O Fundo Social do Sicredi tem a finalidade de apoiar entidades, atividades ou projetos que, em virtude do valor recebido, gerem benefícios e melhorias para as pessoas que vivem nas comunidades onde a instituição financeira cooperativa está presente, evidenciando as causas de Cidadania Corporativa do Sicredi que são Cooperação, Educação e Desenvolvimento Local.
Nesta terça-feira (17), a Sicredi Araxingu iniciou as entregas formais aos cinco projetos beneficiados em sua área de atuação. A soma dos valores é de R$119.072,00 (cento e dezenove mil e setenta e dois reais) entregues as entidades. O valor destinado de apoio foi aprovado com base na relevância e impacto social das iniciativas nas comunidades onde o Sicredi está inserido.
Confira abaixo a programação de entrega, os valores e os projetos contemplados pelo Fundo Social da Sicredi Araxingu em 2020:
Terça-feira (17/11)
R$ 43.272,00 (quarenta e três mil, duzentos e setenta e dois reais) ao projeto “Escola Nova” da APAE Pitaluga de Barra do Garças – MT em apoio a causa de Educação.
R$ 25.800,00 (vinte e cinco mil e oitocentos reais) ao projeto “Padaria Artesanal Mão na Massa” da Escola Nova Esperança de Água Boa – MT em apoio a causa de Cooperação.
R$ 15.000,00 (quinze mil reais) ao projeto “Ateliê costura do bem” da ASR de Água Boa-MT, em apoio a causa de Desenvolvimento local.
Quinta-feira (19/11)
R$ 15.000,00 (quinze mil reais) ao projeto “Lazer, Inclusão e Acessibilidade” do Centro de Educação Especial Pequeno Príncipe de Canarana – MT em apoio a causa de Educação.
R$ 20.000,00 (vinte mil reais) ao projeto “Protegendo animais resgatados” da Associação dos Amigos dos Animais – AAAC de Canarana – MT em apoio a causa de Outros.
Para saber mais sobre o Fundo Social do Sicredi, conhecer os projetos que já foram aplicados em benefício as comunidades e em prol destas causas, acesse: www.sicredinacomunidade.com.br
Sobre a Cooperativa
A Sicredi Araxingu possui mais de 39 mil associados nos municípios de Querência, Gaúcha do Norte, Ribeirão Cascalheira, Canarana, São José do Xingu, Água Boa, Vila Rica, Confresa, Barra do Garças, Bom Jesus do Araguaia, Santa Cruz do Xingu, Cocalinho, Nova Xavantina, Alto Boa Vista, Campinápolis e Santa Terezinha onde a cooperativa mantém 16 agências. (Ascom)
RIBEIRÃO CASCALHEIRA - Começou a colheita do pequi no município de Ribeirão Cascalheira, cuja safra vai até dezembro. A cultura do pequi faz parte da economia do município, principalmente dos agricultores familiares. Segundo estimativas, a safra deste ano vai ser 20 % menor devido à seca que afetou o município. Em compensação o preço da caixa de 30 kgs está em R$ 30,00. A previsão é que o município colha em média 200 toneladas do fruto.
A cultura é nativa e muitos estão utilizando a planta para reflorestar áreas e Areas de Preservação. A cultura deve ocupar em torno de 200 hectares nativos e mais 100 hectares de áreas plantadas. Cerca de 80% das árvores estão em produção e são nativas, porém 20% plantadas. Estima-se que no município o número de produtores ultrapassa 80 famílias.
O Pequi, cujo nome científico é CaryocarbrasilliensisCambess, aparece espalhado pelo cerrado, pelo sertão, pelos quintais de ribeiro-cascalheirenses. Nessa época seus frutos carnosos e bonitos, amarelo como ouro surgem por toda parte. Para cá acorrem compradores provenientes de Goiás e de Cuiabá. Isso movimenta o comércio, e coletores colhem seus frutos, gerando uma pequena renda.
A EMPAER tem acreditado sempre na possibilidade de maior geração de renda através do pequi, inclusive, proporcionando cursos e orientação para o melhor aproveitamento do fruto na região. Recentemente, por tantas possibilidades que o fruto apresenta, o manejo do pequi pelos pequenos agricultores e agricultoras para comercialização tem aumentado consideravelmente. Ribeirão Cascalheira é a cidade do melhor pequi da região.
O pequizeiro é uma árvore típica do cerrado brasileiro dentre as espécies da região de maior valor econômico, de grande potencial, uma árvore majestosa quando atinge a vida adulta. Seu fruto é de grande valor nutritivo, com uma infinidade de produtos derivados como doces, conservas, licores e afins. (Ascom Empaer)
ÁGUA BOA – A fabricação de melado é uma cultura centenária e agrega renda na agricultura familiar.
Ari Both e Arlindo e Verenice Scholze fabricam melado desde criança, uma herança de família. O melado da cana é um doce natural que facilmente pode ser armazenado sem uso de conservantes químicos.
Cerca de 1 hectare de cana de açúcar pode render centenas de quilos de melado. O canavial foi plantado a mais de 10 anos na propriedade de Ari Both em Água Boa III, interior do município.
Anualmente, a área recebe correção do solo por meio da aplicação de calcário. A espécie de cana utilizada é a roxa, cujas mudas foram trazidas do sul do país e se adaptaram bem ao clima do centro oeste.
Se for o caso de plantar um novo canavial, isso deve ser feito na temporada de chuvas e apenas duas pessoas é o suficiente.
Porém, a colheita que ocorre de julho a setembro, demanda mais gente, dependendo da quantia de garapa que for necessária. Com 560 litros de garapa pode-se fabricar até 110 quilos de melado.
Nesse ano, eles fabricaram cerca de 1.000 quilos do produto, contra 2.000 quilos do ano passado, justamente por causa da pandemia do coronavírus.
Para evitar a doença, a colheita da cana nesse ano foi efetuada pela própria família, o que reduziu a quantidade do produto. Ao longo dos anos eles fizeram algumas adaptações, criaram um batedor de melado impulsionado por motor elétrico.
Para dar o ponto e o sabor tradicional, o melado precisa ser batido por até cerca de 3 horas. Antes das inovações, isso era feito no próprio tacho onde se ferve a garapa. Porém, esse processo manual exigia muito esforço, e por isso, eles adaptaram um batedor com motor.
O melado é comercializado em Água Boa, cidades vizinhas, mas também abastece consumidores de várias cidades e outros estados.
Os clientes que conhecem o produto, quando passam por Água Boa, compram o melado produzido aqui.
Quanto ao sabor do melado? Isso não se pode traduzir em uma reportagem. Você mesmo deve experimentar! (Inácio Roberto)
Benefícios do melado:
O melado é rico em ferro, ideal para mulheres grávidas, anêmicas e às que perdem muito sangue na menstruação. O melado é excelente para prevenção de problemas relacionados com a deficiência de ferro, tem a capacidade de aumentar a ferritina.
Possui também cobre, que ajuda na utilização adequada de ferro no corpo. Junto com a absorção de ferro, o cobre também é útil para a saúde geral da sua pele e cabelo.
É rico em cálcio e magnésio, ambos minerais juntos auxiliam o crescimento e o desenvolvimento dos ossos. Assim, o melado é uma boa proteção contra a osteoporose e outras doenças ósseas. Esses minerais ajudam também na prevenção de crises de enxaqueca.
Benéfico para o sistema nervoso. O melado contém um nutriente importante: o potássio. Ele contribui para o funcionamento adequado sobre o sistema neurológico. Além disso, o potássio também ajuda a manter o sistema cardiovascular saudável e em forma.
O melado também ajudar a manter seu sistema digestivo saudável, naturalmente prevenir e tratar problemas como acidez e constipação.
Possui manganês que ajuda a manter o sistema nervoso saudável e equilibrado nível de colesterol no corpo.
Possui selênio que é um antioxidante maravilhoso que ajuda na prevenção de doenças cancerosas. (Beleza e Saúde)
Fotos -
ÁGUA BOA - A empresa Açolamb de Água Boa acaba de instalar o terceiro reservatório d'agua no município de Nova Veneza/SC.
Trata-se de uma estrutura em aço naval, com 12 metros de altura, e 10,2 metros de circunferência. O reservatório pesa 13800kg e tem capacidade para armazenar até 1 milhão de litros.
A primeira unidade desse tipo de reservatório foi construída em Amparo/SP, e as próximas unidades serão instaladas em Passo Fundo/RS, também com capacidade para 1 milhão de litros.
Os reservatórios serão instalados em unidades da JBS. Toda a execução do projeto esteve nas mãos de colaboradores da empresa que deixaram Água Boa para a concretização do sonho.
O trio é formado por Alvaro Zuse, Mateus Chaves e Rosana Kaufmann.
A Açolamb conta com 40 anos de experiência e tem como sócios proprietários Marcos Lamb, Tobias Lamb e Lucas Lamb. A empresa tem ampla estrutura e aceita encomendas para o Brasil inteiro. (Ascom/Inácio Roberto)
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QUERÊNCIA – A cidade registra 2.020 com negócios imobiliários muito aquecidos. Muitos investidores compraram áreas para futuro lançamento de novos loteamentos.
A informação é do corretor Rudney Tacio Ferreira Pinno. Segundo ele, no início da pandemia do coronavírus houve um certo desconforto, pois da maneira que houve o lockdown, alguns clientes realmente se assustaram.
Porém com o decorrer do ano e com informações mais positivas o setor continuou promissor. Algumas empresas pequenas fecharam as portas, mas quem soube trabalhar com iniciativa e inovações, conseguiu lidar bem com a pandemia.
O corretor entende que não houve queda nos negócios, já que a procura continuou, mas houve falta de produto para venda.
A procura por aluguel de casas segue intensa em 2.020, e não há casas com valor acessível. Na faixa de R$ 800,00 a R$ 1.200,00 quase não se encontra casas. As pessoas procuram todos os dias e existe até fila de espera para alugar um imóvel.
Foram finalizadas todas as casas do residencial Morada do Sol da Echer Engenharia. Para comprar casas hoje somente direto com o proprietário.
Existe oferta de casas, porém nem sempre o cliente está disposto a pagar, pois o valor influencia muito na hora de fechar a venda. Tem casas de todos os valores e o déficit habitacional é uma realidade em Querência.
A procura por terrenos na cidade, tanto comerciais quanto residenciais é alta. Muitos querem ter sua casa própria e parar de pagar aluguel. Outros querem investir e construir casas para alugar. Já os lotes comerciais não tem tanta demanda.
Um fator positivo em Querência são os altos valores dos alugueis. O investidor vê com bons olhos uma aquisição de área ou de lotes. Muitos querem construir casas somente para alugar.
Com a chegada da usina de eco combustível a cidade precisará realmente de mais casas para atender a demanda. “Hoje Querência está deixando de ser a princesinha do Araguaia e buscando ser a rainha”, finalizou Pinno.
PLANALTO DA SERRA/MT - "Pretendo empreender uma nova alternativa de renda para minha propriedade". Foi com esse objetivo que a produtora rural, Edivane Fátima Botica, procurou o curso de Cultivo da Banana demandado pelo Sindicato Rural de Planalto da Serra, através da parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT).
O cultivo de culturas vem atraindo a atenção de pequenos e médios produtores rurais do Estado. Acompanhando essa demanda, o Senar-MT oferta diversos treinamentos voltados ao setor de fruticultura e olericultura.
Com o objetivo de ensinar os participantes a realizar a produção de banana para o consumo e comercialização, o curso Cultivo da Banana tem carga horária de 40 horas e utiliza técnicas de diferentes níveis tecnológicos de produção. Além de conhecer como fazer o cultivo, os participantes também aprendem a realizar a colheita, o transporte e o armazenamento dos frutos.
Para Gilmar de Oliveira, apesar da vontade de investir no plantio da banana em sua propriedade, o produtor precisava enfrentar outros desafios como a falta de conhecimentos técnicos. "Através do curso, pretendo aprender a realizar o cultivo e a expectativa é que impacte na receita da propriedade".
Produção -
As plantações de bananeiras apresentam uma produção abundante. As pencas podem ser carregadas com até 200 bananas. A cada safra, a bananeira se reproduz com a emissão de novas plantas e a colheita pode ser feita cerca de um ano após o plantio. (Ascom)
Atualizada dia 30 out 2.020
CUIABÁ – O ex-diretor geral do DNIT e ex-secretário estadual Luiz Antonio Pagot fez algumas sugestões para acelerar o projeto de instalação da infraestrutura do futuro porto seco da Ferrovia de Integração Centro Oeste na cidade de Água Boa.
Pagot sugeriu a criação de dois condomínios. Um para operacionalizar a FICO anexo ao parque industrial e tecnológico, integrado ao fluxo de acesso das carretas. Neste espaço, caberia a estação aduaneira, também chamada de Porto Seco.
O outro condomínio sugerido por Pagot abrigaria o núcleo urbano dos prestadores de serviços e o habitacional. Para abrigar esse enorme complexo, ele entende que seriam necessários cerca de 2 mil hectares na região do entroncamento rodoferroviário entre a BR-158 e a Ferrovia de Integração Centro Oeste.
Segundo Pagot, o ideal seria chamar incorporadoras para minimizar os investimentos do poder público. A implantação da FICO dependerá da assinatura do contrato entre o Governo Federal e a Vale nas próximas semanas.
Ele ressaltou que será extraordinário esse entroncamento rodoferroviário, mas exigirá um olhar especial por parte do poder público municipal, estadual e federal. "Onde se instala a ferrovia, vários investimentos devem acontecer para a recepção e transbordo de cargas e investimentos industriais", observou.
Cascavel no Paraná e Rondonópolis são exemplos claros desse desenvolvimento. Segundo Luiz Antonio Pagot, a região precisa se preparar principalmente com qualificação profissional de mão de obra, em parcerias com o Estado, Sebrae, SESC e outros organismos.
Daqui a pouco a manifestação de Pagot no Repórter Interativo às 12hs 30min.
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Agosto 2020 - Economista e ex-diretor do DNIT, Luiz Antonio Pagot fala sobre a FICO
CUIABÁ – O economista Luiz Antonio Pagot, ex-secretário estadual de Infraestrutura em Mato Grosso e ex-diretor geral do DNIT concedeu entrevista exclusiva para falar sobre o projeto da FICO - Ferrovia de Integração Centro Oeste.
Ele disse que a ferrovia vai trazer um novo ciclo de desenvolvimento para o Araguaia. A história da FICO começou quando Pagot era diretor do DNIT. O governo via a necessidade de criar uma ferrovia que cortasse o Brasil de Leste a Oeste, iniciando no Rio de Janeiro, passando por Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, até o Acre.
Mais tarde, essa ferrovia ligaria o Brasil ao Peru, sendo chamada de bioceânica. Pagot citou que por iniciativa do ‘Juquinha’ da Valec, o governo federal no tempo do ex-presidente Lula passou a discutir a viabilidade econômica do empreendimento.
Atualmente, o projeto compreende Mara Rosa/GO até Lucas do Rio Verde, como obra fundamental para promover o desenvolvimento do Centro Oeste. A renovação antecipada da Ferrovia Vitória-Minas, poderá destinar R$ 2,9 bilhões para contemplar o primeiro trecho da FICO, de Mara Rosa/GO até Água Boa/MT.
Ele lembra que existe projeto executivo e licença prévia para esse primeiro trajeto. Pagot fez questão de dizer que a ferrovia vai interligar com a Ferrovia Norte-Sul, em um empreendimento estratégico para a produção agropecuária do interior brasileiro. A área de influência da FICO vai beneficiar municípios com produção de 20 milhões de toneladas de carne.
Pagot alertou que os municípios de Água Boa, Nova Nazaré, Cocalinho, Ribeirão Cascalheira, Canarana e os demais, precisam se preparar para receber esse investimento. Ele vislumbrou enormes chances para a geração de emprego e renda, desde que as prefeituras, as associações comerciais e demais entidades tenham foco na preparação e qualificação da mão de obra para os novos tempos que virão.
Luiz Antonio Pagot -
Diretor Geral do DNIT Governo Federal - outubro de 2007 – jul de 2011
Secretário de Infraestrutura de Mato Grosso - 01/01/2003 à 30/06/2005
Secretário de Estado da Casa Civil de Mato Grosso - 01/07/2005 à 31/03/2006
Secretario de Educação de Mato Grosso - 01/01/2007 à 11/05/2007
A entrevista na íntegra com Luiz Antonio Pagot foi apresentada no REPÓRTER INTERATIVO do dia 17/ago.
ÁGUA BOA/QUERÊNCIA – O dia do servidor público como ponto facultativo foi transferido para sexta-feira, 30 de outubro.
Sendo assim, as repartições públicas estarão fechadas nesta sexta-feira em Querência e em Água Boa.
Na próxima segunda-feira, transcorre o feriado de Finados, quando igualmente as repartições públicas e os bancos estarão fechados.
O SINE – Sistema Nacional de Emprego de Água Boa comunica que estará fechado nesta sexta e na segunda-feira.
O atendimento volta ao normal somente na terça, 03 de novembro, em dois turnos.
SANTIAGO DO NORTE, Paranatinga – Em um raio de até 80 quilômetros em todas as direções a partir de Santiago do Norte, são cerca de 1 milhão de hectares de terras, com área aberta de 400 mil hectares de pastagens.
A informação é do presidente da Associação de Moradores de Santiago do Norte. No atual ciclo, devem ser ocupados cerca de 200 mil hectares com soja, 80 mil a 100 mil hectares com milho e 8 mil hectares com algodão.
Odir ‘Caçula’ Nicolodi ressaltou que o distrito conta com áreas de cerrado e mata. As áreas agrícolas para venda permitem abertura de 75%, 50% e 20% de desmatamentos. Uma algodoeira foi instalada na Fazenda Reunidas.
O confinamento hoje apresenta cerca de 40 mil bois e nas pastagens, tem cerca de 100 mil cabeças. Além disso, o distrito conta com cerca de 30 mil hectares destinados à agricultura familiar.
‘Caçula’ ressalta que o distrito tem 3 armazéns de grãos, um na fazenda Macuco (Safras), outro da Bunge/Alvorada, e um terceiro na Fazenda Jatobá. A área para irrigação está no começo, destinando cerca de 1.000 hectares. Os principais rios da região são o Ronuro, Santiago, Jatobá, Batovi e Jaguari.
Logística:
Hoje Santiago do Norte está a 160km da cidade-sede, Paranatinga. São 26km asfaltados. De Santiago a Sorriso são 220km de asfalto pela BR-242. No futuro, a rodovia deve prosseguir até Gaúcha do Norte (100km).
Até Querência são 286km, Primavera do Leste 200km, e Rondonópolis 400km. Porém, ‘Caçula’ Nicolodi faz questão de ressaltar que a logística de transporte precisa avançar com a conclusão da BR-242 (leste-oeste), permitindo melhor acesso a Goiânia ou aos portos do arco norte (BR-158).
Caçula observou que Santiago do Norte é uma fronteira agrícola em franca expansão: “se os governos continuarem promovendo investimentos, a região vai crescer e Santiago se tornará uma cidade muito em breve”, finalizou ele.
Os pecuaristas brasileiros vivem no campo um momento de dilema. Enquanto o entusiasmo é grande por conta da arroba atingindo patamares históricos, em algumas praças passando até de R$ 260,00, por outro lado, é visível a preocupação quanto à reposição e alta dos insumos. Este foi o cenário observado pelas equipes do Confina Brasil, iniciativa da Scot Consultoria que tem como objetivo mapear a pecuária intensiva no Brasil.
A expedição já percorreu quase 10 mil quilômetros de muito asfalto e estrada de chão, conhecendo a verdadeira realidade de produtores de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Até o momento as equipes visitaram 76 confinamentos que, juntos, somam uma capacidade estática superior a 570 mil bois.
De acordo com Olavo Bottino, médico veterinário e diretor técnico do Confina Brasil, em MS foi identificado que os produtores têm mais oportunidade de oferta de matéria-prima, ou seja, boi magro. Com isso, os confinamentos na região têm grande potencial de crescimento. Entretanto essa realidade já muda em SP e MT, com a escassez de animais para a reposição. “Muitos dos produtores entrevistados estão assustados. Os mato-grossenses, por exemplo, além da dificuldade de achar boi magro, os que encontram, estão muito mais caro que o planejado para este ano”, ressalta.
Dieta comprometida
Com relação à nutrição dos animais confinados, a equipe de técnicos da expedição identificou duas importantes diferenças. Devido à maior disponibilidade de milho, a maioria dos confinamentos de MS utilizam o cereal na dieta. “Também vimos no Estado, muitos confinadores utilizando soja e o caroço de algodão na alimentação da boiada”, ressalta o diretor técnico.
Ainda segundo o profissional, já em SP a dieta é caracterizada pela influência das indústrias regionais, pois os produtores paulistas usam os coprodutos das fábricas que têm maior disponibilidade, como por exemplo, a polpa cítrica e o melaço de cana. Também foi observado a utilização predominante do bagaço e silagem de cana-de-açúcar como volumoso.
Além disso, eles também relataram outro desafio: a alta nos preços dos insumos, realidade também evidenciada em MT com forte valorização dos grãos. “Muitos confinadores afirmaram que devido a essa dificuldade, boa parte dos animais terminados estão tendo até quatro dietas diferentes em 100 dias de confinamento. Por conta dos altos valores e, principalmente, da falta de disponibilidade de insumos, o produtor tem que ir substituindo pelas ofertas de insumos disponíveis, reformulando as dietas com outros concentrados e isso acaba prejudicando o desempenho final dos animais”, diz Marco Túlio Habib Silva, diretor de marketing da Scot Consultoria.
A expedição continua
A equipe do Confina Brasil continua o mapeamento em Mato Grosso e depois segue para Goiás e Minas Gerais. A expedição tem patrocínio da BB Seguros, Boehringer Ingelheim, John Deere, Nutron/Cargill e UPL. Além disso, o projeto conta com o apoio institucional da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Unesp Jaboticabal, Hospital de Amor de Barretos e a Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon), entidade que representa os confinadores de gado de corte e demais integrantes da cadeia produtiva da carne bovina.
Todas as informações da rota são atualizadas diariamente no Instagram @confinabrasil e no site do projeto www.confinabrasil.com.
Sobre - A Scot Consultoria é uma empresa dedicada à competitividade do agronegócio brasileiro. Foi criada com intuito de viabilizar a coleta, análise e divulgação de informações de mercado para o campo, onde geralmente há carência de informações confiáveis. Formada por profissionais especializados em agropecuária, as informações claras permitem decisões precisas. A proposta da Scot Consultoria é contribuir para o crescimento e fortalecimento do agronegócio, levando informações atuais a todos aqueles ligados aos elos da cadeia produtiva. (Ascom)