ÁGUA BOA – A Empaer está coordenando uma campanha estadual que visa fomentar e noticiar a produção local das pequenas propriedades rurais.
A rádio Interativa recebeu hoje uma cesta com produtos produzidos pela agricultura familiar, das mãos do técnico Alison Lorenzon da Empaer local.
Mais do que sabor, saúde e qualidade, os produtos simbolizam o trabalho árduo das famílias para a sustentabilidade da agricultura familiar.
A Empaer também divulgam o site apoieoagrofamiliar.com.br como ferramenta de desenvolvimento rural.
Veja a lista dos produtores que prepararam os produtos da cesta entregue na Interativa:
ÁGUA BOA – os preços dos produtos agrícolas continuam sua escalada histórica.
Nunca antes a soja e o boi chegaram a esse patamar de preços. Ontem, a vaca gorda subiu para R$ 240,00 a arroba.
O boi chegou aos R$ 250,00.
A saca da soja de 60kg chegou a R$ 141,00 preço de balcão. Preço futuro para março de 2.021 é de 117,00.
Os números são do Sindicato Rural.
Em Canarana, a soja chegou aos R$ 155,00. O preço do milho também segue em alta.
Em Canarana, a saca do milho chegou aos 56,00 ontem, segundo o IMEA.
SANTIAGO DO NORTE, Paranatinga - O crescimento do distrito de Santiago do Norte em Paranatinga é tanto que surgiu uma cooperativa. A Cooperativa Mista Agropecuária Santiago do Norte cobre os municípios de Paranatinga, Nova Ubiratã e Gaúcha do Norte, mas pode atuar em todo o Estado do Mato Grasso. A cooperativa recém fundada está situada na extensão urbana denominada Santiago do Norte, distrito localizado a 160 km da cidade de Paranatinga/MT.
A Cooperativa foi fundada em fevereiro de 2019 por um grupo de 21 pessoas entre grandes e pequenos produtores. Todos com a certeza da necessidade desta iniciativa para fomentar a Agricultura Familiar. Atualmente são mais de 30 cooperados.
Quando da sua fundação foram traçados alguns projetos básicos, dentre eles, o projeto da produção do Polvilho Azedo e Polvilho Doce, sendo que hoje já está sendo alcançado uma produção de até 42 Toneladas/mês. A Venda destes produtos está sendo feita dentro do Estado do Mato Grosso, bem como para Goiás, Rondônia e Pará.
Além do polvilho, também está sendo produzido o açúcar mascavo, a cachaça, que fica depositada em barris de madeira, considerada uma das melhores cachaças do Brasil, e ainda a produção do mel, tudo voltado ao pequeno produtor. Consorciado com a apicultura, a cooperativa tem o projeto da cultura do Limão, que irá alimentar as abelhas com a sua floração e produzirá o fruto para comercialização. Hoje a COMASAN possui 31 fornecedores de matéria Prima.
Também está em fase de preparação e aquisição de equipamentos, para a implantação de um Laticínio. A ideia é processar inicialmente 5 mil litros de leite por dia, trazendo assim uma renda mensal para os agricultores da Agricultura Familiar da região de Santiago do Norte.
Tem sua diretoria formada por um Conselho Administrativo, tendo como Presidente o Cooperado Antoninho Nicolodi, Vice João Lindorio Romanski, Secretária Judite Bernardo e Edmar Dojas. A COMASAN tem em sua formação administrativa uma inovação em termos de administração cooperativista. Além do Conselho de Administração, que analisa os projetos e resultados dando o parecer, a administração e execução dos projetos é de responsabilidade de profissionais não cooperados contratados para este fim. Estes podem ser substituídos em caso de necessidade e por decisão da Diretoria Executiva. Isso alcança maior confiabilidade e transparência nas atividades.
Apesar de ter sido fundada em fevereiro de 2019, iniciou as atividades de produção do Polvilho Azedo somente no mês de Setembro/2019, em fase experimental, alcançando hoje a produção superior a 40 toneladas por mês. Com sua máquina pode embalar mais de 35 embalagens por minuto. Expandiu seus serviços e hoje também está embalando produtos da marca MIKA, sendo ela um dos potenciais clientes.
Além do Administrador Clecio Weber, a Cooperativa emprega 14 colaboradores, com um potencial de aumentar sensivelmente este número, após a implantação do Laticínio. Além disso, está prevista para o primeiro trimestre de 2021, a instalação da nova polvilheira com capacidade de produção superior a 100 toneladas ao mês.
A COMASAN tem sempre suas ações e seus projetos voltados ao fomento da agricultura familiar na área de sua atuação.
Para alimentar a produção de polvilho com matéria prima, foram plantados em torno de 1.200 hectares de mandioca cerca de 30 fornecedores, entre cooperados e não cooperados, para abastecer a indústria da Cooperativa do distrito de Paranatinga.
A Cooperativa está localizada na Rodovia MT-130 KM 152 no distrito de Santiago do Norte, Paranatinga/MT.
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ÁGUA BOA – Produtores rurais ligados à Aprosoja/MT estão engajados em uma campanha para eleição da nova diretoria.
Nesta segunda-feira, feriado nacional, a Chapa 02 encabeçada pelo produtor rural Marcos da Rosa de Canarana efetuou reunião com o Núcleo Aprosoja local.
Marcos da Rosa conta com apoio de Antonio Fernandes ‘Tunico’ de Mello de Água Boa, Gilmar Wentz de Querência, e Endrigo Dalcin de Nova Xavantina.
Marcos da Rosa concedeu entrevista dizendo que a Aprosoja atual não está escutando as bases, se distanciando do produtor rural. Marcos da Rosa destacou que um problema sério é a classificação de grãos que até hoje não foi solucionado.
Observou que o pagamento de royalties das sementes de soja também prejudica o sojicultor, que luta na justiça para mudar o quadro. Marcos da Rosa também criticou o Fethab Milho e o aumento da alíquota do Fethab 2. Segundo ele, quando o fundo foi criado, 100% dos recursos iam para obras de infraestrutura da malha rodoviária.
Porém, a mudança recente no tributo, destinando somente 30% para a infraestrutura descontentou a classe agrícola. O ruralista declarou que faltam investimentos em estradas e pontes, principalmente nas regiões produtoras de Mato Grosso.
Assuntos que também preocupam a Chapa 2: aumento da criminalidade no campo como furto e roubo de defensivos agrícolas e gado.
Já o presidente do Sindicato Rural, Antonio Fernandes ‘Tunico’ de Mello está inserido na Chapa 02 para as eleições da Aprosoja. Ele afirmou que os produtores rurais precisam ser ouvidos novamente através dos núcleos da entidade espalhados em Mato Grosso.
Endrigo Dalcin, ex-presidente da Aprosoja, também apoia a Chapa 02. Ele afirmou que o Araguaia tem dado amplo apoio nessa campanha conduzida por Marcos da Rosa. A entidade precisa crescer a partir de ideias e projetos dos produtores e dos núcleos organizados.
Daqui a pouco a cobertura completa no Repórter Interativo às 12hs 20min.
ÁGUA BOA - A Associação dos Engenheiros Agrônomos completa neste feriado de 12 de outubro, 26 anos de existência.
Foi fundada em 1.994 com o intuito de fomentar o desenvolvimento de tecnologia de ponta no meio rural.
Os desbravadores da agronomia no município enfrentaram muitas dificuldades, principalmente em relação à falta de infraestrutura e acesso à informação.
Segunto nota da Associação, atualmente o papel do engenheiro agrônomo continua passando por transformações, exigindo estratégias e olhar holístico para atender as perspectivas do agronegócio cada vez mais atrelado à tecnologia de ponta.
A Associação dos Engenheiros Agrônomos esta a um quarto de século (1/4) ao lado do produtor rural, superando obstáculos e dificuldades das mais diversas.
VEJA A NOTA
BRASÍLIA - O ritmo forte de embarques do setor sucroalcooleiro impulsionou as exportações brasileiras do agronegócio em setembro. As vendas externas do setor subiram 89,8%, elevando as vendas setor para US$ 1,14 bilhão.
As exportações de açúcar de cana em bruto mais que dobraram, passando de US$ 420,36 milhões (setembro/2019) para US$ 888,38 milhões, alta de 111,3%. Os maiores importadores brasileiros de açúcar foram China (US$ 159,90 milhões; +230,3%), Índia (US$ 73,76 milhões; +474,0%), Bangladesh (US$ 72,02 milhões; +207,4%), Indonésia (de US$ 0 em setembro de 2019 para US$ 64,10 milhões em setembro de 2020).
De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a queda da produção de açúcar na Índia e na Tailândia nesta safra de 2020 permitiu o aumento das exportações brasileiras. Ainda no setor sucroalcooleiro, as exportações de álcool também subiram, passando de US$ 112,19 milhões para US$ 124,38 milhões (+10,9%).
O total de vendas do setor ao exterior em setembro somou US$ 8,56 bilhões, 4,8% mais que no mesmo mês do ano passado. A participação do agronegócio nas exportações totais do Brasil era de 40,2%, em setembro de 2019 subiu para 46,3% em setembro deste ano.
As importações de produtos do agronegócio em setembro ficaram praticamente iguais às de setembro de 2019, com registros de US$ 1,05 bilhão (0,3%). Desta forma, o saldo da balança comercial contabilizou US$ 7,5 bilhões.
Os embarques do complexo soja arrefeceram, tendo incremento de 3,5%, atingindo US$ 2,22 bilhões. A quantidade exportada de soja em grão foi de 4,47 milhões de toneladas (-2,9%), o equivalente a US$ 1,63 bilhões. Depois de sucessivos recordes nas quantidades exportada de soja em grão nos últimos meses, houve queda na quantidade exportada em setembro. Essa queda já reflete a redução dos estoques do grão no país. Ainda no setor, as exportações de farelo de soja foram de US$ 549,90 milhões (21,7%) e óleo de soja atingiram de US$ 27,77 bilhões (-48,3%).
Outro produto de destaque nas vendas externas brasileiras foi a carne suína, que subiu 34,3%, passando de US$ 139,36 milhões (setembro/2019) para US$ 187,18 milhões, em setembro deste ano. As exportações de carne suína in natura para a China cresceram de US$ 65,99 milhões (setembro/2019) para US$ 103,04 milhões (+56,1%).
A China permanece como principal destino dos embarques dos produtos do agronegócio brasileiro, com 27,5% em setembro deste ano, totalizando US$ 2,56 bilhões. Em segundo lugar, os Estados Unidos importaram US$ 658 milhões, com participação de 7,7% dos produtos brasileiros no mês pesquisado. Já os Países Baixos seguem em terceiro lugar, com US$ 341,8 milhões e com 4% de participação.
Entre janeiro e setembro de 2020 as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 77,89 bilhões, o que representou crescimento de 7,5% em relação ao mesmo período em 2019. As importações do setor alcançaram US$ 9,18 bilhões, ou seja, 10,7% inferiores ao ano anterior. (Ascom)
ÁGUA BOA - A Empaer-MT está iniciando a execução do Programa de Fomento as Atividades Produtivas Rurais. No estado serão atendidos 1.000 pessoas. Em Água Boa existem vagas para 80 participantes. A informação é do técnico Alison Lorenzon da Empaer local.
O programa visa atender pessoas do meio rural que estão em situação de vulnerabilidade social e que estejam inscritas no CAD único.
O programa concederá um aporte de 2.400 reais para que seja investido em produção de vegetais e animais para consumo da família e para comercialização.
Para participar o interessado deve possuir cadastro atualizado no CAD único, e possuir DAP ativa. O dinheiro poderá ser usado para aquisição de insumos (sementes, adubo, etc) animais (pintinhos, etc) ou estrutura para cultivo ou criação (tela para galinheiro, madeira, arame, caixa d'água, etc).
Informações podem ser obtidas na Empaer local.
A vacinação ainda é considerada um manejo aversivo e encarado de forma negativa. A campanha contra a Aftosa está batendo à porta e por isso, devemos fazer de maneira racional e com planejamento para evitar perda de doses, menor número de agulhas tortas, redução de abscessos, menor índice de acidente de trabalho e com os animais, além da eficácia da imunização.
Esteja atento e veja abaixo dez dicas que o Manual de Boas Práticas de Manejo na Vacinação orienta, que podem facilitar o dia a dia do manejo e ainda auxiliar para obter melhores resultados:
1) Na seringa, procure trabalhar com poucos animais, pois isso facilita a entrada deles no brete. Evite manter os animais por longo tempo nas mangas do curral.
2) Leve os animais ao brete sem correria, gritos ou choques.
3) Não encha o brete a ponto de apertar os animais, nem as mangas, onde os animais devem ocupar no máximo metade do espaço disponível.
4) Conduza um a um os animais ao tronco de contenção, o que pode ser facilitado com a utilização de bandeiras. A contenção deve ser sempre individual e não se esqueça de trabalhar com os portões laterais fechados durante a entrada do animal no equipamento. É questão de segurança para quem maneja e evita lesões sérias no animal, caso ele tente escapar.
5) Antes de conter o animal com a pescoceira, feche a porteira dianteira do tronco de contenção e só depois contenha-o com a pescoceira. A utilização da pescoceira para parar os animais, além de machucá-los, diminui a vida útil do tronco de contenção.
6) Dê preferência para conter cada animal na pescoceira com ele já parado e sem golpes. O fechamento das porteiras de entrada e saída também deve ser feito sem pancadas.
7) A equipe de trabalho deve estar bem posicionada: uma pessoa cuida da porteira de entrada e da contenção do posterior do animal (quando necessário) e outra cuida da porteira de saída e da pescoceira. Com o animal contido, um deles realiza a aplicação da vacina. Com isso, há diminuição do risco de acidentes e menor desgaste dos vaqueiros.
8) No caso de mais de um tipo de vacina ou de aplicação simultânea de vermífugos, é conveniente contar com mais uma pessoa, aplicando os produtos em lados opostos do pescoço do animal.
9) Após a contenção do animal, abra a janela do tronco e proceda à vacinação. Em seguida, feche a janela, solte a pescoceira e, só então, abra a porteira dianteira de saída. O ideal é que o animal saia direto em uma manga ou piquete que tenha água e sombra e, se possível, que encontre ali uma recompensa na forma de alimento (isso pode ser feito a cada lote, ou no caso de lotes muito grandes, a cada 20-30 animais).
10) Ao final do trabalho, faça o possível para passar os animais novamente pela seringa, brete e tronco de contenção (com todas as porteiras abertas), conduzindo-os imediatamente de volta ao pasto.Sobre a Beckhauser
A Beckhauser desenvolve e industrializa soluções para o manejo racional de bovinos, buscando oferecer ao mercado ferramentas que ajudem no desenvolvimento de uma pecuária sustentável – que aprimorem a produtividade no manejo e a qualidade dos resultados da produção, cuidando da segurança das pessoas e do bem-estar animal. A empresa vem, há anos, ditando tendências de inovação no segmento e oferece hoje um amplo portfolio de equipamentos de contenção tradicionais e automatizados, além de parcerias com equipamentos de controle e pesagem eletrônica. (Ascom)
QUERÊNCIA – O presidente do Sindicato rural de Querência informou a ocorrência de chuvas de 50 a 60mm dias atrás em algumas regiões no interior de Querência.
Isso animou alguns produtores a iniciarem o plantio da próxima safra de soja. Porém, Gilmar Wentz disse que depois, as chuvas não prosseguiram e isso pode causar a necessidade de replantio de alguns talhões de lavouras.
Mais de 90% dos produtores ainda não começaram a semeadura. Para esse ciclo, a soja deve ocupar mais de 380 mil hectares em Querência. Os produtores estão otimistas com as previsões da meteorologia, indicando chuvas regulares a partir deste final de semana.
Com isso, a arrancada da semeadura deve ocorrer no pó, isto é, a semente será lançada ao solo a partir de hoje. Com isso, Wentz acredita que a semeadura da soja será dentro da janela ideal para permitir a segunda safra (safrinha) de milho.
A maioria dos produtores preferiu sementes não com ciclo curto, o que coloca a janela ideal de plantio até 25 de outubro, no máximo. O ruralista também disse que os produtores estão comemorando os altos preços tanto a soja quanto do milho.
Isso motiva a classe agrícola para a próxima safra.
Daqui a pouco outras informações no bloco de reportagens da Interativa FM-Querência, às 12hs 30min. Não perca.
Atualizada dia 06 Out 2020
ÁGUA BOA – Nossa reportagem visitou uma área plantada com tomate do produtor Manoel Moreno de Mello em uma região de chácaras próximo ao antigo aeroporto municipal. Manoel ficou conhecido depois que fez um apelo para vender tomate no mercado local e regional. No mês de junho, ele estava na iminência de perder cerca de 15 mil quilos do fruto, por falta de mercado.
No mês de julho, quando o mercado regional abriu as portas, uma traça atingiu os tomateiros, acabando precocemente com a produção. A saída foi ele migrar com a plantação de tomate para outra área distante, para evitar a ocorrência da traça.
Ele recomeçou o projeto, construindo o viveiro de produção, investindo cerca de R$ 4 mil entre palanques de cerca Teca, arame e encanamentos para a irrigação dos tomateiros. Dessa feita, Manoel plantou 900 mudas de tomate Justyne e 600 mudas da qualidade BRS Nagai. Ele esperava produzir até 13 quilos de frutas por pé, mas então, o calor se instalou e apesar da irrigação por gotejamento, ocorreu o abortamento de muitas flores.
No final da safra, Mello diz que deve render apenas 4 quilos de tomate por pé. A estimativa inicial era de colher tomates por até 90 dias, mas a safra não passará de 6 semanas de aproveitamento, em função do prolongado período de forte calor. Os cerca de 6 mil quilos de tomate devem ser ofertados todos no mercado local.
As vendas são feitas basicamente na Feira do Pequeno Produtor e como integrante da merenda escolar (kit de merenda). Desta feita, Manoel pode comemorar a entrega do produto, ainda que abaixo da quantidade esperada, em função do forte calor. Ele disse que assim que acabar a safra de tomate, vai migrar novamente de local para plantar a próxima safra em estufa durante o período das chuvas.
Nagai - A cultivar de tomate BRS Nagai é um híbrido do tipo saladete indicado para cultivo em todas as regiões produtoras do país, em campo aberto ou em ambiente protegido. O híbrido possui genes naturais que conferem resistência e/ou tolerância a mais de 40 variantes e raças de fungos, bactérias e vírus.
Justyne - Tomate longa vida de ciclo médio/precoce. Planta de crescimento vigoroso e indeterminado. Frutos uniformes e firmes de coloração vermelho intenso com peso médio entre 230 e 250 g. Alta tolerância a manchas e rachaduras de frutos.
Veja Vídeo Aqui:
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Atualizada dia 21 jul 2020
Do sonho ao pesadelo:
ÁGUA BOA – Nossa reportagem voltou ao produtor de tomates para saber o andamento da colheita. Manoel Moreno de Mello contou que após a reportagem inicial, dia 18 de junho, ele passou a vender tomates que estavam quase estragando em uma chácara aos fundos do CTG Coração Gaúcho.
Porém, três semanas depois, Manoel notou a presença de uma praga nos tomateiros. Ele disse que esperava colher os frutos por cerca de 70 dias, mas a praga dizimou a safra. Tendo plantado cerca de 1.200 e esperando colher ainda 600 a 700 caixas de tomate, a perda da produção foi de 80%.
Cada caixa comporta 22 quilos, demonstrando que Mello perdeu cerca de 14 mil quilos de tomate. A praga é conhecida popularmente como traça do tomateiro. Mello apelou para um apoio técnico da Empaer local. Foi trazida uma vespinha, inimiga natural da traça e introduzida no tomateiro. Apesar das medidas preventivas, ele não conseguiu salvar os tomateiros.
Em um primeiro momento, Manoel pensou em arrancar as plantas de tomate e promover posteriormente seu replantio. Porém, teve aconselhamento técnico e preferiu abandonar a plantação. Mello transferiu a horta para outra propriedade, por medo de que a praga não tivesse mais controle.
Ele teve que promover novos investimentos e iniciar do zero a plantação de tomate, algo que a família tem vocação por anos de experiência no ramo. Segundo a recomendação dos agrônomos, o aconselhado é evitar plantar tomateiros na mesma área infestada por pelo menos 5 meses, como forma de eliminar a traça do tomateiro. Manoel disse que não desistiu da atividade, justamente por entender que a persistência é que vence as dificuldades.
O Extensionista Rural da Empaer escritório local confirmou que o órgão foi procurado pelo produtor relatando ataque de uma praga em 1.200 plantas de tomate. A primeira iniciativa foi contra-atacar a praga com uma vespa chamada Trichogramma. Porém, a praga já tinha se alastrado de forma incontrolável.
O controle biológico funciona no começo da praga. Essa vespa ataca os ovos da praga e demora alguns dias para o controle natural. No caso específico, as larvas já estavam causando prejuízos aos tomateiros. As lavras atacam a planta e os frutos. Já a traça na ase adulta se torna uma mariposa de mais difícil controle, o que inviabilizou o salvamento dos tomateiros.
Alison Lucas Lorenzon afirmou que nem a aplicação de inseticidas conseguiu salvar a safra. As vespas foram obtidas graças a contatos do Extensionista com uma ex-professora de Faculdade de Campo Verde/MT. Mesmo assim, não foi possível salvar a produção, explicou Lorenzon.
A traça do tomateiro (Tuta absoluta) é uma das principais pragas que afetam a cultura do tomate. Ela aparece especialmente em períodos mais secos, e é responsável por causar danos significativos nas plantas (desde às folhas até os frutos), podendo acarretar em enormes prejuízos econômicos aos horticultores. Sua presença também afeta a sanidade dos materiais, uma vez que o ataque da traça pode facilitar a contaminação por patógenos. Para evitar a praga, produtores devem ficar atentos aos menores indícios de seu aparecimento, evitando e controlando proliferação o quanto antes.
Os adultos da traça do tomateiro são pequenas mariposas que apresentam uma coloração acinzentada e cerca de 10mm de comprimento. Devido ao cheiro das cultivares do tomate, são atraídas para ambientes abertos e até mesmo estufas.
Apesar de o ambiente protegido (estufas) apresentar vantagens em relação a entrada de pragas, quando a traça se instala em uma estufa encontra as condições perfeitas para se reproduzir, podendo ter o ciclo encurtado (de 30 para 20 dias), o que exige uma ação ainda mais rápida dos horticultores. Entretanto, a vantagem do ambiente fechado é a facilidade no monitoramento e controle da praga, já que a possibilidade de surgirem novas traças adultas é menor.
As traças se proliferam rapidamente, em um ciclo de cerca de 20 a 30 dias. Ao longo do dia, as traças adultas se escondem nas folhas do tomateiro ou de cultivares hospedeiras, e nos períodos de manhã e fim de tarde (mais frescos) acasalam e depositam os ovos nas cultivares.
Cada fêmea pode depositar de 55 a 130 ovos durante 3 a 7 dias. Eles são depositados principalmente nas folhas do terço superior da planta, mas também podem ser encontrados nas hastes, flores e frutos.
Possuem formato arredondado e coloração amarelada, mudando para marrom quando estão próximos de eclodir, fenômeno que ocorre de três a cinco dias após a postura.
Abaixo a história toda desde a primeira reportagem no mês passado.
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ATUALIZADA DIA 22 JUN 2020
ÁGUA BOA – O apelo de um produtor de tomate feito na semana passada aqui na Interativa rendeu excelentes resultados.
Manoel Moreno de Mello plantou cerca de duas mil mudas de tomate e tinha enormes dificuldades para colocar seu produto no mercado local.
Depois da postagem da reportagem, ele recebeu no telefone WhatsApp quase mil mensagens de pessoas interessadas em comprar o tomate. Tanto que em apenas 3 dias, cerca de 80 caixas de tomate maduro foram comercializadas. Manoel estava com receio de perder o tomate na horta, por falta de mercado.
Contatos foram feitos por centenas de moradores de Água Boa. Alguns compraram os tomates e deram para familiares e vizinhos, como forma de colaborar com o produtor. O curioso é que somente um estabelecimento comercial de Água Boa comprou os tomates para fornecer aos seus clientes, e promoveu a venda pelo mesmo valor da compra.
O negócio foi feito apenas para ajudar o feirante. Estabelecimentos comerciais de várias cidades da região fizeram contato com ele, e abriram um canal de negociação para quando os tomates entrarem na fase da colheita nas próximas semanas.
Comerciantes de Canarana, Confresa, Cocalinho, Nova Xavantina, Barra do Garças, Ribeirão Cascalheira e outras cidades também mostraram interesse no produto. O que mais chamou a atenção de Manoel foi o contato de um atacado de Campo Grande/MS, que mostrou interesse em futura parceria.
Para isso, outras tratativas terão que ser feitas, principalmente por conta da distância, o que pode inviabilizar o negócio. Manoel Mello disse que está contente e agradeceu a todos que salvaram sua produção de tomates. Ele continua vendendo tomates em sua residência, já que a colheita é diária.
Abaixo a matéria completa
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Publicado dia 18 jun
ÁGUA BOA - Em tempos de coronavírus, quando o agronegócio é o único setor que cresce, infelizmente, a agricultura familiar sofre revés. Assim é a história de Manoel Moreno de Mello.
Ele investiu no plantio de cerca de duas mil mudas de tomate, em uma terra arrendada na região de chácaras aos fundos do CTG Coração Gaúcho. Ele fornecia tomate para a merenda escolar de escolas, porém com o coronavírus, a entrega do produto não se concretizou.
Outra situação é que alguns mercados preferem comprar o produto de Goiânia. Para piorar, a Feira do Pequeno Produtor também ficou parada por algumas semanas, por causa de decreto municipal. Depois que a feira recomeçou, o movimento é bem menor aos domingos.
Todos esses fatores causaram queda nas vendas do tomate. Ele disse que tem a pronta entrega até 800 caixas de tomate no ciclo do tomate, que dura até 120 dias. Cada caixa tem 22 quilos.
Os tomates tipo saladete são de ótima qualidade. Ele também pensa em ampliar os tipos de tomate para atender a todos os gostos. A produção local gera emprego e renda familiar. Ele e a esposa é quem trabalham na horta.
A família vive aqui e investe o lucro na cidade. Porém, com essa crise, Manoel teme pelo destino dos tomates. “Se eu não encontrar mercado logo, não farei nem a colheita para não perder mão de obra. Os tomates vão apodrecer ali mesmo onde foram plantados”, declarou ele.
O investimento na plantação custou só de sementes, cerca de R$ 600,00. Depois disso, tem a própria mão de obra de preparo da terra, semeadura, cuidados de manuseio, irrigação, aplicação de defensivos agrícolas, até a colheita.
Manoel fez questão de ressaltar que na época da seca são aplicados poucos produtos, deixando o tomate com uma excelente qualidade para consumo humano. O grande desafio que ele nunca pensou enfrentar é colocar o produto no mercado. Manoel disse que fez alguns contatos, mas os compradores locais preferem buscar o produto em Goiânia.
Dessa forma, o dinheiro vai embora, enquanto que comprar produtos locais é incentivar a geração de renda na comunidade. Faz 3 semanas que os tomateiros estão produzindo e mediante a baixa procura, a esperança de colocar o produto nos mercados vai caindo.
Geralmente os compradores preferem um tomate ‘de vez’, que ainda não amadureceu, para que o tempo possa auxiliar na conservação até a venda. Antes da crise, eles vendiam até 200 quilos de tomate na Feira do Produtor.
Hoje, não passa de 50 quilos. No caso de Manoel Mello, alguns tomates já estão maduros, e as chances de venda são bem inferiores. Se tiver alguém interessado pode fazer contato com o telefone WhatsApp 66.66-9.9714-4153.
No total, ele estima produzir mais de 17 mil quilos do produto. "Tudo pode ir por água abaixo", afirmou ele.