CUIABÁ - O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou a primeira estimativa para Mato Grosso da safra 2017/2018 de milho e algodão e o fechamento da safra 16/17 da soja. Os dados apontam para um aumento na safra de algodão, queda na de milho e traz o encerramento da safra 16/17 de soja com os dados de sensoriamento remoto. Além disso, apresenta a projeção da safra 17/18 de soja com queda de 2% na produção.
No caso do algodão, houve uma grande mudança em relação ao ano anterior. Estima-se um aumento de quase 100 mil hectares de área no estado, sendo 15,8% a mais do que foi projetado no ano passado: de 626 mil hectares para 725 mil hectares em Mato Grosso. Quanto à produtividade do algodão, houve uma queda de 5,4% em relação ao ano anterior.
"Com esse aumento de área e queda da produtividade, a expectativa para a safra 17/18 de algodão é de pouco mais de 1,15 milhão de toneladas de pluma, que devem ser produzidas no estado. O aumento em relação ao ano passado é de 9,5%”, diz o gestor técnico do Imea Ângelo Ozelame.
Ozelame explica ainda que o aumento de área é reflexo dos melhores preços negociados antecipadamente pelos produtores. “Isso animou os produtores a aumentarem suas áreas. Até outubro deste ano, a comercialização da safra 16/17 estava em quase 56%. E agora a parte da produção que ainda vai começar a ser semeada, em dezembro, já está comercializada e isso implica no aumento da área”, analisou.
Milho - Partindo para outra cultura de segunda safra, que é o milho, o cenário é um pouco diferente. Devido aos preços baixos em 2017 e problemas na semeadura da soja, que impactam diretamente no tamanho da janela da semeadura do milho, a expectativa é de queda na área de produção para o estado, saindo de 4,7 milhões de hectares no ano passado para 4,25 milhões de hectares este ano. “Considerando isso, houve uma queda de 10% em relação ao ano passado que é bastante expressiva. E isso se deve a esses problemas que tivemos tanto na semeadura como nos preços baixos”, pontuou.
Em relação à produtividade do milho houve uma queda de 9,37% em relação ao ano passado que foi considerada uma das maiores produtividades, com 107 sacas por hectares. Já na safra 17/18 a projeção é de 97 sacas por hectare. Segundo o gestor, quando é feita a junção de uma queda de área e uma queda de produtividade a produção acaba sendo muito afetada.
De acordo com o Imea, a projeção da queda para a safra 17/18 é de 18,75% em relação ao ano anterior, quando foi colhido mais de 30 milhões de toneladas. Para a safra 17/18 a expectativa é de pouco menos de 25 milhões de toneladas.
Quanto à comercialização da safra de milho, de acordo com os dados divulgados, é perceptível que ela está um pouco atrasada. Segundo Ozelame, até o momento foi comercializado 12% em relação aos quase 20% da safra passada. Isso se dá devido à instabilidade de área, produtividade e o andamento da safra de soja que tem uma grande influência sobre a de milho. “O produtor ainda está fazendo uma comercialização um pouco tímida com 11,8%”, apontou o gestor técnico.
Soja - Em relação à cultura de soja, o Imea fez o fechamento da safra 16/17 e a estimativa para a safra 17/18, que não trouxe grandes alterações.
Na safra 16/17, por exemplo, a área total estimada foi de aproximadamente 9,4 mil hectares, representando um incremento de 12 mil hectares comparados com o último levantamento, ou seja, entre o estimado e o consolidado via sensoriamento remoto teve uma diferença de apenas 12 mil hectares. Sendo considerado, portanto, um grande acerto perante os mais de 9,4 milhões de hectares, sendo menos de 0,01% de ajustes.
Na estimativa de safra 17/18 não houve grandes alterações. A projeção de aumento de área é pequena, de 0,2%, sendo 9,4 milhões de hectares. Na produtividade da safra, em relação à passada, houve uma queda de 55,4 para 54,12 sacas por ha, uma queda de 2,31%. “Levando em considerando que o ano passado foi um ano bom para a produtividade. E já em 2017 os produtores estão encontrando alguns problemas, como por exemplo, em algumas áreas os produtores estão sofrendo com o atraso na semeadura devido à baixa regularidade das chuvas. E com isso temos uma queda na produção de 31,2 para 30,6 milhões de toneladas, ou seja, uma queda de 2,14%”, explicou Ozelame.
De acordo com a estimativa do Imea, comercialização da soja ultrapassa a casa dos 32%. Conforme explicou o gestor técnico, esse avanço ocorre em decorrência das variações dos preços da CBOT – Bolsa de Chicago e do dólar. No ano passado esses números eram de 36%. “Os produtores estão aproveitando os repiques dos preços para fazer a comercialização com uma remuneração um pouco melhor”, finalizou Ozelame.
ÁGUA BOA – Participa hoje do Repórter Interativo o empresário rural Vinicius Baldo. Ele vai se manifestar sobre a discussão em torno do aumento da carga tributária no município.
Baldo acha que este não é o momento ideal para aumentar impostos frente à crise nacional, estadual e municipal. Ele lembra que os empresários e o próprio trabalhador estão enfrentando dias difíceis. Baldo acredita que esse momento é de buscar alternativas para a crise, e não acrescentar mais problemas aos empresários e aos trabalhadores em geral.
Vinicius destaca que está faltando hoje por parte do poder público, buscar atrair novas empresas para a cidade. Salientou que antigamente, os gestores trabalhavam com mais ênfase na busca por empresas para gerar mão de obra e renda. O empresário do agronegócio observa que se houver aumento nos impostos, quem vai pagar a conta são os empresários e o consumidor, a grande massa dos trabalhadores.
Os aumentos serão embutidos no preço final dos produtos. Vinicius Baldo destaca que quando o empresário passa por uma crise, ele imediatamente corta despesas e promove demissões para adequação aos novos tempos. Ele sugere à prefeitura que promova o corte de gastos com pessoal, demitindo contratados e cargos em comissão, além de outras atitudes que significarão economia aos cofres públicos.
A entrevista completa com Vinicius Baldo será apresentada daqui a pouco no bloco de reportagens.
QUERÊNCIA - Foi repassado na tarde desta segunda feira dia 13 de Novembro, R$ 200 mil reais para a Prefeitura Municipal de Querência. Em conversa ao chefe do legislativo vereador VAVÁ ele explicou o destino das devoluções, “Devolvemos nesse momento o valor de R$ 200 mil reais, com indicações dos vereadores em alguns setores como, coberturas dos PSFs dos setores F, Imperial e Central, trazendo mais comodidade a população que utilizam esse espaço, contrapartida para implantação de agencia Transfusional, auxilio na construção do Laticínio no Assentamento PA São Manoel e mais algumas demandas".
Ficamos felizes por atender essas demandas , isso somente é possível através de um trabalho coletivo pautado de responsabilidade e compromisso com o Município, muitas vezes abrindo mão de algumas situações , enxugando aqui e ali e tem dado certo desde a minha primeira gestão e hoje é um fato cultural essas devoluções e ficamos felizes em contribuir com o bom andamento da máquina pública”, finalizou o presidente VAVÁ.
O Prefeito Fernando Gorgen destacou a importância deste recurso, pois num momento onde o Governo do Estado está cortando gastos e não está cumprindo com repasses aos municípios, esse valor será muito bem utilizado pelo Executivo conforme destinado pelo Legislativo.
CUIABÁ – Finalmente na semana passada, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Água Boa conseguiu protocolar no Incra em Cuiabá, o projeto de georreferenciamento dos assentamentos Santa Maria e Jatobazinho.
Odair Prioli lembra que foi um longo processo para reunir os documentos necessários. Com o protocolo, agora o Incra poderá analisar os documentos e dar sua aprovação posterior.
Prioli estava acompanhado de autoridades municipais e representantes do Incra de Barra do Garças. Ele comemora mais esta etapa de um longo processo burocrático. Doravante, o sindicato vai se ocupar com o encaminhamento do mesmo projeto para os demais assentamentos do município.
QUERÊNCIA - Com a instalação da Comissão Eleitoral, começou formalmente o período de eleições da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).
Duas chapas se inscreveram para o pleito que irá definir a Diretoria da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) para o triênio 2018/2020. Ontem também foi o prazo final para que os associados interessados em atuar como delegados formalizassem suas candidaturas. No dia 13 de novembro, os cerca de 5.000 associados vão às urnas para escolherem por voto direto os líderes dos próximos três anos.
A chapa 1 “Aprosoja Decidida” é encabeçada por Antonio Galvan, para o cargo de presidente. Já a chapa 2 “Integrar para Fortalecer” tem Elso Pozzobon como candidato a presidente. Os dois compõem a atual diretoria da organização e são da região Norte.
Cada chapa é composta por 14 nomes, que serão responsáveis pelos cargos de presidente, vice-presidente, vice-presidente regional, diretor administrativo e diretor financeiro.
Aqui em Querência a urna esta localizada junto ao Sindicato Rural e o Agricultor Neuri Winki é o representante de Querência na Chapa 2, ele concorre ao cargo de Vice-Presidente da Região Leste. A votação começa as 06:00hs da manhã desta segunda feira.
Todos os representantes da Aprosoja são produtores que se voluntariam para o trabalho de representação política de classe. Os cargos de delegados e diretores terão seus responsáveis definidos por voto direto e secreto neste ano, distribuídos por 24 núcleos de produtores – além da sede, em Cuiabá.
ÁGUA BOA – Participa hoje do Repórter Interativo o empresário Ronaldo Ribeiro ‘Gambiarra’ Carvalho. Ele vai apresentar sua opinião sobre uma audiência pública que discutirá o aumento da carga tributária no município.
Para ele, essa não é a hora de discutir isso, diante da crise que levou várias pequenas empresas da cidade a fechar as portas. Carvalho observa que passeando pela cidade, encontramos vários prédios com a placa ALUGA-SE. Aluguéis e vendas em baixa estão massacrando empresários e a população. ‘Gambiarra’ ressalta que se aumentar o imposto, o empresário não vai pagar isso.
O aumento será repassado para as mercadorias e serviços. Isto é, quem vai pagar o pato é a grande massa dos trabalhadores. Ronaldo Carvalho criticou a hora da audiência pública que vai debater o assunto: 8hs da manhã do dia 16.
Segundo ele, nessa hora os trabalhadores e os empresários estão no serviço, mas terão que tirar um tempo para acompanhar de perto o encontro. Daqui a pouco a cobertura completa no bloco de reportagens. 12hs 30min. NÃO PERCA.
WIKIPÉDIA - "Gambiarra" (substantivo feminino) é uma palavra com vários significados, entre os quais os mais predominantes são "extensão de luz" e na língua portuguesa brasileira, também como "improvisação".
ÁGUA BOA – A saúde econômica de quase 100% das micros e grandes empresas brasileiras está passando pela UTI, a ponto de necessitar de choques elétricos para sua reanimação.
A declaração partiu de Rodrigo Nogueira da Silva, empresário do ramo de consultoria e segurança e saúde do trabalho. Para ele, o momento é de celeridade nas atitudes que visam reverter essa situação, não de uma injeção de desânimo ou atitudes políticas que prejudicam ainda mais.
Rodrigo lembra que nosso município já tem umas das maiores tributações do Vale do Araguaia comparando com as demais cidades. “Isto abre inclusive um precedente na escolha da continuidade de uma empresa e até a criação de novos empreendimentos”. O empresário sugere a criação de incentivos ao crescimento e consumo, para então ocorrer o aumento na arrecadação de tributos, bem ao contrário da proposta atual.
Ele convoca todos os empresários e a população em geral para lotar a Câmara dia 16/11, às 8hs, a fim de pressionar para que o aumento da carga tributária não ocorra, sem ampla discussão.
ÁGUA BOA – Empresários continuam se manifestando sobre a pretensa proposta de aumentar a carga tributária no município. Andreia Costa Silva, empresária do ramo têxtil acha temerário nesse momento falar em aumento dos tributos.
Observou que pode significar uma falta de sintonia com a situação da economia local, cujos empresários atravessam grandes dificuldades. Andreia ressalta que os empresários sobreviventes se adequaram aos novos tempos, cortaram custos, diminuíram investimentos e gastos. Segundo ela, pela lógica, os governos precisam fazer a mesma adequação para manterem o atendimento.
Andreia ressalta não ser contra o aumento na arrecadação tributária, desde que seja baseada no aumento do faturamento entre as empresas, o que não está sendo o caso. A empresária observa que a prefeitura tem papel importante promovendo o comércio e as empresas locais. Sugere que além do IPTU premiado, também seja criado o programa Nota fiscal Premiada com a participação pública e privada, premiando aqueles promotores do comércio local.
A audiência pública que discutirá a carga tributária está marcada para dia 16/11 as 8hs da manhã na Câmara de Vereadores. Todos devem participar.
ÁGUA BOA – Empresários e a população foram surpreendidos com uma audiência pública ontem, promovida pelo município para discutir aumento da carga tributária. A presidente da ACEAB, disse que falar em aumento de impostos em plena crise é temerário.
Miriam Bernieri lembra que esse projeto terá que passar futuramente pela Câmara de Vereadores, a quem ela já apela antecipadamente para não aprovar mais esse ônus. Miriam lembra que 60% dos empregos na cidade são gerados pelas empresas, que sequer foram chamadas para a audiência pública de ontem.
A presidente da ACEAB nem sequer foi convidada para o encontro. Ela ficou sabendo disso na última hora pelas redes sociais. Ela espera que no futuro, os empresários sejam chamados para voltar a discutir este tema de extremo interesse de todos.
O empresário Wilson Prestes Stein do ramo imobiliário disse que ficou sabendo do encontro na última hora, pelas redes sociais. Observou que como se trata de uma alteração no código tributário, não foi dada publicidade necessária para a ampla participação popular.
Ele lembrou que aumentar a carga tributária só vai prejudicar ainda mais os negócios imobiliários e por conseguinte, afetar todos os elos da economia do município. Wilsinho espera que tal medida não seja aprovada neste momento, sem uma ampla discussão com a sociedade.
O corretor de imóveis lembra que no ano passado, já houve aumento exagerado nos valores do IPTU, e novo aumento agora só vai penalizar empresários e população. Wilsinho observa que devido à proporção do tema, a discussão não pode ser acelerada nem feita sem uma ampla participação e discussão.
ÁGUA BOA – Alguns produtores rurais já começaram a plantar soja no município. Isso ocorreu principalmente na a região das fazendas Princesa e Visão.
Em alguns pontos, as chuvas somaram 80 milímetros. A informação é do engenheiro agrônomo José Luiz Polizelli. Ele disse que em outras lavouras, as chuvas chegaram mal apenas aos 20 milímetros.
A grande maioria espera por chuvas melhores para começar a semeadura da soja. Polizelli recomenda que o plantio comece quando tiverem sido contabilizados cerca de 100 milímetros de precipitações.
Polizelli acredita também que a área com soja deve aumentar em cerca de 10 mil hectares, alcançando possivelmente 163 mil hectares semeados.