ATUALIZADA DIA 07 JUNHO 2020
Fechando a série sobre as potencialidades do Araguaia e o agronegócio em foco, hoje escrevemos sobre as rodovias da região.
MT-326
Atualmente, a MT-326 é vista como outra via importante para escoar a produção agropecuária da região do Médio Araguaia para importantes centros de Goiás. Porém, uma rodovia que tem pouco mais de 100 quilômetros entre Nova Nazaré e Cocalinho, ainda não está completamente asfaltada. Restam cerca de 70km por asfaltar.
As pontes de madeira sobre os rios Borecaia, Água Preta, Courixão e Courixinho estão prometidas e devem ser concluídas nos próximos meses. Resta ainda a ponte sobre o Córrego Água Suja e o trecho por asfaltar da cidade de Nova Nazaré até a BR-158. Outra obra de relevância é a ponte sobre o Rio das Mortes na divisa de Cocalinho com Nova Nazaré. Imprescindível para deixar de lado a transposição por balsa, que além de ser um serviço de alto risco, é lento e caro para os transportadores de cargas. Pela MT-326 circulam diariamente cerca de 80 carretas carregadas com calcário.
A produção ocorre nas mineradoras de Cocalinho, na região Rio das Mortes. O calcário é necessário para abastecer as lavouras de todo o Médio Araguaia. Sem calcário, não há produção de gado nem lavouras. Extraoficialmente, sabe-se que são produzidas anualmente cerca de 1 milhão de toneladas de calcário. A MT-326 recebeu alguns trechos de asfalto, mas o pavimento já está enchendo de buracos e se não for recuperado logo, adeus asfalto. A Rodovia do Calcário é de vital importância para o Médio Araguaia.
Leste Oeste
Uma rodovia estadual está em construção para ligar Canarana com Gaúcha do Norte, e de lá, saindo na região de Nova Ubiratã através do distrito de Santiago do Norte (Paranatinga). Aliás, esse distrito deve lutar por sua emancipação assim que reunir as condições econômicas necessárias. A FICO deve passar no arco de sua abrangência para desviar do Parque Indígena do Xingu.
Além disso, Água Boa também sonha em ter ligação asfáltica pelo interior (MT-240/414) chegando até a MT-020 (Canarana a Gaúcha do Norte). O sonho é acalentado pelos produtores rurais e demais lideranças. Isso encurtaria a distância com Cuiabá em cerca de 200km.
BR-158
A BR-158 é uma rodovia federal do Brasil. Uma das estradas mais longas do país, tem 3.946,2 quilômetros ligando Altamira no Pará, com Santana do Livramento/RS, na fronteira com o Uruguai. Em Mato Grosso, a rodovia federal corta somente a região Araguaia de norte a sul.
Para viajar pelo Araguaia ainda resta esta obra de grande envergadura por concluir, ligando Ribeirão Cascalheira com Confresa. O traçado por fora da Terra Indígena Marãiwatsédé era uma das opções. São mais de 120km de estrada de chão batido para chegar aos portos do Pará ou do Maranhão. A rodovia federal é a única artéria federal que corta o Araguaia. Apesar da promessa de mais de duas décadas, o asfalto ainda não é uma realidade.
A partir de Querência aos demais municípios do Norte Araguaia, o caminho mais curto para escoamento da produção agropecuária seria o trecho norte rumo ao Pará. Porém, a estrada está cheia de buracos e atoleiros, sem falar na existência de pontes de madeira que vivem dando problemas no lado Mato-grossense da rodovia. Portanto, a infraestrutura atual trava o progresso e o desenvolvimento do Araguaia. (Inácio Roberto)
A recente informação do Governo Federal é que o projeto de apoio ao licenciamento ambiental da BR-158/MT foi qualificado na 10ª Reunião do Conselho do PPI, por meio da Resolução nº 69, de 21/08/2019, convertida no Decreto nº 10.138, de 28/11/2019.
O empreendimento contempla a implantação e pavimentação da BR-158, um dos eixos longitudinais do Estado do Mato Grosso na logística de transportes, em especial para o escoamento da safra de grãos, a qual requer licença de instalação para sua concretização. Localizado entre a Divisa dos estados do Mato Grosso e Pará e o município de Ribeirão Cascalheira/MT, totaliza 417,80 km de extensão, incluindo-se aí o segmento de contorno leste da Terra Indígena Marãiwatsédé. (Ascom Ministério da Infraestrutura)
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ATUALIZADA DIA 04 JUNHO 2020
Ferrovia de Integração Centro Oeste - A ferrovia apresenta um traçado otimizado que gera mais eficiência na operação e no transporte de carga. Nova promessa do Ministro da Infraestrutura Tarcisio de Freitas, é de que o contrato da FICO seja assinado ainda no segundo semestre do ano, para começo das obras em 2.021.
Três alterações no traçado da FICO ocorreram nos municípios de Cocalinho/MT, Crixás/GO e Santa Terezinha de Goiás/GO.
A iniciativa surgiu na Superintendência de Projetos (Supro). Chefiados pelo engenheiro Armen Armaganijan, os técnicos da VALEC promoveram novas análises, que resultaram em um desenho de traçado melhor, mais econômico e potencialmente mais rápido.
A revisão do projeto manteve o traçado do segundo trecho (518 km), mas alterou substancialmente o do primeiro (383 km). A mudança mais visível é que em vez de ligar-se à Ferrovia Norte-Sul em Campinorte/GO, a linha passa a ter como destino o município de Mara Rosa/GO.
A alteração apresenta muitos ganhos, em especial, nos últimos 30 km anteriores ao entroncamento com a FNS. Pelo projeto antigo, atravessar esse trecho exigia aumento de tração por meio da adição de locomotiva auxiliar para cada composição devido à uma subida abrupta em que a rampa passa de 0,6% para 1,45%. Com a mudança para Mara Rosa/GO, a rampa passa a ser a mesma em toda a extensão da linha férrea (0,6%), desde de Lucas do Rio Verde/MT, além de encontrar uma rampa também mais eficiente ao transporte a partir da entrada na FNS.
Outra melhoria alcançada pelos engenheiros da VALEC é a alteração dos raios de curva do traçado optando por raios maiores, ou seja, curvas mais suaves durante toda a extensão da ferrovia, fato que otimiza e homogeniza as condições de tráfego, além de melhorar a operação do tramo ferroviário.
Tarcisio de Freitas entende que a obra da FICO será acelerada em virtude das vantagens econômicas que esse modal representará para sua futura operadora e também para a região a ser beneficiada. (Ascom)
Depois de ligar Mara Rosa/GO com Água Boa, a rodovia deve prosseguir em uma etapa futura até chegar à Lucas do Rio Verde/MT. O Médio Norte de Mato Grosso é grande produtor de grãos. Na região se localizam Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Sinop, expoentes do agronegócio.
A FICO vem sendo prometida desde 2.010. O primeiro que falou do projeto em Água Boa foi José Francisco das neves, O ‘Juquinha’ da Valec (Governo Federal). No início da década, ele chegou a prometer o trem apitando em Água Boa até 2.015. Nem projeto havia. Mas ficou a esperança de que a região poderia contar com uma ferrovia no futuro.
Curioso que no site oficial da VALEC, no portal inicial não consta nenhum link de acesso à FICO. Somente outras ferrovias aparecem lá. A pesquisa no site da VALEC foi feita neste dia 04 de junho de 2.020.
A vinda de um porto seco da FICO impulsionará o surgimento de dezenas de empresas para operarem o embarque/desembarque de cargas. São empresas de várias áreas, fomentando a geração de emprego, renda. Ainda não se pode estimar com exatidão o que isso sginificará para a economia da microrregião quando a FICO estiver em plena atividade.
Para chegar em Água Boa, no território de Mato Grosso, a FICO atravessará os municípios de Cocalinho e Nova Nazaré. Depois, o projeto pretende levar os trilhos até Lucas do Rio Verde, beneficiando a travessia leste-oeste e criando um importante corredor de transporte de cargas. (Inácio Roberto)
Fotos: Valec/Ministério da Infraestrutura/Internet
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ATUALIZADA DIA 03 JUNHO 2020
Hidrovias
ÁGUA BOA - O segundo capítulo das potencialidades do Araguaia fala das hidrovias. Sonho de consumo do Araguaia, realidade em países desenvolvidos e principalmente em países pobres. No Brasil, porém, uma hidrovia esbarra em questões ambientais e em alguns lugares, em questões indígenas, como é o caso da nossa hidrovia.
A região hidrográfica do Tocantins – Araguaia tem área de 921.920 quilômetros quadrados espalhada pelos estados de Tocantins, Pará, Maranhão, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal.
O Rio Tocantins nasce do Planalto de Goiás, formado pelos rios Almas e Maranhão, e tem 1.960 quilômetros de extensão até a foz, na Baía de Marajó. O principal afluente é o Rio Araguaia. Além de ser espaço para expansão da fronteira agrícola, principalmente no cultivo de grãos, a região tem grande potencial hidroenergético.
A bacia é a segunda maior do Brasil, e compreende trinta sub-bacias. O Rio Araguaia tem trechos de leito arenoso combinados a outros rochosos: os pedrais e os travessões podem prejudicar a navegação. A Ilha do Bananal, com 20 quilômetros de extensão, é a maior ilha fluvial do mundo, banhada pelo Araguaia.
O Rio das Mortes desemboca na margem esquerda do Araguaia e é navegável em 567 quilômetros, entre São Félix do Araguaia e Nova Xavantina, em Mato Grosso. Mas a navegação só é segura no tempo das cheias, justamente no final do período de colheita da primeira safra de grãos. Para escoamento da safrinha (agosto em diante), seria temerário usar o transporte naval em alguns trechos do Rio das Mortes, já que as águas estão na vazante.
Navegação do Tocantins
O sistema tem vias navegáveis, terminais hidroviários e estruturas de transposição de nível, como as duas eclusas de Tucuruí, com 210 metros de comprimento, 33 metros de largura e 3,5 metros de profundidade mínima.
No Rio Tocantins a extensão navegável é de 1.152 quilômetros, mas sem continuidade. No Maranhão, entre Imperatriz e o terminal multimodal de Estreito/Porto Franco, só é possível navegar no período de cheia.
A hidrovia tem capacidade para comboios de 108 metros de comprimento, 16 metros de boca e calado de 1,5 metro. Já o trecho de 43 quilômetros do Pedral do Lourenço, que fica entre a Ilha da Bogéa e Santa Terezinha do Tauri, comporta comboios de 150 metros de comprimento e 32 metros de largura, com calado mínimo de 2,1 metros.
Os principais portos ao longo da hidrovia são: Vila do Conde, Abaetetuba, Cametá, Tucuruí, Marabá e Conceição do Araguaia, no Pará; Imperatriz, Porto Franco e Carolina, no Maranhão; Aguiarnópolis, Pedro Afonso, Miracema, Araguatins, Xambioá e Araguacemas, no Tocantins; Santa Terezinha, Luciara, São Félix do Araguaia, Barra do Garças e Nova Xavantina, em Mato Grosso; e Luiz Alves e Aruanã, em Goiás. (Ascom- Fonte:http://www.dnit.gov.br/hidrovias/hidrovias-interiores/hidrovia-do-tocantins em 29/06/2016)
A hidrovia do Tocantins-Araguaia é uma das principais vias de transporte do corredor Centro-Norte brasileiro. Por estar localizada no Cerrado, a maior região produtora de grãos do País, tem potencial para se transformar numa das mais importantes vias de águas navegáveis do País. É uma via navegável até a hidrovia do Amazonas, desde Barra do Garças (MT), no rio Araguaia, ou Peixe (TO), no rio Tocantins, até o porto de Vila do Conde, próximo a Belém (PA), privilegiadamente localizado em relação aos mercados da América do Norte, da Europa e do Oriente Médio.
Possui potencial navegável em aproximadamente 3.000 km. No rio das Mortes, entre Nova Xavantina (MT) e a sua foz no Araguaia, são 580 km. No rio Araguaia, de Aruanã (GO) até Xambioá (TO), são 1.230 km. No rio Tocantins, de Peixe (TO) a Estreito (MA), são 700 km, de Estreito à Marabá (PA), 321 km, e de Marabá (PA) até sua foz, 500 km.
Pertencente ao corredor Centro-Norte, a hidrovia do Tocantins-Araguaia se divide em quatro ramos. O primeiro, de Peixe (TO) a Marabá (PA), com 1.021 km de extensão; o segundo, de Marabá (PA) à foz do Tocantins, com 494 km; o terceiro de Baliza (GO) a Conceição do Araguaia (PA), apresentando um imenso potencial para o escoamento da produção de grãos do Mato Grosso, Goiás, Pará e Tocantins; e o quarto trecho de Conceição do Araguaia à foz do Araguaia, no próprio rio Tocantins, onde apresenta limitações devido as grandes corredeiras do Araguaia.
A hidrovia tem vias navegáveis, terminais hidroviários e estruturas de transposição de nível, como as duas eclusas de Tucuruí, com 210 metros de comprimento, 33 metros de largura e 3,5 metros de profundidade mínima. (Fonte: http://www.dnit.gov.br/modais-2/aquaviario/hidrovia-do-tocantins-araguaia em 27/12/2018)
ÁGUA BOA – No final da década de 90, houve até um ensaio para o início do transporte de cargas pela Hidrovia Rio das Mortes-Araguaia-Tocantins, a partir do Rio das Mortes, em Nova Nazaré. Na época, a localidade pertencia ao município de Água Boa. Na barranca do rio das Mortes, foi carregada a primeira carga de soja com destino aos portos na foz do Rio Tocantins, onde desembocam o Rio das Mortes e o Araguaia. Mas a aventura não passou da primeira viagem, já que na época, houve embargo da hidrovia por questões ambientais e indígenas. No entanto, Água Boa continua sonhando com esse meio de transporte, já que o Brasil é um país continental que pouca explora suas hidrovias. Na foto de abertura do tema, aparece o primeiro embarque de soja em Água Boa. (Inácio Roberto)
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Potencialidades do Araguaia Parte 1
ÁGUA BOA - Em 2.019, o Sindicato Rural de Água Boa promoveu um estudo sobre as potencialidades do Araguaia em face do projeto da Ferrovia de Integração Centro Oeste estender seus trilhos pela região. Os números são baseados em estudos do IMEA – Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária.
Antonio Fernandes ‘Tunico’ de Mello informou que o rebanho bovino da microrregião é de 2 milhões 144 mil cabeças de gado, cerca de 7,1% da produção de Mato Grosso. O abate de gado chegava a 364 mil cabeças na região, ou 6,7% do montante de Mato Grosso. Até 2.028, a perspectiva pelo estudo é de que a região chegue a 7,3% do rebanho de Mato Grosso.
Atualmente, a microrregião produz 34 milhões de litros de leite, apenas 5,6% da produção mato-grossense. Na microrregião eram 127 mil moradores em 2.018, segundo o IBGE, em uma área que compreendia 1.080.000 hectares.
A cultura da soja cresceu 318% nos últimos 10 anos (2.008/2.018), chegando a 3.548.678 toneladas (11% da produção de Mato Grosso). No milho, foram produzidas 1.417.400 toneladas (5,15% de MT), representando um incremento de 1,9% no decênio. ‘Tunico’ disse que atualmente, são ocupados com lavoura menos de 1 milhão de hectares num raio de até 200 quilômetros da cidade de Água Boa. “A vinda da ferrovia pode impulsionar a agricultura e a pecuária.
A área com agricultura pode ser ampliada para 2 milhões e 150 mil hectares, sem abertura de novas áreas. A integração lavoura e pecuária também é aposta de muitos produtores rurais em busca de agregar renda. O aumento de área cultivada será de mais de 100%. A implicação disso para todos os setores da economia pode ser gigantesca. A projeção é de que com área de cultivo maior, haveria maior geração de emprego e renda.
Diante desse quadro de aumento de área ocupada com lavoura e pecuária, o sindicalista aposta que aumentará a necessidade de modais de transporte rodoviário e ferroviário para o escoamento dessa produção.
Além disso, nossa reportagem sabe que em anos recentes, aumentou consideravelmente a produção de outras culturas como milho, feijão e gergelim. Isso abre portas para outros mercados. O escoamento é preocupação para a classe do agronegócio.
Em face dessas potencialidades, existe outra ainda que depende apenas dos produtores rurais: aumentar a produtividade da soja e do milho. Segundo a Associação dos Engenheiros Agrônomos de Água Boa, a produtividade da soja tem aumentado gradativamente em anos recentes, principalmente com o uso correto de tecnologias, sementes certificadas, manejo de pragas, e insumos.
Tanto que alguns produtores experimentam produtividade de 70 sacas de soja por hectare. Outros, infelizmente, ainda não saíram das 50 sacas de soja, também por uma série de fatores.
No milho, a realidade é igual. Os produtores já se aproximam de 100 sacas de milho por hectare, mas esses números ainda podem melhorar. Em outras regiões, a produtividade já ultrapassa as 120 sacas de milho por hectare. Tudo isso pode catapultar ainda mais a produção do agronegócio, que precisa de rodovias, ferrovia e hidrovia para o escoamento com competividade frente aos mercados globalizados. (Inácio Roberto)
BRASÍLIA - A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) decidiu manter a bandeira tarifária verde durante todo o ano de 2020. O anúncio foi feito nesta terça-feira (26/5), em Reunião Pública da Diretoria da ANEEL. Isso significa que as contas não devem ficar mais caras até o ano que vem.
Normalmente, as bandeiras amarela e vermelha são acionadas quando há poucas chuvas, as hidrelétricas produzem menos energia e as companhias são obrigadas a usar as termelétricas, que custam mais. Mas, como tem chovido bastante e o isolamento social por conta do coronavírus diminuiu o consumo de energia no país, não foi necessário recorrer às termelétricas.
De acordo com a Aneel, a medida também foi tomada como forma de aliviar a conta de luz dos consumidores e auxiliar o setor elétrico em meio ao cenário de pandemia da Covid-19.
ÁGUA BOA - Em um programa de suplementação animal a pasto o ano deve ser planejado pelo pecuarista para os diversos períodos como a seca, transição seca-águas, e no períiodo das chuvas. Em cada período, há uma programação para o tipo de suplementação, bem como a qualidade e a disponibilidade de forragem na propriedade rural. Planejar a produção de volumoso para suplementar o rebanho no período de transição seca-águas é um fator de extrema importância no processo produtivo.
O manejo de suplementação dos bovinos que após o período de transição irão retornar para a pastagem, tem sido denominado de “sequestro ou resgate”. Neste sistema, será fornecido ao animal uma dieta que simule uma pastagem de alta produtividade.
O manejo é iniciado antes das chuvas, quando a seca está no auge e a propriedade rural não tem qualidade nem quantidade de forragem. Assim o pecuarista veda suas pastagens, viabilizando a rebrota sem a pressão do pastejo ao longo de 30 a 60 dias enquanto fornece à recria uma suplementação que simule um pasto em um período das águas.
Com isso, o pecuarista vai assegurar o desenvolvimento do bovino e o manejo da pastagem. Quando se considera a importância de se respeitar o desempenho do animal em recria a pasto, as melhores opções de volumoso seriam o feno ou a silagem de capim, assegurando ao animal uma curva de ganho adequada. (Médica Veterinária Melina Daud - Indea/Água Boa)
ÁGUA BOA - Cooperativa Sicredi Araxingu distribui R$ 21,3 milhões em Resultados aos associados, referentes ao ano de 2019. No último ano, a cooperativa obteve um resultado (lucro) total de R$ 73,7 milhões, sendo que uma parte foi devolvida aos associados, proporcionalmente às suas movimentações, conforme definido em assembleia.
Diferentemente do que ocorreu em anos anteriores, em 2020, os associados tiveram o valor depositado na conta poupança, nesta segunda-feira (25.05).
A Sicredi Araxingu tem cerca de 34 mil associados nos municípios de Querência, Gaúcha do Norte, Ribeirão Cascalheira, Canarana, São José do Xingu, Água Boa, Vila Rica, Confresa, Barra do Garças, Bom Jesus do Araguaia, Santa Cruz do Xingu, Cocalinho, Nova Xavantina, Alto Boa Vista e Campinápolis, onde a cooperativa mantém 15 agências.
Os resultados são o lucro das cooperativas, mas diferentemente do que acontece nas instituições financeiras tradicionais, esse montante não fica com um grupo pequeno de acionistas. No cooperativismo de crédito, do qual o Sicredi faz parte, os lucros das cooperativas são divididos entre os associados, proporcionalmente às suas movimentações naquele exercício.
Para o diretor executivo da cooperativa, Carlos Paes Machado, a distribuição dos resultados cumpre, neste momento em que vivemos, dois objetivos. “Coopera com os associados que possam ter sido prejudicados pela pandemia e injetam um recurso na economia local que com certeza faz a diferença. É a união dos associados fortalecendo sua própria região”
O valor destinado aos associados é calculado de forma equitativa, ou seja, conforme as movimentações financeiras feitas na cooperativa. Cada cooperativa tem a autonomia de atribuir percentuais de remuneração aos produtos e serviços financeiros oferecidos, sendo que um pode ter um peso maior que outro. Dependendo de quais produtos e serviços o associado tem, ele será mais ou menos remunerado. Na Sicredi Araxingu, do Resultado líquido obtido em 2019, 60% foi destinado ao fundo de reserva e 5% para o Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (FATES).
A distribuição dos resultados é um dos diferenciais do sistema cooperativo de crédito em relação às instituições financeiras tradicionais. Além disso, o cooperativismo tem taxas mais competitivas e a movimentação financeira circula na região onde a cooperativa atua. Por isso que as cooperativas contribuem para o crescimento não só dos negócios dos seus associados, mas também com o desenvolvimento social e econômico da região onde está presente. (ASCOM)
NOVA XAVANTINA – O presidente do Sindicato Rural de Nova Xavantina conversou esta manhã por rede social com o Ministro da Infraestrutura Tarcisio de Freitas sobre a situação do projeto da Ferrovia de Integração Centro Oeste.
Endrigo Dalcin comemorou a informação de que nos próximos meses, será assinado o contrato prevendo o início da construção da Ferrovia que interligará Goiás com Mato Grosso (Água Boa).
O ministro disse que o projeto básico já está concluído e na iminência de instalar a Licença de Instalação. Dalcin citando palavras do ministro, ressaltou que a obra da FICO deve iniciar em 2.021, com promessa de ser acelerada em virtude de sua importância.
Dalcin lembra que quando comandou a Aprosoja, já se empenhava em fortalecer o projeto das ferrovias, por ser um excelente modal para o escoamento da produção agropecuária do Mato Grosso.
Endrigo Dalcin concederá entrevista daqui a pouco.
FICO -
A ferrovia apresenta agora um traçado otimizado que gera mais eficiência na operação e no transporte de carga. As três alterações ocorreram nos municípios de Cocalinho MT, Crixás GO e Santa Terezinha de Goiás GO.
A iniciativa surgiu na Superintendência de Projetos (SUPRO). Chefiados pelo engenheiro Armen Armaganijan, os técnicos da VALEC promoveram novas análises, que resultaram em um desenho de traçado melhor, mais econômico e potencialmente mais rápido.
A revisão do projeto manteve o traçado do segundo trecho (518 km), mas alterou substancialmente o do primeiro (383 km). A mudança mais visível é que em vez de ligar-se à Ferrovia Norte-Sul em Campinorte/GO, a linha passa a ter como destino o município de Mara Rosa/GO.
A alteração apresenta muitos ganhos, em especial, nos últimos 30 km anteriores ao entroncamento com a FNS. Pelo projeto antigo, atravessar esse trecho exigia aumento de tração por meio da adição de locomotiva auxiliar para cada composição devido à uma subida abrupta em que a rampa passa de 0,6% para 1,45%. Com a mudança para Mara Rosa/GO, a rampa passa a ser a mesma em toda a extensão da linha férrea (0,6%), desde de Lucas do Rio Verde/MT, além de encontrar uma rampa também mais eficiente ao transporte a partir da entrada na FNS.
Outra melhoria alcançada pelos engenheiros da VALEC é a alteração dos raios de curva do traçado optando por raios maiores, ou seja, curvas mais suaves durante toda a extensão da ferrovia, fato que otimiza e homogeniza as condições de tráfego, além de melhorar a operação do tramo ferroviário (Ascom)
ÁGUA BOA – Produtores rurais buscam cada vez mais inovação. É o caso do produtor rural e líder sindicalista Antonio Fernandes ‘Tunico’ de Mello. Ele plantou pela primeira vez na atual safrinha, uma área de 50 hectares com feijão mungo para exportação.
Trata-se de uma cultivar com alto nível de proteína e de ciclo curto, com 60 dias apenas. Com o ciclo precoce, esse feijão é indicado para ser plantado no período de safrinha, após a primeira safra. ‘Tunico’ informou que essa nova cultivar precoce exige apenas uma aplicação de fungicida. Já o combate a insetos também exige menor investimento.
O sindicalista disse que com apenas duas aplicações conseguiu controlar o ataque de insetos. Sendo assim, os custos de produção são bem baixos. Ele esclareceu que a produtividade do feijão é bem menor se comparada com a soja. Hoje são colhidas em torno de 20 sacas de feijão por hectare.
O produto vai para exportação, o que aumenta a renda ao produtor rural. Nesse ano a saca pode variar de R$ 80,00 a R$ 100,00. Os principais mercados consumidores são a Ásia e a África. Por seu alto teor de proteína, os vegetarianos costumam usar o produto. Mello acredita que o feijão mungo é uma boa opção para segunda safra, principalmente pelo ciclo precoce da cultura. ‘Tunico’ concederá entrevista daqui a pouco para falar sobre a experiência de plantar essa nova cultura.
O mungo é um espécime de coloração esverdeada menor e mais arredondada do que um feijão carioca. Ele é originário e popular na Índia e, atualmente, já é muito presente na culinária tanto indiana quanto asiática, tornando-se ainda mais presente.
Muitas pessoas procuram acrescentar o feijão mungo na dieta por sua grande quantidade de fibras, proteínas e minerais, como cálcio e potássio, qualificando a saúde quando o consumo for equilibrado. A partir da presença dos nutrientes citados, o feijão mungo é popular por ajudar em pontos como:
- Regular o colesterol
Com a alta concentração de fibras, a leguminosa ajuda a reduzir o mau colesterol e regular a pressão, estabilizando o fluxo de sangue do nosso corpo e reduzindo as chances de doenças do coração.
- Melhorar o sistema imunológico
Outro benefício é que o feijão contém muitos nutrientes que ajudam no combate de vírus e bactérias, ou seja, são propriedades anti-inflamatórias e antimicrobianas, além da maior quantidade de vitamina C que ajuda no aumento dos glóbulos brancos.
- Equilibrar o sistema digestivo
A alta concentração de fibras do feijão mungo também é interessante por seus benefícios para o sistema digestivo. Pessoas com o metabolismo mais lento tendem a acrescentar o feijão em sua dieta e reduzir problemas como acidez estomacal e indigestão, contribuindo para melhorar a qualidade de vida.
- Ajuda no controle da diabetes
Ajuda no controle da diabetes a partir de seu baixo índice glicêmico, regulando a concentração de açúcares no organismo. Todos esses benefícios podem ser ainda mais proveitosos com o consumo de outros alimentos que qualificam as ações do feijão mungo e colaboram com a saúde dos envolvidos. (Fotografias: 'Tunico' de Mello)
ÁGUA BOA - A solução permite receber e pagar valores de forma instantânea, sem cobrança de taxas, buscando disponibilizar soluções que gerem conveniência, o Sicredi, instituição financeira cooperativa com mais de 4,5 milhões de associados, anuncia mais uma funcionalidade em pagamentos eletrônicos.
A partir de agora, é possível pagar ou receber valores entre associados da instituição, sem taxas, via QR Code no aplicativo do Sicredi, disponível para smartphones que operam nos sistemas iOS ou Android.
A solução faz parte de uma série de iniciativas do Sicredi que visam proporcionar novas experiências para os associados por meio da tecnologia.
“Também é um estímulo à troca do dinheiro físico por meios eletrônicos, uma nova cultura de pagamentos, mais segura, prática e sustentável que temos incentivado entre os nossos associados”, explica Gisele Rodrigues, superintendente de Soluções de Meios de Pagamento do Sicredi.
A nova opção de pagamento eletrônico do Sicredi está alinhada com as melhores práticas de mercado e faz parte da adesão da instituição ao Sistema de Pagamentos Instantâneos lançado recentemente pelo Banco Central do Brasil e batizado de PIX, que funcionará a partir de novembro deste ano com o objetivo de modernizar transações financeiras no país.
Para utilizar a ferramenta no aplicativo do Sicredi o usuário deve ser um associado da instituição. No app, basta escolher a opção “Pagamento por QR Code”, direcionar o “QR Code Sicredi” para a leitura dos dados, informar o valor (se necessário) e confirmar o pagamento.
Esse tipo de transação é uma alternativa a outros pagamentos como TED, DOC, boleto, cheque e cartões, e pode ser feita entre pessoas em poucos segundos.
“O sistema financeiro vive uma jornada de inovação e no cooperativismo de crédito temos como vantagem o relacionamento mais próximo com os associados, o que nos permite entender melhor as necessidades de cada um para pensarmos em soluções e produtos que possam atendê-los da melhor maneira”, completa Gisele.
ÁGUA BOA – A Câmara de Dirigentes Lojistas está em novo endereço, na Av. Júlio Campos, nº 650 Sala 02, ao lado do Centro Empresarial I.
O atendimento segue de segunda a sexta-feira em dois turnos. Devido a atual conjuntura da pandemia do coronavírus, não houve inauguração da nova sede.
O presidente da CDL, Washington Gomes Pinto disse que a CDL está à disposição das empresas associadas e demais interessadas.
Telefones para contatos 3468-1771 ou celular WhatsApp 9.9675-2848.
QUERÊNCIA – Produtores rurais de Querência estão se preparando para iniciar a colheita da safrinha 2020. Com o bom preço do milho, a expectativa para a exportação é ainda maior por parte dos produtores.
Esta quarta-feira (20), chegou ao final com movimentações em campo misto para os preços do milho no mercado físico brasileiro. A saca de milho em Querência fechou a terça-feira com valorização de 0,53%, sendo comercializada a R$37,95.
De acordo com os produtores, a colheita deve ter início já na próxima semana.
VEJA A MATÉRIA COMPLETA EM VÍDEO.
ÁGUA BOA – Nossa reportagem fez contatos com alguns hotéis da cidade.
O setor ainda está em recessão por causa do coronavírus.
A rede hoteleira informa que ocorreu uma queda de até 80% no número de clientes desde o advento da Covid-19, mesmo sem registro de casos na cidade no mês de março.
Porém, desde a semana passada, foi notada uma retomada da clientela, principalmente de viajantes em busca de contatos com as empresas da região.
Os donos de hotéis, porém, estão receosos com o agravamento do coronavírus aqui na região e os desdobramentos futuros.
Existe a possibilidade de algumas cidades da região adotarem o bloqueio total, o que influenciaria negativamente para o setor hoteleiro não só de Água Boa, mas também das demais cidades do Araguaia.
Cidades vizinhas na rota da BR-158 também registram queda significativa no número de clientes desde o advento da Covid-19.