte, do resultado de investimentos de criadores com larga experiência no processo de seleção e melhoramento genético. O reprodutor do nelore JEM é o retrato mais fiel do que o animal moderno e com equilíbrio genético em todas as suas características. Um touro pronto para transmitir suas qualidades, melhorar a rentabilidade e cumprir com suas funções e desempenho
O Nelore Jem trabalha na busca permanentemente da melhoraria da capacidade de seus produtos em transmitir precocidade, rusticidade, fertilidade e rendimento de carcaça, características essenciais para melhorar da rentabilidade dos rebanhos de seus clientes.
O bom touro Nelore é aquele que possui uma fisiologia equilibrada, que lhe permita cumprir suas funções no rebanho.
Para o dia 25 de junho durante o segundo leilão da Marca JEM vão à venda touros com avaliação em sua maioria top entre 1 e 4% no PMGZ. Muitos filhos de Bitelo SS e DS, Rambo, Eliaco, Ganghi, Bacana e Jeru. Linhagens reconhecidas pela alta capacidade produção.
Leilão Nelore Jem - Dia: 25 de junho - Horas: 14h - Transmissão Canal Terra Viva
Cadastros e lances (66)3468-6600 - Realização Estância Bahia Leilões
Por: Assessoria de Comunicação\Wolney Domingos
ÁGUA BOA – A greve do Indea prejudica os abates do Frigorífico de Água boa, uma vez que sem a GTA, o abate não pode ser realizado. Em média são abatidos cerca de 450 animais por dia.
Desde o último sábado, 11/06, não está havendo abates no frigorífico local.
As informações são de Diego Guimarães, do setor de compras e faturamento do JBS local. De lá para cá, o frigorífico deixou de abater cerca de 2.250 bovinos.
ÁGUA BOA – O Núcleo local da Aprosoja prepara para dia 08 de julho, palestra sobre Tecnologias Integradas de Manejo com Dirceu Gassen.
Sistemas de Produção Agrícola em Mato Grosso terá como palestrante, José Eduardo de Macedo Júnior.
As palestras serão desenvolvidas na sede do Sindicato Rural a partir das 8hs do dia 08 de julho.
Técnicos e produtores rurais poderão participar do evento.
Foi realizado na tarde do último domingo (12), o Mega Leilão da Acrinorte, evento que a Estância Bahia promoveu durante a programação da EXPONOP- feira agropecuária de Sinop, uma das mais concorridas e prestigiadas em toda a região Norte de Mato Grosso.
O leilão reuniu a expressiva oferta de 10.114 animais nas categorias cria,recria e engorda, incluindo cruzamento industrial. A grande quantidade de animais selecionados para o evento contou com a participação de 38 vendedores que ajudam a alavancar a pecuária do Norte de Mato Grosso que disponibilizaram parte de suas produções.
A Estância Bahia com seu profissionalismo mostrou mais uma vez ao mercado pecuário toda a sua capacidade e desprendimento na forma de comercialização, agregando valor aos animais em oferta no leilão e proporcionando resultados aos investidores.
A média de venda para os animais machos foi de R$ 1.607,00, fêmeas R$ 1.168,00 e a média geral de R$ 1.494,00
Para o diretor da Estância Bahia Leilões Maurício Tonhá, o Mega Leilão da Acrinorte mais uma vez foi um grande sucesso, considerando o excelente padrão dos animais que foram ofertados pelos clientes e parceiros de toda a região. “Temos visto aqui nessa região animais excepcionais, com bons índices para ganho de peso, precocidade e rústicos que vão ao encontro dos interesses e projetos dos pecuaristas”.
Para o Presidente da Acrinorte Invaldo Weis o Mega Leilão obteve resultados importantes, atingiu seus objetivos em uma região onde à pecuária conquista espaço com investimento em genética bovina e se consolida como uma forte atividade econômica.
O Tatersal do parque de exposições de Sinop ficou completamente lotado com a participação de convidados e clientes de todos os municípios do “Nortão” de Mato Grosso.
O Mega Leilão da Acrinorte marcou a inauguração do novo escritório da filial Estância Bahia Leilões em Sinop. A empresa passou a contar com direção comercial de Valdeir Pereira (Gordinho), um dos mais experientes profissionais do segmento de comercialização de animais por meio dos leilões rurais.
O escritório está instalado na BR 163 em frente à entrada principal da Acrinorte, entidade que apóia integralmente a Estância Bahia Leilões em Sinop e em toda região Norte de Mato Grosso
Assessoria de Comunicação/Wolney Domingos
ÁGUA BOA - Efetuado esta manhã na rádio Interativa, o sorteio da Moto ‘0 Km’ Factor entre os que adquiriram o passaporte para a 25ª Expovale. Dentro do programa gauchesco Coração Nativo, do locutor João Vargas, o sorteio saiu para a cartela 8.205.
Segundo Arlei Giacomolli, a cartela foi entregue para quem comprou um camarote da Expovale desse ano. Presentes ao sorteio, o locutor Airton ‘Laranjinha’ Iappe, o vice-presidente da Expovale, Germano Zandoná, a gerente da Secretaria de Desenvolvimento, Arlei Iappe Giacomolli e sua filha Débora.
O ganhador da moto terá que apresentar a cartela sorteada para retirar o prêmio. A ganhadora da cartela da moto foi Luana Giacomollik, da Lex Contabilidade. A empresa comprou nos passaportes para todos os familiares, na esperança também de ganhar a moto.
Luana esteve na manhã deste domingo, logo após o sorteio, nos estúdios da Interativa e observou de perto sua moto. Ela vai retirar o prêmio nessa semana com a coordenação da Expovale.
As pessoas que vivem na cidade e compram os produtos que vêm da floresta, muitas vezes, não conhecem a história dos produtos que compram. Não sabem quem colheu e nem onde moram. Não sabem se aquele produto ajuda, ou não, a conservar a floresta e qual a relação dessa floresta com seu bem-viver na cidade. Mas o consumidor quer, cada vez mais, ter informações confiáveis sobre o produto que comprou. Conhecer essas histórias e entender essas relações ajudam a valorizar os produtos, aumentam a consciência de consumo e remuneram melhor as populações tradicionais e os povos indígenas que vivem na floresta.
Os sistemas de certificação convencionais, geralmente não estão adaptados às realidades das populações tradicionais e dos povos indígenas. São elas, através de seus modos de vida e produção, que ajudam a manter o inestimável patrimônio socioambiental que pertence a toda sociedade brasileira. Convencidos desta necessidade, um conjunto de instituições com larga experiência no trabalho com estas populações, reuniu-se em torno da criação da Iniciativa de valorização dos territórios de diversidade, intitulada Origens Brasil®.
“O brasileiro pouco conhece ou nada conhece de suas populações originais. Se você não tem gente que precise utilizar a floresta, a floresta deixa de ter valor. A forma da gente conservar não é desconectar o ser humano da floresta, na verdade é conectar mais o ser humano à floresta. O mesmo ser humano que é o vetor da destruição, é o vetor da conservação”, disse Tasso Azevedo, empreendedor social em sustentabilidade, floresta e Clima e membro do Conselho Gestor do Origens Brasil®.
Valoriza os produtos, as pessoas e o território
O Origens Brasil® é um selo que ajuda a valorizar os produtos, os territórios e as pessoas que neles vivem. Com o selo do Origens Brasil®, qualquer pessoa, com um celular ou computador, pode ter informações e conhecera história do produto, saber quem produziu, de onde veio, a cultura desses povos e como foi feita a comercialização.
O selo garante origem e rastreabilidade (permite saber de onde veio a produção, as pessoas envolvidas na produção e para quem foi vendido), conservação (garante que a produção foi extraída ou produzida, de forma tradicional, de modo a conservar a floresta); e comercialização ética (significa que a comercialização dos produtos foi feita de forma a respeitar e valorizar o modo de vida das comunidades e dos indígenas, feitas com diálogo entre empresas e comunidades e com pagamento de preço justo).
“O Origens Brasil® quer conectar os moradores das grandes cidades, sobretudo do sudeste do País, com esse grande corredor [Xingu]. É uma plataforma solidária entre as pessoas da cidade e essas populações que moram e que mantêm essa floresta viva”, disse André Villas-Bôas, secretário executivo do ISA (Instituto Socioambiental) e membro do Conselho Gestor do Origens Brasil®.
“O consumidor tem um papel importante nessa cadeia. Ao escolher um produto na prateleira ele está impulsionando uma cadeia que está por trás disso. Valorizar esses produtos da floresta, torná-los atrativos do ponto de vista financeiro, você vai dar uma alternativa para que eles voltem para seus territórios, permaneçam em seus territórios, vivendo daquilo que eles gostam e sabem fazer e de uma maneira positiva. Por isso que eu falo que esses povos são os verdadeiros guardiões da floresta”, falou Patrícia Cota Gomes, coordenadora da iniciativa no Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola).
“Pra mim valorizar a sociobiodiversidade é isso, é valorizar esse conhecimento, é valorizar essas pessoas, essa cultura que a gente pouco conhece, curtir isso, o brasileiro, como um valor”, falou Tasso Azevedo.
“A gente fica feliz que esse produto também conta um pouco da nossa história, também conta um pouco da nossa região”, disse Winti Suya, liderança do povo Kisêdjê que habita o Parque Indígena do Xingu (PIX) no Mato Grosso e que produz o mel que leva o selo do Origens Brasil®.
Como funciona o sistema
As instituições coletam, em campo, informações do produtor, da produção e da comercialização, pelo celular ou tablet. Em seguida, envia esses dados pela internet para uma “Plataforma” que armazena essas informações. A Plataforma do Origens Brasil® recebe, analisa e devolve para as comunidades as informações enviadas. Presente no logotipo, a tecnologia do QR Code leva o consumidor com um celular ou tablet a conhecer mais sobre o produto.
Ela foi desenvolvida para funcionar nas diferentes realidades das comunidades e dos indígenas, que trabalham com vários produtos (castanha, mel, artesanato, copaíba), com várias medidas (quilos, hectolitro, caixa, litros, sacas) e que possuem diferentes formas de organização da produção (grupo e individual).
“O consumidor, ao pegar um pote de mel como esse, que ele encontre uma etiqueta como essa, que ao escanear ele seja levado para uma viagem para o Xingu. Essa viagem vai começar com pequenas informações, começa com o produto, ele vai conhecer mais sobre o mel, ele vai saber como esse mel é produzido, como as populações se relacionam com esse mel, depois vai aparecer a foto de um dos produtores que colheram esse mel, quantos anos ele tem, em que aldeia ele vive, qual a sua etnia. Depois a gente vai subindo e a gente vai chegar até o território”, explicou Patrícia Cota Gomes.
Produtos e território
Podem conter o selo do Origens Brasil® desde produtos do extrativismo (óleos vegetais, resinas, sementes, frutos, folhas, exsudatos, raízes); quanto produtos agroextrativista de roças tradicionais (farinha, pimenta, amendoim, mel); e até produtos da cultura (cestaria, grafismos, desenhos estampados em objetos, peças devestuários, bijuterias). Não entram no Origens Brasil® neste momento madeira, pescado, pecuária, produtos agrícolas de roças não tradicionais.
A iniciativa começou pelo Território de Diversidade Socioambiental do Xingu, nos estados do Mato Grosso e do Pará. As características que levaram o Xingu a ser o primeiro incluído foi o fato de abrigar um conjunto de Áreas Protegidas interligadas, de grande dimensão e com alta diversidade socioambiental. Esse imenso território abriga a Bacia do Xingu, uma das mais importantes bacias hidrográficas do país, tanto pela sua dimensão (51,1 milhões de hectares), quanto pela sua diversidade socioambiental.
“26 povos, 26 línguas, todas as paisagens entre o Cerrado e a Floresta Amazônica, tem uma biodiversidade fantástica, uma sociobiodiversidade no coração do Brasil”, falou André Villas-Bôas. “Se você pegar as imagens de desmatamento na Amazônia nos últimos 10 anos, você vai ver o desmatamento vindo, a cada ano vai ficando tudo pintado de vermelho, e o que barra esse desmatamento? Esse corredor de áreas protegidas, que é o nosso Xingu”, falou Patrícia Cota Gomes.
Estruturado para ser aplicado em diversos territórios, com o objetivo de ganhar escala e impactar de forma positiva um maior número de pessoas, o selo, que se inicia com o Território do Xingu, será ampliado, em breve, para outros territórios no Brasil.
Mercado paga mais pelos produtos da floresta
A empresa Mercur, por exemplo, que atua no segmento de borracha, compra látex dos extrativistas da Terra do Meio no Pará. As comunidades se comprometeram em entregar um produto de qualidade, respeitando o modo de vida tradicional e, em contrapartida, o valor do quilo pago pelo látex pela empresa quase triplicou. Sem a pressão por volume, os extrativistas podem dividir o tempo com outras atividades, além de proteger o território de invasores e do corte ilegal de madeira.
Conforme Jorge Hoelzel Neto, da Mercur, em pouco tempo toda a humanidade terá que pagar pelo serviço socioambiental das florestas: “A gente só tá começando um pouquinho antes. Esta é a vantagem, de estar experimentando uma coisa que no futuro não muito longe, todo mundo vai ter que experimentar, e vai ter uma continha para pagar, assim como a gente paga a conta da luz, a conta da água”, avalia.
Protocolo Comercial Comunitário
Um documento chamado de Protocolo Comercial Comunitário norteia as relações comerciais entre empresas e comunidades tradicionais. Em cada comunidade o protocolo tem ajudado a estabelecer caminhos para uma economia que tem na floresta em pé e nos modos de vida tradicionais o seu principal valor. “Essa relação ética entre as empresas e a comunidade, com balanço e equilíbrio de forças, se traduziu num documento que a gente chamou de protocolo comunitário”, explicou Helga Yamaki do Imaflora.
“É interessante comunidades amazônicas expressarem como gostariam de se relacionar com empresas e, a partir daí, empresas interessadas em se relacionar com comunidades em bases definidas por elas, podem iniciar uma relação. O que acontece hoje, em grande parte dos casos, é que as comunidades ficam tentando muitas vezes sem sucesso se adaptar a exigências e regras de empresas”, disse Marcelo Salazar, coordenador adjunto do Programa Xingu do ISA.
As parcerias que fazem o Origens Brasil®
O Origens Brasil® contou com o envolvimento de diversos profissionais e instituições da sociedade civil, ligados ao tema socioambiental e de responsabilidade social coorporativa. A busca por novos modelos de negócio culminou na parceria comercial entre as populações do Xingu e a Wickbold, empresa nacional fabricante de pães especiais. A iniciativa também ganhou a adesão da Rede Pão de Açúcar (Programa Caras do Brasil), da Firmenich (aromas e fragrâncias), da Mercur (borracha), da Atina (ativos naturais) e Tucum (artesanato).
Isso vem promovendo parcerias comerciais diferenciadas no território, que se traduzem em garantia de compra, contratos de longo prazo, transferência de tecnologia, pagamento de preço justo, redução de atravessadores e negociação direta com as populações do Xingu. Podem utilizar o selo Origens Brasil® empresas que querem construir uma parceria comercial diferenciada com as populações tradicionais e povos Indígenas residentes nos territórios de diversidade socioambiental, sendo o primeiro deles o Xingu.
A concepção do sistema é do Imaflora e ISA. A construção do Origens Brasil® contou com parcerias importantes, como a LDC, a União para o Biocomércio Ético (UEBT), o Grupo NSC; apoio da Sourcemap, Key Associados, do Instituto Atá e Safe Trace, além de aporte e investimentos financeiros do Fundo Vale, da Fundação Moore, do Fundo Amazônia, da Rainforest Foundation da Noruega e Patrocínio da Petrobras. A estrutura de Governança confere credibilidade e transparência à iniciativa.
(Por Rafael Govari – ISA com informações do Imaflora)
ÁGUA BOA – Os pedidos de seguro desemprego praticamente ficaram estáveis no mês de maio. Foram 338 requisições de seguro desemprego solicitadas por trabalhadores demitidos no Médio Araguaia em maio, contra 342 de abril. Isso indica uma queda de 1,1% sobre o mês anterior.
A informação é da coordenadora do Sine – Sistema Nacional de Emprego. Hyleia Vieira Guimarães afirmou que nos 5 primeiros meses do ano, subiu para 1.634 o número de trabalhadores demitidos na região.
No ano passado, 4.072 trabalhadores foram demitidos. Em 2.014, tinham sido 4.592 requisições de seguro desemprego. Em maio, o Sine confeccionou 86 carteiras de trabalho.